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Autor da Semana Stephen King: uma breve análise literária e cultural

Siker

Artista Comercial / Projetista Gráfico
Cronologia
1959
- Stephen descobre seu talento, escrevendo artigos para o jornal local de David ("Dave's Rag"), e suas opiniões sobre os programas que passavam na TV. Inspirado pelo relativo sucesso deles, Stephen passou a vender contos que escrevia por 30 centavos. Ele fazia o mesmo na escola, até que os professores de lá obrigaram-no a parar.
- Stephen acha na casa de sua tia Emrine uma caixa cheia de revistas velhas de horror e ficção-científica, assim nasce sua paixão pelo gênero.

1962
- Stephen entra para a Lisbon Falls High School, onde conhece uma menina pobre que é caçoada por todos no colégio. Eventualmente seria uma de suas inspirações para Carrie, a Estranha. A Lisbon Falls, por sua vez, seria um dos cenários de sua novela 11/22/63, publicada 39 anos depois.

1967
- Stephen faz sua primeira venda profissional, vendendo o conto "The Glass Floor" (O Chão de Vidro) para uma revista chamada Startling Mystery Stories.

1974
- O primeiro livro de King, Carrie, a Estranha (Carrie) é publicado pela editora Doubleday. King recebe 2.500 dólares de adiantamento. Os direitos da brochura são vendidos por 400 mil dólares, King fica com a metade. O livro é dedicado a sua esposa Tabitha, que o convenceu a continuar a escrever Carrie (que originalmente seria um conto), que por achar que estava ruim demais, o havia jogado no lixo.

1975
- É publicado pela Doubleday, A Hora do Vampiro. O livro originalmente se chamaria "Second Coming", mas Tabitha convenceu Stephen a mudar o título, argumentando que havia uma certa conotação sexual nele ("coming" significa em português "chegada ao orgasmo"). Ele mudou então para Jerusalem's Lot, a Doubleday não quis, pois ironicamente, desta vez o título parecia religioso demais. King então encurtou o título que permanece até hoje, ('Salem's Lot). King dedica o livro à sua filhinha Naomi, na época com 5 anos.

1976
- Em Novembro, é lançado nos cinemas do E.U.A. pela MGM, e dirigido por Brian De Palma, a adaptação de Carrie, a Estranha (Carrie).

1977
- King e a Doubleday lançam O Iluminado (The Shining), que originalmente possuia mais de 500 páginas, e foi cortado à pedido da editora para manter o preço do livro abaixo de 10 dólares. A dedicação desta vez é para o pequeno Joe Hill.
- A 13 de Setembro nasce o que seria a sombra de Stephen King por 8 anos, seu pseudônimo, Richard Bachman, junto com sua primeira publicação, Fúria (Rage), editada pela Signet Books, dedicado à Susan Artz e WGT.

1978
- Doubleday publica a primeira coletânea de contos de King publicados nos anos 70 em diferentes revistas, intitulada Sombras da Noite (Night Shift).
- Alguns meses depois, seria a vez da publicação do maior de todos os livros já escritos pelo autor, A Dança da Morte (The Stand), sobre um futuro obscuro e apocalíptico para todos nós. Até então, o livro tinha pouco mais de 800 páginas. Ele foi dedicado à sua esposa Tabitha, mais uma vez.

1979
- King muda de editora, Doubleday agora é passado, King passa a publicar seus próximos livros pela editora Viking.
- Em Julho, Signet lança o segundo romance de Bachman, A Longa Marcha (The Long Walk). Dedicatória para Jim Bishop, Burt Hatlen e Ted Holmes.
- E a estréia da Viking como editora se dá com A Zona Morta (The Dead Zone), dedicado à seu filho Owen, e lançado em Agosto.
- Em Novembro, é lançada uma mini-série nos E.U.A. pela Warner Bros., e dirigido por Tobe Hooper, a adaptação de A Hora do Vampiro, Os Vampiros de Salem (Salem's Lot).

1980
- King publica seu primeiro livro de não-ficção, pela Everest House, trata-se de Dança Macabra (Danse Macabre), a quem ele dedica à "6 grandes escritores que ainda estão vivos".
- Em Maio, Stanley Kubrick e a Warner Bros. lançam nos cinemas americanos a adaptação de O Iluminado (The Shining).
- Em Setembro, Viking publica A Incendiária (Firestarter), dedicado à memória da romancista Shirley Jackson. Somando os livros de ficção e os de Bachman, este é o décimo livro de King a ser publicado.

1981
- Signet publica em Março, o terceiro romance de Bachman, A Auto-Estrada (Roadwork), dedicado à Charlotte Littlefield.
- Em Setembro chega a vez de Cão Raivoso (Cujo), publicado pela Viking e dedicado à seu irmão David.

1982
- Signet publica O Concorrente/O Sobrevivente (The Running Man) em Maio. É o quarto livro escrito pelo pseudônimo de King.
- A Junho deste ano, a editora Donald M. Grant, Publisher, Inc. lança o que seria o primeiro de oito volumes da saga épica criada por King, A Torre Negra: Volume I - O Pistoleiro (The Dark Tower: Volume I - The Gunslinger). Dedicado à Ed Ferman.
- Em Agosto, a Viking publica a primeira coletânea de noveletas de King, Quatro Estações (Different Seasons), o livro mostra que nem só de terror vive King, e faz um enorme sucesso. As histórias são dedicadas à Elaine Koster, Herbert Schnall, George McLeod, Peter Straub, Susan Straub, "Russ" e Florence Dorr.
- Em Novembro, é lançado nos cinemas do E.U.A. pela Warner Bros., e dirigido por George A. Romero, Creepshow: Show de Horrores (Creepshow), um filme-antologia com histórias criadas pelo próprio King, e nunca publicadas em nenhum livro.

1983
- King se despede brevemente da Editora Viking com Christine (Christine), dedicado à George Romero e Chris Forrest Romero.
- Em Agosto, é lançado nos cinemas do E.U.A. pela Warner Bros., e dirigido por Lewis Teague, a adaptação de Cão Raivoso, Cujo (Cujo).
- Em Outubro, é lançado nos cinemas do E.U.A. pela Paramount, e dirigido por David Cronenberg, a adaptação de A Zona Morta, Na Hora da Zona Morta (The Dead Zone).
- Em Novembro, King lança pela Doubleday um de seus maiores clássicos do horror, O Cemitério (Pet Sematary), dedicado à Kirby McCauley.
- Em Dezembro, é lançado nos cinemas dos E.U.A. pela Columbia Pictures, e dirigido por John Carpenter, a adaptação de Christine, Christine: O Carro Assassino (Christine).
- Como "cartões de natal", partes de um romance intitulado "The Plant" são publicados pela Philtrum Press (editora do próprio King) e enviado a alguns amigos seus pelos três natais seguintes.

1984
- Em Março, é lançado nos cinemas do E.U.A. pela Angeles Entertainment Group, e dirigido por Fritz Kiersch, a adaptação do conto As Crianças do Milharal, Colheita Maldita (Children of the Corn), presente no livro Sombras da Noite (Night Shift).
- No dia 11 de Maio, a Universal lança nos cinemas americanos, a adaptação do livro A Incendiária, Chamas da Vingança (Firestarter), dirigido por Mark L. Lester.
- Em 8 de Novembro, King, unido à Peter Straub lança o que seria futuramente uma saga em três partes, contando as desventuras de Jack Sawyer, em O Talismã (The Talisman). Ambos os autores dedicam o livro às suas respectivas mães. O livro é publicado pela Viking.
- 11 dias depois, seria a vez da editora NAL Books publicar o último livro de Richard Bachman - antes de sua morte por "câncer de pseudônimo", de acordo com o próprio King, uma doença muito rara - A Maldição do Cigano (Thinner), dedicado à esposa, obviamente também fictícia do "autor", Claudia y Inez Bachman.

