rodrigoleles
Usuário
Ontem ouvi uma frase curiosa lá na agência onde trabalho, e gostaria de compartilhar o fato curioso com vocês. Foi mais ou menos isso:
"- Cara, a minha mina terminou o namoro comigo! 5 anos de relacionamento, Uhu!"
Não ando conseguindo entender muito bem a visão da maioria de alguns homens (e mulheres também) sobre relacionamento. Portanto, antes de realizar meu check-in pra Marte, achei o momento propício pra postar essa poesia aqui. Até hoje ela está envelope esperando o momento de ser entregue a dona, ou seja, finalmente ter vida.
Ela
Deitada em sua cama,
O calor se acalma, o frio quer o sol
A lua espiou, esquecendo do mar…
O vento foi se sentar.
Escolheu suas loucuras
Uma a uma, sem pudor nem luxo
Esconde, revela…
No exagero para guardar, na medida para voar.
Dança,
Que julguem os mestres, não se importa
Veste si mesma, quando precisa
E muda o passo, o ritmo como pisa.
E em seu apartamento,
Ela é a dona do mundo
Pobres romancistas de estante,
Tão afortunados, ou não, neste instante.
Com os pés encima da mesa,
Ela descansa de tanto ser ela,
Respira, nota por nota…
Adormece num acorde da viola.
Se cala, e observa, presa num augúrio
Profetisa de seu próprio orgulho,
Dedilha cada minuto, e se levanta
Sinto, é dela o perfume, eu sei. Anda.
Um criminoso é este,
Sim, não por opção, ofício.
Ao tentar linhas que desenhem, letras que assumam
Qualquer forma que pareça, bela.
Que seja brevemente ela.
Que me perdõem os trovadores, de hoje e de ontem
Quisera eu também ser um
Mas busquemos nosso lugar, sejamos gratos
Por ela ser a Mônica e nós os “Eduardos”.
Não nego,
Do seu salto ela dita,
Anotem poetas, ditadores e aspirantes…
Ah nós… levianos olhares, passados amantes.
Mas se não desta forma, não sou eu…
Lúdico… talvez. Tão efêmero.
Sou dono dessa visão. Luz, pele e cor.
Ao continuar, me condeno.
Que me digam minha pena,
Mas sim, eu estaria.
Para ser quem se deve ser, nunca omisso.
Para cada grito, para cada riso.
Meu eu, o eu dela.
Ela pra mim, mais do que sou.
Não seria apenas eu, se fosse dela.
--
Deixo apenas uma pergunta aqui, será que escrevemos pois lidamos com essa falta de amor entre as pessoas diariamente? Ou as são as pequenas demostrações de amor, às vezes tão raras, que fazem a gente botar as canetas (ou teclados) pra trabalhar?
Abraços!
"- Cara, a minha mina terminou o namoro comigo! 5 anos de relacionamento, Uhu!"
Não ando conseguindo entender muito bem a visão da maioria de alguns homens (e mulheres também) sobre relacionamento. Portanto, antes de realizar meu check-in pra Marte, achei o momento propício pra postar essa poesia aqui. Até hoje ela está envelope esperando o momento de ser entregue a dona, ou seja, finalmente ter vida.
Ela
Deitada em sua cama,
O calor se acalma, o frio quer o sol
A lua espiou, esquecendo do mar…
O vento foi se sentar.
Escolheu suas loucuras
Uma a uma, sem pudor nem luxo
Esconde, revela…
No exagero para guardar, na medida para voar.
Dança,
Que julguem os mestres, não se importa
Veste si mesma, quando precisa
E muda o passo, o ritmo como pisa.
E em seu apartamento,
Ela é a dona do mundo
Pobres romancistas de estante,
Tão afortunados, ou não, neste instante.
Com os pés encima da mesa,
Ela descansa de tanto ser ela,
Respira, nota por nota…
Adormece num acorde da viola.
Se cala, e observa, presa num augúrio
Profetisa de seu próprio orgulho,
Dedilha cada minuto, e se levanta
Sinto, é dela o perfume, eu sei. Anda.
Um criminoso é este,
Sim, não por opção, ofício.
Ao tentar linhas que desenhem, letras que assumam
Qualquer forma que pareça, bela.
Que seja brevemente ela.
Que me perdõem os trovadores, de hoje e de ontem
Quisera eu também ser um
Mas busquemos nosso lugar, sejamos gratos
Por ela ser a Mônica e nós os “Eduardos”.
Não nego,
Do seu salto ela dita,
Anotem poetas, ditadores e aspirantes…
Ah nós… levianos olhares, passados amantes.
Mas se não desta forma, não sou eu…
Lúdico… talvez. Tão efêmero.
Sou dono dessa visão. Luz, pele e cor.
Ao continuar, me condeno.
Que me digam minha pena,
Mas sim, eu estaria.
Para ser quem se deve ser, nunca omisso.
Para cada grito, para cada riso.
Meu eu, o eu dela.
Ela pra mim, mais do que sou.
Não seria apenas eu, se fosse dela.
--
Deixo apenas uma pergunta aqui, será que escrevemos pois lidamos com essa falta de amor entre as pessoas diariamente? Ou as são as pequenas demostrações de amor, às vezes tão raras, que fazem a gente botar as canetas (ou teclados) pra trabalhar?
Abraços!