[size=xx-small]A diagramação do texto não é a que eu realmente pretendia; mas esta, (talvez) mero orgasmo editorial, é coisa secundária.
P.S.:ditongo oral 666 posts =D[/size]
1.
Nós somos os homens ocos
Os homens empalhados
Um nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada
Fôrma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor
Aqueles que atravessaram
De olhos retos, para o outro reino da morte
Nos recordam – se o fazem – não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos
Os homens empalhados.
(Repetirdes.)
Nós somos os homens poucos
Os homens empalhados
Um nos outros amputados
O bolso cheio de nada. Ai de Nós!
Nossas vozes secadas,
Quando juntos bradamos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na terra seca
Ou pés de ratos sobre cactos
Em nossa adaga enamorada
(Fôrma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor)
Aqueles que atravessaram
De olhos retos || para o outro || reino da morte
Nos recordam – se o fazem – não como violetas
Almas malamadas, mas apenas
Como os homens poucos
Os homens empalhaçados.
(Rep.)
2.
(Patrão Patrão Patrão, patrono patrão, serve a guariba):
Os olhos que temo encontrar em sonho.
(Agradece o alimento):
Estes não aparecem, terreno livre, ó!: Luison.
(Todos começam a comer):
No reino do sonho da morte:
A cantina Redonda:
Pele de rato, plumas de corvo, estacas cruzadas.
(A refeição termina):
Como o vento se comporta
Nem mais um passo
(Grande fila. Expectativa. Todos em seus trajes desgastados, fidedignos, com expressões variadas e mui bem executadas. Sugerimos que potencializem seus binóculos, senhoras e senhores):
Não este encontro derradeiro
No reino da morte do sonho.
3.
Esta é a terra horizontal
Onde os pombais alçam voo
Aqui não vemos asas
(IAPI em piruetas)
Apenas as súplicas da mão dum morto
Sob o lampejo fosco (Cruls Credo) da cidade da esperança
(Berço chafurdado, lençol furado, mamadeira seca, brinquedo arranhado, prato em vácuo, literatura de invisível, cachola sem orla, escavadeira tosca, picareta ajambrada, imensidão de nada, estrada desamparada, véu sem céu, universo ao inverso, eu que morreu, águia em poste, águia em dois postes, prato virado, espinhos da sorte, rio perene, fala e envenene, faixa que abaixa, corvo e estorvo, rachadura na pintura: inelutável retorno.)
E nisto consiste
Nossa fauna agonizante
(GEB, B?G)
(De pedras quebradas) Despertando sozinha
E indo embora, trêmula de morte.
4.
Aqui os olhos não brilham (+)
Neste vale de estrelas tíbias (-)
Valorizado vale em ruínas de reinos perdidos,
]perdidos![
Ah, túrgido rio: imaculada ilha da paz...
A única esperança de homens vazios (cheque!)
(Por minhas mãos multifoliadas)
Neste último sítio de encontros
Juntos tateamos:
"Respondes tu que negaste
Se for possível fazê-lo,
Que arregacemos o traste
Com pode poder podê-lo"
"De rixa de homens"
"Canta-me"
...Da Bobagem: cinquenta toniquinhos
Ah, sim, sim, então vai ser:
Espíritos Supervalorizados: e vassouras:
[sétimo]
Estrela perpétua (x10)
Estrela perpétua (x10)
Estrela perpétua (x10)
Estrela perpétua (x10)
Estrela perpétua (x10)
Guarda tua mão pra orla,
E estrela calado céu,
Donde tão mísero parla,
E perpetua o véu.
5.
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
Entre a fal(c)a
E a fá(bula)
Entre o movimento
E a b(m)ala
Tomba a pomba
Manter, defender e cumprir
Entre a (pro)mess(ia)a
E a mentira
Entre o ter(n)no
E afligira
Tomba a pomba
observar as leis, promover o bem
Entre o cacto
E o p(r)( r )ac( c )(c)to
Entre a fa(vela)
E a ma(zela)
Entre a esper(d)anças
E (h)a crianças
Tomba a pomba
sustentar a união, a integridade (e a independência)
Pera servir-vos, braço às armas feito,
Pera cantar-vos, mente às Musas dada;
Só me falece ser a vós aceito,
De quem virtude deve ser prezada.
Se me isto o Céu concede, e o vosso peito
Dina empresa tomar de ser cantada,
Como a pres(s)aga mente vaticina
Olhando a vossa inclinação divina,
Assim expira o mundo:
Não com uma explosão, mas com um ronco do avião
P.S.:
1.