1985
- O disfarce de Stephen King é finalmente desmascarado, e descobre-se que "King é Bachman, e Bachman é King".
- A Signet publica A Hora do Lobisomem (Cycle of the Werewolf), dedicado em memória de Davis Grubb. O livro havia sido publicado no ano anterior pela Land of Enchantment em uma edição especial limitada.
- Em Abril, a Universal lança nos cinemas americanos, Olhos de Gato (Cat's Eye), mais um filme-antologia que adapta os contos O Ressalto (The Ledge) e Ex-Fumantes, LTDA. (Quitters, Inc.), presentes no livro Sombras da Noite (Night Shift), além de ter outra história nunca publicada em livro (The General), dirigido por Lewis Teague.
- Stephen King, em parceria com diversos autores, como Stan Lee, Alan Moore, e George R.R. Martin, contribui em uma história em quadrinho dos X-Men, intitulada "Heroes for Hope", com a intenção de arrecadar dinheiro para alimentar a população pobre da África, com o dinheiro das vendas. Ele contribui escrevendo os diálogos das páginas 10 à 12 da HQ (que são ilustradas por seu amigo Berni Wrightson).
- No dia 21 de Junho, a editora Putnam publica Tripulação de Esqueletos (Skeleton Crew), a segunda coletânea de contos de King, publicados nas décadas de 60, 70 e 80, é dedicado para Arthur e Joyce Green.
- Já em Outubro, a Universal lança nos cinemas americanos, A Hora do Lobisomem (Silver Bullet), baseado no livro A Hora do Lobisomem (Cycle of the Werewolf), é dirigido por Daniel Attias.

1986
- Em Julho, a DEG lança nos cinemas americanos a adaptação do conto Caminhões (Trucks), Comboio do Terror (Maximum Overdrive), presente no livro Sombras da Noite (Nigh Shift), e dirigido pelo próprio Stephen King.
- Rob Reiner dirige Conta Comigo (Stand By Me), baseado no conto Outono da Inocência: O Corpo (Fall from Innocence: The Body), presente no livro Quatro Estações (Different Seasons). O filme é lançado no dia 8 de Agosto, pela Columbia Pictures nos cinemas americanos.
- À 15 de Setembro, a editora Viking publica uma das mais espetaculares novelas de Stephen King já escritas, A Coisa (It), dedicado à sua mãe, esposa, e filhos.

1987
- 2 de Fevereiro: é lançado pela Viking, Os Olhos do Dragão (The Eyes of the Dragon), dedicado à Naomi Rachel King.
- No dia 30 de Março, Conta Comigo concorre ao Oscar na categoria Melhor Roteiro Adaptado, mas não ganha.
- No dia 1° de Maio, a Warner lança nos cinemas americanos a continuação de Creepshow, Creepshow 2: Arrepios do Medo (Creepshow 2), desta vez com três histórias, sendo que apenas uma dela é baseada numa história de King: A Balsa (The Raft), presente no livro Tripulação de Esqueletos (Skeleton Crew), o filme é dirigido desta vez por Michael Gornick.
- Já em Maio, Donald M. Grant, Publisher, Inc. publica a segunda parte da saga A Torre Negra, A Torre Negra: Volume II - A Escolha dos Três (The Dark Tower: Volume II - The Drawing of the Three), dedicado ao próprio Donald M. Grant.
- Em 8 de Junho, King lança um de seus maiores suspenses psicológicos, Angústia (Misery), dedicado à Stephanie e Jim Leonard, e publicado pela Viking.
- A Putnam lança em 10 de Novembro, a novela de ficção-científica/horror Os Estranhos (The Tommyknockers), ela é dedicado à Tabitha.
- Já em 13 de Novembro, a Braveworld Productions lança a primeira adaptação de um livro de Bachman: O Sobrevivente (The Running Man), dirigido por Paul Michael Glaser, e estrelado por Arnold Schwarzenneger.

1988
- Para compensar a saturação de 87, em 88 o ano no mundo de King é brando tanto para os livros quanto para o cinema. Entretanto, em Novembro, ele se uniu ao fotógrafo f-stop Fitzgerald para fazer o livreto Nightmares in the Sky, trata-se de um livreto com fotos de gárgulas, em que King contribuiu com alguns textos.

1989
- Em 10 de Agosto, King participou de uma compilação de contos, chamada Dark Visions, contribuindo com três, Dedicatória (Dedication), Par de Tênis (Sneakers), e The Reploids, sendo que as duas últimas foram republicadas alguns anos depois na coletânea de contos Pesadelos e Paisagens Noturnas.
- No primeiro dia de Novembro, a Viking lança a primeira parte da trilogia Castle Rock, a novela A Metade Negra (The Dark Half), dedicado a Peter e Shirley Sonderegger.
- Mary Lambert dirige Cemitério Maldito (Pet Sematary), baseado no livro O Cemitério (Pet Sematary). O filme é lançado no dia 23 de Novembro, pela Paramount Pictures nos cinemas americanos.

1990
- No dia 4 de Maio, é lançado nos cinemas americanos, Contos da Escuridão (Tales from the Darkside: The Movie), mais uma antologia de história, das quais apenas uma é baseada numa história de King, O Gato dos Infernos (The Cat from Hell), o filme foi drigido por John Harrison.
- Em Maio a Doubleday relança A Dança da Morte em sua versão íntegra com mais de 300 páginas a mais.
- Já em Setembro, a Viking lança a segunda coletânea de noveletas (da qual uma delas é a segunda parte da trilogia de Castle Rock), Depois da Meia-Noite (Four Past Midnight), as histórias são separadamente dedicadas à Joe Hill, Chuck Verrill, e em memória do romancista John D. MacDonald.
- Em Outubro, nos cinemas americanos estréia A Criatura do Cemitério (Graveyard Shift), baseado no conto Último Turno (Graveyard Shift). O filme é dirigido por Ralph S. Singleton.
- Estreiava nas TVs americanas, no dia 18 de Novembro, a adaptação em mini-série It: Uma Obra-Prima do Medo (It), baseado no livro A Coisa (It). A mini-série foi lançada pela Warner Bros. e dirigida por Tommy Lee Wallace.
- No dia 30 de Novembro, estréia nos cinemas americanos Louca Obsessão (Misery), baseado no livro Angústia (Misery). O filme é dirigido por Rob Reiner e lançado pela MGM.

1991
- No dia 25 de Março, a atriz Kathy Bates ganha o Oscar de Melhor Atriz por sua interpretação de Annie Wilkes em Louca Obsessão (Misery). Até hoje, é o único Oscar que uma adaptação, baseada em alguma obra de Stephen King, já ganhou.
- Em Maio, estreiava o telefilme Às Vezes Eles Voltam (Sometimes They Come Back), baseado no conto de mesmo nome, publicado na coletânea Sombras da Noite (Night Shift). Lançado pela MGM e dirigido por Tom McLoughlin.
- No dia 16 de Julho, estreiou nas TVs americanas a mini-série em 7 episódios, Jovem Outra Vez (Golden Years). Lançado pela Laurel Productions e dirigido por Michael Gornick.
- Em Agosto a Donald M. Grant, Publisher, Inc. lança A Torre Negra - Volume III: As Terras Devastadas (The Dark Tower: Volume III - The Waste Lands), dedicado a Owen.
- Em Outubro, a Viking lança a terceira e última parte da trilogia de Castle Rock, Trocas Macabras (Needful Things), dedicado à Chris Lavin.

