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A Fonte da Vida (The Fountain, 2006)

Re: The Fountain (idem, 2006)

Elas só caem na subjetividade quando você introduz um juízo de valor.

Eu estava me referindo a isso quando disse "crítica".

As características (ou "elementos notáveis") estão nos filmes per se.

Sim.

Eu queria saber, basicamente, o que é um filme inútil, porque, pra mim, isso é um adjetivo muito arbitrário e subjetivo pra descrever um filme.
Esperamos que o V use algo menos arbitrário próxima vez que ele fizer algum comentário zoado.
 
Re: The Fountain (idem, 2006)

Assisti o filme e gostei, nada de FENOMENAL mas gostei

A história principal do filme é sobre o wolverine lutando contra a doença da mulher de forma direta já que ele pesquisa novas formas de medicamento em busca em uma cura. A mesma história é contada (numa forma de metáfora) em paralelo através de um livro que a esposa do wolverine escreve passada na Espanha onde um conquistador vai atrás da árvore da vida para sua princesa. Além disso há uma visão mais simbólica da situação onde o wolverine se encontra numa forma de bolha sob uma nebulosa com sua esposa representada pela árvore.

Bom, o roteiro a priori já não era dos mais fortes (velha reflexão sobre, a vida e a morte como um recomeço embalada pelo sentimento mais nobre que o ser humano pode ter, o amor) a expectativa sempre foi pela forma do filme. Começa extremamente desconexo e mal amarrado o que o torna bem cansativo até que as coisas passam a começar a fazer sentido, mas a verdade é que basta descobrir que devemos focar nossa atenção na história presente e deixar os paralelos para buscar simbologias.

E talvez seja essa a grande sacada do filme, acompanhar a história principal buscando nas histórias paralelas os símbolos que a completam e/ou que representam seus elementos.

A atuação do Hugh Jackman está deslumbrante e até mesmo comovente (Mirela se debulhou em lágrimas na cena da tatuagem), já Rachel Weisz fica na média.

Enfim,pra quem vai no cinema só atrás de entretenimento definitivamente é melhor deixar esse filme passar, mas que busca algo a mais pode arriscar para ver se gosta ou não.

Abçs
 
Re: The Fountain (idem, 2006)

Oras, vamos lá. Vocês viram Laranja Mecânica. Réquiem para Um Sonho serve no mínimo pra testar o método Ludovico em clínicas de abstinência, e tal. Pena que não funcione.

Eu não gostei muito de Réquiem não, será que Pi e esse aí são recomendáveis?
 
Re: The Fountain (idem, 2006)

É muito bom, espetacular.

Tudo no filme funciona. A narrativa, ainda que pareça confusa no início, vai ficando mais clara a medida que pula entre as três histórias, que se interpenetram todo o tempo. E o resultado é surpreendente, abrindo espaço para diversas interpretações.

Os atores estão ótimos. É de longe a melhor atuação do Hugh Jackman e a Rachel Weisz é bastante competente também. E mais, eles funcionam juntos, não fica forçado.

A trilha sonora, os efeitos e as composições visuais são espetáculos a parte. Potencializam o ótimo roteiro. Visualmente o filme é fantástico.

Lembrei em vários momentos de 2001, não que exista alguma correspondência na história (além do espaço), mas a conjugação de imagens fodas e trilha incrível me remeteu direto a essa comparação.

E por fim, discordo da interpretação do cara aí em cima. Vi um conquistador e um cientista/astronauta (assim como uma rainha e uma mulher com câncer), duas (quatro) pessoas diferentes ainda que de alguma forma conectadas.
 
Re: The Fountain (idem, 2006)

Imagine que eu quero dizer que o Aronofsky está muito abaixo das próprias ambições, mas ao invés de dizer isso eu digo algo como "o diretor Darren Aronofsky tenta transformar manualmente uma pilha de carvão em 100 flechas de diamante para tentar atingir um alvo no topo do Everest com os olhos vendados, mas infelizmente ele não é o Superman".

