Gostei:
Saruman e Elrond. Gostei do Mago Branco e do Meio-Elfo enfrentando os Nazgûl (apesar de ter detestado estes e explico abaixo o motivo). Foi ótimo ver Christopher Lee mais uma vez como Saruman e em super boa forma, pulando e correndo e mandando cajadada (ok, sei que foi dublê
). Hugo Weaving sempre ótimo como Elrond.
Sauron falando na Língua Negra. Muito legal reconhecer algumas palavras no idioma e o Benedict Cumberbatch mandou muito bem nessa. Como o esperado, aliás, pois o cara é muito bom.
Gandalf: Apesar de eu achar que ele deveria ter participado do confronto em Dol Guldur, McKellen sempre dá um show interpretando o Cinzento.
Bard: a construção do personagem foi bacana, mesmo com as invenções (muitas necessárias para desenvolver um personagem importante e com quase história alguma no livro) ele me convenceu. Sobretudo pela atuação de Luke Evans, que é um ator que vem se mostrando muito bom.
Ataque de Smaug a Esgaroth: O voo e os rasantes sobre a cidade foram espetaculares, acho um dos pontos altos do filme, apesar de bem curto (o que me faz pensar que foi uma puta sacanagem PJ ter deixado isso para o último filme e ter enrolado tanto com bobagens no segundo).
Dáin: Apesar de achar um pouco demais ele chamar Thranduil de “fada da floresta”, foi o anão que eu esperava ver. E mesmo o seu porco, que não era javali, apesar de meio bobo, não me incomodou. Gostaria de ter visto mais dele no filme e espero sua coroação na estendida.
Bilbo: Sempre foi meu hobbit preferido, e a escolha de Martin Freeman para interpretá-lo mais jovem sempre mostrou-se como um grande acerto do PJ ao escalá-lo para o papel. Apesar de acharem que ele apareceu pouco (e até concordo, de certo modo), toda vez que aparece rouba a cena.
Morte de Thorin: é muito diferente do contexto de sua morte no livro, mas gostei de o personagem ter se redimido quase como no livro e feito às pazes com Bilbo, e foi a única morte que chegou perto de me emocionar.
Detalhe do elmo de Glóin: é só um detalhe mesmo, mas agradou-me muito ver Glóin preparado para a batalha usando exatamente o mesmo elmo que o Gimli usa em OSdA. O mesmo tipo de link foi feito nos outros filmes, com seu machado, que também é o mesmo usado por Gimli.
O aspecto cultural: Podemos criticar PJ por muitas coisas nesses filmes, mas ele ainda consegue diferenciar cada povo, raça e região com detalhes impressionantes. As armaduras dos anões, tanto as usadas por Thorin e Cia. quanto as usadas pela tropa de Dáin. As dos elfos e a coisa toda improvisada dos homens da Cidade do Lago. Ponto para o kiwi.
A despedida de Bilbo e Anões. Rápida, mas achei bonita (apesar de ter sentido que faltava algo ali. Explico na parte “não gostei”).
A despedida de Bilbo e Gandalf. Nitidamente baseada na conversa que os dois têm em Bolsão, no livro, mas apesar de mudada, gostei do efeito.
O leilão das coisas do Bilbo. Engraçado na medida, sem exageros. E teve até Lobélia Sacola-Bolseiro com as colheres de prata.
O final: com o link para a chegada de Gandalf a Bolsão em A Sociedade do Anel. Ver o Bilbo de Ian Holm dizendo que não quer visitas (antes apenas o ouvimos dizer isso), exatamente o outro ângulo da mesma cena vista em A Sociedade, e desta vez apenas ouvindo Gandalf dizer “e quanto a velhos amigos”, foi mais que nostálgico e foi um final bem escolhido para fechar o arco aberto no início de Uma Jornada Inesperada. Lindo!
Não gostei (e algumas odiei mesmo)
O aspecto dos Espectros do Anel. O que aconteceu com aquele visual super bem feito do espectro que ataca Radagast no primeiro filme? Quando vi aquelas coisas aparecendo atrás da Galadriel, tive logo a impressão de um trabalho super malfeito, coisa feita às pressas. Não gostei nada do aspecto deles no filme.
Galadriel verde. Confesso que a Senhora de Lórien toda verdona em A Sociedade do Anel me incomodou pouco, mas incomodou bastante isso em A Batalha dos Cinco Exércitos. Não sei se foi porque vi o filme em 48 fps e não gosto desse novo formato (ainda acho que tem aspecto de novela em HD), mas o aspecto da Galadriel me lembrou bastante de Samara Morgan do “O Chamado” , estava muito artificial e um pouco ridículo. Mas o pior estava por vir... Sauron!