1992
- Dia 6 de Março estréia nos cinemas O Passageiro do Futuro (The Lawnmower Man). O filme na teoria seria baseado na história O Homem do Cortador de Grama (The Lawnmower Man) do livro Sombras da Noite (Night Shift), mas a verdade é que o filme nada tinha a ver com o conto. Versões iniciais do filme o promoviam como se estivesse relacionado à King, mas o mesmo processou os produtores do filme, e conseguiu remover seu nome do título e dos créditos. O filme é dirigido por Brett Leonard, estrelado por Pierce Brosnan, e distribuido pela New Line Cinema.
- Já em Abril, é a vez de Sonâmbulos (Sleepwalkers) estreiar nos cinemas, o filme é um roteiro original de King, e não se baseia em nenhuma de suas histórias. O filme marca a primeira parceria de King com Mick Garris. Produzido pela Columbia Pictures.
- Em Maio, King e a Viking lançam Jogo Perigoso (Gerald's Game). Dedicado para Margaret Spruce Morehouse, Anne Spruce Labree, Catherine Spruce Graves, Tabitha Spruce King, Stephanie Spruce Leonard, Marcella Spruce.
- Seis meses depois, é lançado também pela Viking, Eclipse Total (Dolores Claiborne). À princípio planejado como uma antologia unida à Jogo Perigoso. Dedicado para sua mãe Ruth.

1993
- Dedicado em memória do autor Thomas Williams, e publicado pela Viking, King lança sua terceira coletânea de contos, Pesadelos e Paisagens Noturnas (Nightmares and Dreamscapes), no Brasil e em alguns outros países divididos em duas partes.
- Em Abril é lançado nos cinemas americanos A Metade Negra (The Dark Half), distribuído pela MGM, e baseado na novela de mesmo nome. O filme é dirigido por George A. Romero.
- No mês seguinte, o público americano assistiu pela TV a adaptação em mini-série do livro Os Estranhos (The Tommyknockers), Tommyknockers (The Tommyknockers), dirigido por John Power e distribuído pela Warner Bros.
- O dia é 27 de Agosto, e os cinemas americanos recebem Trocas Macabras (Needful Things), baseado na novela de mesmo nome, distribuído pela MGM e dirigido por Fraser Clarke Heston.

1994
- No dia 8 de Maio, estréia a mini-série em 4 episódios A Dança da Morte (The Stand), baseada no livro de mesmo nome. A mini-série foi distribuída pela Warner Bros. e dirigido por Mick Garris.
- Em Setembro estréia nos cinemas americanos aquela que seria considerada a melhor adaptação já feita de uma história de King: Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption), baseado no conto Primavera Eterna: Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank (Hope Springs Eternal: Rita Hayworth and the Shawshank Redemption) do livro Quatro Estações (Different Seasons). Distribuído pela Warner Bros. e dirigido por Frank Darabont.
- Em Outubro, a Viking lança Insônia (Insomnia), dedicado a Al Kooper e a Tabitha.

1995
- No começo de Março, estréia nos cinemas americanos o filme Mangler: O Grito do Terror (The Mangler), baseado no conto A Máquina de Passar Roupas (The Mangler), do livro Sombras da Noite (Night Shift), o filme é distribuído pela New Line Cinema e dirigido por Tobe Hooper.
- No dia 24 de Março estréia nos cinemas americanos, Eclipse Total (Dolores Claiborne) baseado na novela de mesmo nome. É distribuído pela Warner Bros. e dirigido por Taylor Hackford.
- No dia 27 de Março, Um Sonho de Liberdade concorre em 7 categorias no Oscar: Melhor Ator (Morgan Freeman), Melhor Cinematografia, Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora, Melhor Filme, Melhor Som, e Melhor Roteiro Adaptado. Incrivelmente não ganha nenhum.
- No meio de Maio, estréia na TV americana uma mini-série em 3 episódios baseado na noveleta Os Langoliers (The Langoliers), do livro Depois da Meia-Noite (Four Past Midnight), Fenda no Tempo (The Langoliers), dirigido por Tom Holland e distribuído pela Laurel Entertainment, Inc.
- A Viking lança em Junho, Rose Madder (Rose Madder), dedicado à Joan Marks.

1996
- Em Março, a Signet lança uma novela em série, idéia que King tirou de Charles Dickens, intitulada O Corredor da Morte (The Green Mile), quando a adaptação do filme é lançada no Brasil, três anos depois, a editora Objetiva muda o título do livro para o do filme, À Espera de um Milagre.
- No dia 24 de Setembro, Stephen King lança pela editora Viking a novela Desespero (Desperation), ao mesmo tempo em que lança um novo livro de Bachman, que seria uma novela gêmea de Desespero, intitulada Os Justiceiros (The Regulators), pela editora Dutton. Desespero é dedicada a Carter Withey, enquanto Os Justiceiros é dedicado para Jim Thompson e Sam Peckinpah.
- No dia 25 de Outubro estréia o último filme, lançado nos cinemas, baseado numa história de Richard Bachman, até hoje, A Maldição (Thinner), baseado no livro A Maldição do Cigano (Thinner). O filme é distribuído pela Paramount Pictures e dirigido por Tom Holland.
- King dá adeus à editora Viking.

1997
- A Philtrum Press de King lança uma compilação de seis contos intitulada Six Stories, cinco deles já publicados no Brasil.
- Por não gostar muito da versão de Kubrick, King lança a mini-série baseada na novela O Iluminado, em Abril, em parceria com seu amigo e diretor, Mick Garris. Distribuído pela Warner Bros.
- Em Maio, Michael Jackson entra para o livro dos recordes por fazer parte do clipe musical mais longo do mundo, baseado numa idéia de Stephen King, Ghosts.
- No meio de Maio estréia o telefilme A Maldição de Quicksilver (Quicksilver Highway), que contém duas histórias, uma delas baseada no conto A Dentadura Mecânica (Chattery Teeth) do livro Pesadelos e Paisagens Noturnas (Nightmares & Dreamscapes).
- Dedicado para Julie Eugley e Marsha DeFilippo, a Donald M. Grant, Publisher, Inc. lança A Torre Negra - Volume IV: Mago e Vidro (The Dark Tower: Volume IV - Wizard and Glass), em Novembro.

1998
- Mark Pavia dirige para a HBO o filme Vôo Noturno (The Night Flier), no começo de Fevereiro, baseado no conto O Piloto da Noite (The Night Flier) do livro Pesadelos e Paisagens Noturnas (Nightmares & Dreamscapes).
- Stephen King contribui para o seriado Arquivo X (The X-Files) escrevendo um episódio intitulado "Chinga".
- A editora Scribner, que até hoje publica os livros de King, lança seu primeiro livro do autor no dia 22 de Setembro. Trata-se de Saco de Ossos (Bag of Bones), dedicado à sua filha Naomi.
- No último mês do ano estréia O Aprendiz (Apt Pupil) nos cinemas americanos. O filme é dirigido por Bryan Singer e distribuído pela Columbia Pictures. O filme é baseado no conto Verão da Corrupção: Aluno Inteligente (Summer of Corruption: Apt Pupil), do livro Quatro Estações (Different Seasons).

1999
- 14 de Fevereiro é o dia que estréia a mini-série A Tempestade do Século (Storm of the Century), roteiro original, dirigido por Craig R. Baxley e distribuído pela Trimark Pictures.
- No dia 6 de Abril, a Scribner lança The Girl Who Loved Tom Gordon, King dedica à seu filho Owen.
- Para acompanhar a mini-série, King lança pela Pocket Books, o roteiro intacto de A Tempestade do Século (Storm of the Century) em forma de livro.
- Em 14 de Setembro, King lança juntamente com a Scribner, Hearts in Atlantis, um livro que mistura contos e noveletas que se interligam em algum ponto. Dedicado à seu filho Joe, a esposa dele, Leanora e seu neto recém-nascido, Ethan.
- Em Novembro, a Simon & Schuster Audio lançam o audiobook Blood and Smoke, com contos publicados "eventualmente" na coletânea de contos Tudo é Eventual.
- Em 10 de Dezembro estréia nos cinemas americanos À Espera de um Milagre (The Green Mile), baseado na novela de mesmo nome. Distribuído pela Warner Bros. e dirigido por Frank Darabont.

