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Maioridade penal

Você é a favor ou contra a diminuição da maioridade penal?

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    74
Sejong sério, ou você está zuando ou ta começando a me assustar.

no mais, segue um resumo de muito o que foi falado aqui no fórum entre aqueles que é contra a redução.
Foi escrito por Eliane Brum e fiquei pasmo por vir de uma revista tão elitista como a época, o que me levou a refletir sobre certos preconceitos, mas isso é outro assunto.

p.s as vezes acho que boa parte nunca chega a abrir os links que mando =D
 
Devemos lutar para que as pessoas se conscientizem de que é necessária a realização de experiências neurais em criminosos hediondos, para reabilitá-los e garantir que não haja reincidência, e assim poderemos contribuir muito eficazmente para erigir uma sociedade melhor, mais justa, pacífica e segura.

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Sejong sério, ou você está zuando ou ta começando a me assustar.

no mais, segue um resumo de muito o que foi falado aqui no fórum entre aqueles que é contra a redução.
Foi escrito por Eliane Brum e fiquei pasmo por vir de uma revista tão elitista como a época, o que me levou a refletir sobre certos preconceitos, mas isso é outro assunto.

p.s as vezes acho que boa parte nunca chega a abrir os links que mando =D

Eu fiquei curioso, mas vou clica só quando voltar a ficar sóbrio...

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Sejong sério, ou você está zuando ou ta começando a me assustar.

no mais, segue um resumo de muito o que foi falado aqui no fórum entre aqueles que é contra a redução.
Foi escrito por Eliane Brum e fiquei pasmo por vir de uma revista tão elitista como a época, o que me levou a refletir sobre certos preconceitos, mas isso é outro assunto.

p.s as vezes acho que boa parte nunca chega a abrir os links que mando =D

Eu fiquei curioso, mas vou clica só quando voltar a ficar sóbrio...
 
Mas é sério. O Sejong fala de um jeito como se isso fosse muito bom e como se isso fosse a solução de todos os nossos problemas. Isso se chama alienação. Achar que isso é uma coisa normal e desejada é muito assustador.

Eu fiquei curioso, mas vou clica só quando voltar a ficar sóbrio...

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Eu fiquei curioso, mas vou clica só quando voltar a ficar sóbrio...

Nem precisava dizer!
 
Última edição:
Antes de diminuir a maioridade penal,é necessário investir em educacao,moradia e saúde.Na Escócia,por exemplo,uma crianca de 8 anos já pode ser julgada como adulto,porém,é um país que possuí uma boa infraestrutura nesses requisitos,o que previne que os jovens entrem na criminalidade.Já no Brasil,geralmente,os jovens entram no mundo do crime justamente por possuírem condicoes de vida precárias.
Além disso,o sistema carcerário brasileiro está deficiente,há uma superlotacao e são raras as vezes em que um indivíduo sai da prisão melhor do que entrou,pois lá ele se envolve com diversos grupos ligados ao crime organizado.Será que jovens colocados juntos com tais grupos sairiam melhor do que entraram?
Também deve-se levar em conta os aspectos psicológicos de cada indivíduo,pois ao diminuir a maioridade,ainda vão existir menores infratores,e a solucao será diminuir a idade até quando?
Há,de fato,o problema que é a impunidade aos jovens infratores,porém,antes de diminuir a maioridade penal,deve-se investir no sistema penitenciário e dar condicoes dignas de vida para cada cada crianca e adolescente,pois mesmo que ainda haja delinquentes,serão em menor número.
 
Razões para NÃO reduzir a maioridade penal


Na última semana uma tragédia abalou todos os funcionários e alunos da Faculdade Cásper Líbero, onde estou terminando o curso de jornalismo. O aluno de Rádio e TV Victor Hugo Deppman, de 19 anos, foi morto por um assaltante na frente do prédio onde morava, na noite da terça-feira (9). O crime chocou não só pela banalização da vida – Victor Hugo entregou o celular ao criminoso e não reagiu –, mas também pela constatação de que a tragédia poderia ter acontecido com qualquer outro estudante da faculdade.

Esse novo capítulo da violência diária em São Paulo ganhou atenção especial da mídia por um detalhe: o criminoso estava a três dias de completar 18 anos. Ou seja, cometeu o latrocínio (roubo seguido de morte) enquanto adolescente e foi encaminhado à Fundação Casa.

Óbvio que a primeira reação é de indignação; acho válida toda a revolta da população, em especial da família do garoto, mas não podemos deixar que a emoção nos leve a atitudes irresponsáveis. Sempre que um adolescente se envolve em um crime bárbaro, boa parte da população levanta a voz para exigir a redução da maioridade penal. Alguns vão adiante e chegam a questionar se não seria hora do Estado se igualar ao criminoso e implantar a pena de morte no país. Foi o que fez de forma inconsequente o filósofo Renato Janine Ribeiro, em artigo na Folha de S. Paulo, por ocasião do assassinato brutal do menino João Hélio em 2007.

