-Jorge-
mississippi queen
[align=justify]Os Sofrimentos do Jovem Werther (1774) é um romance epistolar que conta a história de Werther e Charlotte (ou Carlota), como eles se conhecem, como Werther se apaixona, como o amor deles é impossível. A coisa toda é narrada do ponto de vista de Werther, em cartas que ele manda ao amigo Wilhelm (ou Guilherme). A história tem inspiração na vida do próprio Goethe e no caso de Karl Wilhelm Jerusalem.
O livro pode ser encaixado no pré-Romantismo, mas, sendo anterior até à Revolução Francesa, é tão bem realizado que já dá para encontrar nele vários dos elementos que fariam o movimento posterior: a mulher idealizada (Charlotte é a melhor das irmãs, a melhor das filhas, a mais educada, refinada...), o indivíduo sendo limitado pela sociedade (há um episódio marcante sobre isso, quando Werther está trabalhando para o embaixador e é "convidado a se retirar" de um meio nobre), a mistura de gêneros, a natureza, o final trágico.
O livro está dividido em duas partes, opostas eu diria. É interessante ver como tudo que é construído na primeira é destruído na segunda para ir preparando o final. É interessante ver também a oposição entre Homero, na parte 1, e Ossian, na 2. Entre o Classicismo e o Romantismo.
Bom, vale a pena ser lido. Acho que há pelo menos umas 4 traduções no Brasil. Duas em coleções (uma pela coleção Coleção Imortais da Literatura Universal de Galeão Coutinho / outra pela Clássicos Abril Coleções, por Leonardo Lack); uma pela L&PM e outra pela Martins Fontes. [/align]
O livro pode ser encaixado no pré-Romantismo, mas, sendo anterior até à Revolução Francesa, é tão bem realizado que já dá para encontrar nele vários dos elementos que fariam o movimento posterior: a mulher idealizada (Charlotte é a melhor das irmãs, a melhor das filhas, a mais educada, refinada...), o indivíduo sendo limitado pela sociedade (há um episódio marcante sobre isso, quando Werther está trabalhando para o embaixador e é "convidado a se retirar" de um meio nobre), a mistura de gêneros, a natureza, o final trágico.
O livro está dividido em duas partes, opostas eu diria. É interessante ver como tudo que é construído na primeira é destruído na segunda para ir preparando o final. É interessante ver também a oposição entre Homero, na parte 1, e Ossian, na 2. Entre o Classicismo e o Romantismo.
Bom, vale a pena ser lido. Acho que há pelo menos umas 4 traduções no Brasil. Duas em coleções (uma pela coleção Coleção Imortais da Literatura Universal de Galeão Coutinho / outra pela Clássicos Abril Coleções, por Leonardo Lack); uma pela L&PM e outra pela Martins Fontes. [/align]