Não quero prolongar a coisa, mas vamos lá.
TT1 disse:
Sim, isso se aplica a toda a música em si, não só ao metal.
Calma lá, gafanhoto. Você já bem disse que seu post é preconceituoso e, segundo eu penso, completamente errado. Se você é um saudosista extremo, que não gosta do que sai agora, tudo bem, mas as coisas não são bem assim. Muita coisa nova é boa. É só olhar no "Melhores Álbuns de 2006" pra você ter um exemplo. O novo CD do The Mars Volta, pra mim, é uma obra-prima sem igual. É claro que eles têm muita influência de rock progressivo, psicodelia, blá blá blá. Mas nem por isso eles deixaram de fazer a música deles de maneira muito original e foda. Gosto é gosto, mas não é só o gosto que determina qualidade.
Não sou partidário desse espírito de "a música enfraqueceu". É que muitos gênios da música já passaram pela Terra, em bem pouco tempo. Tivemos várias revoluções musicais, e a música foi já largamente explorada, em vários formatos. E isso vale tanto pra parte erudita da música quanto pro "guitarra-baixo-bateria". Mas dizer que tudo já foi explorada e que tudo o que existe é cópia porca do que já existiu é ser saudosista demais. É óbvio que o que surgir vai ter elementos do que já houve, como acontece com qualquer forma de arte, mas negar que existe coisa nova, existe gente experimentando mais, é burrice.
Faramir Estel disse:
O problema que música pelo conceito que o Jedan e o Goba passam nos posts deles é que ela tem que sempre inovar, e claro, isso é muito bom, mas tem bandas que inovam e são um saco pra mim (tipo DTB, SYL, etc) e tem as boas (Loudness).
Acho que eu estou me expressando mal, então. Eu não preciso que a música seja constantemente nova e surpreendente. Se a constância fosse o novo, eu ia primar pelo repetido. Mas a constância é a repetição, então eu primo sim pelo que é novo, pelo que é experimento. Mas não pode-se dizer que eu goste só do que é inovador. Por ser fã de certos estilos musicais eu já me atenho a gostar de coisas com certo padrão de "comportamente musical". Sou fã de rock progressivo e sou fascinado por bandas como Yes ou Gentle Giant. É impossível você dizer que elas não têm coisas em comum e que são isoladamente inovadoras, certo?
Mas aí tem uma diferença: eu acho sim que a música tem que ser original. Ela não tem que sempre inovar e revolucionar, mas ela tem que ser original. Eu não consigo gostar de uma banda que simplesmente repita o que fez o Iron Maiden ou o Judas Priest em sua épocas de ouro. Influência é uma coisa, adoração e cópia pura é outra. Quer fazer heavy metal? Pois faça, desde que você saiba ser original e, digamos, bem pessoal dentro do heavy metal.
No fim das contas se resume nisso: o quão pessoal consegue ser sua música. Não adianta eu ouvir uma banda e ficar só ouvindo o The Cure, o Led Zeppelin e o Bob Marley nela, sem ouvir nada muito
dela. O toque pessoal precisa ser realmente pessoal, algo que faça você identificar a banda ao ouvir aquela música, o que não acontece com a maioria das bandas de metal atuais, que por mais que elas copiem e tentem fazer algo pessoal, elas acabam por só copiar.
É só tomar como exemplo Rage e Tankard. Eles fizeram trabalhos bem fodas entre os CDs que saíram esse ano e estão bem cotados pra mim. Eles fizeram alguma coisa de inovador? Não. Eles fazem metal, mas do bom. Tomemos Tankard, como exemplo. Banda de thrash, estupenda. Eles não fazem a galhofa inovadora dentro do thrash, mas o som deles é extremamente único na cena. E isso faz com que eles sejam fodas.
TT1 disse:
Tipo, pega o Strokes ou essas bandas que tocam nesses festivais que acontecem no MAM... o que é novo ali? A musica? Tipo, os caras se repetem álbum a álbum, com barulhinhos de fundo (aka samplers mixurucas), como se fossem para parecer "cult". Aliás, já generalisando, o pessoal que ouve esse tipo de música é isso aí: quer parecer cult. Usam mulhequeiras com estrelinhas, camisas justas listrada, all star colorido, franja e assistem aos filmes do Kubric.
Tem muita banda e muita gente que faz isso mesmo. Mas vou te dizer o que me foi dito há uns tempos atrás, quanto a essas músicas com samples: você pode estar ouvindo as coisas erradas (ou nem ter ouvido nada direito, e estar falando merda sem conhecer).
Krebain disse:
Da década de 90 para cá, pararam de surgir as grandes bandas, as clássicas mesmo (tirando o Blind e mais uma ou outra). Porque? Porque o estilo cresceu tanto, e tão rapidamente, que não há tantos caminhos a seguir para inovar. Já existe Metal Prog, Nu Metal, Metal Orquestrado... todos os tipos possíveis.
(...)
De bandas "boas", o Metal tá cheio. E é engraçado... antes estavam justificando essa ausencia pela falta de inovação, e agora ela já não é necessária.
Todos os estilos possíveis, então? Tudo já foi explorado? Então por que ainda tentam fazer mais metal se, segundo você, tudo já foi feito? Blé. Ainda bem que a música discorda de você.
E de bandas boas o metal
esteve cheio. Das bandas atuais não é muita coisa que salva, não. Sobre inovação, vide o meu post até agora.
Pronto.