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Oscar Wilde

Wildelófilos, babem:

Oscar Wilde, um dos maiores nomes da literatura do século XIX, publicou inicialmente O Retrato de Dorian Gray no periódico norte-americano Lippincott’s Monthly Magazine, em 20 de junho de 1890. Esta versão original é o lançamento que a Landmark promove junto aos seus leitores, em uma edição bilíngue com os 13 capítulos originais publicados pela revista norte-americana, sem as alterações posteriores de 1891, que a editora Inglesa Ward, Lock and Company exigiu para lançá-lo no mercado britânico. Essas exigências e modificações deveriam suavizar a trama, abrandar a influência negativa de Lorde Henry e moderar o relacionamento de Gray com os demais personagens, constituindo assim uma segunda versão mais amena.

O lançamento de O Retrato de Dorian Gray pela Editora Landmark resgata a obra em sua forma original e oferece ao público a versão de 1890, mais densa, explícita e polêmica do romance de Wilde.

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Vou seguir um padrão pra postar nesse fórum hehehe

lidos: Contos (numa edição péssima que só vale por ser bilíngue), O Retrato de Dorian Gray, De Profundis (ou a Balada do Cárcere) e A Alma do Homem sob o Socialismo.

Tenho em casa uma resenha que fiz sobre "A Alma do homem...." que é um ensaio e não um romance, e que mostra muito de suas idéias (inclusive, muitos de seus aforismos famosos se encontram nesse livro)

Se quiserem eu acho a resenha, mas é recheada de spoilers, pois fiz para um grupo de estudos
 
Vamos desvirtuar o tópico: O Oscar Wilde era mesmo gay? E como ele conseguiu ficar dois anos presos por causa disso? (foi o que eu entendi da pequena biografia que li dele no livro O retrato de dorian gray).
 
Ele era... e sodomia era crime... está tudo no De Profundis (aliás, a mais bela descrição de Cristo que já li). O personagem de Dorian representa o Bosie, a quem ele amava...

Há um filme com Stephen Fry e Jude Law sobre a vida dele... acho que chama Wilde... Vale a pena
 
Sim, ele era mesmo gay. E bom, sobre a prisão, tem que contextualizar. Na verdade a razão principal é que ele foi se envolver com o filho de um marquês. Se Bosie (o filho) não tivesse entrado na história, muito provavelmente ele não teria sido preso. Mas começou uma espécie de 'batalha' entre Wilde e o marquês, que procurou de qualquer forma um modo de colocar Wilde na cadeia (até porque Wilde chegou a processá-lo por calúnia). Deu no que deu (e nem foi muito difícil, já que na época homossexualismo era 'crime', previsto pela tal da Criminal Law Amendment Act 1885).
 
Uau, que história. A biografia dizia também que uma vez na cadeia, Wilde foi abandonado pela familha e desacreditado como escritor. Eu nunca tinha pensado antes o motivo dele só ter escrito um livro, um romance.

Anica

Contextos são engraçados, às vezes é bom ver qual a reação das pessoas da época, ao invés de apenas ver com os olhos de hoje. Dorian Gray nem foi um romance tão 'cabuloso' (e hoje passa até por quase infantil, já viram a versão em desenho?) para ser tão criticado na época, recebido com espanto.

PS: Engraçado como esse Criminal Law Amendment Act 1885 fala de homosexualismo e prostituição masculina. As mulheres podiam ser gays? Além de dizer que as mulheres poderiam ser presas pela suspeita de transmitirem doenças venéreas e os homens não... Pior que isso, só mesmo a lei brasileira que previa que, antes de jogar suas necessidades biológicas pela janela, você precisava gritar avisando quem passava na rua (que absurdo!!! :P).

PS2: fugi do tópico? desculpem! :(

PS3: melhor videogame atualmente (ok, trocadilho sem graça)!
 
Pelo menos tinham que gritar... já pensou se nem avisassem? e nem era só no Brasil não... esse costume veio da Europa...

