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[L] Ode a Frodo

O 1° POEMA EM PROSA DA SARANEL!^^

Frodo – descrição

Frodo era, para os nossos padrões, bem baixo. Baixo e pequeno. Tudo nele era menor: cabeça, pernas, braços, tronco...parecia um ser humano em miniatura. E na verdade o era. Tinha 1,10m de altura, mais ou menos; de costas parecia uma criança, apesar de suas mãos, por mais belas que fossem, parecessem ser de adulto. E seu corpo era de um adulto, apesar do tamanho, pois ele o era. Só que sua aparência não era uma aparência grosseira, pelo contrário; era muito delicada.
Tinha cabelos castanhos, do médio pendendo ao escuro, curtos mas não demais; batiam na nuca. Encaracolados sem ser rebeldes. Macios como a seda da melhor qualidade não poderia ser. Belos, bem arranjados. Não eram volumosos. Olhos da mesma cor. Um brilho puro e excelente brilhava sem para neles. Olhos de formato belo, olhos grandes. Cílios negros, tão negros e espessos, sem serem no entanto artificiais. As sobrancelhas escuras, nem grossas nem finas. O nariz, lindo. Geralmente esta não é uma parte muito bela do corpo, nem muito admirada; mas o dele era, sem ser largo, nem com protuberâncias. Era afilado e reto, mas sem ser artificial, pois era natural. Como todo seu ser.
A boca era a mais linda parte do seu rosto. Nunca vi uma boca tão linda. Era excessivamente rósea, vermelha. Muito bem desenhada. Era grossa, carnuda, todavia sem ser desproporcional. Parecia um doce, uma fruta muito gostosa, porém rara.
O rosto era imberbe, como o de muitos de sua raça.
O corpo? Não sei. Suas vestimentas eram muito discretas. Raramente ele mostrava sequer metade das panturrilhas, ou o braço do cotovelo para baixo. Isso só quando estava muito calor. Só usava calças e mangas compridas. Era hábito. Mas, ao que parecia, seu corpo não era musculoso, sendo um tanto que rechonchudo, cheio, mas sem ser gordo. Nem magro. Era ideal.
A pele era mais bela que todas as outras. Branca, branca, como marfim. Ele não era de tomar sol. Mas tinha aspecto sadio, pois tingiam-lhe as bochechas um róseo sangüíneo; a boca era tingida assim também, como lhes disse eu anteriormente. E as mãos. Resumindo: era ele feito de alabastro róseo; branco-rosado. Como um anjo.
Que beleza tão grande lhe conferia aquela pele! Pele branca e rósea, contrastando com cabelos escuros, olhos escuros, sobrancelhas escuras, cílios escuros! Era realmente como um anjo recém vindo dos céus. Não! Era muito baixo para ser um anjo. Elfo? Não. Mortal? Não; lindo demais para o ser. Era Frodo, simplesmente Frodo, singularmente Frodo. Não havia como compará-lo a outro ser, pois sua magnitude era singular e inigualável. Inimitável também.
Frodo. Era isso que ele era. Não só no físico, mas no mental, psicológico e espiritual. Era puro; puro como um cristal; puro como algo cheio de santidade. Era virgem. Virgem em todos os sentidos: nunca havia se apaixonado na vida; nunca teve namorada, nem nada disso; nunca foi visto nu por mulher alguma, só por sua mãe e a parteira, quando nasceu, e quando sua mãe lhe dava banho quando ele era criança. Nunca beijou os lábios de ninguém. Era virgem, intocado. Como apenas ele era.
Era inocente. Achava que sexo se fazia apenas para se ter filhos. E talvez em sua terra fosse assim mesmo. Além disso, nada sabia do assunto. Não se interessava por tal. Não tinha essa curiosidade que a sociedade nossa nos infla. Para ele, era apenas para se ter filhos. Apenas isso. Simplesmente isso, sem aquela aura de mistério e importância que o sexo tem na nossa sociedade. E talvez na dele todos pensassem assim. E lá a vida era melhor...
Seu pudor era natural. Nasceu com ele. Não era aquele pudor forçado, como o nosso, aquele do “quero-fazer-isso-mas-não-faço-pois-acho-errado”. Não fazia porque não tinha vontade. Era como medo de altura ou nojo de barata, é quase instintivo. Se lhe perguntassem o porque de não ter se casado, ele diria que é porque não queria. Se lhe perguntassem o porque se ser virgem, ele diria que não era casado, e para que iria ele ter filhos sem ser casado? Se lhe dissessem que sexo dá prazer, ele só acreditaria no prazer de poder estar com quem se ama, a não no prazer de se poder estar com quem se ama, e não no prazer orgânico, carnal, físico.
Porém não era nenhum idiota. Tirando o sexo, Frodo era muito esperto e inteligente em quase todos os outros aspectos. Tinha muita cultura, e muita inteligência. Sabia falar muito bem, gostava de línguas, História, Geografia, e tinha muita cabeça para estas e muitas outras coisas. Era inocente, mas não era um garotinho sem bases, que é virgem mas pode ser facilmente corrompido. Percebia-se nele uma aura de diamante: puro, transparente, mas duro e resistente. Só de se olhar sabia-se que a virgindade de Frodo era incorruptível. Jamais deixaria-se ser corrompido. Afinal, apesar de sua aparência de 18 anos lhe dar um ar inocente e delicado, até um pouco infantil, tinha ele na verdade 52 anos. Somava-se isso ao fato de ele ter sofrido coisas terríveis há apenas pouco tempo atrás.
Inocente e sábio a um tempo. Jovem e velho. Forte e delicado. Era Frodo assim, mas nunca deixava de ter eterna benevolência e compaixão. Nunca era mau. Sempre gentil e indulgente. E sempre belo.
No mundo sempre há inúmeras probabilidades de como as coisas sairão, e inúmeras combinações entre elas. É muito difícil que ocorra o surgimento de uma totalmente boa. Todo ser tem algo de ruim, pois sempre na sorte lhe cai algum defeito. Todavia, uma hora a natureza teria que produzir um ser totalmente bom, isento de ruindades. Frodo era esse ser. O ser que teve a sorte de nascer ideal, do jeito perfeito. E o azar de ter nascido sob o signo de ser abnegado, não reconhecido, sofredor. Tendo que perder para outros ganharem. Este era Frodo. E foi por isso, mais por seu caráter do que por sua beleza física, que apaixonei-me por ele, para dar-lhe o devido valor. Ele nasceu para se abnegar e perder coisas. Eu, para dar a ele o que perdeu.
 