Sauron. Como se já não bastassem os Espectros do Anel terem me desagradado bastante em seu visual meio desleixado, aparecem rodeando um Sauron estático como uma estátua. Sim, Sauron lembrou-me uma estátua de praça parado ali atrás, com aquele efeito tão ruim quanto dos Nazgûl. Tinha expectativas sobre esse confronto, mas ele só se salva por Elrond e Saruman em ação e pela Galadriel “normal”.
Vermes gigantes: apareceram bem rápido, é verdade, mas o pouco que fizeram já foi bizarro para mim.
Gundabad: elejo este cenário o mais sem graça dos seis filmes. Uma arquitetura da fortaleza tão preguiçosa no aspecto criativo quanto o efeito pra produzir os Espectros e Sauron.
A morte de Kili e Fili: talvez por não ter me simpatizado com eles desde sempre, suas mortes não causaram nada em mim (fora alívio).
TUDO relacionado a Tauriel e Kili (ou Fili? Nunca sei quem é quem). Elejo essa subtrama a mais chata, vergonha alheia, ridícula e ofensiva de tudo que o PJ fez em filmes da Terra-média. E os personagens são os mais pobremente construídos e os donos dos diálogos mais mal elaborados dessa trilogia O Hobbit.
Thranduil. Gosto do personagem e da atuação do Lee Pace, mesmo no visual ele me agradou, pois não é muito diferente do que eu imaginava como Rei-Élfico. Bem, e os atores não tem culpa das bobagens que diretores e roteiristas os obrigam a falar, mas se já não bastasse o diretor não se decidir que rumo dar ao personagem nesse filme (a motivação pelo colar é bem ruim e simplesmente querer ir embora da batalha porque morreram elfos demais, idem), PJ coloca na boca de um REI dos ELFOS um infame e vergonhoso “porque foi real” para a Elfa que perguntava por que sentia tanta dor pela morte do Anão! O tão insensível Rei-Élfico tinha agora um rompante de empatia pelo infame relacionamento! Meti um tapa na testa nessa hora.
Super-Legolas: Nunca fui contra a inserção do personagem no filme, seria um cameo e uma participação não mínima, mas pequena. Bem, mas tínhamos o precedente da trilogia OSdA... PJ não resistiria e nós sabíamos. A cena com Bolg, na torre de tijolos de pedra que cai e não se desfaz e ainda fica presa ao penhasco, foi demais. Subir aqueles tijolos, no ar, como se gravidade não houvesse, foi ridículo.
A questão da mãe do Legolas, totalmente jogada e sem contexto algum. “Ela morreu ali (Gundabad)”, “Sua mãe te amava muito”... er... tá, e daí? Que importância tem isso para o filme?
Thranduil dizendo para Legolas procurar Aragorn: outra coisa fora de contexto e forçosamente criada para fazer um link com OSdA. Isso depois de Legolas dizer que não poderia voltar (para o Reino da Floresta). Por quê?
O não-final de Tauriel: quando a atriz disse numa entrevista que li faz pouco tempo, que a personagem não tinha um final, eu não havia entendido muito bem o que isso significava. PJ inventa uma personagem bem irrelevante e ainda nos obriga a aceitar que ela está por aí na Terra-média vivendo como ermitã? Pouco me importo com ela, mas já que inventou e nos obrigou a engoli-la, que terminasse de uma vez por todas com essa história e personagem e não deixasse em aberto esse arco.
Alfrid: o assistente do Prefeito deveria ter morrido junto com ele debaixo de Smaug e ponto. Assim com Tauriel, não tem sentido PJ dar tanto espaço para um personagem totalmente sem graça e totalmente criado por ele e roteiristas, ao mesmo tempo em que resumem e suprimem coisas que funcionariam muito bem.
Radagast e Beorn: como já disseram, apareceram tão rápido que seus papéis no filme resumiram-se a mera figuração, especialmente Beorn. Como teria sido lindo ver o Troca-peles chegando do nada e levantando dezenas de orcs na patada e tirando o moribundo Thorin do meio da turba! Teria feito justiça ao personagem totalmente apagado nesses filmes.
Coisas faltando: talvez por edição ruim (falo mais sobre isso abaixo), ou qualquer outro motivo, mas ficou nítido que havia cenas faltando para ligar uma a outra. O cajado do Gandalf que não é explicado o motivo de ser o mesmo do Radagast é só um deles. Perto da despedida de Bilbo e Anões, Balin diz ao hobbit algo como “esta noite comemoraremos e brindaremos” (ou coisa muito próxima disso). O que, as mortes do Thorin, Kili e Fili? Estranho. Ficou parecendo a mim que comemorariam um novo rei, não? Dáin, obviamente! No entanto, o anão some na batalha e nada de aparecer depois ou falarem dele. O funeral do Thorin e a Pedra Arken e etc. Espero que em 30 minutos prometidos para a versão estendida isso apareça, e menos, ou melhor, nada mais de “Anão S2 Elfa”.