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Melkor representa Lúcifer, O Anjo Caído??

Desculpa aí mas Allazread ( que , coincidentemente, lembra Albdul Alhasred do Necronomicon está por fora nessa aí:
Vejam pq:



(não acho que um "scholar" que usa um nick pra homenagear um personagem do Lovecraft com a história do Alhazred mereça muito crédito numa matéria como essa. Vou detalhar meus motivos mais tarde ser for o caso do material aqui não ter dirimido as dúvidas.


Se seu argumento é esse, ele é muito fraco. Simon usou esse nick justamente por paródia, ele conhece razoavelmente judaísmo e muito sobre religiões orientais, especialmente hinduísmo. Nada do que você traz nesses textos contradiz o que ele diz.

A ideia de que Lilith faz parte do folclore judaico posterior não é negada por ninguém, nem sua presença no Zohar. O que é discutido é o valor e a importância religiosa dessa presença, muito inferior em natureza e grau ao que se atribui a ela por círculos ocultistas por aí. Ela entrou nesse caminho como um exemplar de demônio babilônio, sua associação com Astarte é muito posterior. É uma associação helênica, característica de um pensamento grego que subssume as diversas divindades e criaturas aos seus próprios deuses, assim a antiga associação entre Perséfone e Astarte aparece relacionando Lilith à mesma deusa. Mas tanto pela história folclórica antiga quando pelo uso mágico de amuletos contra espíritos abortivos, fica claro que Lilith não passava de apenas um demônio que causa infortúnios de morte, como era característico do folclore judaico absorver.

Então, julgando argumento por nick... Você é melhor que isso, Ilma.
 
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Se seu argumento é esse, ele é muito fraco. Simon usou esse nick justamente por paródia, ele conhece razoavelmente judaísmo e muito sobre religiões orientais, especialmente hinduísmo. Nada do que você traz nesses textos contradiz o que ele diz.

A ideia de que Lilith faz parte do folclore judaico posterior não é negada por ninguém, nem sua presença no Zohar. O que é discutido é o valor e a importância religiosa dessa presença, muito inferior em natureza e grau ao que se atribui a ela por círculos ocultistas por aí. Ela entrou nesse caminho como um exemplar de demônio babilônio, sua associação com Astarte é muito posterior. É uma associação helênica, característica de um pensamento grego que subssume as diversas divindades e criaturas aos seus próprios deuses, assim a antiga associação entre Perséfone e Astarte aparece relacionando Lilith à mesma deusa. Mas tanto pela história folclórica antiga quando pelo uso mágico de amuletos contra espíritos abortivos, fica claro que Lilith não passava de apenas um demônio que causa infortúnios de morte, como era característico do folclore judaico absorver.

Então, julgando argumento por nick... Você é melhor que isso, Ilma.
Se fosse o ÚNICO argumento eu não teria colocado os links que coloquei. O meu problema não é com o uso do nick pelo Simon é o fato de que, até onde vc deu a conhecer, ele usar isso como uma forma de ocultação da própria identidade e background. Quem é esse tal Simon? Onde estão os links pra outras coisas que ele escreveu?

Pra mim é vc que está descrevendo o semblante de um argumento espantalho, Paganus...E eu esperava que VOCÊ fosse melhor que isso...

O fato de ser evolução mitológica "sincrética" "posterior"* não a torna menos válida até porque a leitura teística das próprias figuras de Satã e Lúcifer tal como entendidas pelo Cristianismo TAMBÉM é produto de interações similares que remontam à Patrística e à Escolática Medievais mas, estritamente falando, NÃO faz parte do texto bíblico por si só. A esses desenvolvimentos extra-bíblicos, contrários à teologia judaica ortodoxa sobre o tema, foram inseridos na nossa tradição miríades de "acréscimos" e encampamentos feitos em data ulterior também, pra se consolidar tal como entendemos, só com John Milton no século XVII. E um bocado de material "burlesco" e "carnavalesco" como Goethe fez questão de ressaltar no Segundo Fausto.

*Igualmente o fato de só ter versão ESCRITA de determinado mito ou lenda em determinado época não é prova cabal de que a tradição não remonta há séculos e milênios antes haja vista o exemplo do Kalevala do Elias Lonrot que só foi compilado no século XIX. O mesmo vale pra trocentos dos mitos da fase Ossianica ou Finniana da mitologia céltica.

Isso é MAIS verdadeiro ainda em se tratando de sociedades tais como a judaica com um contato precoce e extenso com a tradição literária mas com um apego ainda maior ao sigilo, reticência e reclusão dos "círculos internos", funcionando de maneira bem similar aos Ritos órficos dos Gregos, os quais também NÃO eram transcritos pra registro escrito a não ser fragmentadamente em período muito tardio.

Outrossim, o fato de ser produto de cristalização ou sedimentação literária tardia não exclui de maneira alguma a possibilidade de sua "canonização" como produto de "inspiração" divina atuando por intermédio da mão humana como se presume que teria acontecido com John Milton ao conceber seus Paraíso Perdido e Reconquistado que tanto influenciou toda a iconografia e teologia dos últimos quatrocentos anos mas que remonta só ao século XVII.

Ademais: caracterizar os textos que narram o mito de Lilith como "burlescos" ou histórias com intento cômico é simplificar em demasia a coisa. O que há de "cômico" na história de Lilith tal como descrita por Neil Gaiman em Sandman número 40 tal como colado aqui ? Inclusive eu presumo que vc teria errado de tópico onde colocar a sua mensagem sobre o assunto divulgando o ponto de vista do tal "Simon", né?


Para mim tem muito mais conteúdo passível de leitura como comédia em passagens do Velho Testamento tais como a de Ló com as suas filhas e até mesmo toda a narrativa da queima de Sodoma e Gomorra

Nada do que você traz nesses textos contradiz o que ele diz.
Não? Acho que uma pessoa só não vê refutação válida do que ele diz se tender a ser desses "literalistas" que confundem canonicidade de exegese textual da Bíblia e seus textos ancilares como aderência a uma leitura com um viés tão cravado em ortodoxia mosaica anacrônica que tenderia a abolir o próprio Cristianismo se fosse levado às últimas consequências.

Em todo caso, até por ser adotado como motivo literário e arquetípico por luminares e expoentes da literatura como George Mcdonald ( pastor anglicano e NÃO um esotérico "ocultista" no sentido pejorativo que vc mesmo e/ou "Simon" tentaram empregar) e Victor Hugo já faz de Lilith muito mais influente e "presente" na mentalidade contemporânea do que muitas passagens "canônicas" e farsescas do texto bíblico como a supracitada escapada incestuosa de Ló e o terrível caso da filha de Jefté:


 
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But Melkor is not alleogry. Melkor is not a character who is in some respects a symbol of Satan in Tolkien’s fiction. Melkor simply is Satan. Just as Milton’s Satan in Paradise Lost was also not a symbol of Satan but just Satan himself in a fictional work. The general picture of Satan as a rebel angel is common traditional Christianity, of Biblical origin (though some would today claim Biblical misinterpretation) and appears in many Christian works before Milton. For the main Biblical passage, see Isaiah 14:12–15, which contains the name “Day-star” translated in Latin to Lucifer.

These traditions were elaborated in many medieval mystery plays. See, for example, (//www.lib.rochester.edu/camelot/teams/sdnt1frm.htm) , long before Milton.

I quite deny allegory. Which just in itself shows that it is not “undeniable”. Allegory depends on at least one element standing for something else in a story, not on one element standing for itself.
 
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