Sem nome

Frodo, se eu pudesse
A tua má sorte vingar
Se eu uma força maior tivesse
E pudesse por ti lutar
Se meu destino ao teu se desse
E pudéssemos nós a ma sorte vingar
Se do meu amor teu ser soubesse
Então iria eu me realizar.
Amarei-te até o fim da vida
Mesmo que não possa te ver
Tua alma será sempre para mim a mais querida
E a luz mais linda do meu viver.
Frodo, teu nome é tão belo
Que nunca hei de esquecê-lo
É tão doce, sublime e ao mesmo tempo singelo
Que não há nome mortal igual ao teu. Não pode sê-lo
Nem o nome do mortal mais importante.
Pode um ser aparentemente simples como tu
Transformar em beleza inexplicável um simples instante?
Sim, pode; tu podes, meu belo amigo; não há como a ti nenhum.
Esse teu brilho misterioso
Que não dá para descrever
É muito mais do que maravilhoso;
Não há como chamar esse teu brilho, tão puro e límpido de se ver.
É um brilho sem nome, um brilho indescritível
Meu puro Frodo, não pode-se nomear
Esse teu brilho; pode-se apenas ver que parece-se inverossímil.
E apenas a visão pode proporcionar
Tal enlevo magnífico, que é apenas teu.
Mesmo que não possa eu ver-te, posso tua imagem mentalizar
E posso tornar este enlevo meu.
Mas tu és fantástico como só tu podes ser
Tu tens uma magnificência sem nome, que só faz curar
A dor e todas as tristezas que podem conter
Qualquer alma; tua doce voz me faz acalmar
Os anseios e as tristezas
Mas como poder definir o que é este teu bálsamo
Que derivas, fundido com tuas belezas?
Não há como defini-lo; mesmo sem saber o que é, eu te amo
Pois é esta beleza inigualável e sem nome que faz tudo ser mais belo
Por isso é sem nome esta ode que a ti dedico
E também a esse brilho sem nome e singelo
Que faz com que o estado mais cínico
Seja revelado verdadeiro diante de ti.
Como tu o consegues ter
Não há de ser revelado nem diante de si.
É natural e espontâneo esse teu poder.
Tu mesmo não o sabes explicar.
Pois é sem nome e misterioso
É teu; mas na verdade ele é que vem a te dominar
E a te possuir com encanto maravilhoso.
E por onde passas, espalhas este brilho que contigo está.
Tu conquistas os que têm coração aberto
Os que não têm não te prezam; mas não vem a calhar
Pois os que te amam vêm a ter por ti um sentimento perene e sempre certo
O ódio não pode nada contra quem perdoa
Mesmo que não seja pedido o perdão
Pois teu brilho a bondade a todos doa
E abranda o ódio e a violência do coração.
É assim que tu és; não guardas ódio nem ressentimento
Violência não melhora nada; por isso quebras o círculo vicioso
Que faz o mal durar muito mais que um momento.
O que para outros é tão custoso
Para ti é natural.
Tu consegues paz de uma maneira tão simples
Sendo apenas tu mesmo, de um jeito tão sem igual
E singelo como demonstra ser esse teu jeito, pois não feres
Ninguém com teus modos. Apenas apaziguas e alegras os que podem tua preciosidade ver.
És aquele que pode e faz a vida ser melhor
E mais bela do que seria sem teu ser.
Tuas ações são tão belas, meu senhor
Que gostaria eu de poder desfrutá-las
De perto, mas apenas a distância
Que nos separa não é necessária para nossos sentimentos esfriar, e por ignorá-la
É que posso eu te amar e não ter instâncias
De querer te deixar.
Quero sempre contigo estar, nem que seja só no coração
Pois tu és o que merece mais amar
E o que mais tem doçura sem ser em vão.
Fico feliz em saber
Que nenhuma mulher tu chegaste a amar
