posso sugerir apenas 3 hipóteses dentre as mtas q me vem à cabeça? ñ sei se alguma delas vai acertar o problema mas acredito q talvez te ajudem a tomar alguma decisão dq fazer daqui p frente.
- o seu livro pode ñ ser bom - ñ considere como crítica, ñ li o teu livro e ñ posso julgá-lo (e se julgasse seria apenas a opinião d 1 leitor), mas é uma possibilidade real, ñ? eu mesmo já levei 1 banho d água fria qdo escrevi meu 1º conto anos atrás q considerava uma maravilha. imprimi cópias dele e dei d presente p todo mundo q conhecia. parentes, amigos e colegas me elogiavam. até q pedi a opinião sincera d uma professora d português q ñ era minha amiga. ela apontou ttas falhas no texto, mas ttas falhas, q eu fiquei com raiva dela. invejosa. sem visão. mas depois percebi q ela foi a única 100% sincera. ñ q os amigos, parentes e colegas te elogiem por maldade, mas é q a maioria deles simplesmente ñ é leitor ou profissional das letras. assim, até bula d remédio acaba sendo literariamente relevante. tem como vc descobrir se o seu livro é ruim, e se isso é oq tá impedindo ele d se espalhar? tem, mas esteja preparado emocionalmente p ouvir aquilo q ñ quer. seja mente abertíssima nessa hora, ñ justificando ou ficando na defensiva. enfim, vc pode mandar o seu livro p leitores ou críticos fora do seu círculo pessoal. ñ aqueles blogues q se proliferam pela internet e p fechar parcerias com editoras falam 1000 maravilhas d tudo oq cai na mão deles. falo d algum acerto prévio com 1 leitor profissional (se é q existe isso), talvez até pagando alguma coisa p ele. sei q há revistas, periódicos, sites e pessoas gabaritadas a emitir uma opinião imparcial, mas estes geralmente recebem ttos livros d graça p serem lidos/avaliados q só alguns acabam sendo escolhidos (geralmente os q já fazem sucesso ou q os remuneram). a vantagem caso essa análise aponte q seu livro é bom é vc poder usá-la depois como marketing, espalhando pelos 4 cantos da rede junto com a sua própria divulgação. mas se apontar q teu livro é limitado, o q é + comum dq gostaríamos q fosse com os livros d autores estreantes, vc vai ter q se contentar q talvez o próximo livro será melhor. ou ñ. vai depender só d vc.
- auto-publicação requer bem + esforço do autor - se este foi o seu caminho ñ adianta chorar, foi escolha sua ir por este lado. assim, vc eliminou alguns intermediários e partiu logo pros finalmentes p ter o seu amado livro pronto. o problema é q alguns destes intermediários fornecem serviços (e cobram caro por isso) q vc assumiu p si. mesmo as editoras pequenas possuem editores ou leitores beta q vão apontar as falhas do livro q precisavam ser corrigidas, seja por motivos técnicos ou mercadológicos. pode parecer uma ofensa alguém dizer p vc mudar algo no teu livro, mas é oq as editoras fazem com os escritores iniciantes. outras etapas puladas são as da divulgação e distribuição. assim, vc precisa assumir esse fardo, ou contratar alguém q o assuma, pois os teus livros ñ vão se vender sozinhos. qual o mercadinho do interior q vende +, oq o dono fica atrás do balcão ou o oq o dono fica atrás do balcão e tb contrata um vendedor externo? ñ sei se há empresas q prestam somente estas duas etapas, nem qual a facada q elas te darão p fazer o serviço, mas algumas pesquisas na internet e ligações interurbanas vão te responder isso. a venda pela internet pode ser oferecida em sites + conhecidos além do seu, como amazon e outros, exigindo menos esforço seu. vc tb pode agregar outros serviços com remuneração: palestras e oficinas d escrita criativa costumam ser bem procuradas hj em dia e vc sempre consegue vender alguns exemplares nas aulas.
