Miss Rasta disse:
tenho escutado muitas bandas de gótico... mas até agora, a única em que o guitarrista se sai tão bem quanto o tecladista, é Tristania. Concordo quando vc diz que o estilo em questão se destaca pelos arranjos de teclado, mas uma coisa que me intriga, é que nas gravações de estúdio a maioria já não faz tanta coisa assim, e no palco...são meio lerdos!!! até diminuem o ritmo da música...
Dependendo da banda e do estilo, ou um música diminui o ritmo ou aumenta demais.
Não sou a favor de uma músicas muuuuuuuito parecida a versão de estúdio quando se trata de um show. Fica parecendo playback, em certas situações.
O que dava outra discussão interessante também é: porque no palco a maioria dos artistas não se saem tão bem... Isso vale pra cantora do Épica. Ví ela no Jô..e não foi essas coisas, parece que deu um branco na hora de fazer a impostação... E no dvd ao vivo... num sei... tá legal! mas prefiro os antigos...gravados em estúdio...
Durante o processo de gravação, os músicos dispoem de diversos recursos que podem ajudar muito durante a produção de um novo trabalho. Além disso, a quantidade que se regrava uma música, a quantidade de sessões para uma única canção é bem grande - depois disso entra a edição de áudio. Tudo isso contribui para um CD de estúdio ficar bom, nos trinques, sem ter gente desafinando.
Por exemplo, a Xuxa nunca cantou nada, a Britney Spears canta bem só uma música e outra. O segredo de evitarem cantar ao vivo é o fato de desafinarem e/ou não terem toda aquela voz mostrada no CD de estúdio. E isso vale pra muitas bandas, hein! E não se aplica somente ao vocalista, muitos outros músicas recorrem a softwares modernos pra comporem arranjos e solos malucos, fazerem do impossível o possível e jogar tudo isso depois num CD; o resultado ao vivo já sabemos que é um tanto diferente do que se ouviu em estúdio.
Ok, não vou retirar os méritos de artistas competentes que pouco desafinam ou erram durante as gravações, daqueles que se recusam a utilizar softwares de aprimoramento como o Pro Tools, ou que o utilizam de um jeito benéfico para o trabalho, sem deixá-lo artificial. Esses costumam mostrar competência tanto ao vivo quanto no estúdio. Esses sim gosto de chamar de músicos de verdade.
E quando acontece o inverso? Quando um artista é melhor ao vivo do que no estúdio?
Provavelmente porque não souberam trabalhar direito em estúdio, porque teve gente demais interferindo onde não devia (ou devia e se empolgou na hora). Ou também porque se sentem mais confortáveis tocando ao vivo do que gravando um CD.
P.S.: E obviamente, em muitos casos um show fica bom no DVD ou no CD graças a equipe técnica que usou um recurso chamado Overdub, além de tantos outros, pra deixar o show gravado melhor do que ele foi na realidade.
Angra pro exemplo...eu adoro aquela banda!!! Mas no último show que eles fizeram aqui, o coitado do Edú não parecia bem... tava quase se rasgando...
Puxa... como eu sou mal...fico rasgando as bandas que eu gosto..
Tem dias em que o vocalista não está bem, bem como qualquer outro músico. Ou tem dias em que a banda não está bem. O motivo que o Goba citou é a mais pura verdade em se tratando desse show do Angra que você mencionou, Miss Rasta.
Certa vez, uma das minhas irmãs me falou que o que matou a voz do Axl Rose -além das drogas, claro - foram os shows de 1992 até 1994, mais ou menos. Fui fazer uma comparação através de vídeos e CD's de shows de 1988 a 1991 com os shows seguintes (o que não é lá muito bom, mas em alguns casos dá pra perceber bem certos erros).
Tipo, cometeram o pecado mór em se tratando de shows: instrumentos com volume mais altos que o microfone do vocalista. Isso é péssimo, não tem voz que aguente. No Tributo A Freddie Mercury isso é bem visível. É o tio de regulagem que deveria ser abolida, pois não vale a pena pra ninguém o vocalista se rasgando, se matando pra cantar mais alto que a guitarra e a bateria.