Pois assim não preciso ter
Raiva nem ciúmes; apenas eu vim a me afeiçoar
Por ti de tal maneira.
Tu és o que vai sempre ficar
Em meu ser; e nem que o tempo queira
Vai poder de meu peito tua lembrança apagar.
Pois esse teu lindo eflúvio de luz
Nunca de ti irá desaparecer
E é ele que conduz
Meu amor por ti e faz com que eu venha a querer
A cada vez mais te amar.
Esse teu brilho faz com que se possa sentir
Que eu posso sempre permanecer e lutar
Pela felicidade; e quando tu estiverdes a partir
Te guardarei em minha memória; tu és
O que nunca poderá ser esquecido.
Tens sendas de sorte e azar sob teus pés
Que levaram-te a caminhos bons e doridos.
E este teu lindo jeito de ser
É devido a tudo isto que passaste.
Melhor seria se não viesses a ter
Esta sina a que tanto te dedicaste?
Só sei que, se tu não tiveste por isto passado
Nunca viríamos a nos encontrar
E se nunca tivesse eu te encontrado
Ficaria muito triste e desesperançosa.
Não haveria mais alegria em meu coração desapontado
E eu não seria mais viçosa.
Mas graças a esse teu brilho lindo
Encontrei motivos para viver
E diante de teu esplendor infindo
Não há como dar nome a esse eflúvio que emana de teu ser!
 
Preciosidade

Num sonho que tive eu te vi
Te reconheci
Como estrela a brilhar
Tu sofreste e eu sofri
Na mesma hora senti
Que te acompanhava o pesar
Tu estavas a chorar
Mas discreto no agir
Mui sereno a verter
As tuas lágrimas de estar
A sofrer e a aspergir
Elas e a converter
Tuas lágrimas em pedras preciosas
Em gemas de feitura mui formosa
Elas vinham de teus olhos a brilhar
Na matriz de límpido luar
E tu as solidificava
Tu as fazia ornamento de beleza
De formosura e delicadeza
E por serem tão raras, tu as amava.
Elas da tristeza fruto são
Mas quando em tua mão
Elas são as mais belas
Transformas teu duro quinhão
Em preciosa demonstração
De tua alma tão singela
Não, eu não quero mais te ver
A chorar e a sofrer
Mas não posso eu negar
Que tuas lágrimas têm
O brilho que provém
Do teu mais puro amar
Elas são o que te reflete a magia
E mesmo que não sejam fruto da alegria
Elas são belas, apesar de triste
Ser a origem delas que existe
No Âmago de tua alma
A tristeza é dorida mas não é feia
Pois belo brilho incendeia
E clareia, e acalma.
Tuas jóias lindas de beleza
Emolduradas de tristeza
Ambíguas são no parecer
São as mais cheias de clareza
Refletem a pureza
Que exala o teu ser.
Não se vê a tempos, não
Tal linda claridão
Que se possa contemplar;
Lindas, que transformam a dor
No mais belo esplendor
Em lindeza a chorar
Mesmo que um dia a tristeza não mais exista
A beleza delas permanecerá bem-quista
Pois será transformada em alegria
E não perderão a serventia
Mas lágrimas não serão mais
Serão transformadas todas em sorrisos
E não mais haverá o siso
E o riso substituirá os “ais”.
Tudo é simbólico no sonhar
Então o que vem a significar
Este sonho no qual eu te vi?
Acho que é o que vem a dar
A alegria no lugar do pesar
No teu sacrifício sem fim.
Eu sei que tu vens a perder
Para que outros venham ter
Mas já chega de sofrer
Tu também tens direito à felicidade
E pela tua bondade
Mais tu vens a merecer.
Então poderás ver brilhar mais à distância
O que outrora era pesar de constância
Como uma simples lembrança que se foi
Mas que formou o que agora sois
E te deu mais sabedoria
Não importa mais: o que passou, passou
De tudo que a ti se mostrou
Que apenas sobre a alegria.
 