Bom, as idéias que Wilde expressa no "A Alma do homem..." são um motivo mais que jsutificável para que fosse perseguido pela aristocracia (afinal ele é completamente contra a propriedade privada...lembremos o quanto a propriedade valia no conceito de riqueza da época...)
 
Farfael disse:
Uau, que história. A biografia dizia também que uma vez na cadeia, Wilde foi abandonado pela familha e desacreditado como escritor. Eu nunca tinha pensado antes o motivo dele só ter escrito um livro, um romance.

Na verdade não é por aí. Primeiro, a família não o abandonou quando ele saiu da prisão. A esposa estava disposta a recebê-lo e cuidar dele (que já apresentava sinais de saúde abalada) e tudo ia bem até que Wilde resolveu ir atrás do Bosie DE NOVO. Tipo, era genial como escritor, mas uma anta como pessoa.

E desacreditado como escritor ele nunca foi. Wilde é um dos raros casos de autor aceito já no seu tempo, chegando até a fazer 'tours' nos Estados Unidos. O que aconteceu é que por causa do escândalo as peças dele perderam público, mas ele nunca deixou de ser respeitado como um ótimo escritor.

E sobre o romance, ele escreveu só um (embora digam que O Reverso da Medalha seja dele). Por outro lado, ele também escreveu peças de teatro, poemas, ensaios, contos...
 
O retrato de Dorian Gray é simplesmente fantástico. Li muito rapidamente, e em seguida já comecei o De Profundis, que também não deixa a desejar, apesar de ser muito cíclico e às vezes repetir bastante.
Tou com O fantasma de Canterville pra ler, mas tou esperando o feeling xDD
Enfim, Wilde vale muito a pena!
 
Lara Sales disse:
O retrato de Dorian Gray é simplesmente fantástico. Li muito rapidamente, e em seguida já comecei o De Profundis, que também não deixa a desejar, apesar de ser muito cíclico e às vezes repetir bastante.
Tou com O fantasma de Canterville pra ler, mas tou esperando o feeling xDD
Enfim, Wilde vale muito a pena!

Lara, você sabia que o De Profundis foi escrito na prisão, e que ele não podia reler as páginas escrita no dia anterior antes de continuar? Eu achei de uma coerência absurda depois que descobri esse detalhe...
 
Realmente, o Retrato de Dorian Gray entra na minha lista de livros favoritos, talvez mais pelo espanto de encontrar uma grande obra em uma leitura que eu não julgava que poderia me trazer muita coisa. Mas nunca li outras coisas dele. Depois dessa, vou procurar...
 
Também li Dorian Gray sem saber muito o que esperar. Gostei MUITO do livro, mas vou te rque concordar com o Bagrong que aquelas partes que falavam dos interesses do Dorian(jóias, tapetes, etc) foram beem enjoadinhas.
E agora eu descobri a fonte de todas essas frases de perfil de orkut citadas do Wilde :g:
 
Anica disse:
Sobre a parte marcada como spoiler: então, eu preciso reler o livro (de novo :dente: ), mas a sensação que eu sempre tive é que o desenvolvimento do Dorian é quase nulo propositalmente. Ele é assim mesmo, vazio, frívolo e infantil. A relação dele com a Vane na realidade serve para deixar isso ainda mais óbvio (ele se apaixona por uma personagem, desapaixona quando vê a realidade).

E ainda colocando de contraponto com o Lord Henry, que é absurdamente brilhantes (sério, eu não conheço uma pessoa que tenha lido O Retrato... e não ache o Lord Henry no mínimo encantador), ele fica ainda mais raso e, no final das contas, mais patético. Trocando em miúdos: ele tinha toda a beleza da juventude, mas era burro, vazio e mau (o que no final das contas, o retrato acabava mostrando).

