Anica
Usuário
[align=justify]O que se faz ao longo dos dezoito capítulos deste romance de Eça é a dissecação da sociedade portuguesa de sua época, que ele se esmera em expor para apontar os males e a degeneração. Vêem-se assim, no grande quadro social anatomizado pelo realismo de Eça de Queirós: o clero e a sua influência danosa ao pensamento e modo de vida portugueses: as moléstias sociais das média e alta burguesia lisboetas, com seus inúmeros e desastrosos casos de adultério; os ambientes literários e políticos, sua corrupção e tacanhice intelectual. Se é fato que a ironia é um dos grandes trunfos para a grandeza da escrita queirosiana, em Os Maias ela serve como potencializadora da tarefa trágica e também tão irônica do Destino. Talvez isso explique em parte a força de um romance, que, mais de um século depois de sua primeira publicação, é ainda capaz de atrair tantos leitores e de criar tamanho interesse, a ponto de inspirar a realização de uma minissérie pela televisão brasileira, que, diga-se de passagem, já terá sido válida se for capaz de instigar-nos à revisitação da obra maior de um dos mais consagrados escritores da literatura portuguesa.[/align]
Eu confesso que tenho uma queda por histórias de famílias, então talvez por isso eu tenha gostado TANTO de Os Maias. E olha que foi daquele tipo "leitura obrigatória", para a aula de Literatura Portuguesa na faculdade. No final das contas serei eternamente grata à professora Patrícia por ter colocado esse livro na lista dos que deveriam ser lidos, porque pude conhecer essa obra antes do que minha curiosidade permitiria.
Antes que falem da série, eu não assisti, então não sei qual o teor de fidelidade ou não. Só sei que o livro é imperdível, e vale a pena ser lido. Afonso da Maia é uma daquelas personagens para entrar em galerias de personagens favoritos, com toda certeza.
Para saber mais, tem o artigo da wiki -> http://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Maias