2000
- No dia 26 de Março, À Espera de um Milagre concorre ao Oscar em 4 categorias: Melhor Filme, Melhor Som, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Ator Coadjuvante (Michael Clarke Duncan), assim como Um Sonho de Liberdade, não ganha nenhum.
- Em Outubro, a Scribner lança On Writing, mais um livro de não-ficção de King. Já a Book of the Month Club lançou Secret Windows, outro livro de não ficção.
- King tenta lançar novamente The Plant, desta vez em formato E-Book, ele escreve mais capítulos, e as pessoas devem pagar 1 dólar por cada um.

2001
- King percebe que o trato que ele fez com os fãs não está dando certo, pois os mesmos não pagam por The Plant, e ele decide abandonar o projeto. A história está sem continuação até hoje.
- Em 20 de Março, King publica O Apanhador de Sonhos (Dreamcatcher), pela Scribner, dedicado à Susan Moldow e Nan Graham.
- Em 15 de Setembro, King e Peter Straub se unem novamente para lançar o segundo livro da trilogia de Jack Sawyer, A Casa Negra (Black House), dedicado à David Gernert e Ralph Vicinanza, e publicado pela Random House.
- No dia 28 de Setembro, o diretor Scott Hicks e a Warner Bros. lançam nos cinemas americanos Lembranças de um Verão (Hearts in Atlantis), baseado no livro de mesmo nome.

2002
- Em Janeiro estréia a mini-série dirigida por Craig. R Baxley, Rose Red: A Casa Adormecida (Rose Red), roteiro original. O filme é distribuído pela Lions Gate.
- Em Março, King publica uma nova coletânea de contos, Tudo é Eventual (Everything's Eventual), pela Scribner, dedicado a Shane Leonard.
- Em Agosto estréia o seriado O Vidente (The Dead Zone), baseado em A Zona Morta (The Dead Zone), com Anthony Michael Hall no papel de Johnny Smith. O seriado dura 6 anos, até ser cancelado em 2007.
- A Scribner publica, então, Buick 8 (From a Buick 8) seis meses depois, King dedica o livro à Surendra e Geeta Patel.

2003
- King começa a escrever uma coluna sobre variedades chamada The Pop of King para a revista Entertainment Weekly.
- No dia 19 de Março estréia, dirigido por Lawrence Kasdan e distribuído pela Warner Bros. O Apanhador de Sonhos (Dreamcatcher) baseado na novela de mesmo nome, nos cinemas americanos.
- Dedicado para Frank Muller, a Donald M. Grant, Publisher, Inc. lança A Torre Negra - Volume V: Lobos de Calla (The Dark Tower: Volume V - Wolves of Calla), em Novembro.

2004
- No dia 3 de Março, estréia a série de apenas uma temporada, Kingdom Hospital, adaptação de King de uma outra mini-série realizada por Lars Von Trier. A série é dirigida por Craig R. Baxley e distribuída pela Columbia Pictures.
- 9 dias depois estréia nos cinemas americanos A Janela Secreta (Secret Window), baseada na noveleta Janela Secreta, Jardim Secreto (Secret Window, Secret Garden) do livro Depois da Meia-Noite (Four Past Midnight). Dirigido por David Koepp, estrelado por Johnny Depp e distribuído pela Columbia Pictures.
- Mick Garris mais uma vez dirige uma adaptação de King, desta vez é Montado na Bala (Riding the Bullet), baseada no conto Andando na Bala (Riding the Bullet) do livro Tudo é Eventual (Everything's Eventual). O filme é distribuído pela Lions Gate.
- Neste ano, King lança as duas últimas partes, até então, de seu épico, A Torre Negra: Volume VI - Canção de Susannah (The Dark Tower: Volume VI - Song of Susannah) em 8 de Junho, e A Torre Negra: Volume VII - A Torre Negra (The Dark Tower: Volume VII - The Dark Tower), em 21 de Setembro, no dia de seu aniversário, pela Donald M. Grant, Publisher, Inc. Ele dedica o volume VI à Tabitha King.

2005
- King resolve inovar, e publica um romance noir, pela Hard Case Crime, chamado The Colorado Kid, é dedicado à Dan J. Marlowe.

2006
- Em Janeiro, King lança mais um romance com tema apocalíptico, trata-se de Celular (Cell), publicado pela Scribner e dedicado ao escritor Richard Matheson e ao diretor George A. Romero.
- Em Maio estréia o telefilme Desespero (Desperation) baseado na novela de mesmo nome. O filme é dirigido por Mick Garris, e distribuído pela Warner Bros.
- No dia 12 de Julho estréia a mini-serie de 8 capítulos, Nightmares and Dreamscapes, baseado nos contos do livro de mesmo nome (Pesadelos e Paisagens Noturnas).
- Em Outubro depois, a Scribner publica LOVE: A História de Lisey (Lisey's Story). O livro é dedicado à Tabitha.

2007
- No dia 1º de Abril, a Marvel lança os quadrinhos de A Torre Negra que cobrem as histórias mostradas em flashbacks nos livros 1 e 4 da saga, a série tem trinta edições, e sua última edição é lançada em Junho de 2010.
- King lança o último, até agora, livro escrito por seu pseudônimo, Richard Bachman, o livro se chama Blaze, foi dedicado à Tommy Spruce, Lori Spruce e James T. Farrell, e publicado em 12 de Junho pela Scribner.
- No dia 22 do mesmo mês, estréia nos cinemas americanos o filme 1408 (1408), baseado no conto de mesmo nome do livro Tudo é Eventual (Everything's Eventual). É dirigido por Mikael Hafström e distribuído pela Dimension Films.
- No dia 21 de Novembro, Frank Darabont retorna com mais uma boa adaptação de King, desta vez é O Nevoeiro (The Mist), baseado no conto de mesmo nome do livro Tripulação de Esqueletos (Skeleton Crew). O filme é distribuído pela Dimension Films.

2008
- Duma Key (Duma Key) é lançado no fim de Janeiro pela Scribner, e é dedicado à Barbara Ann e "Jimmy".
- No dia 11 de Novembro, King lança sua mais nova coletânea de contos, entitulada Ao Cair da Noite (Just After Sunset), a Scribner é sua editora.
- Em Dezembro do mesmo ano, a Marvel lança a primeira edição da adaptação em quadrinhos do romance A Dança da Morte, The Stand. A série de quadrinhos é finalizada em Janeiro de 2012, totalizando 6 arcos, contendo 31 edições.

2009
- A Mind's Eye Entertainment lança direto para DVD no dia 1 de Julho na Suécia, o filme Sede de Vingança (Dolan's Cadillac), baseado no conto O Cadillac de Dolan (Dolan's Cadillac) do livro Pesadelos e Paisagens Noturnas (Nightmares & Dreamscapes). O filme é dirigido por Jeff Beesley e estrelado por Wes Bentley e Christian Slater. Ficou para Dezembro do mesmo ano, a estréia em solo americano.
- Em Outubro, a Del Rey Comics lança a edição 0 do primeiro arco de histórias em quadrinhos baseado no livro O Talismã: The Talisman - Road of Trials.
- No dia 11 de Novembro, King lança seu mais novo épico, Under the Dome, pela Scribner, o livro tem 1074 páginas.
- Durante a turnê promovendo Under the Dome, King avisa que há uma grande possibilidade dele escrever uma seqüência para O Iluminado, intitulada Dr. Sleep, e um oitavo livro de A Torre Negra, intitulado The Wind Through the Keyhole.