O Retrato... pela primeira vez bem menina ainda, no embalo de um filme horroroso (que nem me lembro mais do nome, só que era muito tosco!)... Na época, acho que concordaria com a opinião do Bagrong, sobre a falta de uma caracterização do Dorian passo a passo. Mas depois, nas outras três vezes que lí, entendí mais pelo lado da Anica: o cara é oco! Lindo, burro, vazio, egoísta, frívolo e talz...

Agora fiquei com vontade de ler De Profundis...
 
Eu tenho um livro aqui que se chama "Histórias de Oscar Wilde" são bem legais as histórias que vem nele..
 
[align=justify]Vigésimo título da coleção Biografias da editora L&PM, Oscar Wilde de Daniel Salvatore Schiffer apresenta uma pesquisa completíssima sobre a vida do autor britânico. Trechos de cartas de Wilde e seus amigos, biografias de pessoas que conheceram o escritor, depoimentos de seus filhos, etc. tudo foi utilizado para montar um retrato fiel do que foi esse grande homem, que de certa forma dá até para dizer que foi maior do que sua própria obra.

Antes da “era paparazzi” isso acontecia com poucos artistas: ter a vida pessoal tão esmiuçada pelo público, ser de fato artista e celebridade. Wilde criou uma personagem que serviria como uma máscara protetora para quando passou a frequentar a sociedade inglesa, que tão ferinamente criticava em suas peças e em seu único romance, O Retrato de Dorian Gray. É justamente por ter a difícil tarefa de separar o homem da personagem que Schiffer merece destaque entre os biógrafos de Wilde.[/align]

CONTINUE A LER ESSE ARTIGO NO BLOG MEIA PALVRA
 
Meia Palavra disse:
[align=justify]Vigésimo título da coleção Biografias da editora L&PM, Oscar Wilde de Daniel Salvatore Schiffer apresenta uma pesquisa completíssima sobre a vida do autor britânico. Trechos de cartas de Wilde e seus amigos, biografias de pessoas que conheceram o escritor, depoimentos de seus filhos, etc. tudo foi utilizado para montar um retrato fiel do que foi esse grande homem, que de certa forma dá até para dizer que foi maior do que sua própria obra.

Antes da “era paparazzi” isso acontecia com poucos artistas: ter a vida pessoal tão esmiuçada pelo público, ser de fato artista e celebridade. Wilde criou uma personagem que serviria como uma máscara protetora para quando passou a frequentar a sociedade inglesa, que tão ferinamente criticava em suas peças e em seu único romance, O Retrato de Dorian Gray. É justamente por ter a difícil tarefa de separar o homem da personagem que Schiffer merece destaque entre os biógrafos de Wilde.[/align]

CONTINUE A LER ESSE ARTIGO NO BLOG MEIA PALVRA

Li essa biografia de Oscar Wilde e a achei muito bem escrita, além de bem detalhada a respeito dos acontecimentos polêmicos do escritor. Além disso, custa baratinho pois trata-se de uma edição de bolso.

Abraços.
 
Gostei bastante de O retrato de Dorian Gray, principalmente do personagem lorde Henry, com suas teorias de vida realmente capazes de influenciar qualquer pessoa.
 
Conheci Oscar Wilde na minha infância com o conto do Gigante Egoísta, depois disso só voltei a procurá-lo agora, aos 20 anos, e quer saber? Adorei! Tanto que comprei um livro dele com todas as suas obras (contos, romances, peças...). Está em inglês, então estou lendo mais lentamente pois sou fluente, mas nunca tinha lido nada tão amplo e com linguagem tão antiga. The Happy Prince é lindo, O the nightingale and the rose é muito triste... e o Gigante egoísta é muito bom, mas até agora o do Happy Prince foi o melhor... Adorei ver a evolução da andorinha, o começo quando fala sobre uma andorinha que se apaixona por um junco, a relutância do mesmo de ficar mais uma noite e mesmo assim fica até o final ao lado do príncipe... Me identifiquei muito com essa pequena andorinha... Não cheguei ainda nas histórias "pra gente grande" e não vejo a hora de chegar. Me apaixonei pelo autor
 

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