Essa aqui é em homenagem especial ao aniversário do Frodo!
O teste (63a)
Um dia, nos recônditos de minha juventude,
Descobri que te amei.
Mas não tinha tanta certeza assim de tal amor
Pois insegurança e alegria andam juntas.
Quis, então, afirmar que te amava,
Mais a mim mesma que a qualquer outro.
Como amor não se prova, quis mostrá-lo
Por números:
De ações, feitos, atitudes por ti
Contava quantas vezes dizia teu nome,
Quantos dias desde o qual determinei
Ser o inaugural para nosso amor.
Quantas odes ou ilustrações
Dedicava a ti, e somente a ti
Tentava fazer meu o teu nome
E teu o meu nome;
Mas essas coisas todas me pareceram ínfimas
Perto do que outros tinham ou faziam.
Eram tantos itens! Tantas armadilhas
Que o capitalismo tenta nos colocar no caminho,
Dizendo que precisamos ter para ser!
E eu acreditei em quase todas elas.
Por ocasião de tal, comecei a pensar
Que não poderia ter amor suficiente.
Mas como! Se ele me enchia
De tal maneira que transbordava
Em todas aquelas manifestações?
Decepcionei-me, então;
Mas como o tempo, a vida, as pancadas invisíveis vindas de quem quer que seja,
Me trouxeram a verdadeira decepção,
Mas não sem me fazer aprender algo
(pois uma grande sabedoria só se faz
com uma grande dor),
Vi e percebi que o amor é tudo;
Menos capitalista.
O amor, seja ele socialista,
Comunista ou anarquista,
(o que é, não sei...)
Uma coisa é certa:
Vi, com meus próprios olhos da alma,
Que amor não é ter;
Amor é ser.