2010
- No dia 17 de Fevereiro, King anuncia "Full Dark, No Stars", uma nova coletânea de 3 noveletas e 1 conto a ser lançada em Novembro.
- Em Março, a Del Rey Comics publica a última edição do primeiro arco de The Talisman, prometendo a continuação (A Collision of Worlds) para Junho. Entretanto, isso nunca chega a acontecer. A HQ é cancelada sem qualquer justificativa.
- King anuncia a publicação uma noveleta solo em edição especial, chama-se Blockade Billy, e é lançada no dia 20 de Abril. No mesmo dia, as gravações do piloto de Haven, série baseada no livro The Colorado Kid, têm início.
- Em Maio, a editora Vertigo lança a primeira edição de Vampiro Americano, uma série de histórias em quadrinhos na qual King colabora em parte no roteiro pelas 5 primeiras edições. No mesmo mês, seu conto do livro Ao Cair da Noite, "N." é adaptado para os quadrinhos numa mini-série de quatro edições, pela Marvel. A última edição é lançada em Agosto.
- Em Julho, a Marvel publica a primeira edição de 30 que formam a adaptação em quadrinhos do Volume I da saga A Torre Negra, O Pistoleiro.
- No dia 9 de Julho, estréia pelo canal SyFy, a primeira temporada de Haven, ligeiramente baseada no romance noir The Colorado Kid.

2011
- Em Março, o lançamento de King do ano é anunciado, 11/22/63.
- No mesmo mês, King publicou uma carta aberta aos fãs, oficializando o lançamento de "The Wind Through the Keyhole", oitavo livro da saga A Torre Negra (que cronologicamente se passa entre o livro 4 e 5), a ser lançado em Abril de 2012.
- Em Junho, a Bluewater lança uma HQ biográfica de Stephen King, entitulada Orbit: Stephen King, mostrando a infância, adolescência e vida adulta do autor.
- Em Julho, Haven retorna para sua segunda temporada, no canal SyFy.
- Em Setembro, Stephen King leu uma pedaço de Dr. Sleep em público, confirmando que a novela seria lançada no segundo semestre de 2012.
- Em Novembro, o épico de viagem no tempo, 11/22/63, não surpreende ao se tornar um estrondoso sucesso.
- Em 11 e 12 de Dezembro estreiou na A&E a adaptação, em forma de mini-série de 2 capítulos, do livro Saco de Ossos (Bag of Bones).

Para mais detalhes confira a biografia de Stephen King.

Influências

King chamou Richard Matheson de "o autor que me influenciou mais como um escritor." Ambos os autores casualmente integraram personagens, pensamentos narrados na terceira pessoa, apenas um dentre vários paralelos entre seus estilos de escrita. Em uma edição recente de "The Shrinking Man", de Matheson, King é citado: "Uma história de terror se alguma vez houve alguma... uma grande história de aventura, é certamente uma dentre aquele seleto punhado que eu dei às pessoas, invejando-as pela experiência da primeira leitura."

King é fan de H.P. Lovecraft e o referencia diversas vezes em "Danse Macabre". A influência de Lovecraft aparece nas criações de King quanto ao bizarro, antigas deidades, conexões sutis entre todos os seus contos, e da integração de recortes de jornais, transcrições de julgamentos e documentos como instrumentos da narrativa. As três cidades fictícias de King, Jerusalem's Lot, Castle Rock e Derry, localizadas em uma Nova Inglaterra mais penosa, são reminiscências das cidades de Lovecraft, Arkham, Dunwich e Innsmouth. O conto "Crouch End" é uma homenagem explícita para (e parte de) o círculo de "Cthulhu Mythos". "Gramma", um conto adaptado para a tela na antologia de horror de 1980, The New Twilight Zone, menciona a notória criação ficcional de Lovecraft, o Necronomicon, também pegando emprestado vários nomes de monstros fictícios mencionados nele. "I Know What You Need" da coleção Night Shift de 1976, e "Salem's Lot" também mencionam o volume. Em "On Writing", King é crítico quanto as habilidades de Lovecraft em escrever diálogos, usando passagens de "The Colour Out of Space" como exemplos particularmente pobres. Também há diversos exemplos do King referenciando personagens de Lovecraft em seus trabalhos, como Nyarlathotep e Yog-Sothoth.

Edgar Allan Poe também exerceu uma notável influência sobre a escrita de King. Em "The Shining", a frase 'E a Morte Rubra dominava tudo' relembra 'E o ilimitado poder das Trevas, da Ruína e da Morte Rubra dominou tudo' de "The Masque of the Red Death", de Poe. O conto "Dolan's Cadillac" tem um tema quase idêntico ao "The Cask of Amontillado" de Poe, incluindo o parafraseado famoso apelo de Fortunato, 'Pelo amor de Deus, Montresor!'; em "The Shining", King se refere a Poe como 'o grande picareta americano'.

King reconhece a influência de Bram Stoker, particularmente no seu romance Salem's Lot, que ele imaginou como uma releitura de Dracula. Seu conto relacionado Jerusalem's Lot, traz uma recordação vaga de "The Lair of the White Worm", do Stoker. A inspiração veio de uma ponderação do que aconteceria se Drácula viesse para Nova York nos dias de hoje. A resposta foi dada por sua esposa, Tabitha: seria atropelado por um táxi. King acabou concordando, mas pensou, e se ele fosse para uma cidade rural?

King também declara abertamente sua admiração por outra, menos conhecida autora, Shirley Jackson. "Salem's Lot" começa com uma citação de "The Haunting of Hill House". Tony, um colega imaginário em "The Shining", apresenta uma surpreendente semelhança com um outro colega imaginário de mesmo nome em "Hangsaman", da Jackson. Uma cena essencial em "Storm of the Century" é baseada em "The Lottery" da Jackson. Um personagem em "Wolves of the Calla" referencia um livro da Jackson, "We Have Always Lived in the Castle".

King é um grande fan de John D. MacDonald, e dedicou a novela "Sun Dog" para ele, dizendo "sinto sua falta, velho amigo". De sua parte, MacDonald escreveu um admirável prefácio em Night Shift, e até teve seu famoso personagem, Travis McGee, lendo Cujo em um dos últimos romances de McGee, e Pet Sematary no último, The Lonely Silver Rain.

Em 1987 a editora do King Philtrum Press publicou o romance de Don Robertson, "The Ideal, Genuine Man". Em sua nota para o romance, King escreveu, "Don Robertson foi e é um dos 3 escritores que me influenciaram desde quando eu era um jovem que estava tentando se tornar um romancista" (os outros dois são Richard Matheson e John D. MacDonald).

Em uma entrevista com King, publicada na USA Weekend em Março de 2009, o autor declarou, "As pessoas olham para os escritores que eles gostam como fontes insubstituíveis, eu faço isso. Com Elmore Leonard por exemplo, todo dia eu me levanto e, sem querer ser mórbido nem nada do tipo, apesar de minha vida ser mórbida em um certo nivel, sempre que não vejo seu obituário no jornal, eu penso, 'Ótimo! Ele provavelmente está trabalhando em alguma coisa, ele fará outro livro, e eu terei outro livro para ler', porque quando ele se for, não haverá mais ninguém."

Na entrevista para a Amazon, King diz que desejava ter escrito "Lord of the Flies" de William Golding. O livro retrata a regressão à selvageria de um grupo de crianças inglesas de um colégio interno, presos em uma ilha deserta sem a supervisão de adultos, após a queda do avião que as transportava para longe da guerra.
O livro "The Door into Summer", de Robert A. Heinlein, é repetidamente mencionado em "Wolves of the Calla".
King também traz referências em diversos de seus livros a personagens e eventos em "The Hobbit" e "The Lord of the Rings".