Além de obviamente não termos mais espaço para a Lei de Talião no século XXI, legislar com base na emoção nada mais atende do que a um sentimento de vingança. Não resolve (nem ameniza) o problema da violência urbana.

O que chama a atenção é maneira como a grande mídia cobre essas tragédias. A maioria das matérias que vemos nos veículos tradicionais só reforçam uma característica do Brasil que eles mesmo criticam: somos o país do imediatismo. A cada crime brutal cometido por um adolescente, discutimos os efeitos da violência, mas não as suas causas. Discutimos como reprimir, não como prevenir. É uma tática populista que desvia o foco das reais causas do problema.

Abaixo exponho a lista de motivos pelos quais sou contra a redução da maioridade penal:

As leis não podem se basear na exceção

A maneira como a grande mídia cobre estes crimes bárbaros cometidos por adolescentes nos dá a (falsa) impressão de que eles estão entre os mais frequentes. É justamente o inverso. O relatório de 2007 da Unicef “Porque dizer não à redução da idade penal” mostra que crimes de homicídio são exceção:

“Dos crimes praticados por adolescentes, utilizando informações de um levantamento realizado pelo ILANUD [Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente] na capital de São Paulo durante os anos de 2000 a 2001, com 2100 adolescentes acusados da autoria de atos infracionais, observa-se que a maioria se caracteriza como crimes contra o patrimônio. Furtos, roubos e porte de arma totalizam 58,7% das acusações. Já o homicídio não chegou a representar nem 2% dos atos imputados aos adolescentes, o equivalente a 1,4 % dos casos conforme demonstra o gráfico abaixo.”

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E para exibir dados atualizados, dentre os 9.016 internos da Fundação Casa, neste momento apenas 83 infratores cumprem medidas socioeducativas por terem cometido latrocínio (caso que reacendeu o debate sobre a maioridade penal na última semana). Ou seja, menos que 1%.

Redução da maioridade penal não diminui a violência. O debate está focado nos efeitos, não nas causas da violência

Como já foi dito, a primeira reação de alguns setores da sociedade sempre que um adolescente comete um crime grave é gritar pela redução da maioridade penal. Ou quase isso: dificilmente vemos a mesma reação quando a vítima mora na periferia (nesses casos, a notícia vira apenas uma notinha nas páginas policiais). Mas vamos evitar leituras ideológicas do problema.

A redução da maioridade penal não resolve nem ameniza o problema da violência. “Toda a teoria científica está a demonstrar que ela [a redução] não representa benefícios em termos de segurança para a população”, afirmou em fevereiro Marcos Vinícius Furtado, presidente da OAB. A discussão em torno na maioridade penal só desvia o foco das verdadeiras causas da violência.

O Instituto Não Violência é bem enfático quanto a isso: “As pesquisas realizadas nas áreas social e educacional apontam que no Brasil a violência está profundamente ligada a questões como: desigualdade social (diferente de pobreza!), exclusão social, impunidade (as leis existentes não são cumpridas, independentemente de serem “leves” ou “pesadas”), falhas na educação familiar e/ou escolar principalmente no que diz respeito à chamada educação em valores ou comportamento ético, e, finalmente, certos processos culturais exacerbados em nossa sociedade como individualismo, consumismo e cultura do prazer.

No site da Fundação Casa temos acesso a uma pesquisa que revela o perfil dos internos (2006):

maioridade_penal_fundacao_casa.png


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Em linhas gerais, o adolescente infrator é de baixa renda, tem muitos irmãos e os pais dificilmente conseguem sustentar e dar a educação ideal a todos (longe disso). Isso sem contar quando o jovem é abandonado pelos pais, quando um deles ou ambos faleceram, quando a criança nem chega a conhecer o pai, entre outras complicações.

Claro que é bom evitar uma posição determinista, a pobreza e a carência afetiva por si só não produzem criminosos. Mas a falta de estrutura familiar, de educação, a exposição maior à violência nas periferias e a falta de políticas públicas para esses jovens os tornam muito mais suscetíveis a cometer pequenos crimes.

Especialistas afirmam que os adolescentes começam com delitos leves, como furtos, e depois vão subindo “degraus” na escada do crime. De acordo com Ariel de Castro Alves, ex secretário-geral do Conselho Estadual da Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), muitos dos adolescentes que chegam ao latrocínio têm dívidas com traficantes e estão ameaçados de morte, e isso os estimula a roubar.

