Uma pequena montagem do texto
Leis e Costumes entre os Eldar. O texto é sobre elfos, mas há partes que parecem aplicar-se, se assumirmos como real a existência de Fëa órquico.
"Ora, os eldar são imortais dentro de Arda de acordo com sua própria natureza. Mas se um fëa [ou espírito] habita e mantém-se unido a um hröa [ou corpo físico] que não é de sua própria escolha mas sim ordenado, e é feito da carne ou substância da própria Arda, então o sucesso desta união seria vulnerável pelos males que infligem dor à Arda, mesmo se esta união fosse pela natureza e com propósito permanente. Pois a despeito desta união, que é de um tipo que, segundo a natureza não-desfigurada, nenhuma pessoa viva [encarnada] pode existir sem um fëa, nem sem um hröa, mesmo o fëa e o hröa não são a mesma coisa; e embora o fëa não possa ser partido ou desintegrado por qualquer violência exterior, o hröa pode ser ferido e completamente destruído.
Se então o hröa é destruído, ou tão ferido que sua saúde cesse, cedo ou tarde ele "morre". Isto é: torna-se doloroso para o fëa habitá-lo, não sendo nem um auxílio à vida e à vontade, nem uma satisfação usá-lo, de forma que o fëa abandona-o e, sua função chegando a um fim, a coesão é desfeita, e ele retorna novamente à orma [matéria física] geral de Arda. Então o fëa torna-se, como no início, desabrigado, e fica invisível a olhos físicos [embora claramente perceptível pela consciência por outros fëar]. (...)
(...)Pois havia, para todos os fëar dos Mortos, um período de Espera, no qual, como quer que tenham morrido, eles eram corrigidos, instruídos, fortalecidos, ou confortados, de acordo com suas necessidades ou merecimento. Se eles assim o consentissem. Mas o fëa em sua nudez é obstinado, e permanece vinculado à sua memória e aos seus antigos propósitos [especialmente se estes eram malignos].
(...)permaneciam, por desejo ou por ordem, fëar sem forma, e podiam apenas observar o desenrolar do Conto de Arda de longe, não tendo efeito algum neste."