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[Desafio] Quanto vale uma imagem?

Resumo da Semana - 1ª imagem (Pós Apocalipse) : 822 palavras, sendo (em ordem de postagem)

Breno - 111 Palavras
Amandinha - 128 Palavras
R.Kruppa - 142 Palavras
Felipe Sanches - 119 + 140 Palavras
Wilson - 32 Palavras
Tayana - 64 Palavras
Aielicram - 86 Palavras
 
Semana 2 da nova era:

WaterhouseSiren.jpg

Fonte: Waterhouse

Resumo das Regras
1. Imagens serão publicadas semanalmente (Quartas-feiras)
2. Qualquer um pode participar, com o texto no tamanho que sua imaginação e inspiração permitirem. Liberdade é a palavra de ordem aqui (pegando carona na idéia do JLM)
3. Publique somente textos inspirados nas imagens e em prosa.
4. Lembre-se de indicar o número de palavras que contém o seu texto.
5. Para contar o numero de palavras do texto clique aqui.
 
O barco navegava por águas calmas, depois de meses de viagem, surtos de loucura, fome e todos os tipos inimagináveis de provações, finalmente aqueles homens com o coração endurecido pelo mar podiam descansar, mas próximo da manhã ouvem uma bela música, uma harpa acompanhada de uma belíssima voz feminina quase fez os corações pararem, os sentidos surtaram, todos entraram em um frenesi de paixão e emoção, o capitão muda a rota da embarcação para se aproximar da fonte de origem de tal melodia.
Estavam tão emocionados que não perceberam o óbvio, era uma armadilha, a formação de corais presentes ali já fizera outras vítimas, na verdade, se pode dizer que o coral é montado sob esqueletos de embarcações, a vegetação era nutrida do desespero e sonhos daqueles que ali foram enganados, não demorou muito para que o esperado acontecesse, o casco de madeira foi destruído pelos corais, enquanto os marinheiros pulavam na água, descobriam que o mar não era calmo como pensavam, logo o turbilhão enfurecido deu cabo da vida de vários homens, apenas um jovem valente conseguiu nadar entre a água fez e chegar próximo o suficiente da origem da voz, era uma bela mulher que trazia em seu rosto um olhar inexpressivo, frio.
- Porque tudo isso? Porque enganou a todos com sua música? Pergunta o jovem rapaz.
-Vocês caçam nosso alimento, desestabilizam nossa cadeia alimentar, simplesmente adicionamos vocês nela. Responde à jovem observando o jovem marujo afundar algumas vezes e não mais voltar.
E assim continuou por muitos e muitos anos, cada vez mais o homem desestabilizava a vida daqueles seres, mas esqueciam que até os animais possuíam meios de proteção, sejam eles divinos ou não.

[274 palavras]
 
Na Grécia Antiga era assim...
Você mergulhava por pura diversão e acabava achando uma sereia que te seduzia até a morte.Perdi muitos amigos por causa disso...


27 palavras
Agora coloquem no contador de palavras pra ver quantéquedá...
 
Criatura maldita!, vociferou o capitão ao avistar a sereia. Ainda teve tempo para dar uma última ordem à tripulação, Tapem seus ouvidos, homens!. Mas era tarde demais. A música já ecoava dentro da cabeça de todos, seduzindo, abstraindo suas consciencias.

Sozinho e sem poder usar das duas mãos, que colavam contra as orelhas, o capitão não pode guiar o barco que ia para os rochedos. Depois da pancada violenta restaram pedaços de madeira flutuando ao sabor da maré, sobraram os corpos dos marujos que morreram sem perceber.

Só o capitão sobrevivera. Agora usando das mãos para evitar seu próprio naufrágio, debatia-se com o desespero trazido aos olhos. Viu-se então aos pés da sereia. Não havia mais música, só o desolador silêncio das aguas contra as rochas.

- Por Zeus! Morreram todos! Criatura maldita, maldita!

Sem abrir os lábios, a sereia apenas observava o homem tentando agarrar alguma coisa para sair da agua. Um misterioso sorriso despontou naquela boca virginal, e o capitão podia jurar que os olhos daquele monstro pareceram, por um segundo, extremamente humanos, nobremente felizes por alguma coisa. Afastou a impressão com gritos de ódio e rancor.