Vale aqui lembrar a falência da Fundação Casa, que em vez de recuperar os jovens, acaba incentivando os internos a subir esses degraus do crime. Para entender melhor sua realidade, recomendo a leitura da matéria “De Febem a Fundação Casa” da Revista Fórum. Nela temos o relato do pedagogo Carlos (nome fictício), que sofreu ameaças frequentes por contestar os atos abusivos da direção: “A Fundação Casa nasceu para dar errado. Eles saem de lá com mais ódio, achando que as pessoas são todas ruins e que não há como mudar isso. São desrespeitados como seres humanos, são tratados como lixo. E isso faz com que eles pensem que não podem mudar.”

Atuante na Fundação há onze anos, Carlos conta que os atos de violência contra os adolescentes são cotidianos e descarados, apoiados inclusive pelo diretor, que também “bate na cara dos meninos”. Essa bola de neve de violência só poderia resultar em crimes cada vez mais graves cometidos pelos garotos.

A redução da maioridade penal tornaria mais caótico o já falido sistema carcerário brasileiro e aumentaria o número de reincidentes

Dados objetivos: Temos no Brasil mais de 527 mil presos e um déficit de pelo menos 181 mil vagas. Não precisamos nos aprofundar sobre a superlotação e as condições desumanas das cadeias brasileiras, é óbvio que um sistema desses é incapaz de recuperar alguém.

A inclusão de adolescentes infratores nesse sistema não só tornaria mais caótico o sistema carcerário como tende a aumentar o número de reincidentes. Para o advogado Walter Ceneviva, colunista da Folha, a medida pode tornar os jovens criminosos ainda mais perigosos: “Colocar menores infracionais na prisão será uma forma de aumentar o número de criminosos reincidentes, com prejuízo para a sociedade. A redução da maioridade penal é um erro.”

A Unicef também destaca os problemas que os EUA enfrentam por colocar adolescentes e adultos nos mesmos presídios. “Conforme publicado este ano [2007] no Jornal New York Times, a experiência de aplicação das penas previstas para adultos para adolescentes nos Estados Unidos foi mal sucedida resultando em agravamento da violência. Foi demonstrado que os adolescentes que cumpriram penas em penitenciárias, voltaram a delinqüir e de forma ainda mais violenta, inclusive se comparados com aqueles que foram submetidos à Justiça Especial da Infância e Juventude.”

O texto em questão foi publicado no New York Times em 11 de maio de 2007 e está disponível na íntegra na página 34 deste PDF da Unicef.

Ao contrário do que é veiculado, reduzir a maioridade penal não é a tendência do movimento internacional

Tenho visto muitos textos afirmando que o Brasil é um dos raros países que estipulou a maioridade penal em 18 anos. Tulio Kahn, doutor em ciência política pela USP, contesta esses dados. “O argumento da universalidade da punição legal aos menores de 18 anos, além de precário como justificativa, é empiricamente falso. Dados da ONU, que realiza a cada quatro anos a pesquisa Crime Trends(Tendências do Crime), revelam que são minoria os países que definem o adulto como pessoa menor de 18 anos e que a maior parte destes é composta por países que não asseguram os direitos básicos da cidadania aos seus jovens.”

Ainda segundo a Unicef “de 53 países, sem contar o Brasil, temos que 42 deles (79%) adotam a maioridade penal aos 18 anos ou mais. Esta fixação majoritária decorre das recomendações internacionais que sugerem a existência de um sistema de justiça especializado para julgar, processar e responsabilizar autores de delitos abaixo dos 18 anos. Em outras palavras, no mundo todo a tendência é a implantação de legislações e justiças especializadas para os menores de 18 anos, como é o caso brasileiro.”

O que pode estar acontecendo na grande mídia é uma confusão conceitual pelo fato de muitos países usarem a expressão penal para tratar da responsabilidade especial que incide sobre os adolescentes até os 18 anos. “Países como Alemanha, Espanha e França possuem idades de inicio da responsabilidade penal juvenil aos 14, 12 e 13 anos. No caso brasileiro tem inicio a mesma responsabilidade aos 12 anos de idade. A diferença é que no Direito Brasileiro, nem a Constituição Federal nem o ECA mencionam a expressão penal para designar a responsabilidade que se atribui aos adolescentes a partir dos 12 anos de idade”.

Confiram aqui a tabela comparativa entre diferentes países ao redor do mundo. Alguns países vêm seguido o caminho contrário do que a grande mídia divulga e aumentado a maioridade penal. “A Alemanha restabeleceu a maioridade para 18 anos e o Japão aumentou para 20 anos. A tendência é combater com medidas socioeducativas. Estudos apontam que os crimes praticados por crianças e adolescentes, no Brasil, não passariam de 15%. Há uma falsa impressão de que esses jovens ficam impunes, o que não é verdade, pois eles respondem ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)”, argumenta Márcio Widal, secretário da Comissão dos Advogados Criminalistas da OAB.