Nós somos os homens ocos
Os homens empalhados
Um nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada
Fôrma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor
Aqueles que atravessaram
De olhos retos, para o outro reino da morte
Nos recordam – se o fazem – não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos
Os homens empalhados.
(Repetirdes.)
Nós somos os homens poucos
Os homens empalhados
Um nos outros amputados
O bolso cheio de nada. Ai de Nós!
Nossas vozes secadas,
Quando juntos bradamos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na terra seca
Ou pés de ratos sobre cactos
Em nossa adaga enamorada
(Fôrma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor)
Aqueles que atravessaram
De olhos retos || para o outro || reino da morte
Nos recordam – se o fazem – não como violetas
Almas malamadas, mas apenas
Como os homens poucos
Os homens empalhaçados.
(Rep.)
2.
(Patrão Patrão Patrão, patrono patrão, serve a guariba):
Os olhos que temo encontrar em sonho.
(Agradece o alimento):
Estes não aparecem, terreno livre, ó!: Luison.
(Todos começam a comer):
No reino do sonho da morte:
A cantina Redonda:
Pele de rato, plumas de corvo, estacas cruzadas.
(A refeição termina):
Como o vento se comporta
Nem mais um passo
(Grande fila. Expectativa. Todos em seus trajes desgastados, fidedignos, com expressões variadas e mui bem executadas. Sugerimos que potencializem seus binóculos, senhoras e senhores):
Não este encontro derradeiro
No reino da morte do sonho.
3.
Esta é a terra horizontal
Onde os pombais alçam voo
Aqui não vemos asas
(IAPI em piruetas)
Apenas as súplicas da mão dum morto
Sob o lampejo fosco (Cruls Credo) da cidade da esperança
(Berço chafurdado, lençol furado, mamadeira seca, brinquedo arranhado, prato em vácuo, literatura de invisível, cachola sem orla, escavadeira tosca, picareta ajambrada, imensidão de nada, estrada desamparada, véu sem céu, universo ao inverso, eu que morreu, águia em poste, águia em dois postes, prato virado, espinhos da sorte, rio perene, fala e envenene, faixa que abaixa, corvo e estorvo, rachadura na pintura: inelutável retorno.)
E nisto consiste
Nossa fauna agonizante
(GEB, B?G)
(De pedras quebradas) Despertando sozinha
E indo embora, trêmula de morte.
4.
Aqui os olhos não brilham (+)
Neste vale de estrelas tíbias (-)
Valorizado vale em ruínas de reinos perdidos,
]perdidos![
Ah, túrgido rio: imaculada ilha da paz...
A única esperança de homens vazios (cheque!)
(Por minhas mãos multifoliadas)
Neste último sítio de encontros
Juntos tateamos:
"Respondes tu que negaste
Se for possível fazê-lo,
Que arregacemos o traste
Com pode poder podê-lo"
"De rixa de homens"
"Canta-me"
...Da Bobagem: cinquenta toniquinhos
Ah, sim, sim, então vai ser:
Espíritos Supervalorizados: e vassouras:
[sétimo]
Estrela perpétua (x10)
Estrela perpétua (x10)
Estrela perpétua (x10)
Estrela perpétua (x10)
Estrela perpétua (x10)
Guarda tua mão pra orla,
E estrela calado céu,
Donde tão mísero parla,
E perpetua o véu.
5.
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
Entre a fal(c)a
E a fá(bula)
Entre o movimento
E a b(m)ala
Tomba a pomba
Manter, defender e cumprir
Entre a (pro)mess(ia)a
E a mentira
Entre o ter(n)no
E afligira
Tomba a pomba
observar as leis, promover o bem
Entre o cacto
E o p(r)( r )ac( c )(c)to
Entre a fa(vela)
E a ma(zela)
Entre a esper(d)anças
E (h)a crianças
Tomba a pomba
sustentar a união, a integridade (e a independência)
Pera servir-vos, braço às armas feito,
Pera cantar-vos, mente às Musas dada;
Só me falece ser a vós aceito,
De quem virtude deve ser prezada.
Se me isto o Céu concede, e o vosso peito
Dina empresa tomar de ser cantada,
Como a pres(s)aga mente vaticina
Olhando a vossa inclinação divina,
Assim expira o mundo:
Não com uma explosão, mas com um ronco do avião