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[Eleições 2018] Em quem você pretende votar para Presidente?

Em quem você vai votar para a Presidência da República no SEGUNDO TURNO?

  • Fernando Haddad (PT)

    Votos: 20 60,6%
  • Jair Bolsonaro (PSL)

    Votos: 8 24,2%
  • Branco/Nulo

    Votos: 5 15,2%

  • Total de votantes
    33
  • Votação encerrada .
Status
Fechado para novas mensagens.
Melly, durante os quase 7 anos de Haddad no Ministerio da Educação o número de escolas médicas no Brasil praticamente duplicou. Estas faculdades abriram sem o menor preparo, estrutura ou demanda na região, sem contar que a enorme maioria delas é particular (alguém falou em FIES?), ou seja, ele tentou resolver o problema da má distribuição de médicos no Brasil aumentando o número de médicos, não atraindo os médicos existentes para as regiões carentes. O efeito disso foi óbvio: ainda maior concentração de médicos nos grandes centros, diminuição drástica dos salários pela alteração da relação demanda/oferta, e as regiões carentes se mantiveram carentes.

Depois São Haddad criou, junto com o Ministério da Saúde, o PROVAB, que dava pontos extra na prova de residência para médicos recém-formados, sem experiência alguma, que fossem para regiões carentes atuar na atenção básica. Isso mostra um completo desconhecimento de como funciona a atenção básica, onde o médico é chamado de Médico da Família e Comunidade e o princípio é a fixação daquele profissional naquela região de vez, para que ele realmente crie vínculo profundo com a comunidade e possa atuar de modo efetivo. O PROVAB promoveu um rodízio anual de médicos inexperientes cuidando de pessoas extremamente necessitadas, sem formação de vínculo (afinal, no final daquele ano o médico prestava prova de residência, passava e largava a comunidade), sem planejamento a longo prazo pra comunidade... Enfim, maquiou legal a questão da saúde de modo extremamente populista, porém sem resolver p*rra nenhuma. Isso sem contar o Mais Médicos, que viria logo em seguida, mas que não tem o selo estupidez do Haddad.

O ProUni também foi criado pelo Haddad e a premissa realmente é boa, mas o sistema era bastante suscetível a fraude, tanto que um amigo meu da UFF, filho de comerciante bem abastado, antes de passar pra lá, tava fazendo uma universidade particular pelo ProUni e disse que quase não foi pra UFF porque não só o governo bancava a faculdade particular dele como ainda dava um dinheiro a mais. E na sala dele tinha mais gente da mesma situação financeira dele. Isso em UMA universidade particular do Rio de Janeiro. Imagina o quanto de dinheiro público escorreu nessas fraudes.

Foi o Haddad também que reformulou o ENEM, em 2009, para um exame unificado que substituiria à força o vestibular das universidades federais. Mas, que ironia, o ENEM 2009 teve fraude, o 2010 também, o 2011 também, em janeiro de 2013 a Justiça Federal no RS suspendeu o Sisu por divergências na correção das redações do ENEM 2012 e por aí vai.

Enfim, o meu ranço por ele extravasou a tentativa de ruína da minha ex profissão, mas acho que deu pra ficar bem claro o porquê do meu posicionamento.

Bacana, muito esclarecedor. Eu estava com a mesma dúvida que a Mellime. Completamente sanada agora!
 
1)Muito bom que finalmente o resultado das urnas não foi contestado nem por quem perdeu ( alô, Aécio. Aprenda essa lição democrática) e muito menos por quem venceu o pleito eleitoral/2018. Provavelmente que não teríamos essa "paz de cemitério" caso o resultado fosse diferente do atual cenário, mas serve bem pra demarcar quem realmente é democrata e aqueles histéricos imaginando uma fraude e/ou já querendo justificar uma possível derrota com tal argumento. #paz
2)Uma jornalista argentina perguntou ao Paulo Guedes (logo após o resultado oficial) sobre a relação do Brasil com o Mercosul. Ele muito nervoso e até de forma mal educada respondeu de forma ríspida, que não é prioridade da futura gestão esse assunto. Falou também que seu estilo é muito parecido com o presidente eleito: " falamos a verdade, entendeu". Imagino quando de fato começar de fato as cobranças a para as demandas nacionais esse pessoal alterando com jornalistas. Só imagino.
 