Ainda proferia ofensas e despropérios quando a sereia pos-se a tocar novamente sua harpa; o capitão apenas conseguiu reconhecer a mais triste melodia já ouvida, sentiu que a música destilava toda a solidão de quem não é deus e nem humano. Tentou agarrar o que conseguisse da sereia para força-la a parar; em vão.

Notou que suas idéias esvaneciam, que sua visão ia ficando turva, e que nada de seu corpo lhe obedecia. A sereia subitamente perdeu o sorriso que trazia e também toda a humanidade dos olhos.

- Tem de ser assim... - justificou.

O capitão teria escutado isso se ainda lhe restasse qualquer discernimento da realidade. A sereia encontrou o que esperava, e que durou tanto quanto a resistencia daqueles fracos pulmões humanos debaixo d'agua.

314 palavras

Um dia eu consigo fazer textos mais curtos!
 
Ah Franco, esse foi curto. :sim:
Tu quer é fazer micro-contos, então.
Eu, particularmente, prefiro os mais longos. :lily:
 
Resumo da Semana - 2ª imagem (Pós Apocalipse) : 615 palavras, sendo (em ordem de postagem)

R. Kruppa - 274 palavras
Felipe Sanches - 27 palavras
Franco - 314 palavras
 
Semana 3 da nova era

trem.png


Resumo das Regras
1. Imagens serão publicadas semanalmente (Quartas-feiras)
2. Qualquer um pode participar, com o texto no tamanho que sua imaginação e inspiração permitirem. Liberdade é a palavra de ordem aqui (pegando carona na idéia do JLM)
3. Publique somente textos inspirados nas imagens e em prosa.
4. Lembre-se de indicar o número de palavras que contém o seu texto.
5. Para contar o numero de palavras do texto clique aqui.
 
Fora mais fácil que ela imaginara arrumar alguém para atar as cordas. Agora ela se pegava pensando, porque amarrar-se assim, porque não apenas jogar-se como a Anna Karenina?
Mais dramático? Mais interessante visualmente? O resultado seria o mesmo.
Mas não, dessa forma ele saberia que tinha sido como ela já havia dito que seria.
Como ele pôde pensar que apenas o fato de ela se importar era algo invasivo? Como pôde abandoná-la de forma tão cruel? E o que era para ela a vida sem a presença dele, sem as palavras dele?
A que horas mesmo o trem passaria? Devia ter pensado nisso antes de ir para aqueles trilhos e ali esperar pelo esquecimento.
Ele dissera que ela ficava linda com aquela roupa. E ela tinha que admitir que realmente, a roupa lhe caía bem mesmo. Mas que droga, e o trem que não passava! Lembrou da grande amiga que lhe avisou desde o início sobre o aparente egoísmo dele e o pouco caso que ele fazia em relação a seus sentimentos. Logo em seguida lembrou que era o dia do show de sua banda de rock preferida.
Afinal de contas, porque acabar com tudo? Será que seria mesmo tão horrível passar o resto de seus dias sem as palavras que ela tanto amava? Pensou mais um pouco. Seria bem doloroso sim. Mas deu um puxão com o braço na corda que amarrava seu pulso e o nó se desfez.
Ainda bem que utilizara-se do artifício de uma brincadeira com crianças para se prender aos trilhos. Crianças definitivamente não sabem dar bons nós.
Foi se divertir no show de sua banda favorita.

266 palavras
 
O moleque, sem entender o por que daquilo, a amarrou nos trilhos em troca de um punhado de moedas.
Tão logo se viu amarrada, a moça escutou o burburinho a sua volta: uma pequena multidão se formava dali uns metros.

Que não me tirem daqui, pois hoje eu morro!, pensava a moça amarrada aos trilhos. Tinha viajado noite e dia até encontrar um lugar onde pudesse cometer suicídio em paz, sem conhecidos nem memórias.
Procurava uma cidade inédita em sua vida, e quando a encontrou, o trilho do trem foi um brinde; um convite a um suicídio tenso e com estilo. Tinha que haver estilo, é claro, para acompanhar o modelito de couro que trajava.