A Torre Negra

No final dos anos 70, King começou o que seria uma série de histórias interligadas sobre um pistoleiro solitário, Roland, que persegue o "Homem de Preto" em um universo de realidade alternativa que parece uma mistura da Terra Média de Tolkien e o American Wild West como descrito por Clint Eastwood e Sergio Leone no spaghetti westerns. A primeira destas histórias, A Torre Negra: O Pistoleiro, foi primeiramente publicado em 5 partes pela Magazine of Fantasy & Science Fiction sob a direção de Edward L. Ferman, começando em 1977 e a última em 1981. O Pistoleiro continuou como um épico de 7 livros chamados "A Torre Negra", em que foram escritos e publicados esporadicamente por mais de quatro décadas.

Em 1982, o editor independente de fantasia Donald M. Grant (conhecido por publicar todo o cânone de Robert E. Howard) imprimiu estas histórias pela primeira vez juntas em capa dura com ilustrações coloridas e em preto e branco pelo artista de fantasia Michael Whelan, como "O Pistoleiro". Cada capítulo foi nomeado para a história anteriormente publicada na magazine. King dedicou a edição capa dura para seu editor da F&SF, Ed Ferman, que "levou fé" nestas histórias. A tiragem original só vendeu 10.000 copias, que foi, para a época, uma venda consideravelmente baixa para um romance do King de capa dura. Seu romance de 1980, Firestarter, teve uma tiragem inicial em capa dura de 100.000 copias, e seu romance de 1983, Christine, 250.000 copias, ambos pela editora Viking. A primeira edição de "O Pistoleiro" não recebeu muita publicidade, e somente livrarias especializadas em ficção científica ou relacionadas o colocavam em suas prateleiras. O livro normalmente não estava disponível nas maiores cadeias de lojas, exceto por ordem especial. Rumores se espalharam por entre os mais ávidos fans que existia um livro do King que poucos leitores conheciam, e muito menos tinham de fato lido. Quando as 10.000 copias iniciais tinham se esgotado, Grant imprimiu outras 10.000 copias em 1984, mas estas tiragens ainda estavam longe de suprir a crescente demanda pelos fans. "A Torre Negra: O Pistoleiro" foi o inicio de sua grande obra épica de fantasia. Tanto a primeira quanto a segunda publicação de "O Pistoleiro" receberam prêmios no mercado de livros colecionáveis, notavelmente entre colecionadores e ávidos leitores de Stephen King, de literatura de horror, fantasia, American Western, e fans do trabalho de arte de Michael Whelan.

Em 1987, King lançou o segundo fascículo, "A Torre Negra II: The Drawing of the Three", no qual Roland desenha 3 pessoas dos Estados Unidos do século 20 no seu mundo através de portas mágicas. Grant publicou "The Drawing of the Three" com ilustrações de Phil Hale em uma tiragam um pouco maior, de 30.000 cópias, que ainda estava bem abaixo do normal para tiragens em capa dura de um novo livro do King (It, publicado em 1986, teve uma tiragem inicial de 1.000.000 de cópias, até então sua maior tiragem). King acreditava que os livros de A Torre Negra seriam apenas de interesse de um seleto grupo dentre seus fans, e ele resistia a publicar em larga escala. Finalmente, no final dos anos 80, cedendo a pressão de seus editores e fans que estavam procurando pelos livros (nesse momento menos de 50.000 de seus milhões de leitores foram capazes de possuir algum livro da série), King concordou em publicar O Pistoleiro e todas as sequências da coleção A Torre Negra em brochura e no mercado de massa. A série alcançou 7 livros, com o último fascículo chamado "A Torre Negra VII: A Torre Negra", em 2004.

No início do ano 2000 King revisou o livro original, O Pistoleiro, porque ele sentiu que a voz e a imagem da história do original não se encaixavam com a voz do fascículo final de 2004. King sentiu que o estilo do trabalho tinha se alterado consideravelmente durante este tempo de 27 anos. A versão revisada foi publicada em 2003 por sua antiga editora, Viking. Grant publicou a edição limitada em capa dura da versão revisionada de O Pistoleiro junto com a prequel passada no mundo de A Torre Negra chamada "The Little Sisters of Eluria" (originalmente publicada em 1998 na coleção "Legends: Short Novels" pelo Masters of Modern Fantasy) em 2009.

Glossário do Mundo Médio


Influências e conexões de A Torre Negra

Um dos trabalhos mais conhecidos de T.S. Eliot, The Waste Land, foi uma grande influência na série A Torre Negra. Diversas citações dos trabalhos de Eliot foram usadas, introduzindo diferentes seções do livro. Ele também descreve um mundo quebrado e deslocado, um tema comum na série. A conexão mais explícita está em The Waste Lands. O título não é somente quase idêntico, o "Waste Lands" é um lugar morto que Roland Deschain deve cruzar.

Na série, a companhia North Central Positronics cria uma linha de robôs que eles chamam de Asimov Robots. Os Asimov Robots compartilham do cérebro positrônico que Asimov descreveu em seus romances. Embora os robôs da North Central não sigam as três leis e possam ferir pessoas.

O nome da banda King Crimson serviu de inspiração para o personagem Rei Rubro (Crimson King).
Stephen King provavelmente se baseou na música "The Court of the Crimson King" para descrever partes do castelo do Rei Rubro.

Entre os poemas mais conhecidos do dramaturgo e poeta Robert Browning, está o que inspirou Stephen King, "Childe Roland à Torre Negra Chegou". O título faz menção às ultimas palavras do poema, além de ser uma passagem da peça "O Rei Lear" do também dramaturgo inglês, William Shakespeare.

Muito da inspiração de King para criar A Torre Negra veio de "The Lord of the Rings". Ele diz:
"É divertido brincar com um mundo onde sentimentos de misticismo e maravilhas são permitidas. Eu estava interessado em utilizar um mundo onde houvesse mágica. Uma das coisas libertadoras sobre fantasia é que você pode criar este tipo de mundo. Se falarmos sobre fantasmas ou demônios ou mesmo discos voadores em nosso mundo, o ceticismo estará em volta. Mas se você cria um mundo fictício, completamente novo, os leitores e as pessoas que participam da criação deste mundo vão dizer, 'Ok. Deixe-o existir segundo suas próprias leis'. Isso é maravilhoso."

Sobre as conotações religiosas contidas em A Torre Negra, mais do que em outros de seus trabalhos, King afirma estar "muito interessado em Deus, religião e o pós vida, ética, moral, e a parte onde todos eles jogam juntos, quanto de Deus e do Diabo vem de dentro de nós e o quanto eles são eles mesmos".
"Estou impressionado com uma coisa que C.S. Lewis disse sobre a trilogia de Tolkien, The Lord of the Rings: 'Tão bom quanto Tolkien era ao representar o bem, ele era muito mais efetivo ao representar o mal'. Eu acho que isso é verdade, e eu acho que é mais fácil para todos nós compreendermos o mal, porque ele é um conceito simples, e o bem existe em várias camadas. Eu sempre tentei dar um contraste entre essa luz, branca e brilhante, da verdadeira bondade ou piedade contra o mal".

Outras obras de King fazem referências a esta saga: Salem's Lot, The Stand, The Talisman, Black House, It, Insomnia, The Regulators, Desperation, Rose Madder, The Eyes of the Dragon, Bag of Bones, From a Buick 8, Skeleton Crew, Hearts in Atlantis, Everything's Eventual e Little Sisters of Eluria.

Outros livros que podem ajudar a alcançar algum entendimento nas conexões e nos mitos de "A Torre Negra" são: The Dark Tower: A Concordance, por Robin Furth, The Road to the Dark Tower, por Bev Vincent, e The Stephen King Universe, por Stanley Wiater, Christopher Golden, e Hank Wagner.