O que eu estou dizendo é que grande parte desse filme é basicamente uma série de metáforas preciosas que não oferecem nada de construtivo sobre o tema (aceitação da morte); pior ainda, toda essa bobagem sobre conquistadores e astronautas (?) não funciona como narrativa, primeiro porque não tem muita coisa acontecendo (repetição é exaustivamente usada aparentemente como um recurso "artístico"), segundo porque o filme não tem a coragem das próprias convicções: logo você descobre que grande parte do pouco que está acontecendo não está de fato "acontecendo" (o que está realmente acontecendo é basicamente Love Story com um twist sci-fi, com a diferença de que Love Story foi filmado em locações e é portanto um pouco menos artificial) e aí qualquer possível envolvimento emocional pega o próximo retorno na estrada da empatia e vai tomar uns drinques na parada de caminhões do tédio cinematográfico.

O que eu estou dizendo é que além do Aronofsky ser aparentemente imaturo demais pra fazer uma ficção científica altamente metafórica, ele também não tem as bolas de realmente viajar na maionese; até tem uma história interessante querendo sair desse filme, e é a história de um imortal -- todos os três Wolverines deviam ser o mesmo cara de verdade, um cara que viveu por Eras e testemunhou o Fim da Humanidade (mas mesmo assim não conseguiu impedir SPOILER) e agora tem que lidar com o seu próprio fim, com as repetições funcionando como uma exploração da teórica Natureza Cíclica do Tempo (ou WHATEVER, entende).

Esse filme é ruim, é isso que eu estou dizendo.

33
 
O pior é que eu não lembro NADA do porquê de todo aquele lance do guerreiro, árvore e etc.

Não tem porquê. É frescura.

Ok, ok
o lance do conquistador é o livro que a mina tá escrevendo, que é uma metáfora para a situação dos dois, e o lance no espaço é o último capítulo do livro, escrito pelo cara depois que ele aprende a aceitar a morte, e também é uma metáfora para a situação dos dois.

Ou algo assim. Eu posso ter entendido errado (aquele clímax foi uma bagunça total), mas se for o caso eu realmente não me importo.

Mas eu lembro que eu achava mais ou menos interessante no momento em que via.
Você viu no cinema? Vai ver foi isso. Esse filme definitivamente não é adequado pra vídeo.
 
Você viu no cinema? Vai ver foi isso. Esse filme definitivamente não é adequado pra vídeo.
De fato seu argumento não é falho. Eu assisti no cinema... e na hora gostei bastante até.
 
Êta filminho maizomeno.

O mais engraçado é que foi um dos raros casos de filme que assisti sem ter lido quase nada anteriormente (na realidade, só li que visualmente era muito bonito). E sabe, eu achava que a história seria exatamente o que o V descreve aqui:

O que eu estou dizendo é que além do Aronofsky ser aparentemente imaturo demais pra fazer uma ficção científica altamente metafórica, ele também não tem as bolas de realmente viajar na maionese; até tem uma história interessante querendo sair desse filme, e é a história de um imortal -- todos os três Wolverines deviam ser o mesmo cara de verdade, um cara que viveu por Eras e testemunhou o Fim da Humanidade (mas mesmo assim não conseguiu impedir SPOILER) e agora tem que lidar com o seu próprio fim, com as repetições funcionando como uma exploração da teórica Natureza Cíclica do Tempo (ou WHATEVER, entende).

Mais aí, né, é aquela história de livro, finish it e blablabla. Para um filme que tem como tagline "What If You Could Live Forever?", parece que essa é a parte menos explorada. O What if. Porque o doutor não se importa nadica com isso, ele quer a mulher dele com ele. O conquistador tá querendo catar a rainha. E o astronauta-careca tá lá, querendo cuidar da árvore exatamente como o médico cuida da esposa.

Enfim, poderia ser melhor.
 

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