A multidão, em volta, assistia espantada. Que não me tirem daqui!, pensava a suicida convicta.

Então algumas pessoas se aproximaram, um tanto inseguras, com receio, dando um passo de cada vez.
- Oi, licença, moça. O que cê tá fazendo?
- Saiam daqui! – gritou ela.
- Desculpa, mas que que é, hein? É um filme? – perguntou um espectador.
- Hein? – estranhou a suicida.
- Eu acho que é um comercial. De seguro de vida talvez, não sei. – arriscou outro espectador.
- Seus estúpidos! – disse a suicida, mais irritada do que nunca. Isso é um suicídio, não estão vendo?

Aaaah!, todos em volta vocalizaram.
- Mas aqui não passa trem não, moça. Essa linha foi desativada há mais de dez anos.

Solidário, o moleque que a amarrara se ofereceu para desfazer os nós. Até devolveu o punhado de moedas. A moça, mais contrariada do que nunca, partiu da cidade no primeiro onibus que encontrou.

265 palavras
 
Ela acorda e vê suas mãos e pés atados num trilho de trem. Dá um grande sorriso e diz:

-Isso é o que acontece quando se deixa um hippie bêbado levar você pra casa no fim do Woodstock...


Levanta com facilidade. '' O bêbado não atou os nós direito'' pensa ela...

-O quê teria acontecido se eu tivesse acordado mais tarde?

Ela dá de ombros e cantarola o hino dos estados unidos se lembrando da guitarra de Hendrix.
 
Gostei muito do seu texto Lana. É de uma leitura muito gostosa, além de ser muito bom. Gosto de textos assim!
gostei muito da história do Franco também, ficou muito bom!
 
Um fim a vida, para ela parecia mais fácil matar-se do que enfrentar a realidade. Ela tinha câncer terminal e não queria mais sofrer nem fazer os outros sofrerem. Os pensamentos vagavam enquanto a luz se aproximava, era o trem vindo a todo vapor sem ver a pobre mulher. Prefirira morrer assim, pois não poderia desistir no meio do caminho. A luz estava a menos de 50 metros agora, 30, 20...e quando ela disse adeus mundo, o trem desviou. Ela pensou que aquilo era um aviso e que mais uma chance havia sido lhe dada, uma pessoa passando por ali vê a moça e a desamarra era um homem alto, cabelo a altura dos ombros e bem negros, tinha os olhos escuros também a combinar com o cabelo. Com um sorriso ele a desamarra e pergunta o que houve, ela apenas o abraça e agradece com lágrimas nos olhos, ela lhe conta o que aconteceu e ele apenas a abraça e a beija.

162 palavras
 
Era um trem de brinquedo. Modelo novo, montado peça a peça por seu filho, apaixonado por Westerns. Havia vestido seu mais bonito modelito cow-girl, e se fizera amarrar aos trilhos numa brincadeira. Agora estava presa ali, sozinha, a maquiagem começando a borrar os olhos negros de lágrimas. Tinha sido deixada.

Gritara por horas, mas não houve respostas. Eles se tinham ido. E ela morreria naquele trilho de trem de brinquedo, sozinha.

