Dêem uma olhada aqui:
http://forum.valinor.com.br/viewtopic.php?t=19461
http://forum.valinor.com.br/viewtopic.php?t=15985
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Bom, deixa eu comentar um pouco resumidamente pra quem tiver preguiça de ler os dois textos acima inteiros e dar também minha opinião.
O Death foi uma banda formada na metade dos anos 80 na Flórida pelo folclórico Chuck Schuldiner (vocal/guitarra). A formação muda a cada álbum, sendo que muitos músicos já passaram por lá, o que deixava o Death com indiscutível ar de projeto solo.
Quando o primeiro disco deles foi lançado,
Scream Bloody Gore de 1987, eles foram considerados a primeira banda da história do Death Metal a lançar um álbum. Na época já tinham muitas bandas que experimentavam as origens do estilo, como o Possessed, o Hellhammer, o Celtic Frost, o Kreator e até mesmo o Slayer e o Destruction, mas os primeiros a serem DEATH METAL MESMO 100% foram eles. Aliás, ao lado do Morbid Angel eles são a maior banda da história do estilo, embora eles mesmos tenham abandonado o estilo mais tarde.
Seria muito demorado eu ficar aqui comentando álbum por álbum, por isso vamos resumir bem: depois de lançar
Scream Bloody Gorem veio o clássico
Leprosy (1988, um dos discos mais fodas e importantes da história do Metal extremo). O terceiro disco,
Spiritual Healing (1990) marcou época, mas eu pessoalmente acho ele fraco (o único disco dispensavel da banda). A redenção veio com a dobradinha
Human (1991) e
Individual Thought Patterns (1993), os dois discos deles que eu mais gosto. E o segundo tem uma formação estelar: Andy LaRocque (King Diamond) na guitarra, Steve DiGiorgio (que tinha sido do Sadus, veio tocar depois no Iced Earth e atualmente integra o maravilhoso Testament) no baixo e o maior baterista da história do Metal porrada, Gene Hoglan (Dark Angel, Testament), que deixa no chinelo o Richard Christy e o Pete Sandoval.
Depois eles ficaram um tempo parados, mas logo voltaram com o maravilhoso
Symbolic (1995) (senão me engano o disco mais vendido da banda). Após uma longa pausa, voltaram com mais um puta disco,
The Soun Of Perseverance (1998), um disco que divide opiniões: os mais novos acham o melhor disco da banda, os mais velhos acham o pior (mas ainda sim gostam). Eu não acho ele o melhor da banda, mas certamente não é o pior. E muita gente comete a blasfêmia de dizer que a versão deles pra
Painkiller é superior a original. Não é, mas chega perto (e humilha a versão que o Angra fez).
Depois disso o Chuck veio investir no seuprojeto solo, o CONTROL DENIED, que inclusive lançou um álbum em 1999 (
The Fragile Art Of Existence), mais ou menos na mesma época que ele descobriu que estava com câncer no cérebro.
Aqui vale um parágrafo especial: aqueles que viveram a época irão se lembrar que nunca antes houve tamanha mobilização em torno da melhora de um músico. Diversos artistas (do Metal extremo ao Melódico) prestaram solidariedade ao Chuck, bem como gravadoras e principalmente os fãs. Na Galeria do Rock em 2000, durante uma época, cada poster que você comprasse (fosse qual banda que fosse), o dinheiro seria enviado ao tratamento do Chuck.
Além de sempre se mostrar incrivelmente simpático em suas entrevistas, Chuck era um gênio indiscutível do Metal. Uma raríssima unânimidade no meio. Todos os bangers do mundo acompanharam pela mídia o drama de Chuck, sua batalha contra o câncer e contra as altíssimas contas do hospital, que ele não podia pagar. Muitos fãs chegaram a mandar dinheiro para Chuck em cartas. Em 2001 a Nuclear Blast lançou oficialmente dois 'bootlegs' da banda,
Live In Eindhoven e
Live In L.A. - Death And Raw, ambos gravados na "The Sound Of Perseverance Tour", afim de arrecadar mais dinheiro para o tratamento de Chuck.
Porém nem toda ajuda do mundo funcionou e no fatídico dia 13 de Dezembro de 2001, uma Quinta Feira, o Metal perdia Chuck Schuldiner para o câncer. Ele tinha 34 anos...
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