Eu li ate o Esperanca por enquanto, parabens Sarah... seus poemas tao de arrasar e vc prova mesmo que ama o Frodo do fundo do teu coracao e nao eh apenas mais uma dessas garotas que gostam pq viram o filme e pronto. Parabens!
 
Valeu Gandy!^^
Esse é curtim!^^ É música tbém.

Injustiça

O meu querido
Já tem partido
Com o coração ferido
O âmago sentido
Dor sem sentido
Ele tem colhido
É tão dorido
O seu destino
E já não é findo
Apesar de ele ser tão lindo
O meu amado
Não tem chegado
Está apartado
Dos seus achegados
É tão errado
Que se o tenha matado
O seu passado
Não se tem findado
Ele está fadado
A ser condenado
Por não ter executado
Mas não carece
Que se apresse
Pois me parece
Que ele não se esquece
De quem lhe apetece
E ele aparece
Como uma prece
Que me aquece
Ah, se soubesse
Que meu coração não o esquece!
Sua fronte é tão linda
Da brancura infinda
Que pena que ainda
Seja contorcida
Pela dor que não finda
Parece não ter saída
Frodo, resista!
Mantenha a fronte erguida
Que a tua querida
Te serve de guia.
 
Mais uma música.

Vanya lindalë

Linda fantasia
Que pena que veio a se quebrar...
Magia do dia
Vá e dê lugar ao encanto do luar
Venha tu com tua linda luz
Que não há de se acabar
Que vai ser como o cantar
Da liberdade que a compaixão nos dá
Não venha a deixar
De ter a beleza
E a clareza que tem esse teu olhar
Derrama pureza
Sobre aqueles que vêm a te contemplar
Tua luz tão bela há de estar
Em todas as sendas do viver
Que sem ela não é possível ver
O amor antes de perceber
Senda da vida
Toda perdida
Me salvei quando te encontrei
Matiz tão linda
Bela, infinda
Em teu sonho, acordei
Tua vontade de a realidade
Vir a se tornar de sol e luar
De linda alegria
Que não iria se acabar
Vai isto realizar
E teu desejo
De que o harpejo venha a se ouvir
Águas claras, lindas
Que sempre quiseste tu encontrar e vir
A andar n’areia alva sob estrelas e a cantar ao mar
A deitar-te no leito alvo
Sob as estrelas que vão rebrilhar
Não longe ele está
Um dia a ferida
Tão dorida em ti vai sarar
Terás toda a vida
Que a própria vida veio a te tirar
O que a vida não te deu
Eu não consigo recusar
Tua ventura vai chegar
E então tu verás o mar
Venha tu a te acalmar
À alegria que vai chegar
Laituvan imbë vanyar aldar
Isil silë or Ambar
Meluval i sílala Anar
Meluvan i Valimar
 
