Anigel disse:
Outra diferença é que na época não havia nehuma legislação em vigor. Hoje há.
Sim, e em alguns pontos desta legislação eu discordo.
Anigel disse:
E por favor, não responda a uma pergunta ou afirmação dizendo apenas que ela é uma falácia.
Apontar erros de lógica na argumentação de um dos debatadores não só é válido como torna o debate mais limpo.
Outra coisa, eu não deixei de responder as suas colocações após eu citar que você cometeu uma falácia. Portanto, não estou me sustentando à partir disso.
Anigel disse:
Quer dizer que para você, se eles fossem abandonados e sem família estaria correto utilizar essas pessoas como cobaias?
Novamente, você está distorcendo o que eu escrevi. Antes de você conduzir o que você acha que eu penso em uma pergunta, procure verificar se eu completei tal afirmativa.
E respondendo: para experiências desumanas, ou como você já postou, que causem malefício, não.
Ademais, humanos são sempre utilizados como cobaias pelas indústrias farmacêuticas antes que o mesmo medicamento seja liberado. Pena que no caso da Talidomida, aconteceu um erro fatal...
Anigel disse:
E por que não? Há diversas formas de psicose e não é em todas que o paciente fica violento.
Eu poderia ter sido mais específico; não necessariamente violento, porém demenciado, incapaz de decidir; será a clínica ou sanatório que decidirá a forma de tratamento utilizada, sob o consenso familiar.
Obviamente, nesses casos, o paciente não tem condição nenhuma de dizer "eu prefiro tomar Prozac" ou "eletrochoque não!".
Anigel disse:
Como assim ofensa pessoal? Eu te peço desculpas e você diz que foi uma ofensa pessoal? Eu sinceramente pensei que você fosse capaz de após ler a definição de iminente no dicionário perceber a diferença sozinho.
Não, a ofensa pessoal consiste quando você disse que havia "subestimado minha capacidade de raciocínio". E aposto que não preciso estar repetindo isso.
Eu simplesmente demorei para compreender a mensagem que você queria passar.
Anigel disse:
Você realmente está levando isso a sério.
Você que defendeu que gostaria de manter afirmações sem fundamento para fora do tópico; você afirmou algo então estou pedindo a documentação na qual esta foi baseada.
E sim, eu estou gostando de debater no tópico, como em tantos outros.
Anigel disse:
Eu não comparei, apenas disse que você se utiliza dos mesmos argumentos, coisa que vocE^admite que faz.
Meus pontos são:
1. Embriões são destruídos livremente quando estes poderiam ser utilizados em pesquisas que teoricamente, beneficiariam uma gama de pessoas
1.a Não se pode afirmar que o experimento com células-tronco humanas derivadas de embriões não levará a lugar nenhum sem antes pesquisá-los devidamente
1.b Células-Tronco ou
stem cells podem ser obtidas de outras fontes como o cordão umbilical ( também tratado como lixo hospitalar ) porém as vantagens da pesquisa em embriões são a quantidade dessas nestes, a observação da diferenciação celular e as técnicas/manipulação que podem ser aplicadas mais vantajosamente.
2. Não concordo que uma colônia insignificante de 4 dias de idade, que nem células nervosas tem, muito menos conexões entre as sinapses, que é a base da minha definição de "ser humano" tenha tantos direitos quanto um lavrador de cana no nordeste ou um neurocirurgião alemão. Até lá, na minha concepção, ele é somente uma parte do organismo da mulher.
2.a Fala-se muito nos direitos de um indivíduo genérico microscópico quando as indústrias farmacêuticas, de cosméticos e na área de pesquisa médica utilizam abundantemente seres vivos variados ( ratos, furões, coelhos e macacos ) em procedimentos que se aplicáveis em seres humanos notavelmente levaria todos os envolvidos no projeto à cadeia.
2.b Não interessa em quantos ratos você conduza as pesquisas, em determinado momento é necessário verificar se tais procedimentos são aplicáveis em seres humanos.
3. A clonagem terapêutica em teoria tornaria possível à longo prazo que um indivíduo no futuro que por ventura de um acidente perdesse ambas as pernas e ficasse paralítico possa ter a oportunidade de ter seu sistema nervoso espinhal reconstruído e novos membros desenvolvidos com pouca ou nula chance de rejeição do organismo; isso pode parecer muito
sci-fi aos seus olhos mas garanto que a idéia de poder viver 70+ anos para um coletor-caçador há 25+ mil anos era bem mais fantasiosa.
3.a Eu acho retrógrado impedir o desenvolvimento científico por meio da ética aliada com religião que se encontra no momento; o interesse em jogo é de tal tamanho que cedo ou tarde aparecerão outros médicos italianos ao redor do mundo anunciando polêmicas que abalarão a comunidade científica.
Pronto, se quiser me chamar de nazista e burro, basta não postar isso aqui e reter tal ideal entre suas sinapses.