71 palavras
 
O grito estridente e maquiavélico ecoava dentro da casa. Uma gargalhada profunda e entrecortada, esganiçada, como se ela estivesse se engasgando com sua própria saliva e sua garganta cheia de feridas, parecia que vinha de todos os lugares.
Emerson procura, os olhos esbugalhados, forçando a visão no escuro, a origem daquilo, mesmo sabendo que não queria encontrar.
_Filho da puta medroso! Abra essa porta! _A casa toda parecia tremer, os moveis balançavam, alguns pratos caiam.
A cada grito daquela voz diabólica Emerson sentia um calafrio, um relâmpago nascendo nas entranhas e se espalhando pelo seu corpo como um choque violento. Seu estomago parecia contrair, e havia a ânsia de vomitar, enquanto sua cabeça parecia que ia explodir a cada batida de seu coração.
_Vai Embora! Por favor! Agora! Me deixa em paz! _tentou calcular seu tom de voz a fim de imprimir o máximo de autoridade, mas se perguntava o quanto de seu desespero poderia transparecer.
_Háaaa...Há...Há... _ A única resposta que Emerson obteve foi essa. Uma gargalhada terrível, tenebrosa como se uma brecha direto do inferno abrisse para engoli-lo.
Saber que aquela voz, tão inumana, tão disforme, ainda reservava algo conhecido, intimo, era aterrador. Emerson se perguntava se teria coragem de descer o martelo com toda a força na cabeça de Isabelle. Naquele momento todo o amor que sentiu por ela desapareceu numa nuvem de pó antigo, que descia das telhas que vibravam, até nada ter restado dele. Talvez ele ainda amasse Isabelle, mas o que havia dela naquele corpo destroçado¿
Esta história deveria ter um começo, que poderia bem ser este, mas seria uma história muito curta. Então, quando a mente de Emerson busca em seus pensamentos uma razão, um motivo e tenta voltar até o primeiro momento, o primeiro instante em que deveria ter percebido algo diferente, o momento em que deveria ter agido, o acompanhamos, para nos deliciarmos mais plenamente de seu desespero. Eu gosto disso.
Poucas semanas serão necessárias regredirmos. Até um momento em que Emerson vê novamente o rosto de Isabele, como ele deveria ser.
Ela o observava lixar um móvel, assoprar o pó de madeira e observar o reflexo da luz nele. Um criado mudo que ele mesmo fabricara. Achava esse um ótimo hobby, e melhor ainda, conseguia, ás vezes algum dinheiro fazendo móveis pequenos para conhecidos ou parentes. É claro, ás vezes sentia tanta satisfação fazendo isso, um móvel único, não personalizado, mas idealizado, que sentia vontade de ficar para ele, e chegou a ficar com alguns mesmo. Pedia desculpas para a pessoa que o havia encomendado, prometia fazê-lo (novamente) o mais breve possível, e prometia também a si mesmo tentar não caprichar muito, não por maldade, só não queria outro criado-mudo.
Isabelle o observava com o olhos estranhamente opacos, olheiras escuras e a pele de uma cor amarela bem esquisita.
_Está se sentindo bem, amor¿ Está gripada¿
_Ahn... Não... Acho que não. Eu dormi mal. Tive um sonho horrível. Não, foi um pesadelo, foi horrível.
_Que estranho, Isabelle!Você nunca reclamou disso. Aliás, eu nem sabia que você sonhava _ disse, tentando brincar _ Tente dormir um pouco, pode ser aqui mesmo. Deixe-me arrumar a minha cama para você.
_Sabia!...Sempre tentando me levar para a cama, não é¿!... Mas não se preocupe. Não vou dormir. Tenho medo de dormir de novo.
_O que houve,Isabele¿ Conte para mim¿
Isabelle contou seu ultimo sonho para Emerson,disse que não eram repetitivos, toda noite era um diferente.Ele inicialmente achou que seria mais um sonho ruim qualquer, algo fútil e sem graça, um grito dos hormônios de uma mulher por um homem, como às vezes pode acontecer. Mas conforme Isabelle ia falando, ele sentiu o pelo da nuca arrepiar num arrepio gélido, tanto quanto o suor que escorria-lhe pelas costas.
