Não tenho nenhum método não: há álbuns que ouço apenas uma vez e não tenho vontade de escutar de novo, álbuns que 2 ou 3 audições são suficientes e, com menos frequência do que eu gostaria, álbuns que escuto muitas e muitas vezes e aos quais retorno ocasionalmente.
Às vezes, encasqueto de ouvir repetidas vezes algo muito elogiado/hypado, mas que não me desce de jeito nenhum. O resultado tanto pode ser um disco com o qual realmente não consigo me relacionar (
Spiderman of the Rings, do Dan Deacon, por exemplo), quanto um trabalho que me fascinou por um bom tempo (
Merriweather Post Pavilion, do Animal Collective, que considerei o álbum do ano de 2009).
O que acho triste é que hoje em dia escuto muito mais álbuns do que no passado, mas dedico a eles menos tempo de minha atenção, pois frequentemente estou fazendo outras coisas ao mesmo tempo. A década de 80 foi o período em que menos tive acesso à música, mas também aquele em que mais intensamente escutei meus discos. Nos anos 90, finalmente dispunha de dinheiro para comprar o que queria e acesso à grande parte do que era lançado (saudades da época em que passava as folgas "passeando" por Tower Records, Waves, Virgin Megastores e, principalmente, RECOfans, onde fazia a maioria de minhas compras
). Por outro lado, foi quando comecei a dedicar menos atenção a cada CD que comprava (alguns até ficaram anos sem serem ouvidos
) e a pular as faixas que não me cativassem de imediato.