Elring
Depending on what you said, I might kick your ass!
- Uruk-hai!!! Um grupo armado!!! - disse Elring, alertado pelo odor trazido pelo vento e pelo som de espadas - Orodris!
Prontamente, o anão colocou seu ouvido rente ao solo:
- Sim!!! Vinte ou mais deles!!! Estão lutando a meia légua daqui! Há mais... pelo menos dois elfos entre eles!
- Vamos!!!
O menestrel montou no cavalo deixado pelos anões. Relutante, Orodris subiu. O animal refugou, recusando-se a entrar na mata. Com uma risada da satisfação o anão saltou da sela e correu na direção do confronto, deixando para trás um cavaleiro injuriado com tamanha desfaçatez.
Não muito longe de onde os bardos partiram e encurralados numa ravina, um casal de elfos travava um combate feroz e desesperado contra a milícia uruk-hai. A mulher chamava-se Nárwen, uma remanescente dos caçadores de Beleriand Oriental; seu companheiro era Sorondil, um elfo do Povo-Águia. E com eles estava sua filha recém nascida, Rána Celebrimloth.
Apesar da desvantagem, o casal derrubava sem maiores dificuldades seus perseguidores. Com Heledhril, a lança engastada com duas pontas de diamantes aguçados, Sorondil girava e desferia golpes fulminantes na milícia orc; criando um círculo mortal ao qual nenhuma espada, escudo ou cota de malha resistia. Ao seu lado e com a criança envolta numa capa e protendo seu lado esquerdo, Nárwen demonstrava toda sua fúria e habilidade mortíferas no manejo de sua magnífica espada Rúthsil. Instilando o terror no grupo a cada guerreiro orc destroçado.
Mas o casal estava exausto. E os uruks já não lançavam-se ao ataque como antes. Somente mantinham uma distância segura da lança de Sorondil e gritando zombarias para cada golpe desferido no vazio. A milícia sabia que os elfos estavam feridos mortalmente por causa das setas envenenadas que dispararam quandos os dois escaparam. E numa mistura de jogo de paciência e passatempo cruéis, o capitão do grupo mandava um de seus guerreiros atacá-los. Garantindo não somente a diversão dos demais, mas também a certeza de que atingiria o seu objetivo: a captura da pequena Rána sem ferimentos.
Sorondil já arfava apoiado em sua lança quando escutou o zumbido estridente de algo cortando o ar. Vinha na direção do cerco. Os orcs urraram e pedaços de seus corpos espalharam-se em várias direções. No chão, o líder do grupo jazia com o ventre trespassado por um grande machado. A ensandecida milícia virou-se brandindo sua armas para um diminuto vulto que aproximava-se em grande velocidade e cruzando o riacho escuro da ravina. Logo atrás, Elring saiu da floresta montado no mesmo cavalo que recusara-se a a conduzi-los. Apoiado pela força das pernas, o menestrel ajustou a última das dez flechas no grande arco de prata que, graçar a ranhuras especiais, encaixavam-se perfeitamente nas hastes.
Aproveitando o momento de confusão e pânico gerado pelos dois, o casal reuniu o que restava de suas forças e avançou sobre a retaguarda da milícia; com Sorondil abrindo caminho na direção dos bardos. Ciente do que o bando faria aos casal, Elring começou a disparar velozmente suas flechas para proteger a mulher e a criança. Orodris sacou duas azagaias e arremessou-as. Os orcs, no entanto, são pegos de surpresa pelo inesperado salto que o anão executou sobre suas cabeças. Uma distração fatal que os impediu de desviar das azagaias afiadíssimas que mantinham a tragetória, inabalavelmente por entre seus corpos.
- Salve!!! Mais uma vez o destino nos colocou lado a lado em outro combate, meu bom amigo Orodris! - exclamou Sorondil ao relembrar seu primeiro encontro com o anão que o ajudara a sair de um emboscada que os homens orientais tinham lhe feito nas Colinas de Ferro, há trezentos anos.
- É bom revê-lo novamente, Jovem-Águia! - retribuiu Orodris, momentos antes de apanhar as azagaias. - Consegues lutar?
- Consegues acompanhar-me? - replicou Sorondil, fazendos os uruks recuarem com um violento giro da lança Heledhril, brilhante como um relâmpago.
Os orcs mal tiveram tempo de voltar sua cimitarras negra para o anão quando foram pegos por um deslocamento fortíssimo de ar sobre seus elmos. Ouviram sons de cascos. Um relinchar agudo e o desaparecimento da elfa e da criança diante de seus olhares incrédulos. Novamente o som de cascos. Algo ou alguma força derrubou os poucos combatentes a frente e afastou-se com rapidez da ravina.
Orodris sorriu. Elring tinha realizado um encantamento de desvanecimento e desta vez com o cavalo junto - Quando quiseres. príncipe dos Soronlië! - bradou ele, retirando do cadáver do líder orc o seu machado de guerra.
Os dois atacaram, promovendo o massacre da reduzida milícia.
Em uma clareira pouco afastada, Elring recostou cuidadosamente Nárwen em um frondoso carvalho de folhas rubras pelo crepúsculo. A mulher fitou demoradamente os olhos do menestrel, causando-lhe desconforto. Ela sorriu, entregando-lhe a criança.
- Esta é Rána Celebrimloth... ah, Elbereth Gilthoniel! Ela será tão bela e tão forte ainda na juventude! E isto eu vejo nos olhos de quem ainda carrega a luz dos Antigos Dias!
- Ainda é cedo para despedidas, jovem caçadora! Posso salvá-la! - disse Elring, retirando um pequeno frasco de seu cinto. Ela recusou.