Na verdade, eu gostei muito da posição do Paulo Guedes na entrevista. Estavam querendo impor na pergunta que seria algo inadmissível não priorizar o Mercosul, e o Paulo Guedes fez questão de deixar claro que as relações bilaterais é que serão prioridade:

 
Pois é, já eu acho que ele foi paciente demais, eu não ficaria 30s sendo entrevistado naquela posição ali, todo mundo quase afogando e se pendurando no cara... :lol:

E outra, Paulo Guedes sugere "Vamos conversar sobre política econômica". Daí imediatamente vem o repórter e fala "Tá, o imposto novo que o senhor falou, como é que vai se chamar? CPMF?". :roll: Quer dizer, conversar coisa nenhuma, tá caçando manchete sensacionalista. Pior, isso depois do Paulo Guedes discorrer sobre como a imprensa noticiou de forma sensacionalista sua proposta de substituição de impostos, noticiando-o como uma mera criação de imposto (que era justamente a CPMF). Paulo Guedes só não fez um facepalm porque tinha um monte de microfones próximos à cabeça dele.

Obrigado Ricardo Campos por chamar a atenção para essa boa atuação em entrevista por parte do Paulo Guedes. :joinha:
 
Última edição:
Estilo Donald Trump.

Se ele imita ou não o estilo pessoal do Trump isso é uma coisa.

Mas se o Bolsonaro fazer o Brasil ter a mesma prosperidade econômica dos EUA com Trump, com crescimento do PIB e da economia de forma sustentável e redução do desemprego como no gráfico abaixo (fonte)

desemprego-eua.png

E acontecendo, seria maravilhoso o Brasil retomar a prosperidade econômica, saindo de uma real situação difícil e não crescendo a partir de numa onda boa, vivendo na zona de conforto a ilusão de uma bolha e subestimando e tirando sarro da primeira grande dificuldade chamando-a de "marolinha" como fez um certo ex-presidente.

Então, por mim nesse quesito que o Bolsonaro se inspire a vontade no Trump (e logicamente levando em conta pontos que são exclusivos da realidade brasileira). Posso não gostar do estilo pessoal do Trump, mas o que quero e espero de um bom presidente é a prosperidade sustentável a longo prazo.

Por um Brasil com uma prosperidade dos EUA a la Trump, vou torcer que o Bolsonaro se inspire e alcance com sucesso. Se o Brasil tivesse hoje 3% de crescimento ao ano e 4% de desemprego, se não é o ideal, perto do que vivemos nos últimos anos, já seriam índices maravilhosos.
 
Obrigado Ricardo Campos por chamar a atenção para essa boa atuação em entrevista por parte do Paulo Guedes. :joinha:
Vamos ver até quando dura o amor com o Paulo Guedes. A pergunta foi tranquila e o cara apelou. Ainda está no palanque, mas já que desce.
** Posts duplicados combinados **
E outra, Paulo Guedes sugere "Vamos conversar sobre política econômica". Daí imediatamente vem o repórter e fala "Tá, o imposto novo que o senhor falou, como é que vai se chamar? CPMF?". :roll: Quer dizer, conversar coisa nenhuma, tá caçando manchete sensacionalista.