Esse é o maior...ficou maior que os outros que eu falei que eram maiores!^^

Virgindade

Quando vejo-te, em sonhos belos
Tu dizes-me como tu és
Em teu olhar, claro e singelo
Dize, junto com tua palavra, através
De tuas maneiras e teu olhar.
Tu és tão puro e virgem
Que não há como disso duvidar.
Desprendes de si tamanha pureza
E eflúvio belo, que pareces miragem
Que tem em si toda a beleza
De um lindo ocaso a se acabar.
Mais um ano se passa
O amor não vem a se apagar.
Ao passo que em menos tempo muito amor se estilhaça
O nosso vem, sempre, a aumentar.
Teus belos olhos grandes
São o brilho do sofrimento
Que apesar de tão dorido, expande
A bondade de tua alma e o merecimento
Que tu tens de ter a felicidade mais exuberante.
Frodo, por que a vida não foi mais bondosa
Com tua alma? Por que tanto te fez sofrer?
Deveria tu ter tido uma sorte maravilhosa
E a alegria e serenidade em ti nunca deveriam morrer.
Teu ser passou por tanta tragédia
E tristeza e maldição
Mas nem por isso perdeu a beleza
Da pureza e da inocência do teu coração.
Tu não te tornaste prepotente
Nem corrompido, nem tão mudado
Mas o sofrimento que te sobreveio de repente
Veio a deixar teu ser aperfeiçoado
Sem perder as qualidades iniciais.
Pelo contrário; ficaram estas mais evidentes
E tu ficaste tão lindo!
Apesar da tristeza iminente
A virgindade tu tens mantido
E tua bondade pura é cada vez mais crescente
Teu rosto luminoso
Sorri com certa mágoa bela
E emite um brilho esplendoroso
Que transmite uma mensagem singela.
Frodo, o caminho mais difícil é o mais fácil de ser pego
Mas como suportá-lo, se torna-se ele inevitável
Se uma vez o pegamos? Há como ter sossego
Se a tristeza de nós é inseparável?
É estranho, pois ouço sempre uma voz
Que ecoa dentro de mim, me aconselhando
És tu, que transformas o “eu” em “nós”
Sei que tu estás morando
Em mim; não importa o que aconteça
Estaremos sempre unidos
Mesmo que a felicidade pereça
Da esperança estaremos unidos.
Quem dera o real ser sonho
E o sonho ser realidade
Mas é justo o contrário onde me ponho
E onde se põe toda a humanidade.
A verdade parecia um pesadelo
E o devaneio, realidade
Mas indiferente ao desvelo
Tudo é como maldade.
Vem, Frodo; vem, que tua beleza
Vem mais de dentro que de fora.
E tua cristalina pureza
Já não precisa das descrições de outrora.
Teu amor é maior que estes simples namoricos
Dos que se dizem apaixonados. És superior
A tudo isto, a esses siricoticos
Que dizem ser o amor.
O teu é tão desinteressado
Tão afável, tão sofrido
Não existe nele a exigência cheia do enfado
Do amor comum. Aceitas o outro como ele tem ido
E ama a todos como amigos em potencial.
Teu amor é inocente, é ausente
De desejo e atração sexual.
É assim que a ti se sente
Como uma criança que não sabe ver
Estas particularidades maliciosas
No afeto. Não tens receio de ser
Amoroso e mal interpretado por pessoas maldosas.
Fazes isto sem nem saber que existe
Em outras sociedades nestes atos maldade.
Mas em ti não há motivo para chiste!
Pois és tão puro em tua bondade
Que é impossível pensar
Que a maldade passe em tua mente
Que é bela e nela não há
Nem resquício da malícia a semente.
A beleza de teus olhos, do brilho límpido
Que viu tanta tristeza
Mas que nunca perdeu esse teu modo lindo
E simples, que ama a natureza,
Mas não a das coisas vãs.
Frodo, lindo és como um sonho,
O sonho que tu és; as mentes sãs
Não conseguem te ver como o real tristonho
Que tu és; assim te vejo eu
Apesar de nunca poder concretizar
Este meu sonho, mas sei que és meu
E que a minha dor unicamente tu podes curar
Aonde está tua delicada voz
Que é bálsamo que refresca e limpa
A sujeira da tristeza e do amargor atroz
E torna a vida um pouco menos ímpia?
Aonde está tua aura linda
Que nome já não tem?
Aonde está o perfume de luz infinda
Que do teu ser provém?
Frodo, o que é ser belo?
É ser todo artificial?
É passar por um cutelo?
É dar atenção ao puramente banal?
É ser alto e esguio?
É ter olhos azuis?
É aceitar da magreza o desafio
E à sociedade fazer jus?
Não; ser belo é ser puro
E não saber que belo se é.
É mesmo no tormento escuro
Não se deixar levar pela maldita maré.
É ter esses teus olhos que não precisam ser azuis
Pois são lindos de qualquer maneira.
É ter o teu lume que conduz
Para fora da tristeza rotineira.
Ser belo é ser tu, Frodo.
Tanta importância se dá
Ao que no físico se é.
Os pêlos ínfimos as moças querem sempre arrancar
Enquanto eu nem me importo com os pêlos do teu pé.
Melhor pêlos ter
No pé ou seja lá onde for
Do que um maldito egoísta ser
Que nem mesmo do erro tem temor.
Teus olhos não são turvos
Têm a pureza do cristal
São claros, lindos e puros
Com uma aura virginal.
Doces cantos da tua boca saem
Pelo ar e vão a se espalhar
As tristezas se esvaem
E a alegria vai a emanar
Amor e cada vez mais paz.
Amargor não há
Maldição nunca mais
Quando tu estás presente.
É um presente, pois, ter-te ao lado.
Frodo, sem ti a vida é como falta permanente
É como ter o coração cortado.
É uma voz sem canto
É um sofrimento atroz
É sempre da escuridão o manto
É um acorde sem dó.
É não poder abrir
A caixa de Pandora
É deixar dela o sofrimento sair
E não ter lá a esperança de outrora
É ter a morte como inimiga
No alto do desespero
É ver o mundo como pocilga
Não tendo cor além do branco e do preto
É olhar o diamante e ver
Que o brilho nele falta
Pois são teus olhos que vêm a ceder
A nobreza àquele; é uma nobreza alta
Apesar de tua estatura ser baixa
Pois tua alma é acima das vilidades.
Tua bela fronte é envolvida pela da bondade a faixa
Que é branca e não apresenta rastro de maldade.
Frodo, a vida sem ti
É chuva sem sol posterior.
E sem o arco-íris que vem a surgir
Depois da tempestade para dela amainar o pavor.
É certo que sem o escuro não há luz
Não há bem sem a maldade
Mas até a paz a inocência conduz
E não se precisaria saber o que é a bondade
Com a malícia vem o temor
E do amor a fragilidade.
É bom que não se tenha o clamor
Por um pouco de caridade
E se possa ter a paz
Através da unicamente boa verdade
E esta, seja do corpo ou da alma, quem faz
É a puríssima virgindade.
 