Também não vejo os grandes jornais divulgarem que muitos estados americanos estão aumentando a maioridade penal.

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Há ainda diversos argumentos contra a redução da maioridade penal, mas o texto já se estendeu muito e vamos focar em mais dois. A medida é inconstitucional; a questão da maioridade faz parte das cláusulas pétreas da Constituição de 1988, que não podem ser modificadas pelo Congresso Nacional (saiba mais sobre as cláusulas pétreas da CF aqui). Seria necessária uma nova Assembleia Constituinte para alterar a questão.

“São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial” (Artigo 228 da Constituição Federal). Ou seja, todas as pessoas abaixo dos 18 anos devem ser julgadas, processadas e responsabilizadas com base em uma legislação especial, diferenciada dos adultos.

Há ainda o clássico argumento de que o crime organizado utiliza os menores de idade para “puxar o gatilho” e pegar penas reduzidas. Se aprovada a redução da maioridade penal, os jovens seriam recrutados cada vez mais cedo. Se baixarmos para 16 anos, quem vai disparar a arma é o jovem de 15. Se baixarmos para 14, quem vai matar será o garoto de 13. Estaríamos produzindo assassinos cada vez mais jovens. Além disso, “o que inibe o criminoso não é o tamanho da pena e sim a certeza de punição”, diz o advogado Ariel de Castro Neves. “No Brasil existe a certeza de impunidade já que apenas 8% dos homicídios são esclarecidos. Precisamos de reestruturação das polícias brasileiras e melhoria na atuação e estruturação do Judiciário.”

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Concluindo…

Reforçando, tudo o que foi discutido até aqui foi para mostrar o problema de tratar essa questão com imediatismo, impulsividade. Os debates estão sendo feitos quase sempre em cima dos efeitos da violência, não de suas causas, desviando o foco das reais origens do problema.

Que tal nos mobilizarmos para cobrar uma profunda reforma na Fundação Casa, de forma que ela cumpra minimamente seus objetivos? Ou para cobrar outra profunda reforma no sistema carcerário brasileiro, que possui 40% de presos provisórios? Será que todos deviam estar lá mesmo?

E melhor ainda: que tal nos mobilizarmos para que o Governo invista pesado na prevenção da criminalidade, como escolas de tempo integral, atividades de lazer e cultura? Estudos mostram que quanto mais as crianças são inseridas nessas políticas públicas, menores as chances de serem recrutadas pelo mundo das drogas e pelo crime organizado.

“Quando o Estado exclui, o crime inclui”, afirma Castro Alves. “Se o jovem procura trabalho no comércio e não consegue, vaga na escola ou num curso profissionalizante e não consegue, na boca de fumo ele vai ser incluído.”

Na teoria o ECA é uma ótima ferramenta para prevenir a criminalidade. Mas há um abismo entre a teoria e a prática do ECA: a falta de políticas públicas para a juventude, a falta de estrutura e os abusos na Fundação Casa acabam produzindo o efeito contrário do desejado. Mesmo assim, a reincidência no sistema de internação dos adolescentes é de aproximadamente 30%. No sistema prisional comum é de 60%, segundo o Ministério da Justiça.

No fim das contas, suspeito que boa parte da sociedade não quer recuperar os jovens infratores. Muitos gostariam mesmo é de fazer justiça com as próprias mãos ou que o Estado aplicasse a pena de morte, como sugeriu o filósofo Janine Ribeiro no calor da emoção. Mas já que isso não é possível, então “que apodreça na cadeia junto com os adultos”.

Por causa de fatos isolados, como a tragédia do menino João Hélio e do estudante Victor Hugo, cobram do governo a redução da maioridade penal, uma atitude impulsiva e irresponsável que iria piorar ainda mais a questão da violência no Brasil. A questão é tentar reduzir a violência ou atender a um desejo coletivo de vingança?


Fonte: Vini Bocato
 
Perfeito a colocação da Pim!

Reduzir a maioridade penal não soluciona problema nenhum...ora em nosso sistema carcerário não funciona nem com maior de idade, pelo contrário.

A natural revolta, e posso dizer que infelizmente conheci uma pessoa que foi assassinada por um menor de idade, é mais inicial e também mais ligada a questão da vingança. Agora pensando a nível de sociedade e como esta deve se desenvolver, a solução claro e como sempre é...mais difícil de se realizar e mais a longo prazo que é atacar a raiz do problema.