- Por favor! Não nos odeie pelo Fraticídio... nem por pertencermos a Casa de Fëanor... - suplicou Nárwen com os olhos aflitos.
Prontamente, o anão colocou seu ouvido rente ao solo:
- Sim!!! Vinte ou mais deles!!! Estão lutando a meia légua daqui! Há mais... pelo menos dois elfos entre eles!
- Vamos!!!
O menestrel montou no cavalo deixado pelos anões. Relutante, Orodris subiu. O animal refugou, recusando-se a entrar na mata. Com uma risada da satisfação o anão saltou da sela e correu na direção do confronto, deixando para trás um cavaleiro injuriado com tamanha desfaçatez.
Não muito longe de onde os bardos partiram e encurralados numa ravina, um casal de elfos travava um combate feroz e desesperado contra a milícia uruk-hai. A mulher chamava-se Nárwen, uma remanescente dos caçadores de Beleriand Oriental; seu companheiro era Sorondil, um elfo do Povo-Águia. E com eles estava sua filha recém nascida, Rána Celebrimloth.
Apesar da desvantagem, o casal derrubava sem maiores dificuldades seus perseguidores. Com Heledhril, a lança engastada com duas pontas de diamantes aguçados, Sorondil girava e desferia golpes fulminantes na milícia orc; criando um círculo mortal ao qual nenhuma espada, escudo ou cota de malha resistia. Ao seu lado e com a criança envolta numa capa e protendo seu lado esquerdo, Nárwen demonstrava toda sua fúria e habilidade mortíferas no manejo de sua magnífica espada Rúthsil. Instilando o terror no grupo a cada guerreiro orc destroçado.
Mas o casal estava exausto. E os uruks já não lançavam-se ao ataque como antes. Somente mantinham uma distância segura da lança de Sorondil e gritando zombarias para cada golpe desferido no vazio. A milícia sabia que os elfos estavam feridos mortalmente por causa das setas envenenadas que dispararam quandos os dois escaparam. E numa mistura de jogo de paciência e passatempo cruéis, o capitão do grupo mandava um de seus guerreiros atacá-los. Garantindo não somente a diversão dos demais, mas também a certeza de que atingiria o seu objetivo: a captura da pequena Rána sem ferimentos.
Sorondil já arfava apoiado em sua lança quando escutou o zumbido estridente de algo cortando o ar. Vinha na direção do cerco. Os orcs urraram e pedaços de seus corpos espalharam-se em várias direções. No chão, o líder do grupo jazia com o ventre trespassado por um grande machado. A ensandecida milícia virou-se brandindo sua armas para um diminuto vulto que aproximava-se em grande velocidade e cruzando o riacho escuro da ravina. Logo atrás, Elring saiu da floresta montado no mesmo cavalo que recusara-se a a conduzi-los. Apoiado pela força das pernas, o menestrel ajustou a última das dez flechas no grande arco de prata que, graçar a ranhuras especiais, encaixavam-se perfeitamente nas hastes.
Aproveitando o momento de confusão e pânico gerado pelos dois, o casal reuniu o que restava de suas forças e avançou sobre a retaguarda da milícia; com Sorondil abrindo caminho na direção dos bardos. Ciente do que o bando faria aos casal, Elring começou a disparar velozmente suas flechas para proteger a mulher e a criança. Orodris sacou duas azagaias e arremessou-as. Os orcs, no entanto, são pegos de surpresa pelo inesperado salto que o anão executou sobre suas cabeças. Uma distração fatal que os impediu de desviar das azagaias afiadíssimas que mantinham a tragetória, inabalavelmente por entre seus corpos.
- Salve!!! Mais uma vez o destino nos colocou lado a lado em outro combate, meu bom amigo Orodris! - exclamou Sorondil ao relembrar seu primeiro encontro com o anão que o ajudara a sair de um emboscada que os homens orientais tinham lhe feito nas Colinas de Ferro, há trezentos anos.
- É bom revê-lo novamente, Jovem-Águia! - retribuiu Orodris, momentos antes de apanhar as azagaias. - Consegues lutar?
- Consegues acompanhar-me? - replicou Sorondil, fazendos os uruks recuarem com um violento giro da lança Heledhril, brilhante como um relâmpago.
Os orcs mal tiveram tempo de voltar sua cimitarras negra para o anão quando foram pegos por um deslocamento fortíssimo de ar sobre seus elmos. Ouviram sons de cascos. Um relinchar agudo e o desaparecimento da elfa e da criança diante de seus olhares incrédulos. Novamente o som de cascos. Algo ou alguma força derrubou os poucos combatentes a frente e afastou-se com rapidez da ravina.
Orodris sorriu. Elring tinha realizado um encantamento de desvanecimento e desta vez com o cavalo junto - Quando quiseres. príncipe dos Soronlië! - bradou ele, retirando do cadáver do líder orc o seu machado de guerra.
Os dois atacaram, promovendo o massacre da reduzida milícia.
Em uma clareira pouco afastada, Elring recostou cuidadosamente Nárwen em um frondoso carvalho de folhas rubras pelo crepúsculo. A mulher fitou demoradamente os olhos do menestrel, causando-lhe desconforto. Ela sorriu, entregando-lhe a criança.
- Esta é Rána Celebrimloth... ah, Elbereth Gilthoniel! Ela será tão bela e tão forte ainda na juventude! E isto eu vejo nos olhos de quem ainda carrega a luz dos Antigos Dias!
- Ainda é cedo para despedidas, jovem caçadora! Posso salvá-la! - disse Elring, retirando um pequeno frasco de seu cinto. Ela recusou.
- Por favor! Não nos odeie pelo Fraticídio... nem por pertencermos a Casa de Fëanor... - suplicou Nárwen com os olhos aflitos.
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