John Roderigo Dos Passos (Chicago, 14 de janeiro de 1896 — 28 de setembro de 1970) foi um novelista e pintor estadunidense, descendente de imigrantes portugueses originários da Madeira.
John Dos Passos pro alguma razão não é muito lido no Brasil, talvez por ser o escritor mais a esquerda que surgiu durante o entre guerras, e por diversos fatores não tenha sido traduzido no Brasil até os anos 80.
É muito comum encontrarem em sebos de todo Brasil seu livro 1919, contudo o que muitos não se percebem de ínicio que esta obra é a segunda de uma trilógia chama U.S.A. que transcorre no período da primeira guerra mundial pegando a década de 1920. Eu de facto não li as outras duas obras, mais sua narrativa é da melhor tradição americana, ele consegue criar um amplo panorama do Estados Unidos e da Europa dando detalhes quase jornalísticos como Hemingway, contudo ele se foca mais no enrredo do que nos personagens em sí, ainda que estes tenham grande importância. Nesta obra por exemplo ele trabalha com um personagem que é marinheiro contando a vida de um trabalhador americano nos mares, criticando a United Fruit, a guerra nos mares, etc,etc. Outro personagem é um pequeno esforçado que se polítiza na tradição "repúblicana" americana, outras duas personagens , uma sulista do texas, metódista e preconceituosa, e outra pequena do leste que tem uma educação não tão rígida mas que tem seus preconceitos puritanos. A história contudo não é panfletaria. Claramente o autor apresenta que por todo mito existe a loucura e a sordidez, como é o caso da narrativa da vida do presidente T.E. Roosevelt, ou de Wildrow Wilson.
Não bastando esses recursos todo, o autor entre os personagens faz uso de línguagens de manchetes jornalísticas, de noticiário do rádio, de homenagens - a John Reed - faz essa troca de cidades, você sai de Dallas, passa por Santa Fé, New Jersey, Cambridge, Paris, Roma, Genôva. É um turbilhão causado pelo "descobrir" além do umbigo que a guerra trouxe aos isolacionistas americanos.
Espero poder ler as outras duas obras do autor desta trilógia. Quanto a isso quero falar, a famosa edição 1919 lançado pela Ed. Abril nos anos 1980 foram traduzido por Daniel Gonlçalves, apos a leitura percebi que existia algumas palavras serem usados comumentes no Português de Portugal, como exemplo "Fixe", "Camiões", "Aldeabra". Não encontrei nada sobre o tradutor, somente que ele é português , ainda que pela Wikipédia diga que o tradutor da trilógia na Europa foi feita Hélder de Macedo. Nos anos 80 ainda a Rocco lançou outra tradução , da trilogia completa pelo Marcos Santarrita. Esta mesmo tradução foi relançada pela Ed. Benvirá. Contudo apesar do aportuguesamento, a obra é muito bem traduzida, com boas notas editoriais. Este sem dúvida é um autor a ser descoberto, ainda que discorde de Sartre ao dizer que ele é o maior autor do século XX.
fontes:
http://www.benvira.com.br/obra.asp?obra=755229
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Dos_Passos
http://en.wikipedia.org/wiki/John_Dos_Passos
http://www.skoob.com.br/autor/5965-john-roderigo-dos-passos
John Dos Passos pro alguma razão não é muito lido no Brasil, talvez por ser o escritor mais a esquerda que surgiu durante o entre guerras, e por diversos fatores não tenha sido traduzido no Brasil até os anos 80.
É muito comum encontrarem em sebos de todo Brasil seu livro 1919, contudo o que muitos não se percebem de ínicio que esta obra é a segunda de uma trilógia chama U.S.A. que transcorre no período da primeira guerra mundial pegando a década de 1920. Eu de facto não li as outras duas obras, mais sua narrativa é da melhor tradição americana, ele consegue criar um amplo panorama do Estados Unidos e da Europa dando detalhes quase jornalísticos como Hemingway, contudo ele se foca mais no enrredo do que nos personagens em sí, ainda que estes tenham grande importância. Nesta obra por exemplo ele trabalha com um personagem que é marinheiro contando a vida de um trabalhador americano nos mares, criticando a United Fruit, a guerra nos mares, etc,etc. Outro personagem é um pequeno esforçado que se polítiza na tradição "repúblicana" americana, outras duas personagens , uma sulista do texas, metódista e preconceituosa, e outra pequena do leste que tem uma educação não tão rígida mas que tem seus preconceitos puritanos. A história contudo não é panfletaria. Claramente o autor apresenta que por todo mito existe a loucura e a sordidez, como é o caso da narrativa da vida do presidente T.E. Roosevelt, ou de Wildrow Wilson.
Não bastando esses recursos todo, o autor entre os personagens faz uso de línguagens de manchetes jornalísticas, de noticiário do rádio, de homenagens - a John Reed - faz essa troca de cidades, você sai de Dallas, passa por Santa Fé, New Jersey, Cambridge, Paris, Roma, Genôva. É um turbilhão causado pelo "descobrir" além do umbigo que a guerra trouxe aos isolacionistas americanos.
Espero poder ler as outras duas obras do autor desta trilógia. Quanto a isso quero falar, a famosa edição 1919 lançado pela Ed. Abril nos anos 1980 foram traduzido por Daniel Gonlçalves, apos a leitura percebi que existia algumas palavras serem usados comumentes no Português de Portugal, como exemplo "Fixe", "Camiões", "Aldeabra". Não encontrei nada sobre o tradutor, somente que ele é português , ainda que pela Wikipédia diga que o tradutor da trilógia na Europa foi feita Hélder de Macedo. Nos anos 80 ainda a Rocco lançou outra tradução , da trilogia completa pelo Marcos Santarrita. Esta mesmo tradução foi relançada pela Ed. Benvirá. Contudo apesar do aportuguesamento, a obra é muito bem traduzida, com boas notas editoriais. Este sem dúvida é um autor a ser descoberto, ainda que discorde de Sartre ao dizer que ele é o maior autor do século XX.
http://www.benvira.com.br/obra.asp?obra=755229
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Dos_Passos
http://en.wikipedia.org/wiki/John_Dos_Passos
http://www.skoob.com.br/autor/5965-john-roderigo-dos-passos
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