Entrando em outros méritos, não para defender ou não mas para a nível de comparação, vamos pegar o bola família, programa tão criticado do governo federal. De fato o bolsa família está longe de ser a solução definitiva para encerrar a pobreza e como em tudo há criticas boas e ruins, com e sem fundamento. Muitas destas criticas são..."ahhh não pode dar o peixe tem que ensinar a pescar"...."ahhh estão dando dinheiro de graça"....estas criticas são baseadas de que o bolsa família é um remendo, uma solução a curto prazo visando o efeito e não a causa. Aí vejo muitos que fazem estas mesmas criticas, defenderem a redução da maioridade penal como solução primordial de segurança pública....ora os adolescentes não deixaram de cometer crimes...podem ficar um pouco mais na prisão...vão sair e vão continuar cometendo crimes do mesmo modo que ocorre com os maiores de idade.

Mexer na raiz do problema significa mexer na estrutura do sistema, colocarei uma citação de uma socióloga respeitada no meio acadêmico:

"De fato, a sociedade brasileira é estruturalmente violenta, hierárquica, vertical, autoritária e oligárquica e o Estado é patrimonialista e cartorial, organizado segundo a lógica clientelista e burocrática. O clientelismo bloqueia a prática democrática da representação — o representante não é visto como portador de um mandato dos representados, mas como provedor de favores aos eleitores. A burocracia bloqueia a democratização do Estado porque não é uma organização do trabalho e sim uma forma de poder fundada em três princípios opostos aos democráticos: a hierarquia, oposta à igualdade; o segredo, oposto ao direito à informação; e a rotina de procedimentos, oposta à abertura temporal da ação política.

Além disso, social e economicamente nossa sociedade está polarizada entre a carência absoluta das camadas populares e o privilégio absoluto das camadas dominantes e dirigentes, bloqueando a instituição e a consolidação da democracia. Um privilégio é, por definição, algo particular que não pode generalizar-se nem universalizar-se sem deixar de ser privilégio. Uma carência é uma falta também particular ou específica que se exprime numa demanda também particular ou específica, não conseguindo generalizar-se nem universalizar-se. Um direito, ao contrário de carências e privilégios, não é particular e específico, mas geral e universal, seja porque é o mesmo e válido para todos os indivíduos, grupos e classes sociais, seja porque embora diferenciado é reconhecido por todos (como é caso dos chamados direitos das minorias). Assim, a polarização econômico-social entre a carência e o privilégio ergue-se como obstáculo à instituição de direitos, definidora da democracia.

A esses obstáculos, podemos acrescentar ainda aquele decorrente do neoliberalismo, qual seja o encolhimento do espaço público e o alargamento do espaço privado. Economicamente, trata-se da eliminação de direitos econômicos, sociais e políticos garantidos pelo poder público, em proveito dos interesses privados da classe dominante, isto é, em proveito do capital; a economia e a política neoliberais são a decisão de destinar os fundos públicos aos investimentos do capital e de cortar os investimentos públicos destinados aos direitos sociais, transformando-os em serviços definidos pela lógica do mercado, isto é, a privatização dos direitos transformados em serviços, privatização que aumenta a cisão social entre a carência e o privilégio, aumentando todas formas de exclusão. Politicamente o encolhimento do público e o alargamento do privado colocam em evidência o bloqueio a um direito democrático fundamental sem o qual a cidadania, entendida como participação social, política e cultural é impossível, qual seja, o direito à informação."
- Professora Marinela Chaui

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com....i-debate-ascensao-conservadora-sao-paulo.html

Infelizmente não é cultural do Brasil atacar a raiz do problema...da muito trabalho e muitas vezes não é bom pras classes dominantes...é muito mais fácil fazer um remendinho aqui outro ali e por aí são mais de 500 anos de história colonial, imperial e republicana de remendos e de felicidades momentâneas.
 
Última edição:
Não atacar a raiz do problema não é um privilégio do crime, acontece na educação, na estrutura, no combate a pobreza, na saúde e ai vai.
 
Porque como é citado no texto que a Pim colocou, não só é mais imediatista, como é aparetemente mais facil(embora não necessariamente menos dispendioso), e mais visivel a opinião publica, você combater as consequencias do que as causas...

afora que Brasileiro gosta de se enganar com soluções de jogar pra debaixo do tapete...
 
A matéria que Pim postou é realmente interessante, mas teve menos evidências reais do que eu esperava. Talvez uma das mais relevantes seja o gráfico das infrações cometidas por jovens, o que reforça o argumento de que as leis não devem ser baseadas nas exceções. Como o artigo bem fala, os eventos extremos recebem atenção extrema, embora sejam pouco frequentes. Só que como a cobertura jornalística é exaustiva (tanto sobre as informações quando sobre a nossa paciência), fica parecendo que as tragédias são problemas comuns que precisam de medidas urgentes.