Estilo da escrita

Em seu livro não ficcional, "On Writing: A Memoir of the Craft", King discute seu estilo de escrita extensivamente. Ele acredita que, de modo geral, boas histórias não podem ser criadas conscientemente e não podem ser planejadas antes de escrever, elas são tratadas melhor focando em uma única "raiz" da história e deixando que ela cresça por si só. King geralmente começa uma história sem ideia de como irá terminar. Ele menciona na série "A Torre Negra" que na metade do caminho, por volta dos seus 30 anos de escritor, uma mulher com uma doença terminal perguntou a ele como terminaria, com certeza ela morreria antes da série ser completada. Ele disse a ela que não sabia.
King acredita fortemente neste estilo, afirmando que sua melhor escrita vem da "escrita livre". Em "On Writing", King diz que ele acreditava que as histórias existiam já formadas, como fósseis, e que seu papel como escritor era escavar o fóssil o melhor que conseguisse.

Quando questionado em entrevistas quanto a fonte de suas idéias para as histórias, mesmo que já tenha dito por diversas vezes, inclusive na sua entrevista para Fishbowl da Amazon por Bill Maher, ele responde: "Eu tenho o coração de um garoto jovem... e eu o guardo em uma jarra na minha mesa." (Esta citação é comumente atribuída a Robert Bloch, autor de Psicose).

Ele é conhecido por seu olhar detalhista para continuações e referências internas; muitas histórias que parecem não ter relação são normalmente linkadas por personagens secundários, cidades fictícias, ou referências a eventos em livros anteriores. Muitos dos cenários para seus livros são em Maine, embora em locais fictícios.
Os livros de Stephen King estão repletos de referências à história americana e cultura americana, particularmente a parte mais sombria e aterrorizante destas histórias. Estas referências geralmente aparecem nas histórias dos personagens, normalmente explicando seus temores. Referências recorrentes envolvem crime, guerra (especialmente a do Vietnam), violência, o sobrenatural e racismo.
King geralmente usa autores como personagens, ou os menciona em livros fictícios em suas histórias, novelas e romances, como Paul Sheldon que é o personagem principal em Misery e Jack Torrance em O Iluminado. Em Setembro de 2009 foi anunciado que ele prestaria serviços como escritor para Fangoria, uma magazine especializada no gênero Horror.
(Lista de livros de ficção nas obras de King)

King também é conhecido por sua escrita "popular", sua narração informal, se referindo a seus fans como 'leitores assíduos' ou 'amigos e vizinhos'. Este estilo familiar entra em contraste com o conteúdo de horror de muitas das suas histórias.

A fórmula do King para aprender a escrever bem é: "Ler 4 horas por dia e escrever 4 horas por dia. Se você não pode encontrar tempo para isso, você não pode esperar se tornar um bom escritor." Ele estabelece uma quota diária de 2000 palavras e não para de escrever até atingir esta meta. Ele também tem uma simples definição para talento: "Se você escreve algo para alguém que te envia um cheque, se você deposita o cheque e ele não volta, e se você então paga a conta de luz com o dinheiro, eu o considero talentoso."

Logo após seu acidente, King escreveu o primeiro rascunho de seu livro Dreamcatcher com um notebook e uma caneta tinteiro Waterman, que ele chamava "o mais fino processador de palavras do mundo."

Quando questionado do por que escrevia, King responde: "A resposta para isso é bem simples, além de escrever não há mais nada para o qual eu fui feito. Eu fui feito para escrever e eu amo escrever. É por isso que eu faço. Eu realmente não consigo me imaginar fazendo qualquer outra coisa e não consigo me imaginar não fazendo o que faço". Ele também costuma ser questionado do por que escreve histórias tão aterrorizantes e ele responde com outra pergunta: "Por que você acha que eu tenho uma escolha?".

Conexões
The Stand
  • No capítulo 36, há a seguinte citação "...Fran tinha pegado o livro (apesar dos fracos protestos dele) e lera para Gus quatro capítulos de um faroeste daquela mulher que vivia no norte, em Haven". Esta é uma clara menção à Roberta "Bobbi" Anderson, a protagonista do livro "Os Estranhos".

The Dead Zone

  • Nigel, o robô de A Torre Negra, lê "A Zona Morta" e o acha um tanto legal.
  • Fryeburg Fair, mencionado por Sarah, aparece como locação em "Saco de Ossos".
  • Berverly Marsh, personagem de "A Coisa" menciona Frank Dodd.
  • No conto "Vovó", do livro "Tripulação de Esqueletos", o menino George ouve pelo telefone a conversa entre Henrietta Dodd e outra mulher, Henrietta é mãe de Frank e conhece seu macabro segredo.

Pet Sematary

  • A cidade palco da história, mais tarde seria novamente usada na novela "A Metade Negra".
  • Enquanto dirige, Rachel passa por uma placa apontando para um caminho que leva à cidade de Jerusalem's Lot.
  • Logo ela passa por uma cidade chamada Pittsfield, cidade natal do estudante que trapaceou em um dos exames de Jonesy, em O Apanhador de Sonhos.
  • Gage Creed é mencionado na novela "Insônia".
  • O cereal Cocoa Bears que Gage come no café da manhã, foi feito pelas indústrias Sharp, a mesma da novela "Cão Raivoso". Em tempo, Jud Crandall comenta com Louis sobre um São Bernardo que teve raiva e saiu matando quem visse pela frente em Castle Rock (o próprio Cujo).
  • Quando perguntado se quer jogar tênis por Steve Masterson, Louis responde "Trabalho sem diversão faz de Jack um bobalhão", frase célebre usada pelo personagem Jack Torrance, em O Iluminado.
  • Louis fala para Ellie ficar na trilha, enquanto visitam o cemitério de animais. A protagonista de "The Girl Who Loved Tom Gordon" constantemente se culpa por não ter ficado na trilha, pois então ela não teria que enfrentar os problemas de estar perdida numa floresta.

It

  • Mike Hanlon refere a falta de crime no Texas devido à água, uma possível referência à história "O Fim da Confusão Toda" do livro "Pesadelos e Paisagens Noturnas: Volume I".
  • Gatlin, palco de "As Crianças do Milharal" do livro "Sombras da Noite" é mencionada. Assim como Hemingford Home, Nebraska (locações do conto "O Último Degrau da Escada" também do livro "Sombras da Noite", da novela "A Dança da Morte", e da coletânea de noveletas "Full Dark, No Stars").
  • O carro que dá carona à Henry é um Plymouth Fury 1958 vermelho e branco.
  • O pai de Mike Hanlon fala sobre um colega de guerra chamado Dick Hallorann, personagem de "O Iluminado".
  • No conto "Matéria Cinzenta" do livro "Sombras da Noite", um dos personagens disse que seu colega deixou o emprego porque tinha visto nos bueiros em que trabalhava, uma aranha gigante.
  • Steven Bishoff Dubay, um dos garotos que espanca Adrian Mellon é mandado para prisão de Shawshank.
  • Beverly faz menção à Frank Dodd, personagem de "A Zona Morta".
  • Haven, cidade palco de "Os Estranhos" é mencionada. Neste livro há uma parte em que duas crianças viajam à Derry e dizem ter visto um estranho palhaço com olhos de prata, segurando vários balões. Também, um dos personagem ouve um barulho esquisito vindo do ralo do banheiro.
  • Derry também é a cidade do livro "Insônia", onde a morte de Adrian Mellon é mencionada. Mike Hanlon faz uma aparição, e há uma menção à Ben Hanscom.
  • Na série A Torre Negra há um robô apelidado de Gago Bill.
  • Em "O Apanhador de Sonhos", quando estão perseguindo o Sr. Cinza, Henry e Duddits passam por um monumento construído em homenagem aos "Perdedores" com uma pichação nela dizendo "Parcimonioso Vive".
  • Paul Sheldon de "Angústia" foi vizinho de Eddie Kaspbrak na infância.
  • Patrick Hockstetter, uma das crianças do livro, também é um nome de um personagem de "A Incendiária", entretanto, não são o mesmo sujeito.

