Meia Palavra
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Sujeira, grafite, prédios sujos grudados uns aos outros e outdoors anunciando a marca da vez. Esse pode ser um retrato de qualquer grande cidade, mas em Encruzilhada, quadrinho de Marcelo d’ Salete, essa é a São Paulo que ele vê. Os desenhos do autor trazem recortes desse ambiente urbano carregado de propagandas, até nas próprias pessoas, que às vezes dá lugar a um pedacinho de céu com nuvens. E nessa cidade estão personagens simples, pessoas com as quais esbarramos na rua e nem notamos, trabalhadores e vagabundos que se encontram em tragédias comuns.
O projeto gráfico do livro publicado pela Leya/Barba Negra é o que primeiro chama a atenção e diz ao leitor que ele não deve ler os quadrinhos, mas observá-los e senti-los. As páginas negras trazem traços brancos “sujos”, com poucas falas e mais retratos das personagens e das paisagens em que elas interagem. As tramas em si são simples, até já repetidas em outras obras que abordam situações de preconceito e injustiça que já somos “acostumados” a ver nos jornais. Encruzilhada tem o par de meninos de rua injustiçados pela polícia, o viciado que rouba a prima para comprar mais drogas, o ladrão de carros, a prostituta observada pelo seu vizinho e o homem negro preso por engano. Nada muito longe daquilo que outras histórias contam, mas ainda assim diferentes pela maneira que d’Salete os representa.
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O projeto gráfico do livro publicado pela Leya/Barba Negra é o que primeiro chama a atenção e diz ao leitor que ele não deve ler os quadrinhos, mas observá-los e senti-los. As páginas negras trazem traços brancos “sujos”, com poucas falas e mais retratos das personagens e das paisagens em que elas interagem. As tramas em si são simples, até já repetidas em outras obras que abordam situações de preconceito e injustiça que já somos “acostumados” a ver nos jornais. Encruzilhada tem o par de meninos de rua injustiçados pela polícia, o viciado que rouba a prima para comprar mais drogas, o ladrão de carros, a prostituta observada pelo seu vizinho e o homem negro preso por engano. Nada muito longe daquilo que outras histórias contam, mas ainda assim diferentes pela maneira que d’Salete os representa.
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