Nas sendas das flores

Solidão...ah, solidão...
No meio duma multidão...
Nada vejo, nem ninguém; apenas amores
Pairando nas sendas das flores.
A personificação deste amor?
É o que tem a pele como a de uma flor
Anda em vestes cheias de cores
No limiar das sendas das flores.
É sempre assim: a tristeza vem
Mas sempre também os olhos dos quais a luz provém
Com um brilho frio por causa das dores
Mas que leva sempre às sendas das flores.
Olhos belos, pedras escuras lindas
Que guardam um mistério de beleza infinda...
Pertencem ao mais belo dos senhores:
O dono das sendas das flores.
Figura pequena, dócil e delicada
Cujo coração é da pureza a morada
Espalha o maior dos seus dulçores
Pos todo o percurso das sendas das flores.
Se ele soubesse como são minhas horas sozinhas
Buscar-me aqui com certeza vinha
Para levar-me aos seus esplendores
Que enchem as sendas das flores.
As flores o saúdam quando ele passa
Viram-se a ele, toda a sua massa
E roubam dele os melhores odores
Para perfumas todas as sendas das flores.
O nome dele é Frodo Iorhael
Das palavras e gestos doces como o mel
São simbolizados todos os seus primores
Nas belíssimas sendas das flores.
Seus lábios são lindos como uma fruta
No pé de um pomar, que fica na beira dum rio, e fica do ruído dele à escuta
Igual àqueles que vários há, tanto quanto os amores
A verdejar lá nas sendas das flores.
Sua bela cabeça sempre pende
Àquele que se arrepende
E mesmo que este já tenha causado dores
Para ele, é digno das sendas das flores.
Lágrimas lindas ele derrama, e resplandecem
Elas sobre as almas que perecem
São elas que inflamam nas desgraçadas os vigores
Que provêm lá das sendas das flores.
E os dentes brancos? Pérolas brilhantes
Belas helezinhas chamejantes
Que são as estrelas dos primores
Da sua bela senda das flores.
Frodo, por que não vens
Ignorando todos os desdéns
E leva-me sem temores
Até as sendas das flores?
Por que não me fazes tu feliz
Dando-me o que eu sempre quis
Para ver, em todas as cores
As tuas sendas das flores?
Pois no alto da escuridão
Nas trevas da solidão
Há sempre a réstia de luz dos teus amores
Lá nas sendas das flores.
 