"E outra, Paulo Guedes sugere" :eek: Só fala o que interessa (assuntos espinhosos não vem ao caso) e quer pautar a imprensa? Alias, o Bolsonaro fez isso a campanha inteira não quis conversar/debater quando por exemplo se perguntava sobre economia/etc, o capitão insistia em "kit gay" dentro outras coisas que queria elencar. Pelo visto a pimenta já começou a arder bem cedo...:lol:
 
Alias, o Bolsonaro fez isso a campanha inteira não quis conversar/debater quando por exemplo se perguntava sobre economia/etc, o capitão insistia em "kit gay" dentro outras coisas que queria elencar. Pelo visto a pimenta já começou a arder bem cedo...:lol:

Ele tá fazendo isso pra desviar a atenção da medidas que vai tomar e que vão levar os mais pobres e a classe média pro buraco.
Fez vídeo apoiando a proposta daquela imbecil que pediu para que alunos filmassem professores "doutrinadores" e continua repetindo aquela mentira do kit gay.
Bostonaro é um psicopata, não é só um cara populista de direita, quer manter o clima de ódio, de que "é tudo culpa do petê e da esquerdalha", obviamente como maneira de desviar a atenção para as reformas da previdência e trabalhista e das privatizações que vai fazer. Se fosse apenas um populista ia tentar manter o diálogo, procurando apoio dos contrários.

Vamos nos foder e muito com tudo isso e que contrapesos vamos ter em relação à ele? Este judiciário acovardado, cheio de juíz banana? A grande mídia, que ajudou a espalhar o ódio que o criou? O movimento social e os sindicatos, que serão criminalizados? O poder legislativo, corrupto e reacionário?
Muita ingenuidade achar que "cresceremos como os EUA" lambendo as botas do donald-embuste , voltaremos a ser o quintal dos EUA e agora também da China.
O capitão bunda suja, como bom representante daqueles com síndrome vira-lata que votaram nele, vai falar grosso com a Venezuela e falar fino e rebolar com os EUA.
.
Uma ex-membro aqui do Valinor (Usava o nome de Melian) fez um texto preciso sobre essas pessoas que agora vêm com o discurso de "independente da posição política" precisamos todos torcer para que esse governo dê certo.
Screenshot_2018-10-31 Facebook.png

Tá é loco, né?
Eu lá quero que dê certo o governo de um cara que diz que vai acabar com a "farra" de tratamento gratuito no SUS para pacientes com câncer? Que vai juntar o ministério da agricultura com o do meio ambiente? Que vai acabar com o Ibama e as reservas indígenas? Que vai privatizar as universidades públicas, afastando ainda mais (senão acabando com) a oportunidade de acesso de gente pobre? Que quer ensinar criacionismo nas escolas? Quer acabar com o ensino noturno nas escolas públicas e faça ensino à distância (em lugares distantes, onde estão os miseráveis que nem sabem o que é um computador) até pra o ensino fundamental? Que disse que as minorias devem se adequar à maioria ou então desaparecer? Que o Brasil deve sair da ONU? Que vai legalizar a caça, esse "esporte saudável"? Que os "marginais vermelhos" devem sair do país ou ir para a Ponta da Praia?
Eu torço é pra que TUDO desse governo dê muito, muito errado.
 
Última edição:
Bom, para mim a perspectiva de sair algo positivo da eleição presidencial terminou com o resultado do 1º turno, fosse com Ciro ou Marina, meus preferidos, ou qualquer dos outros. Bolsonaro e o PT eram as opções que eu mais rejeitava, por motivos que acho que já falei aqui, e já cansei desse debate. Certamente achava Haddad uma opção muito melhor, mas também não me agradaria por todas as críticas que tenho ao PT.

