• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

O que vocês mais apreciam em uma pintura?

Eu escrevi isso sem reler o tópico que o Eru postou, e por isso tem algumas redundâncias.

Meu amigo, meu amigo... Como você sugeriu, vamos transferir esta discussão para o funcionmalismo na arte. Você realmente acha que é impossível fazer arte sem subjetividade, sentimento ou vício? Bom, vamos começar no construtivismo russo que você citou. Cara, aqueles caras utilizaram de influências artísticas (cubismo e outros) para fazer arte e cartazes totalmente racionais. Cara, aquela famosa linguagem gráfica da Rússia socialista tinha como objetivo comunicar a uma grande massa de analfabetos. Essa foi a época do Mondrian. Teve um construtivista russo (eu esqueci o nome) que fez a pintura ‘Quadrado Branco sobre fundo Branco’, e o cara arrasou!
Pois bem, e logo esse construtivismo foi parar na bauhaus, que era totalmente funcionalista. A bauhaus construiu objetos, tipografias e teorias que tinham como objetivo o funcional, não o belo. O pano de fundo disso era claramente o socialismo, a linguagem ao alcance de todos, mas foi utilizado efetivamente pela indústria publicitária norte americana.
E o pop art? Você tem coragem de dizer que o pop art tinha influência subjetiva, funcional ou vício de composição?? Se eram justamente ready mades alterados, as latas campbels em composição por andy warhol certamente não possuiam nenhum vício de composição.
E, depois que as teorias da bauhaus sobre clareza de leitura haviam se tornardo regra básica para uma composição gráfica (hoje presente nos jornais, revistas) surgiram os não-canônicos como o David Carson (talvez o mais famoso) que realizaram composições totalmente avessas ao padrão funcionalista (vide revista Trip).
Bom, o que eu acho que está em discussão aqui não é se a arte pode ser ou não realizada sem subjetividade, sentimento ou vício, mas sim a opinião do senhor Eru, o Ilúvatar sobre o que é ou não arte. O design gráfico funcionalista não é arte para alguns, mas o Pop Art, o Construtivismo, o Impressionismo (lembrem-se dele!), o Dadaísmo (porque arte também é atitude) podem não ser considerados arte? Claro que não!
Existe um ponto entre a arte e o funcionalismo que realmente podem ser arte não viciada e subjetiva. Eu acredito que isto está presente em alguns pôsteres Russos, o monumento à terceira internacional (cuja réplica esteve na exposição Parade do ano retrasado no parque ibirapuera), algumas obras Pop-Arte e até em outras artes, como a música experimental e dodecafônica, a poesia contrutiva, documentários malucos e etc..
 
Ok, Zorba, acho que vc não entendeu o que eu quis dizer.

Zorba o Grego disse:
Meu amigo, meu amigo... Como você sugeriu, vamos transferir esta discussão para o funcionmalismo na arte. Você realmente acha que é impossível fazer arte sem subjetividade, sentimento ou vício?

Não, mas acho impossível fazer arte SÓ com subjetividade e sentimento.


Zorba o Grego disse:
Bom, vamos começar no construtivismo russo que você citou. Cara, aqueles caras utilizaram de influências artísticas (cubismo e outros) para fazer arte e cartazes totalmente racionais. Cara, aquela famosa linguagem gráfica da Rússia socialista tinha como objetivo comunicar a uma grande massa de analfabetos. Essa foi a época do Mondrian.

Sim, mas Mondrian não aderiu ao movimento. Mondrian se distanciou do DE STJL e aderiu a uma tendência nova, da qual foi um dos co-criadores, o Neoplasticismo. Eu sei bem da arte russa, fiz meu projeto de conclusão de curso na UERJ sobre o design russo. :wink:


Zorba o Grego disse:
Teve um construtivista russo (eu esqueci o nome) que fez a pintura ‘Quadrado Branco sobre fundo Branco’, e o cara arrasou!

Se não me engano foi El Lissitzky, mas acho que o nome do trabalho era de um elemento vermelho sobre um branco, não? Pode até existir esse quadro, mas branco sobre branco? Hum... Tem como me mostrar? :D


Zorba o Grego disse:
Pois bem, e logo esse construtivismo foi parar na bauhaus, que era totalmente funcionalista. A bauhaus construiu objetos, tipografias e teorias que tinham como objetivo o funcional, não o belo. O pano de fundo disso era claramente o socialismo, a linguagem ao alcance de todos, mas foi utilizado efetivamente pela indústria publicitária norte americana.