Horrível. Se não só pela história, mas também pela sensação que Isabelle passava, seus olhos esbugalhados e atônitos como se estivesse relembrando não apenas um sonho, mas algo que realmente acontecera. A posição de sua mão quando descrevia a faca que empunhava, o movimento forte e repetitivo como se mutilasse o corpo de alguém. Enquanto ela falava, saliva se acumulava nos cantos de sua boca tamanha era a velocidade que as palavras, sem pausa, saiam dela. O movimento de seus dedos, quando descreveu ter as mãos empapadas de um sangue viscoso e pegajoso.
Emerson tentou esconder o quanto ficou impressionado, não ajudaria nada se ela percebesse que ele também achara aquilo horrível e não uma bobagem qualquer. E a acalmou da melhor maneira que pode.
E aquilo foi se repetindo. Toda manhã, às vezes o sol nem aparecia e ela já vinha à sua porta, apressada, contar o sonho que tivera na noite que acabara de terminar. Eram horríveis. Emerson se pegara várias vezes fazendo uma força indescritível para focar em outra coisa, um móvel, uma programa de televisão, só para tirar da mente as imagens vividas que Isabelle implantara em sua mente. Um dia quase chegou a dizer pra ela:
_Não durma mais. Não durma que esses sonhos não vão acontecer! _coisa que percebeu ser impossível, e desesperadora, antes mesmo de falar, e se conteve.
_Vamos pra minha casa. A gente assiste a um filme. Não me deixe sozinha hoje.
Emerson tentou pensar em uma boa desculpa para não ir.
_Juntos ... Mesmo!!!_ frisou Isabelle quando sentiu a indecisão dele. E funcionou.
A casa de Isabele ficava num lugar afastado. Entre uma linha férrea e uma mata sobrevivente, a casa era antiga e muito pequena, claustrofóbica.
Depois do filme. Que poderia ser qualquer um... Afinal Emerson nem reparou muito, ele fingiu estar com sono antes da hora e apesar de Isabelle quase brigar para ficarem mais tempo acordados, foram dormir. Eles fizeram amor por muito tempo, fora a primeira vez deles e depois disso Isabelle dormiu como se não dormisse a um bom tempo.
Quando voltou do banheiro, com a luz acesa, Emerson viu no corpo nu de Isabelle marcas roxas, vermelhas; hematomas de vários tipos e cortes na pele. Ele se aproximou e, de perto, eles eram piores do que pareciam.
_Mas com que tipo de louca eu estou¿ _disse ele sabendo que ela não ia escutar. _Amanhã preciso falar sério com ela! Ela vai procurar um médico, um psiquiatra!
Emerson foi dormir preocupadoao lado de Isabelle, as imagens dos sonhos dela agora estavam vivas na sua mente também.
Eram umas três horas da manhã quando acordou. Isabelle não estava na cama. Ele a procurou em toda a casa.Ela não estava ali.
Ouviu algo lá fora. Seria ela¿ Procurou suas roupas. Não podia ir para fora assim. Onde estão esses malditos sapatos¿ Olhou embaixo da cama. Havia, além dos sapatos, algo estranho lá. Um embrulho, um enorme monte sujo e mal amarrado. Emerson o puxou e quando abriu, caiu para trás assustado e começou a vomitar quase que imediatamente. Havia no saco roupas, todas sujas de sangue e rasgadas, havia facas, martelo, a parte metálica de uma foice,tudo num enorme monte vermelho de sangue e germes, que exalavam um cheiro que...que não deveria existir. Outro som lá fora. Foi um grito¿ Segurando a ânsia, pegou o martelo e correu para fora. A escuridão parecia uma parede,só sabia que não estava flutuando num limbo de trevas porque sentia seus pés esmagarem as pedras enquanto seguia os gritos de uma criança sobreposto por uma risada doentia.
Quando chegou perto o suficiente o que viu o deixou perplexo. Isabelle, o corpo contorcido, como uma fera que arquejava, seus olhos eram vermelhos e saliva escorria de sua boca em grande profusão. Ela arrastava, segurando pelos pés, uma criança que deixava com as mãos um rastro na terra e algumas unhas enquanto gritava e esperneava.