Encerrando comentários sobre o tema do tópico, só queria dizer que a Valinor está de parabéns:

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(esse print de cima foi da Bel. Em quem eu votei nessa enquete não vou dizer porque é secreto)
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3.jpg

Mas eu vim mesmo postar aqui porque este assunto em paralelo me interessou:

Melly, durante os quase 7 anos de Haddad no Ministerio da Educação o número de escolas médicas no Brasil praticamente duplicou. Estas faculdades abriram sem o menor preparo, estrutura ou demanda na região, sem contar que a enorme maioria delas é particular (alguém falou em FIES?), ou seja, ele tentou resolver o problema da má distribuição de médicos no Brasil aumentando o número de médicos, não atraindo os médicos existentes para as regiões carentes. O efeito disso foi óbvio: ainda maior concentração de médicos nos grandes centros, diminuição drástica dos salários pela alteração da relação demanda/oferta, e as regiões carentes se mantiveram carentes.
(...)
Enfim, o meu ranço por ele extravasou a tentativa de ruína da minha ex profissão, mas acho que deu pra ficar bem claro o porquê do meu posicionamento.
Pim, eu acho que você está sendo corporativista. Desculpe se você se sentir ofendida, não é a minha intenção: é só uma crítica a um comportamento natural, que sequer costuma ser consciente.

Vou dar meu próprio exemplo: há alguns anos, falou-se na extinção da prova da OAB. Eu pretendo advogar no futuro. Na época, disparei contra a qualidade das milhares de faculdades particulares de Direito, de como os jurisdicionados seriam prejudicados pela quantidade de advogados que seriam postos no mercado e que não têm condição nem de responder a uma prova fácil como a OAB.

Francamente? Tudo isso pode ser verdade, e eu falava com sinceridade, mas, no fundo, eu não estava nem um pouco preocupado com os jurisdicionados, mas com a explosão de profissionais e a desvalorização da carreira. Eu não sei de verdade se as tantas faculdades de Direito não prestam, na verdade até conheço ótimos profissionais formados em faculdades nanicas, e outros que apenas não se dão bem com a prova. A minha real preocupação era que o Estado preservasse a minha profissão.

Isso é justo? Pode-se discutir. É liberal? Não parece. Por que não dar a maior opção possível de advogados para o postulante? Vai baixar o preço, vai forçar os advogados a competirem, a se inovarem. Deixa o cidadão escolher, tem que diminuir a burocracia. Os maus serão naturalmente excluídos.

Na economia eu acho isso muito parecido. A principal alegação de quem se opõe a medidas liberais no Brasil é de proteção do mercado e da indústria nacional. O consumidor será favorecido por menos protecionismo e menos burocracia? Eu tenho quase certeza de que sim: mais opções, menor preço, evoluções... Mas a que custo? As condições de competição serão justas? Não corremos risco de ser destroçados por outros mercados que, por características próprias (inclusive menos exigências), têm melhores condições para ofertar produtos baratos? E a segurança do produto e do serviço, que são conferidas pelos inúmeros alvarás requeridos? Deixamos o consumidor à mercê, assim como deixaríamos um paciente ou um jurisdicionado, caso diminuíssemos a mão do Estado no controle da profissão?

A sua crítica me fez lembrar de uma prima minha, também médica. Ela era uma das que se queixavam do reduzido número de faculdades de Medicina aqui em Salvador, em meados de 2005, quando começou a tentar o vestibular (só havia a federal e uma particular). Quando passou, não demorou muito para começar a reclamar de que estavam abrindo faculdades demais - e realmente de lá para cá o número triplicou. Numa delas, passaram minha namorada e minha irmã. Uma faculdade excelente, com nota máxima no MEC. Não demorou muito para eu também ouvir delas opiniões parecidas com a de minha prima.

Também me fez lembrar das manifestações da minha categoria de servidores. Pessoal adora faixas do tipo "Quem atende a população é o servidor público", "Quem perde é a sociedade". Ora, vamos! Sim, é verdade que servidores escassos e mal pagos impactarão no serviço ao cidadão. Mas tem alguém ali, nas reivindicações, realmente preocupado com o cidadão? Estão preocupados com as próprias condições de trabalho. E isso é mais do que justo! Algum de nós vai aplaudir se o Estado admitir que particulares façam o nosso serviço, por exigências muito inferiores, mesmo que isso seja satisfatório para o cidadão? É óbvio que não.

