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Medalhista olímpico vira árbitro do futebol: 'Chego mais rápido no lance'

Fúria da cidade

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O principal reforço a estrear na segunda rodada do Campeonato Amazonense não vestiu a camisa de nenhum dos 10 clubes que participam do torneio. Aliás, sequer entrou em campo. Agora árbitro de futebol, Sandro Viana, medalhista olímpico e referência do esporte local, fez seu primeiro jogo na nova profissão.

Sua estreia no campo foi um novo clássico amazonense: o tradicional São Raimundo, único time local a jogar uma competição continental e tricampeão da Copa Norte, contra o Amazonas, que acabou de chegar à Série B do Brasileirão. Na primeira escala, Sandro trabalhou como "estagiário", pelo que consta na escala, ou como "quinto árbitro", como ele contou ao Olhar Olímpico.

"Foi importante para ganhar experiência pré-jogo, ter contato com os bastidores, primeira montagem de súmula eletrônica da CBF, o contato dentro dos vestiários, verificação de documentação de nomes, possíveis trocas, banco. Já foi um jogo bem tenso. Aqui o campeonato é muito discutido fora, muito problemático fora", diz.

E, de cara, por pouco Sandro não precisou ser promovido às pressas. No segundo tempo, o juiz Geodivan Welder Correa Siqueira sentiu uma lesão muscular e cogitou pedir para sair. "O time da casa tinha acabado de empatar, e a torcida poderia interpretar mal. Então ele começou a circular só no meio do campo, mais andando, e conseguiu terminar o jogo, sem que ninguém notasse", conta.



A favor de Sandro, que ganhou bronze com o revezamento 4x100m do atletismo brasileiro em Pequim-2008 e teve 10s11 como melhor da carreira nos 100m, está justamente a questão física. Aos 46 anos, ele ainda está em forma para tentar estar sempre o mais próximo possível das jogadas.

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Imagem: Deborah Melo/FAF
"O que o pessoal da federação vê é que vou poder estar próximo dos lances. Hoje em dias os árbitros não conseguem acompanhar os lances por causa da velocidade dos jogadores. O julgamento do árbitro quando está perto do lance causa uma reação pro jogador, quando marca de longe é outra", avalia.

Foi exatamente a questão física que aproximou Sandro da arbitragem. Ele já conhecia alguns árbitros que treinavam na Vila Olímpica, assim como ele, e foi convidado a se inscrever no curso de árbitros que ocorreu no segundo semestre do ano passado. Teve boas notas nas provas teóricas, e passou sem grandes dificuldades pela prova física, logo na primeira tentativa, enquanto diversos colegas ficaram pelo caminho.

Os primeiros jogos foram dos mais desafiadores, no sub-12, quando a torcida é substituída por pais furiosos, que brigam entre si e se revoltam com qualquer marcação do árbitro que afete seus filhos. Ali, e no sub-14, trabalhou como assistente (o famoso bandeirinha), cargo que ele entende não ser para ele. "Assistente tem que ser bom dos olhos. No dia a dia eu uso óculos. Pela dinâmica atual, tem que ter quase um dom para ser assistente."
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Imagem: Deborah Melo/FAF

O objetivo, no médio prazo, é se firmar como árbitro central, e ir além das fronteiras do Amazonas. Como nunca escondeu ser torcedor do Rio Negro, time 17 vezes campeão e que atualmente vive na penúria, já decidiu que, se tiver de trabalhar em um jogo importante do time do coração, vai pedir dispensa.

 

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