Por outro lado, eu continuo a concordar com a história de que alguns casos de crimes cometidos por menores deveriam ser analisados com um pouco mais de cuidado, sob a análise de psicólogos e assistentes sociais. Por mais que queiramos acreditar nisso, nem todo menor criminoso é fruto de uma exclusão social e da extrema pobreza.
 
Só que como a cobertura jornalística é exaustiva (tanto sobre as informações quando sobre a nossa paciência), fica parecendo que as tragédias são problemas comuns que precisam de medidas urgentes.
Já eu penso que a midia não cobre, nem mesmo se vc levar em conta programas como do datena, nem 40% da questão e perfil da criminalidade, principalmente por praticamente ignorar fatos ocorridos na periferia e em alguns setores da sociedade. Teve de rolar estupro de turista em copacabana as vesperas de copa do mundo pra ser divulgado no RJ tv os numeros de casos de estupro registrados no Rio de Janeiro( 497 em fevereiro, acho que no estado, isto só o que foi registrado)... Quanto se fala na midia sobre o problema da falencia do sistema carcerario? Só quando rola rebelião, e mesmo assim sem se aprofundar a sério na questão. Quantas matérias são feitas sobre a realidade destes menores infratores? Inclusive eu acho que a imensa maioria da população esta longe de ter condições de ter iformações pra debater uma questão como a maioridade penal.

Quando vc tem acesso a dados de uma vara de infancia e juventude localizada num suburbio, como eu tive(conversa de bar com amigo advogado de uma delas), vc vê o quanto a realidade da periferia esta longe de um RJ tv e um Jornal Nacional(só pra citar exemplos)...
 
Última edição:
Estuprada por adolescente, jornalista é contra a redução da maioridade penal

[h=2]Jornalista foi estuprada por um garoto menor de idade. Experiência tão traumática, entretanto, não a transformou em defensora da redução da maioridade penal[/h]

O principal argumento dos defensores da redução da maioridade penal pode ser sintetizado em uma frase: “Queria ver se fosse com você”.

Pois foi com a jornalista Luiza Pastor, 56, casada e mãe de uma menina. Com apenas 19 anos, Luiza, ainda estudante da USP, foi estuprada por um garoto menor de idade. Experiência tão traumática, entretanto, não a transformou em defensora da redução da maioridade penal.

Eu fui estuprada por um menor de idade e sou contra a redução da maioridade penal.

Era o ano de 1976 e eu, estudante ainda, trabalhava como secretária de um pequeno escritório em um prédio cheio das medidas de segurança ainda novas para a época –crachás, catracas de acesso, registro de documentos na entrada e montes de seguranças fardados, espalhados pelo saguão.

A porta do escritório estava aberta, à espera de alguém que havia marcado de vir na hora do almoço. O menino entreabriu a porta, perguntou alguma coisa, aproveitou para espiar e confirmar que só estava eu no local, e daí a pouco retornou, revólver em punho, fechando a porta atrás de si.

“Tire a roupa”, foi tudo o que ele disse, apontando a arma. E eu, morta de medo, obedeci.

Era óbvio que ele era muito novo, subnutrido provavelmente, a arma tremia em suas mãos. A única coisa que eu conseguia pensar era que não devia reagir. Aguentei a humilhação e a violência do estupro, chorando de raiva e vergonha, mas finalmente tudo acabou e ainda estava viva.

Ele me mandou ficar dentro do banheiro e sumiu, depois de ter escondido minhas roupas e levado uma pulseira de ostensiva bijuteria, além dos trocados para o ônibus.

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Jornalista Luiza Pastor, estuprada nos anos 1970 por um menor de idade (Foto: Marlene Bergamo/Folhapress)​

A certa altura que considerei segura, me atrevi a sair. Um segurança do prédio, que havia visto a porta trancada com a chave do lado de fora e estranhou, veio perguntar se estava tudo bem. Não, não estava, explodi, gritei e, chorando, larguei tudo aberto e fui embora, em busca do colo de minha mãe.

Não, não fiz boletim de ocorrência, muito menos exame de corpo de delito. Eram tempos bicudos em que, estudante de jornalismo na USP, tinha mais medo da polícia que do bandido, por pior que ele fosse. Fiz os exames necessários no meu médico e me preparei para ir embora do Brasil para uma longa temporada.

JUSTIÇA x JUSTIÇAMENTO

Dias depois, chegou em casa uma intimação para que fosse identificar um suspeito, um certo P. S., detido a partir de denúncia feita pelos seguranças do prédio. Na delegacia, ao lado de meu pai, ouvi barbaridades sobre a ficha corrida do garoto.

Egresso de várias detenções, tinha o estupro por atividade predileta, mas sempre se safara. Filho de mãe prostituta e pai desconhecido, havia sido criado pela avó, uma senhora evangélica que tentara salvar-lhe a alma à custa de muitas surras. Era óbvio que algo havia dado muito errado no processo.