Eu acho, portanto, que a oposição da classe médica à facilitação para abertura de faculdades de Medicina não tem realmente a ver com nenhuma preocupação com o nível de ensino. O mesmo vale para o Mais Médicos: não é a preocupação com a qualidade dos médicos estrangeiros, ou os bons resultados do programa teriam balançado a opinião da classe. É uma autodefesa, a proteção dos interesses da categoria. E isso é perfeitamente natural e válido. Só é de se questionar qual deve ser o papel do Estado nisso, e se os motivos que elencamos nesse embate político são realmente preponderantes ou sequer existentes. É a reflexão que eu proponho.
 
Última edição:
Melly, durante os quase 7 anos de Haddad no Ministerio da Educação o número de escolas médicas no Brasil praticamente duplicou. Estas faculdades abriram sem o menor preparo, estrutura ou demanda na região, sem contar que a enorme maioria delas é particular (alguém falou em FIES?), ou seja, ele tentou resolver o problema da má distribuição de médicos no Brasil aumentando o número de médicos, não atraindo os médicos existentes para as regiões carentes. O efeito disso foi óbvio: ainda maior concentração de médicos nos grandes centros, diminuição drástica dos salários pela alteração da relação demanda/oferta, e as regiões carentes se mantiveram carentes.

Depois São Haddad criou, junto com o Ministério da Saúde, o PROVAB, que dava pontos extra na prova de residência para médicos recém-formados, sem experiência alguma, que fossem para regiões carentes atuar na atenção básica. Isso mostra um completo desconhecimento de como funciona a atenção básica, onde o médico é chamado de Médico da Família e Comunidade e o princípio é a fixação daquele profissional naquela região de vez, para que ele realmente crie vínculo profundo com a comunidade e possa atuar de modo efetivo. O PROVAB promoveu um rodízio anual de médicos inexperientes cuidando de pessoas extremamente necessitadas, sem formação de vínculo (afinal, no final daquele ano o médico prestava prova de residência, passava e largava a comunidade), sem planejamento a longo prazo pra comunidade... Enfim, maquiou legal a questão da saúde de modo extremamente populista, porém sem resolver p*rra nenhuma. Isso sem contar o Mais Médicos, que viria logo em seguida, mas que não tem o selo estupidez do Haddad.

Isso, a meu ver, pode ser resolvido e mitigado descentralizando-se a forma como o governo executa e/ou contrata o serviço de formar estudantes em Medicina.

Ao invés de se fazer um planejamento pelo lado da oferta, inundando o mercado de profissionais sem saber se o mercado ou se os diferentes níveis de governo demandam pessoal com aquela formação, poderia existir, por exemplo, a compra de vagas em Medicina por parte do próprio SUS. Hospitais estaduais, consórcios intermunicipais ou municípios pagariam os custos de uma faculdade pública ou privada, e quem ganhasse a bolsa ofertada pelo gestor regional de saúde seria obrigado a trabalhar para ele durante vários anos, talvez até realizando estágio durante as férias enquanto ainda aluno.

Em caso de quebra de contrato por qualquer motivo, o estudante ou recém-formado seria obrigado a ressarcir quem lhe ofertou a bolsa, proporcionalmente ao tempo que ainda faltava para o fim do contrato.

Detalhes precisariam ser regulamentados, como sobre se o gestor poderia ou não priorizar estudantes oriundos da própria região ou sobre a pertinência de um seguro para redução de riscos das duas partes, mas principalmente do órgão público. E a estrutura de financiamento público do Ensino Superior teria que ser modificada radicalmente, além de que esse modelo talvez não sirva para todas as áreas do conhecimento.

Mas é uma ideia.
 
O Fim da Era Progressista no Brasil
25 de outubro de 2018
Fonte: http://lpbraganca.com.br/

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O fim do progressismo socialista e o conservadorismo liberal no Brasil

Um dos maiores medos dos progressistas é a ascensão ao poder de conservadores de maneira propositiva e organizada. Na leitura de alguns desses progressistas, como a base majoritária da sociedade brasileira é conservadora, uma vez que o vínculo entre eleitorado conservador e seu eleito conservador for reestabelecido, ficará difícil rompê-lo de maneira natural. O resultado das ultimas eleições denota o inicio do fim da Era Progressista no Brasil, e a preocupação desses setores.