- o mercado está saturado d lançamentos - ñ é culpa sua, claro. mas vc saiu na chuva então já sabe. visitando a biblioteca nacional no rj eles me revelaram q são registrados em média 150 livros novos por dia! são + livros novos dq novos leitores. e pode ser q o tema/área/história q seu livro aborda tenha mtos outros disputando leitores livro a livro. ou então pode ser o oposto, vc escolheu uma área q ñ há mtos leitores. assim, o seu marketing (pessoal ou terceirizado) precisa ser diferenciado. descobrir nichos menos explorados, ou alguns q vc possa fazer + barulho gastando pouco. é a lei da selva. os leões (best-sellers e autores fodões) mandam, mas há tb as zebras (novatos) q conseguem sobreviver e salvar a espécie. neste ponto, acho q algumas boas táticas d guerrilha no marketing e ideias originais e inovadoras podem ajudar bastante. ou nem tto, talvez ideias já batidas mas eficazes sejam o suficiente. o fato é q vc precisa conhecer todas elas, ou se associar com quem as conheça e fazer uso das q forem viáveis p ti. um último aspecto q notei no teu caso é o preço. o seu livro d menos d 300 pgs custa + q os lançamentos best-sellers d 1000 pgs, como o pilares da terra, do ken follet, por exe.. pode ñ parecer, mas mtos leitores, inclusive eu, compram livros exclusivamente pelo preço e, somente depois, vão ler p ver se são bons. o preço é 1 dos melhores marketings q existem. ñ entrando no mérito dos custos q vc tem/teve p publicar cada exemplar, mas na minha visão d comprador compulsivo d livros (já adquiri +d 200 esse ano) o valor ideal p o seu estaria + perto da (minha) realidade entre 15 e 20 reais, isso em se tratando d vendas online.
A hipótese do meu livro não ser bom é perfeitamente verossímil. Eu sinceramente acredito que ele tenha qualidade, mas convenhamos, escritor falando bem do próprio livro é como mãe falando das qualidades do filho. O problema é que ninguém pode saber se é bom ou não sem ler, até porque o conceito de qualidade em literatura é bem relativo, um livro que pra você é ótimo pode ser um lixo pra mim e vice-versa. No meu caso, não foi por auto-publicação. Tive muita, mas muita sorte mesmo de encontrar um editor (iniciante também) que me deu uma chance, ele é meu professor da faculdade, e ano passado fiquei sabendo que ele estava abrindo sua própria editora. Conversamos, mandei uma cópia para avaliação, e ele aprovou. Demorou vários meses, mas consegui tê-lo em mãos, publicado, e à venda, ainda que só pela internet. O João Aguiar foi praticamente um investidor anjo, não me cobrou um único centavo pelo trabalho de edição e publicação, não censurou nada, apostou um bom dinheiro na minha obra, outro medo meu é decepcioná-lo, dar-lhe prejuízo depois de tanto trabalho e gastos. Ele disse que só vai poder vender em livrarias se a tiragem atual for esgotada, aí ele vai mandar rodar uma tiragem maior e possivelmente colocá-lo à venda em livrarias. É verdade, o preço é bem salgado, mas isso já é com uma margem de lucro baixíssima. Impressão de livros custa bem caro. E ele diz que as relações entre livrarias e editoras não são tão boas quanto antigamente. Eu acredito.
Acho que mirei um nicho mesmo. Ficção-científica não é um gênero dos mais populares atualmente, pelo menos não na literatura, e eu também usei na narrativa de vários elementos que podem ser entendidos como vulgares por leitores mais conservadores, como descrições detalhistas de relações sexuais, uso de drogas e palavras chulas. É um livro pesado, para adultos. Lógico que o fato de ser um livro, digamos, politicamente incorreto, também pode ser um chamariz, não gostaria que leitores o tomassem como uma obra fútil ou pornográfica, porque não é, mas no momento minha preocupação principal não é como ele vai ser entendido, mas se vai ser lido.
Outra barreira para as vendas, além das que você mencionou, é que o Brasil é um país em que a maioria da população não tem o costume de ler, desculpe se pareço elitista, mas essa é a bem verdade, grande parte dos brasileiros só lêem por obrigação (na escola, no vestibular, na faculdade) e o mínimo necessário. Há pouco espaço para livros que não sejam de autores consagrados, seja essa consagração merecida ou não. Sei que $46 é bastante dinheiro pra muita gente, mas isso é facilmente o que se gasta num bar no fim-de-semana ou em um restaurante. Muitas vezes é questão de escolha mesmo. Sem querer ser moralista, eu também adoro um barzinho, mas se tivesse que optar, eu compraria um livro. Lógico que não posso fazer nada quanto a isso. O jeito é tentar chamar a atenção de quem tem o hábito adorável de ler. Ou tentar "incitar" não leitores a me darem uma chance.