Vinci
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[Vinci] [Cena do Crime]
Cena Do Crime
O corpo estava lá, morto, frio. Marcas de sapatos cobertos de sangue estavam no chão, e iam ficando mais secas e escassas quanto mais se afastavam do cadáver.
De repente, o mau agouro, o melancólico canto da coruja. A madeira estala com o frio. O ar fúnebre do local é incômodo, e cada um desses estalos faria um homem morrer, de susto.
Vento, o ranger de portas. As janelas batem, misteriosamente. Só pode ser o vento. As portas batem, rangem. É o vento.
A expressão de terror na face da vítima a tornava ainda mais macabra do que o normal. Um exemplar de “A Morte” cai. A torneira. A torneira começa a pingar, como se estivesse programada para tal coisa.
De repente, ouve-se um trovão. A chuva começa a cair. Ela e a torneira estavam conspirando.
Se o mau agouro da melancolia, do canto da coruja, já parecia demasiamente assustador, macabro, fúnebre, o bater de asas do corvo. Outro trovão, quase concomitante.
Ar frio. O morto parece ganhar vida. Ou o espectro dele nos assombrando. A face parece mudar, os olhos parecem piscar.
Face do morto, porém, continua lá. Parada.
Ouvem-se passos apressados. É o frio, o ranger, o vento. Ou não.
Cena Do Crime
O corpo estava lá, morto, frio. Marcas de sapatos cobertos de sangue estavam no chão, e iam ficando mais secas e escassas quanto mais se afastavam do cadáver.
De repente, o mau agouro, o melancólico canto da coruja. A madeira estala com o frio. O ar fúnebre do local é incômodo, e cada um desses estalos faria um homem morrer, de susto.
Vento, o ranger de portas. As janelas batem, misteriosamente. Só pode ser o vento. As portas batem, rangem. É o vento.
A expressão de terror na face da vítima a tornava ainda mais macabra do que o normal. Um exemplar de “A Morte” cai. A torneira. A torneira começa a pingar, como se estivesse programada para tal coisa.
De repente, ouve-se um trovão. A chuva começa a cair. Ela e a torneira estavam conspirando.
Se o mau agouro da melancolia, do canto da coruja, já parecia demasiamente assustador, macabro, fúnebre, o bater de asas do corvo. Outro trovão, quase concomitante.
Ar frio. O morto parece ganhar vida. Ou o espectro dele nos assombrando. A face parece mudar, os olhos parecem piscar.
Face do morto, porém, continua lá. Parada.
Ouvem-se passos apressados. É o frio, o ranger, o vento. Ou não.