Para entender essa Era e o ressurgimento do conservadorismo no Brasil, precisamos fazer uma pequena retrospectiva. Desde 1995, com o governo FHC, que idéias progressistas vem galgando espaço no poder público. O discurso propagado pelo PT de que o PSDB era um partido de direita é equivocado, portanto há mais de 20 anos que o Brasil passa por governos progressistas. PT e PSDB não são, entretanto, a mesma coisa, e foi a partir de 2003, no período do governo de Lula até o impeachment de Dilma Rousseff em 2016, que a visão progressista se estabeleceu como hegemônica no Estado, meios de comunicação, universidades e escolas.

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Brasil foi dominado pelo progressismo socialista nas duas últimas décadas.

A visão de Estado tida pela população é reflexo dessas duas décadas e meia de governos progressistas. O Estado é caracterizado como o responsável por garantir o avanço da sociedade e sem o qual a sociedade retrocederá em preconceitos e intolerância. Segundo os progressistas do final do século XX e início do século XXI, devem ser criadas leis que façam justiça social e busquem atingir igualdade social sempre que possível em todos aspectos da sociedade.

Os progressistas erroneamente postulam que a sociedade conservadora é intolerante e injusta por natureza e que as leis, por terem sido criadas por essa sociedade conservadora, não representam minorias. Essa crença equivocada baseia o argumento a favor da conquista de subsídios, exceções e proteções especiais por lei para grupos ou classes minoritárias, que são vistas como vitória e avanços da sociedade. Ou seja, a criação de uma sociedade progressista justa exige a violação do princípio de igualdade perante as leis.

Essa visão progressista destoa enormemente dos progressistas do final do século 19 e inicio do século 20. Ser progressista naquela época era, acima de tudo, ser favorável aos avanços da ciência e tecnologia, do conhecimento e da troca livre de ideias as limitações impostas por tabus, idolatria e grupos dominantes. Foi durante este período nos Estados Unidos que o voto feminino foi permitido, houve o rompimento com oligopólios e monopólios para garantir a livre iniciativa, e se introduziram mecanismos de democracia direta em diversos estados, tornando assim o sistema mais transparente, representativo e menos dominado por oligarquias. O progressista da época visava leis que garantissem a igualdade a todos, e não o oposto. Nos EUA a Era Progressista foi liderada por princípios liberais, enquanto o progressismo atual é liderado pelo marxismo cultural.

No Brasil progressista de hoje, com as leis a seu lado, cada classe social dita para as demais classes suas reivindicações ao ponto que não há mais uma lei comum a todos. Isso afeta a sociedade brasileira em sua totalidade: todas ações policiais, relações de trabalho, ensino nas escolas, a propriedade privada, o direito de livre expressão e derivados. Vemos no Brasil de hoje como a predileção pelo direito de classes acima dos direitos individuais exacerba a insegurança jurídica, cria instabilidade social e termina por não proteger as minorias que visa favorecer. A ascensão do conservadorismo no Brasil de hoje é fruto dessa instabilidade social e a insegurança jurídica, resultantes do processo de erosão legal e social criado pelos progressistas. Por consequência, vivemos também o esgotamento da hegemonia progressista.

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Governos progressistas estão em crise em toda América Latina.

Mas será que o medo dos progressistas é justificável? Veremos um retrocesso nas relações sociais com conservadores no poder? Claro que não. O conservadorismo não é intolerante ou retrógado, é simplesmente natural e evolui conforme as gerações de maneira livre.