Os construtivistas eram eles mesmos funcionalistas, e a Bauhaus, que não era (a Bauhaus nasceu como escola empírica, com influência forte do expressionismo e voltada mais para Belas Artes), se tornou em 3 anos funcionalista muito em razão da influência do construtivismo russo. Vide o quadro de professores que incluia Wassily Kandinsky, Moholy-Nagy, etc...

E quanto a Bauhaus, o objetivo era o belo, mas o conceito de belo era diretamente associado ao funcional. O belo é funcional, as formas básicas e sua simplicidade como símbolo de arrojo, plasticidade e eficiência conjugadas.


Zorba o Grego disse:
E o pop art? Você tem coragem de dizer que o pop art tinha influência subjetiva, funcional ou vício de composição?? Se eram justamente ready mades alterados, as latas campbels em composição por andy warhol certamente não possuiam nenhum vício de composição.

Mas aqui a gente está concordando. A pop-art é uma releitura crítica de uma crise na arte, que perde suas referências para o objeto industrial e para a estética pastiche do consumo. Eu não falei de vícios de composição, falei de racionalidade inerente. Warhol não fez seus trabalhos em um espasmo, de olhos fechados, a maneira de um Jedi que sente a força. Ele foi racional também. Meu único ponto de defesa aqui é que não se faz arte só com sentimento.


Zorba o Grego disse:
E, depois que as teorias da bauhaus sobre clareza de leitura haviam se tornardo regra básica para uma composição gráfica (hoje presente nos jornais, revistas) surgiram os não-canônicos como o David Carson (talvez o mais famoso) que realizaram composições totalmente avessas ao padrão funcionalista (vide revista Trip).

Sim, ele é anti-funcionalista, eu conheço bem o trabalho dele e o respeito muito. Ele não é funcionalista, mas ocupa o espaço com certo grau de racionalidade, mesmo abdicando de grids e outras ferramentas de editoração. Fui eu que mencionei ele.


Zorba o Grego disse:
Bom, o que eu acho que está em discussão aqui não é se a arte pode ser ou não realizada sem subjetividade, sentimento ou vício, mas sim a opinião do senhor Eru, o Ilúvatar sobre o que é ou não arte. O design gráfico funcionalista não é arte para alguns, mas o Pop Art, o Construtivismo, o Impressionismo (lembrem-se dele!), o Dadaísmo (porque arte também é atitude) podem não ser considerados arte? Claro que não!

Minha opinião? Eu não estou aqui julgando o que é ou deixa de ser arte, exceto exemplos grotescos como o dos carinhas pelados com tinta no corpo. Só estou julgando que dizer que uma obra pode ser 100% subjetiva é lenda urbana. :mrgreen:


Zorba o Grego disse:
Existe um ponto entre a arte e o funcionalismo que realmente podem ser arte não viciada e subjetiva. Eu acredito que isto está presente em alguns pôsteres Russos, o monumento à terceira internacional (cuja réplica esteve na exposição Parade do ano retrasado no parque ibirapuera), algumas obras Pop-Arte e até em outras artes, como a música experimental e dodecafônica, a poesia contrutiva, documentários malucos e etc..

Não estou falando de vícios... Nem nego subjetividade. Acho que toda a obra tem um que de subjetivo e um que de objetivo, em maior ou menor intensidade. Só não creio em obras 100% subjetivas ou 100% objetivas. Eu tinha deixado isso claro.

Os posteres russos eram de uma objetividade impressionante. Geometrização, uso de cores básicas, uma linguagem publicitária e o inovador uso da fotomontagem na indústria gráfica. Os pais da moderna propaganda, como gosto de chamá-los as vezes, os russos que você cita, por coincidência auto-proclamados "artistas-engenheiros", eram defensores atrozes do funcionalismo. Mas por favor, não confunda. Não estou negando a sensibilidade e sua importância, só nego sua total independência.
 
:D Não tá confundindo não. Bem eu usava muito o preto em alguns "trabalhos" e em outros eu fazia pontilhamentos (os aborígens fazem bastante esse pontilhamento) usando cores vivas (laranja/vermelho/amarelo/azul)..
 