Tristeza

É triste, mas hoje descobri que o mundo é triste.
Sabia que ele o era, mas agora vi, com os próprios olhos, que ele é triste.
É lindo, mas o livre-arbítrio é triste.
Porque o que se faz com ele é triste.
Ouvia eu as coisas ruins
E pensava que estavam bem longe de mim
Quando eu era criança.
Mas em demônios transformaram-se os serafins
E percebi, enfim
Que de nada serve a esperança.
Descobri que não existe amor
Entre os amigos;
Se teu melhor amigo for
Teu pior inimigo
Entenderás o que eu digo.
Descobri que não existe amor
Entre os confessos apaixonados;
Que um dia, sem motivo, esfria-se o primor
E apenas o sexo havia entre os tais amados.
Apenas a perpetuação da espécie, inconscientemente, quer-se no namorado.
Descobri que apenas o sexo sem sentimento
Existe no amor de homem e mulher.
E que, sem haver nenhuma dificuldade, o que em um momento
Era amor fulminante, agora não é amizade sequer.
Isso mostra como o ser humano nem sabe o que quer!
E os sonhos? Esses nunca vêm
E deixam enorme saudade
Pois saudade é a falta da quem nunca conheceu o bem
Mas do bem tem muita vontade.
O sonho que nunca virá é teu
É meu, é de todos nós.
Não importa se é antigo ou está no apogeu
O que importa é a dor atroz.
Teu sonho escondido não sei
Mas o meu é Frodo Bolseiro
Por quinze meses o amei
E ainda o amo o dia inteiro.
Bobagem? Não sei se é...
O que quero saber é que me faz bem
E não é apenas tolice frívola de mulher.
Não; não faz mal a ninguém.
O único mal que me poderia fazer
Seria o de filhos me privar
Pois que coisa tão boa um marido vai me trazer
Se depois do casamento ambos ficam sempre a reclamar?
E não raro se separam
Se vivem juntos ainda, o amor se acaba
Com a mesma rapidez das juventudes; que se esvaiam
Então as belezas do primeiro amor; nem mesmo de sobre uma simples aba.
Hoje, descobri que na caixa de Pandora
Já não há mais a esperança
Mas que no fundo dela há agora
Frodo, só Frodo; sua constância
Em minha vida permanece sempre.
Até quando? Não sei
Mas quero que dure a eternidade
Pois é bela e pura sua lei
E se resume ela no amor e na bondade.
Tristeza: ela não anda sozinha
Ela não é apenas minha:
É de todos também.
Ela é sempre tua
Vem sempre seca e nua
E geralmente sem ninguém
Pois como se sente solidão
Quando se tem tristeza!
E apenas a emoção de ver, Frodo, tua beleza
Me dá alguma consolação.
Tua límpida pureza
É bela como o mais belo cinzel
Não pode no mármore esculpir.
A luz da tua casta de donzel
É tão rara que sempre deve luzir
Sobre o mal estar.
É maior do que tudo o que pode trazer
Motivos para se prantear
É através dela que sempre vou viver
Nela sempre vou me apoiar.
Apesar de não ter impedido
Que tu viesses a ter tal tristeza
Torna o mal aos meus olhos vencido
E consegue fazê-lo pó diante de tua grandeza.
 
Ninquë

Tuas formas são brancas
São alvas e bem feitas
São belas as virtudes que tua alma trança
E resplandecentes, e puras, e afeitas
A tudo que tão claro é.
-x-
Teu rosto é delicado, é de mulher
Mas tua alma é forte como o diamante
Esteja eu, ou tu, onde estiver
Hei de ser sempre tua amante;
Amante só no coração.
-x-
A distância significa separação
Mas separação não pode ser
Se sinto tão perto a união
Maior e mais forte que há de se ter
Tão forte que faz-me tremer.
-x-
Amor distante não deveria haver
Mas sempre o platônico há.
Por que não podes tu aparecer
E toda a saudade dissipar?
Eu sei o que há de se perder.
-x-
E se o amor amadurecer,
O que o tempo vai ajudar
Certamente a acontecer,
Sempre escutarei as folhas das filhas de Laurelin a sussurrar:
Iorhaello melmë ná anninquë!
 
AS MINHAS POESIAS ANDAM SUMINDO!!!
quem as tirou daqui?!

Frodo

Seus olhos são sóis
Que brilham com a diáfana luz
Dos momentos finais dos arrebóis
E às trevas da noite mostra que ainda reluz.
-x-
Seu nome é luminoso
Não se apaga do céu
Tem todo ele um ar airoso
Nobre e doce como mel.
-x-
Todo ele é estrela, é luz, é beleza
É impossível esquecê-lo, mesmo depois do tempo vir a passar
Tamanha é a intensidade de sua clareza.
-x-
Por mais que eu quisesse deixá-lo, num engano
Confuso, num lapso, seria impossível! Toda aquela delicadeza!
Oh, como o amo!
 