É preciso ficar claro que os avanços da sociedade se devem mais em função das ações da própria sociedade, e não pelos mandos e desmandos da legislação. A harmonia social só é sustentável e verdadeira quando construída pela igualdade perante as leis, e não pela busca aflita de uma dita justiça social. Não é só deste aprendizado que o conservadorismo no Brasil ressurge. Ele vem agregado de tudo mais que a sociedade aprendeu com suas experiências nos últimos 300 anos, como deve ser, já que a política evoluí com a sociedade, e não o contrário, como querem os progressistas do marxismo cultural até então no poder.

Autor: Luiz Philippe formou-se em administração de empresas pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP em 1991, fez mestrado em ciência política 1993 pela Stanford University nos EUA e MBA pela INSEAD na França em 1997. Em agosto de 2014 iniciou suas atividades de ativista politico e em fevereiro de 2015 foi co-fundador do Movimento Liberal Acorda Brasil (acordabrasil.org). Foi eleito como deputado federal em 2018.

O Nascimento do Nacional Capitalismo no Brasil
29 de outubro de 2018
Fonte: http://lpbraganca.com.br/

A centralização do sistema presidencialista tem um efeito comum em todos os países que o adota: todos acabam com a real democracia, que é aquela feita no distrito, na comunidade, no município ao alcance do eleitor.

Os modelos presidencialistas existentes nas Américas (EUA incluso) se tornaram democracias de massa. Como chaga desse modelo a opinião pública passa a ser movida por “grandes” pautas nacionais, ou mesmo globais, criadas por grandes grupos de interesse.

Na democracia de massa o eleitor se sente impotente de fazer qualquer diferença. Os problemas parecem ser tão distantes do cidadão comum que suas resoluções também parecem distantes.

Essa emasculação do eleitor frente ao desafio criou os marqueteiros políticos, os partidos políticos, os cabos eleitorais, e é claro, o rádio e a TV como intérpretes das vontades da grande massa. A máquina cria seus próprios líderes: seres polidos pelo sistema de discurso inócuo, mas que se colocam como os únicos capazes de operar a máquina para resolução dos “grandes” problemas.

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(Crédito da imagem acima: Gazeta do Povo)
Tempo de televisão dos partidos no primeiro turno da eleição de 2018. Compare o tempo de exposição na TV com o resultado das urnas, exposto abaixo. (Crédito da imagem abaixo: Floresta Notícias)

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Esses heróis da máquina são figuras tecnocratas do sistema, altamente alinhados com a oligarquia que comanda a burocracia, já que na visão da democracia de massa somente a máquina conhece e pode reparar ela mesma. O resultado é uma limitação de escolhas que torna a democracia de massa, ao mesmo tempo, em um sistema autocrático e burocrático.

Mas nessa alternância somente entre os representantes capazes de operar a máquina, fiel aos oligarcas, não há mais espaço para a real democracia. Essa sai de cena e dá lugar ao império da democracia de massa, das hordas majoritárias, das grandes mobilizações nacionais.

Como nenhum sistema é perfeito e as deficiências da máquina produzem seus “erros de sistema”, os anti-heróis. Esses aparecem esporádicamente na figura do populista, o destruidor do sistema como um todo. Geralmente esses heróis populistas tem sido mais ditatoriais que a própria máquina que prometiam derrotar: Vargas, Peron, Chavez, Castro, Jango, Allende são nomes que vem em mente. E todos eles são de esquerda.

A exceção recente é o surgimento do herói de direita, que tinha em Trump o único expoente. Para o editor-chefe da revista Breitbart, publicação de destaque da direita americana, Donald Trump encarna o que ele chama de “populista nacional”. Pessoalmente prefiro classificar o presidente americano na categoria “nacionalismo capitalista”, em contra-posição ao nacionalismo socialista dos políticos mencionados anteriormente.

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Presidente Donald Trump (Crédito: McLeans)
O nacional capitalismo é algo novo. Estamos trilhando com ele agora no século 21. É um caminho pelo qual o Brasil e todos os países do ocidente que vivem asfixiados pelo socialismo e globalismo devem passar.