:D Dei uma espiada na pintura, é muito bonita, álias o trabalho de VanGogh é muito expressivo e sua história um tanto triste....Eu gosto muito dos Girassóis.....
 
hmm...a maneira com que os traços fazem a imaginaçao concretizar a ideia do pintor, a "dança" das cores, a distribuiçao confusa porem espetacular da obra e quando tal feito se parece com um sonho :obiggraz:
 
Na verdade o que mais me atraia naum saum aspectos tecnicos especifico, mas a estética da obra como um todo...
Se me tramite alguma sesasaum, já e boa pra mim, e o que faz eu gostar das que eu realmente gosto é por eu gostar naturalmente, independente do veiculo artisco utilizado ( claro que as vezes o que eu mais gosto é um aspecto mais especifico, como o roteiro em certos filmes por exemplo, mas normalmente é muito dificio colocar um porque de eu gostar de algo).
 
Em minha opinião existe muitas coisas a serem apreciadas...

Eu aprecio mais é a tecnica usada e detalhes, incluindo nesses detalhes os jogos de luz, eu tento trabalhar bastante luzes em meus trabalhos, tanto em pintura digital como em minhas telas a óleo, eu tento ao maximo trabalhar isso...

eu amo detalhismo, para mim o desenho, pintura e ilustração mais bem gabaritado, mas perfeito e mais detalhado (sem poluição visual) são os meus favoritos, por isso Masamune Shirow é um de meus desenhistas favoritos, ele trabalha muito bem esses aspectos...^^

P.s.: não li o topico ^^"""...gomene
 
Ilpalazzo-sama disse:
eu amo detalhismo, para mim o desenho, pintura e ilustração mais bem gabaritado, mas perfeito e mais detalhado (sem poluição visual) são os meus favoritos, por isso Masamune Shirow é um de meus desenhistas favoritos, ele trabalha muito bem esses aspectos...^^

P.s.: não li o topico ^^"""...gomene

Shirow é um mestre... Ghost in the Shell é soberbo!
 
A citação a Masamune Shirow me lembrou do Katsuhiro Otomo, que considero superior em todos os aspectos.

E ele me lembrou de um outro aspecto da pintura que muito me agrada.

O senso de movimento. A sensação de que aquelas pessoas e objetos na pintura estejam a ponto de se mover, apesar disso jamais acontecer.

O Otomo é fantástico nesse aspecto e é por isso que gosto muito dele. Que nem o Norman Rockwell. 8-)
 
Eu aprecio muito tb Otomo, mas tem um desenhista (q agora não me vem a kbeça o nome) q trabalhou na primeira vesão de Macross e trabalhou em Gundan tb...o kra tem uma habilidade no pinsel fora do comum, eu vou pegar em ksa o nome dele e posto aqui (estou no escritório onde trabalho...'=X )...

Minha professora de pintura ficou de boca aberta com trabalhgos dele q levei para minha aula ^^...

Falando nisso eu tenho q começar outro quadro amanhã e nem tenho ideia do q pintar...u.u...
 
Otomo manda bensaum. O sentido de movimeto dele é bom inclusive porque ele consegue pasar um movimento espacial, naum somente centrado no personagem. Tem quadrinhos da obra de Akira em que vc sente toda a vida da cena como um todo. Du caraio!
 
Respondendo ao tópico: as cores...com certeza o jogo de cores... qt a isso de sentimento e coisa assim, sinceramente, são mt poucos os quadros que me passam emoção... :?
 
£ara disse:
Respondendo ao tópico: as cores...com certeza o jogo de cores... qt a isso de sentimento e coisa assim, sinceramente, são mt poucos os quadros que me passam emoção... :?

Ah, não precisa se ater apenas a pinturas clássicas (não sei porque, tive a impressão de que você se referia a elas).

Aqui se fala de qualquer tipo de desenho, em geral. :wink:
 
naum naum fox... me refiro a todo tipo... cores pra mim eh essêncial

(nossa discussõa lah no "clássico X contemporâneo" tah deiz hein :wink: )
 
Toda obra me passa uma emoçaum, nem que seja o sentimento de achar feio e/ou naum gostar.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.464,79
Termina em:
Back
Topo