Enquanto o delegado nos contava tudo aquilo, outro policial entrou na sala e mandou a pérola: “Ah, de novo esse moleque? Esse não adianta prender, que o juiz manda soltar, o melhor é a gente deixar ele escapar e mandar logo um tiro. Vocês não acham?”

Não, eu não achava. Eu tinha claro que a vítima, ali, era eu. Que, se tivesse tido ferramenta, oportunidade e sangue frio, eu teria gostado de poder matar o safado que me violentara –e dormiria tranquila o resto da vida. Mas tinha mais claro ainda que a vingança que meu sangue pedia não cabia à Justiça, muito menos àquele que pretendia descontar no criminoso sua própria impotência.

Recusei-me a depor; nada mais disse. Eles não precisavam de mim para condená-lo; já tinham acusações suficientes e não me deram maior importância. Ainda me chamaram de covarde, por me discordar de um justiçamento.

E insinuaram que, se eu tinha pena dele, era porque, vai ver, tinha até gostado. Não preciso dizer do alívio que senti ao embarcar, dois dias depois, para fora deste país.

Nunca soube que fim levou o criminoso, nem quero saber. Não me sinto mais nobre ou generosa pelo que fiz, mas apenas cidadã que raciocina sobre a vida real.

Toda vez que ouço alguém defender a redução da maioridade penal como solução para o crime de menores, me lembro daquele P. S., de sua história, e renovo minha crença no que, naquele momento terrível, me ajudou a superar o trauma.

Sem dar a todos, menores e maiores, uma oportunidade de educação e de recuperação, algo que exige investimento e vontade política, uma política de Estado consciente de suas responsabilidades, teremos criminosos cada vez mais cruéis, formados e pós-graduados nas cadeias e “febens” da vida.

Se os políticos quiserem fazer algo realmente eficaz para combater o crime na escalada absurda que vivemos, terão que enfrentar os pedidos de vingança dos ofendidos da vez e criar um sistema penitenciário que efetivamente recupere quem pode e deve ser recuperado. Sem isso, qualquer mudança nas leis será pura e simples vingança. E vingança não é Justiça.

PESQUISA

Pesquisa Datafolha divulgada em 17 de abril mostrou que 93% dos paulistanos concordam com a diminuição da maioridade penal, 6% são contra, e 1% não soube responder.

As propostas de redução da maioridade penal voltaram à tona depois do assassinato do estudante Victor Hugo Deppman, 19, no último dia 9, com um tiro na cabeça.

Ele foi morto por um jovem que se entregou um dias antes de fazer 18 anos.

Após a morte de Deppman, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) entregou projeto à Câmara que prevê internação de até oito anos para jovens infratores.

Hoje, esse período é de no máximo de três anos, ou até o jovem completar 20 anos e 11 meses, se for pego na véspera de completar 18 anos. Para o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, a medida é inconstitucional.

Fonte
 
Morfs, diferente do texto postado pela Pim, esse artigo não me convenceu de muita coisa.

Eu entendo que o argumento principal de ambos os textos é algo do tipo "pobreza e injustiça social aumentam violência e crimes". Só que o artigo que você postou fala sobre um tipo particular de crime (sexual) que não acredito que tenha correlação alguma com a pobreza. Não sei se esses dados estão totalmente corretos, mas parece que não existe essa causalidade (e muito menos a correlação), pois países como Finlândia, Noruega e Bélgica estão no Top 10 de "estupro por 1000 habitantes". Quando o assunto são os problemas sociais, ninguém quer ser a pessoa desagradável que vai olhar os dados e dizer se as correlações e causalidades exaustivamente citadas são verdadeiras ou não. Só que os dados estão aí justamente pra isso, ou seja, pra serem interpretados e usados da melhor forma possível.

E, sinceramente, não concordo com o trecho abaixo:

o principal argumento dos defensores da redução da maioridade penal pode ser sintetizado em uma frase: “Queria ver se fosse com você”

Se esse realmente fosse o caso, o debate seria de uma pobreza sem tamanho - para ambos os lados!
 
Mas esse artigo só traz para a discussão o lado da vítima que não é a favor da redução da maioridade. E você pode discordar, mas tenha certeza que isso é o mais dito numa discussão pelos que são a favor da redução. Quando não vem acompanhado do: "tá com pena então leva pra casa!" ou de "defensor dos direitos dos manos".
 
Mas esse artigo só traz para a discussão o lado da vítima que não é a favor da redução da maioridade. E você pode discordar, mas tenha certeza que isso é o mais dito numa discussão pelos que são a favor da redução. Quando não vem acompanhado do: "tá com pena então leva pra casa!" ou de "defensor dos direitos dos manos".