_Isabelle!!! Gritou .
A criatura, surpreendida talvez, mirou seus olhos vermelhos na direção dele enquanto afrouxava a mãos que carregava a criança. Quando a criança conseguiu se libertar e, rapidamente sumiu na escuridão, a criatura, refeita, vociferou:
_Verme!!! Volte aqui verme!! Quando percebeu que a criança não retornaria, virou-se para Emerson, que ainda estava petrificado:
_Idiota!!! Só precisava de mais um sacrifício!!! Só mais um!!! _E mostrou os dentes num sorriso bestial _ Por outro lado, sangue é sangue. PODE SER O SEU!!!
Emerson conseguiu sair da paralisia e correu o mais que pode para a casa de Isabelle, que infelizmente, ela deveria conhecer melhor que ele. Logo quando entrou fechou a porta e todas as janelas. Houve um enorme barulho, como se um carro houve se chocado com a porta da frente. E depois silêncio. Até que um grito estridente e maquiavélico ecoava dentro da casa.
Neste ponto a história já é conhecida, não obstante não poderia retomar daí. Isto deixaria a história longa demais. Vou passar deste ponto em que Emerson está aparentemente indefeso como um cordeiro ante o chacal e vou para um momento a seguir. Um ponto em que sinto um prazer... especial.
Atrás de Emerson pode-se ver que a pequena casa está destroçada. Um enorme buraco no teto, de onde sai uma fumaça cinza, denuncia a destruição que haveria lá dentro.
Ele está agachado, as mãos suspensas para evitar o sangue que toma todo o seu corpo. Uma repulsa involuntária.
De frente para ele está quem costumava ser Isabelle. Amarrada nos trilhos do trem. Emerson está ali, velando a futura morta para se certificar que isso ocorrerá. A mulher engasga com seu próprio sangue. Toda vez que tenta respirar mais profundamente bolhas vermelhas brotam de um buraco no seu peito e a tosse joga alto um spray de sangue quente. O trem está quase chegando. Está quase na hora.
_Viado maldito!!! Me solte !!!
Emerson passara as ultimas duas horas nesta posição. De inicio quase se pegara cedendo às suplicas do demônio quando ele, em desespero, fingia ser Isabelle, lhe dizendo palavras de amor e suplicando perdão. Só para, quando percebia que não estava enganando, voltar a vociferar injurias e palavrões, o que de certa forma até tranqüilizava Emerson.
O trem foi pontual. Às 06:00 apareceu no horizonte. O demônio ainda estava vivo.
_Cretino miserável!!! A criança fugiu! Ela era especial!
_Emerson se levantou se afastando, quando percebeu a vibração do trem chegando perto.
_Sim! A criança fugiu! E por Deus você pagará pelo que fez com Isabelle! Vá para o inferno besta!
A criatura olhou para o trem que se aproximava e soltou uma gargalhada feroz.
_Criatura inútil! Não haverá o sacrifício da criança! Mas haverá um sacrifício!
_O que você está dizendo só você vai morrer aqui hoje! _disse Emerson.
_É isso mesmo! EU!!! Serei o sacrifico! È uma honra! E quando este corpo for despedaçado meu mestre tomara o corpo da alma vivente mais próxima! Seu idiota!!! Corra! Vamos Corra!!!
E riu , a criatura riu e sua risada ecoou! Ela olhava para o trem a poucos metros se deliciando com cada momento. Até que o trem das 06:00 passou por sobre o corpo daquela que fora Isabelle, me libertando.
Emerson esta a pouquíssimos metros dali. È incrível a fragilidade do ser humano, ele só conseguiu correr vinte passos depois que percebeu o quanto estava ferrado! E foi nesse ponto que eu tomei seu corpo. Meu corpo.
Hoje o Emerson é só uma voz que às vezes ecoa na minha cabeça e que passa com um DORIL ou um drink. É hilariante ver como chora feito uma criança esse mané. E eu fiz uma grande fogueira com aquele monte de moveis idiotas dele.