Fidelidade

O trovador viu uma estrela
Em forma de mulher
E a achou a mais bela.
Resolveu lhe enaltecer
Com uma linda ode
E a ela foi cantar.
Mas vê-la já ele não pode
Então, outra estrela foi avistar
E para ela foi dedicar sua atenção.
E a outra torna-se pura lembrança
Um devaneio efêmero, uma ilusão
Em seu coração não houve perseverança.
“Que seja eterno enquanto dure”
É um medíocre jargão;
Quem quiser, que a ele sua vida misture
E não tenha mais pureza de coração.
Eterno é apenas o que é perene
E não o que um dia finda.
Apesar de parecer atitude extreme
É a verdadeira chave duma égide linda.
O verdadeiro amor
Não é o último, nem o primeiro:
É o único amor
Que não tem fim nem participação de terceiros.
Morreu a estrela
Morre também o coração
Daquele que a tinha como a Mais Bela;
Nele não há mais capacidade de emoção.
Iorhael, a estrela que brilha
(Iorhael, calima elen)
Frodo, a mais bela canção
(Iorhael, i anvanya lindalë)
Iorhael, o do amor mais sábio
(Iorhaello i assaila melmë)
Frodo, o dono do meu coração.
A única estrela que fulge
A única que meu canto enaltecerá.
A que na aurora surge
Para as sombras profundas iluminar.
O brilho da tua chama
Nunca se apagará.
Pois tua voz sempre me chama
E assim o amor nujnca se extinguirá.
Para quê escreverei
A um outro alguém?
Para quê te trairei
E tornarei minha obra aquém?
É apenas a ti, Frodo querido
Que minha mão escreve
A outro homem não há escrito
Feito pela mão que te segue.
Tua luz branca
Sempre contrastará com as trevas do coração
Daquela que traz em tua honra uma aliança.
E enquanto tal anel lá for mantido
Poder ter cerdeza de que é verdade:
Nunca, jamais, será escondido
Que a dona da mão lhe dá fidelidade.

PS: Eu uso uma aliança há quase 1 ano em símbolo ao meu amor pelo Frodo.
Sério mesmo! Podem me botar no hospício depois dessa! :mrgreen:
 
Cristal

Poilin mélanyë?
Oh! Anvanya elen!
Permita-me, ó pedra de jade!
Cristal do brilho que as outras não conseguem!
-x-
Por que foste embora?
Colar de pérolas que adorna a vida!
Volta logo, volta agora!
Volta com tua virtude linda!
-x-
Meluvan Iorhael, calimë hendu!
Ah, querido! Daonde tiraste tanta beleza?
Nem dando a vida obtém-se tal! Nem morrendo!
-x-
Melinyë Iorhael, an Iorhael ná ancalima
Anvanya peryaquen, eglerio!
Frodo, meu amado da beleza do cristal! Ná ammelda!

PS: quem quiser a tradução MP me, não tou cum saco de digitar ela agora naum...u.u
 
Só uma dúvida Sara ... Como vc faria pra beijar o Frodo ?? Ele teria q subir em um banquinho ? Uma escada ? Ou vc ia ficar de joelhos ? :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
 
Nossa... Só passei aqui pra dizer que esse Ode ao Frodo é ETERNO! Desde que entrei aqui tem essas poesias lindas aqui!

Parabéns, Saranel, por manter todo esse interesse das pessoas nesse tópico que já virou até lenda! (pelo menos pra mim)

=)
 
Obrigadu genti!^^

Mais uma poesia, depois de mais uma das minhas secas... :roll: :mrgreen:

Calimë hendu

Que são aquelas jóias?
Que são aquelas pedras belas?
A estrela vespertina qur nos olha
Não pode ser tão sublçime e ao mesmo tempo tão singela!

Uma luz brilha em seu interior
Como se lá houvesse um Sol
E quando eles têm da penúria o palor
É como se de lá transluidisse o arrebol.

São olhos o que vejo enfim?
São espelhos d'alma
Numa belíssima moldura de marfim?

Quem de rosto esta moldura chamou
Não viu que tal é na verdade de Iorhael, uma criatura que acalma
Sua sublime tez com de suas jóias as lágrimas que derramou.
 

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