Tudo bem, Morfs, o artigo traz o lado da vítima - mas com um argumento de autoridade sobre um exemplo que não se aplica ao debate, na minha opinião.

Eu atualmente tendo a ser contra a redução da maioridade penal, mas também não acho que esse "garoto subnutrido" deva ser colocado no mesmo balaio de gatos dos outros menores de idade. E se ele for um psicopata em potencial? Será que um estuprador reincidente (pq é isso que ele é, segundo o artigo) pode ser considerado uma vítima da pobreza?

Não acredito que não seja possível avaliar psicologicamente um "menino" desses e dizer se ele tem condições de voltar ao convívio social ou não. Isso não é reduzir a maioridade penal, mas também não é dizer que todo menor criminoso é automaticamente uma vítima social no Brasil.
 
Estuprada por adolescente, jornalista é contra a redução da maioridade penal

Eu li esse artigo e não sei se não entendi, ou se meu cérebro está demorando a processar, ou que ele é mesmo estapafúrdio.
Ela foi humilhada e violentada pelo 'pobrezinho subnutrido' e não prestou queixa? Ela é idealista e controversa mesmo, ou é só maluca?

Eu ainda não entendi o porquê desse protecionismo ridículo sobre menores de idade. Vítimas da sociedade? Rá!
Eu nasci muito pobre, meus pais trabalhavam em dois empregos, sempre estudei em escola pública e morava na periferia, onde nego acordava queimado dentro de caçamba de lixo. Ser pobre e passar privações nunca me fizeram vítima de coisa alguma - portanto, esses menores criminosos, monstros, assassinos covardes não são vítimas de coisa alguma. Se são vítimas de alguma coisa, é da desestruturação do núcleo familiar. Dessas famílias onde os pais não sabem/não querem saber onde os filhos estão, o que estão fazendo e com quem estão andando. É mais uma faceta da maravilhosa 'cultura brasileira', onde jovens precoces são embalados pela sensualização absurda da TV e das mídias, fazem sexo como animais no cio e criam filhos à revelia.

Essa de 'vítima da sociedade' não cola, gente, sinto muito.
Se um filho de uma puta desses tentasse me violentar, seria melhor pra ele enfiar logo uma bala na minha cabeça, ou eu mesma enfiaria uma na dele. Antes a mãe dele chorar que a minha! Fui!
 
Eu li esse artigo e não sei se não entendi, ou se meu cérebro está demorando a processar, ou que ele é mesmo estapafúrdio.
Ela foi humilhada e violentada pelo 'pobrezinho subnutrido' e não prestou queixa? Ela é idealista e controversa mesmo, ou é só maluca?

Acho que você não entendeu mesmo: ela quis prestar queixa, mas os caras deram a ela a opção de matá-lo alegando que ele tentou fugir. Ela não queria ser instrumento de revanchismo, entendeu? Aliás, o comportamento dos policiais com relação a esse pensamento - e ao fato de ela ser mulher (lembremo-nos também que isso era no período da Ditadura) - a deixou desconsolada. O aparato está aí para punir mas não para evitar? Que raio de segurança pública é essa?

Eu ainda não entendi o porquê desse protecionismo ridículo sobre menores de idade. Vítimas da sociedade? Rá!
Eu nasci muito pobre, meus pais trabalhavam em dois empregos, sempre estudei em escola pública e morava na periferia, onde nego acordava queimado dentro de caçamba de lixo. Ser pobre e passar privações nunca me fizeram vítima de coisa alguma - portanto, esses menores criminosos, monstros, assassinos covardes não são vítimas de coisa alguma. Se são vítimas de alguma coisa, é da desestruturação do núcleo familiar. Dessas famílias onde os pais não sabem/não querem saber onde os filhos estão, o que estão fazendo e com quem estão andando. É mais uma faceta da maravilhosa 'cultura brasileira', onde jovens precoces são embalados pela sensualização absurda da TV e das mídias, fazem sexo como animais no cio e criam filhos à revelia.

Vim do mesmo lugar que você - ou seja, também tive privações, fui pobre, cheguei onde cheguei a duras penas -, mas aprendi uma coisa: apesar do ser humano ser a medida de tudo, a medida não vem apenas de "um" ser humano. O buraco é mais embaixo.

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Eu entendo que o argumento principal de ambos os textos é algo do tipo "pobreza e injustiça social aumentam violência e crimes". Só que o artigo que você postou fala sobre um tipo particular de crime (sexual) que não acredito que tenha correlação alguma com a pobreza.

De fato, é possível entender que a violência seja resultado de más condições de vida, contudo ela não é o único fator que pode ser usado para medir o potencial ou a culpabilidade do sujeito. Eu digo: isso vai muito além de uma questão social - neste caso, refiro-me ao estupro.
 

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