Palavras : 1848
 
Bah, Vail, o teu ficou bem legal! E o final, essas três última linhas ficou show! :sim: Adorei o Doril ou o drink! XD
 
_Jimmy, vai ser assim, ó... Me escute Jimmy! Pare de tirar fotos destes passarinhos, você não percebe que eles querem intimidade?_gritou Lois Lane dando um cascudo na cabeça de Jimmy Olsen.
_Hã?... Ah! Desculpe. É que eu tô trabalhando numa série de fotos sobre a vida selvagem. A reprodução de passarinhos faz parte, sabe? _disse Jimmy._E, além disso, eu to achando tão legal...
_Chega! Preste atenção Jimmy, é importante!
_Mas a reprodução dos passarinhos também é! Olha lá! Há... então é assim que...
_Chega! Presta atenção! _ gritou Lois Lane _ Vai ser assim.... Você me amarra naqueles trilhos de trem ali adiante. Já me informei. O trem deve passar por volta das três. Daqui a quinze minutos...
_Mas isso não é perigoso?
_Sim! E ai está a graça nisso tudo!
_Não entendi! Como pode ser engraçado?
_Nós estamos tentado entrevistar o super-homem há muito tempo.
_É verdade.
_O povo de Metrópolis quer saber mais sobre ele. Onde ele nasceu? Porque a Terra quando existem muitos outros planetas mais interessantes? A cueca por cima do collant tem algum significado cósmico?
__Eu tenho algumas teorias sobre isso...
_Que seja! Então, você me amarra nos trilhos. Pega o carro e liga lá pro jornal naquele telefone que a gente viu na estrada quando vinha para cá, pede para eles espalharem a noticia. O super-homem sempre assiste o “Cidade Alerta” e correr para cá, vai chegar bem a tempo de me tirar dos trilhos antes do trem passar. Não é genial?
_Bem... eu tinha uma palavra para coisas assim mas ela me escapa agora... _ disse, diplomático.
_Tudo bem. Me amarre. E bem forte viu?!? Não queremos que eu consiga escapar, não é?
Jimmy amarrou Lois nos trilhos. Pensou em amordaçá-la, um desejo antigo, o silêncio parecia tão precioso quando Louis estava por perto, mas desistiu.
_Agora vai Jimmy. E não se esqueça de falar o quanto eu estou assustada e indefesa.
Enquanto via o carro desaparecer numa nuvem de poeira, Lois ia pensando em como seria quando o super-homem chegasse. Bolou um olhar especial para essa ocasião. Ela estava vestindo uma roupa de couro que até um criptoniano sem um pingo de testosterona acharia sexy. E por baixo de tudo isso, uma lingerie especial, com um enorme “S”, do símbolo que ele tinha no uniforme, compondo a palavra “Salve-me”. Ela não ia precisar falar nada, afinal, ele tem visão de raios-X, pensou soltando um risinho divertido enquanto suas bochechas coravam.
_Isso, chefe... Na linha do trem... Isso, o trem vai passar às três. É... amarrada...
_Bom, Jimmy. Temos um problema, então _ disse Perry White, o editor do Planeta Diário_ o super-homem não está em condições.
_Como é?
_Sim. Ontem ele teve uma... hum.. luta com o Luthor. Ele não está nada bem.
_Ele foi ferido?
_Só o orgulho dele. Parece que ontem Luthor chamou o super-homem para uma conversa. Disse que estava arrependido, chorou bastante dizendo que era um incompreendido, aquela conversa fiada de sempre, de como sua infância tinha sido difícil, que a falta de cabelos o prejudicava com as mulheres. E o super-homem, você conhece _ disse o editor com visível tom de reprovação _ é meio lento para esse tipo de coisa. Acreditou em tudo, até adicionou o Luthor no Orkut dele.
_Mas chefe, e a Lois?
_Ah, Jimmy. Ela vai ter que se virar. Volte lá e a desamarre você mesmo. Por que com o super-homem não dá para contar. Ele tá mal. Parece que o Luthor depois de toda aquela choradeira ofereceu para ele uma sopa de ervilhas, dá para acreditar? Sopa de ervilhas com criptonita! Bem bolado, né? Tudo verde... Bom... ele comeu tudo. Tudinho! Luthor só não contava que o estomago do homem de aço não fosse aceitar bem aquilo e eliminasse tudo numa super-dor-de-barriga. Agora ele está lá, em algum lugar do deserto de Nevada. O barulho acho que dá para ser ouvido lá no Canadá. Não está trovejando ai também não?
_Mas a Lois vai ser esmagada pelo trem! Faltam poucos minutos!
_Ah, Jimmy, não enche! Nós dois sabemos que ela mesma deve ter se amarrado naqueles trilhos. Volte lá e a desamarre. Por que o super-homem... Francamente, né? Ele devia ter imaginado. Afinal, foi a terceira vez esse ano que o Luthor vinha com essa conversa de arrependimento... Bom, volte lá e a desamarre, Jimmy. Tchau.
Jimmy Olsen sabia que não ia dar tempo de voltar, os trilhos ficavam muito longe dali. Ele decidiu ir para o México. Provavelmente seria acusado e queria estar longe.


Palavras: 716
 

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