Anigel disse:
Você realmente acredita que de uma hora para outra irão surgir curas para essas doenças. Isso é fé.
Novamente, você está distorcendo ou tomando conclusões precipitados sobre as minhas palavras. Sugiro que leia o meu trecho de novo.
E eu considero pessimista não avaliar o que de interessante pode surgir até 2010; estatisticamente, basta conciliar todas as breakthroughs desde 1995.
Anigel disse:
Usar de sarcasmo não faz com que você entenda mais de bioética.
O seu conceito de "entender de bioética" à meu ver significa concordar com tudo o que estiver escrito. Eu não concordo. Essa é a minha opinião. Se não pode viver com isso, sinto muito.
Anigel disse:
Pegue então. Eu te garanto que o objetivo dos estudantes de medicina não é torturar cobaias.
E eu também, a não ser alguns sádicos ocasionais. Mas algumas experiências invariavelmente levam ao sofrimento do animal em questão, e você pode chamar de tortura ( até semana que vem eu posso vir a postar uma descrição de um biólogo que conheço de outro fórum ):
Psicologia
Estudos comportamentais que incluem a privação maternal de filhotes em diversos mamíferos para analizar as consequências emocionais
Toxicologia
O teste LD-50 consiste em averiguar a quantidade ( miligramas por quilo de massa ) de uma substância tóxica necessária para exterminar metade de uma população em função do tempo; atualmente sua prática ainda existe apesar da crítica extensa por parte de ambientalistas e a comunidade científica.
Eu cito dentre os sintomas mais comuns "dor abdominal, convulsões, vómitos, diarréia, paralisia, dificuldades respiratórias e sangramentos pelos olhos e boca." Os animais testados mais comumente são coelhos e roedores, que por meio de um tubo inserido pela garganta, ingerem e inalam a substância.
Como alternativas menos terríveis se encontram atualmente os testes da Dose Letal Aproximada, onde as quantidades utilizadas da substância tóxica são não-letais.
Há também o teste dérmico; no dorso de coelhos é posta uma substância e assim durante 2 semanas os efeitos nocivos desta absorvida pelo organismo são monitorados.
Vivisecção
Para começar, consiste na esmagadora maioria dos casos uma manipulação médica desnecessária em um corpo sadio; com o intuito de treinamento cirúrgico, transplante de órgãos e por aí vai.
A lei diz:
Art. 3 – A vivissecção não será permitida:
I – Sem o emprego de anestesia;
Porém cerca de 65% dos procedimentos envolvendo testes de animais ao redor do mundo não se utilizam de anestésico. Espero que a estatística aqui seja mais favorável.
Mas não se limita somente à isso.
-Calotas cranianas de cães são abertas para se averiguar a projeção do córtex, estimulando-o por meio de impulsos elétricos ( depois os animais são sacrificados ).
-Na tentativa de simular efeitos de paralisia em decorrência de lesões na coluna dorsal, ratos de laboratório tem as mesmas partidas.
Na UFSC, houve protesto por parte de diversos ambientalistas quando se depararam com o destino dos cães que são viviseccionados; sacos de lixo, abandonados como qualquer lixo hospitalar.
Não seria falta de respeito pelo material de estudo que ajudará a formar novos cirurgiões, uma profunda consideração anti-ética? Ao menos os professores da faculdade alegaram que os cachorros são anestesiados e a eutanásia não causaria dor.
Epidemologia
Doenças que naturalmente não são inoculadas pelo animal em ambiente natural podem ser transmitidas à força para a análise de seus efeitos, que diga-se de passagem, não terá necessariamente os mesmos efeitos do que em um ser humano, de comparação.
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Pois bem... Várias das "barbaridades" e efeitos violentos expostos à animais que acabo de citar contribuíram para o desenvolvimento da medicina moderna; portanto, mais uma razão para eu considerar ilógica o fato da bioética achar desumana a manipulação de um aglomerado de células humanas com entre 4 dias e 2 semanas de idade.
O coelho sofre quando tem arsênio em sua corrente sanguínea; o cão na mesa de alumínio também quando não lhe é dado anestésico; nada disso afeta a dita cuja que pode com relativa rapidez ser cultivada em laborátório até os estágios iniciais que mais interessam.
Anigel disse:
Outra vez você está falando sobre o que não sabe. E no seu8 post anterior tinha prometido não fazer mais isso.
Me desculpe, mas o dado que dei sobre o chimpanzé é comprovado pela
staff ligada ao Genoma Humano.
Quanto aos experimentos hediondos, creio que me clarifiquei acima.
Anigel disse:
Outro amante das falácias. Por favor responda a pergunta. Não se esconda atrás das falácias.
Eu não estou me escondendo atrás dessas citações... Para o trecho citado, se eu respondesse de novo, ficaria redundante.
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PS: Depois eu respondo às suas colocações, Ringil, eu havia escrito o post algumas horas atrás, aguardando postar.