Gera um governo reintrincheirado em nação-estado e com disposição mercantilista do século 17 e 18. É um modelo que tem um grau de protecionismo sobre o que é de interesse nacional: coloca nação contra nação na política externa, mas adota-se uma política interna liberal, capitalista.

Em suma o nacional capitalismo é um governo zelador dos interesses da nação no contexto internacional, mas que defende uma economia interna livre, com menos burocracia.

Nacional capitalismo é a versão atualizada do que sempre foi modelo norte americano para o mundo pós-globalismo. E é isso o que o Trump almeja resgatar.

A proposta de Jair Bolsonaro coloca o Brasil em uma política similar, inédita na história nacional recente. No século 20 o país passou pelo nacional socialismo, que defendia o interesse nacional com estatização e aumento do Estado. Agora teremos a política da defesa do interesse nacional através da defesa de empresas privadas, que atuam para trazer recursos do exterior para dentro do país.

O novo governo brasileiro foi eleito pelas comunidades, que enxergaram nas propostas do candidato Jair Bolsonaro uma solução para o problema real. Foram deixados de lados os candidatos da máquina, com as grandes soluções para grandes problemas, ambos distantes da realidade da comunidade. Perderam os marqueteiros, os infindáveis minutos de televisão e a retória populista tradicional. Venceu a real democracia dos distritos cansados da política distante e da burocracia massacrante.

Para finalizar.

Para o Brasil esse modelo é a alternativa para equacionar nossa economia e reposicionar o país no foro global. Um possível subproduto desse sistema menos burocrático talvez seja real democracia.

Sem burocracia massacrante a real democracia, aquela onde as comunidades surgem para resolver seus próprios problemas locais, tem uma grande chance de sucesso. Talvez a única chance de ressurgir no século 21.

O capitalismo só consegue sobreviver sem burocracia massacrante. E disto depende o Brasil.

Autor: Luiz Philippe formou-se em administração de empresas pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP em 1991, fez mestrado em ciência política 1993 pela Stanford University nos EUA e MBA pela INSEAD na França em 1997. Em agosto de 2014 iniciou suas atividades de ativista politico e em fevereiro de 2015 foi co-fundador do Movimento Liberal Acorda Brasil (acordabrasil.org). Foi eleito como deputado federal em 2018.

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É tão bom discordar de alguém que se expressa tão bem quanto você, @Eriadan , e continuar discordando mesmo depois de ler esse post escrito de forma tão clara.

Obviamente você deu sua visão de advogado, sua experiência com a OAB e a haddadização (rsrs) das escolas de Direito no Brasil, mas seu empirismo não se aplica à Medicina. Eu entendo que é difícil ter a visão completa estando do lado de fora do furação. Mesmo tendo namorada e familiares médicos, o mais importante você não tem: vivência como estudante de Medicina/médico e, portanto, local de fala.

Mesmo sem refletir a realidade, que seu post foi bem escritinho, isso foi.
 
Acho que o que eles querem dizer é que estão torcendo pra que os planos do Bolsonaro não deem certo, não pra situação política ser um desastre, porque na opinião de muitas pessoas se ele fizer tudo o que planeja haverão retrocessos em relação à vários assuntos (como direitos humanos, por exemplo).
 
E qual é a vantagem de se torcer para um avião cair, estando dentro dele?
Desculpe mas essa comparação de avião com governo é bem tosquinha, viu?
Isto posto, qual o sentido de precisar "torcer" pra que um governo dê certo? Que merda é essa?
Se o cara é bom e vai fazer coisas boas PARA TODOS (o que sinceramente não parece ser o caso do bunda suja, principalmente quando disse que as minorias devem se curvar à maioria ou então desaparecer) não precisaria de torcida pra fazer um bom governo.
E se realmente precisa de torcida pra governar, sinto dizer mas, "melhor jair" preparando a vaselina. :roll:
 
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