The Eyes of the Dragon

  • Flagg é o principal vilão das histórias de King, tendo aparecido em "A Dança da Morte" e na série A Torre Negra. Nas notas do quarto volume da série, King diz que Tomás e Denis fariam uma aparição na série, mas isso nunca aconteceu, eles foram apenas mencionados por Roland no segundo volume.
  • King faz uma referência ao mundo Cthulhu Mythos de H.P. Lovecraft, quando narra que o livro de magia de Flagg "foi escrito nas altas e distantes planícies de Leng, por um homem louco chamado Alhazred". Em "Trocas Macabras", Leland Gaunt diz que conseguiu maconha destas mesmas planícies.
  • Roland menciona o reino de Garlan no quarto volume de A Torre Negra, como um reino conhecido por seus venenos. No sexto volume, Roland diz que seu avô Alarico foi para Garlan, o reino próximo a Delain, para matar um dragão, mas chegou tarde porque o último dragão já havia sido morto por um rei que havia sido mais tarde assassinado. No volume terceiro, Roland diz que pode ter havido uma guerra civil em Garlan.
  • No conto "As Irmãzinhas de Elúria" do livro "Tudo é Eventual", Delain é mencionado como sendo um reino de mentirosos.

Misery

  • Durante uma conversa, Annie fala sobre o destino de Jack Torrance, de "O Iluminado".

The Tommyknockers

  • Duas crianças vêem o palhaço Parcimonioso, do livro "A Coisa", enquanto estão em Derry atrás de baterias. Em adição, Ev Hillman diz que ouve vozes e risadas vindos de um bueiro em Derry.
  • Jim Gardener acorda numa praia de Nova Hampshire perto do Alhambra Hotel, lá encontra um menino chamado Jack. Trata-se de Jack Sawyer, protagonista de "O Talismã"
  • Alienígenas foram levados para a "Oficina", e há uma referência à uma menina que foi levada para lá e pôs fogo em tudo, obviamente referências à novela "A Incendiária".
  • King faz uma menção à si mesmo, quando o personagem Ev Hillman diz que prefere os livros de Bobbi Anderson porque são realistas, ao contrário do cara que escreve coisas fajutas lá de Bangor".
  • David Bright é contatado por Ev Hillman que tenta lhe dizer o que está acontecendo em Haven, Bright havia entrevistado John Smith, na novela "A Zona Morta", e até o menciona.
  • Ev Hillman medita sobre as florestas em que está enterrada a nave, pensando também na floresta em Ludlow e na maldição dos índios Micmac, explorada na novela "O Cemitério".
  • Um dos personagens escuta uma rádio de Arnette, cidade do protagonista de "A Dança da Morte".
  • Gard se compara à Jack Nicholson em "O Iluminado".
  • Gard escuta a WZON, rádio que pertence a Stephen e Tabitha na vida real.
  • Enquanto viaja na van após seu encontro com Jack Sawyer, Gard conhece um jovem hippie chamado Beaver, mas como Os Estranhos foi escrito 13 anos antes de O Apanhador de Sonhos, não é claro se se trata do mesmo Beaver que mais tarde também enfrentaria alienígenas no livro, entretanto não há nada que impeça o leitor de imaginar que sejam a mesma pessoa.
  • O livro menciona que Gard está sendo dirigido por seu "ka", referência clara à Torre Negra; durante sua raiva numa festa, Gard menciona os perigos do uso da energia nuclear, mencionando o projeto "Ponta da Flecha", que foi responsável pelos eventos vistos na noveleta "O Nevoeiro" presente no livro "Tripulação de Esqueletos".

The Dark Half

  • O xerife Alan Pangborn aparece em A Metade Negra e Trocas Macabras, como o xerife que substituiu George Bannerman.
  • O destino derradeiro de Thad Beaumont é revelado em "Saco de Ossos".

Needful Things

  • Referências à Frank Dodd (A Zona Morta).
  • Referências à George Bannerman e Cujo (Cão Raivoso), além da aparição de Evie Chalmers, tia de Polly, que aparece no começo de "Cão Raivoso".
  • Referência à prisão de Shawshank (Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank), bem como os quatro meninos que Ace Merrill perseguiu anos antes (O Corpo), ambos de "Quatro Estações".
  • Uma referência de Ace às palavras de Roland LeBay, antagonista de "Christine", que fala sobre como é bom ter um carro novo.
  • Nettie Cobb veio do sanatório de Juniper Hill, onde esteve Henry Bowers (A Coisa).
  • Referência a Thad Beaumont (A Metade Negra).
  • Referência ao incêndio que destruiu a loja do avô de Ace (O Cão da Polaroid), assim como no epílogo, Leland Gaunt monta sua nova loja no lugar em que antes era o escritório de Sam Peebles, protagonista de "O Policial da Biblioteca", ambos do livro "Depois da Meia-Noite".
  • Por fim, quando Alan abre o buquê contra Leland que se transforma numa gigante luz, ele pensa "O branco, o branco está vindo!", essa frase e derivações são usadas constantemente na série "A Torre Negra".

Dolores Claiborne

  • Dolores é mencionada na mini-série "A Tempestade do Século" cuja história se passa na Ilha de Little Tall.
  • Selena St. George é mencionada no conto "Parto em Casa" do livro "Pesadelos e Paisagens Noturnas: Volume I" como sendo a única escritora que visitou a ilha.
  • A prisão de Shawshank é várias vezes mencionada no livro.
  • Dolores faz menção à cidade de Jerusalem's Lot como "aquela cidade lá em cima onde ninguém vive".

Insomnia

  • Tanto Ralph Roberts, quanto Joe Wyzer tem "participações" na novela "Saco de Ossos".
  • O Rei Rubro, vilão de A Torre Negra, aparece no livro para enfrentar Ralph perto do fim do livro.
  • Há uma parte em que Ralph está no lar de Átropos, e ele vê o sapatinho do menino Gage Creed, e lê o que aconteceu à ele na novela "O Cemitério".
  • No começo do livro Ed Deepneau acusa o caminhoneiro John Tandy de levar fetos abortados em seu caminhão, quando eles não são encontrados, no livro em sua lingüagem original, Tandy replica "Eu não sou Ray Joubert ou o tal do Dahmer!". Ray Joubert era o necrófilo assassino deformado que aterrorizou Jessie Burlingame em "Jogo Perigoso". Aqui no Brasil, porém, o nome do homem foi omitido na tradução.
  • Quando Clóto tenta explicar as diferentes camadas de percepção de Ralph, o homem tem uma rápida visão da Torre Negra na mente do doutorzinho careca.
  • Ralph sonha com sua esposa sendo enterrada até o pescoço em frente ao mar. Referência direta a uma das histórias do filme "Creepshow: Show de Horrores".
  • Mike Hanlon, um dos heróis da novela "A Coisa", aparece aqui como bibliotecário em Derry.
  • Vários eventos de "A Coisa" são relembrados: a morte de Adrian Mellon (o retorno da Coisa); a tempestade de 1985; vários lugares do livro são revisitados aqui: incluíndo o local do velho bueiro; o Rei Rubro faz uma alusão à Coisa, ao dizer a Ralph que "mudar de forma" em Derry é uma tradição.
  • Patrick Denville retorna no último volume da saga A Torre Negra. Em uma parte de Insônia, ainda criança, ele pinta um quadro de Roland em frente à Torre Negra com o Rei Rubro o observando.

Rose Madder

  • Cynthia Smith, uma das personagens, reaparece na novela seguinte de King, Desespero (dessa vez com um papel maior), e em Os Justiceiros, irmão gêmeo de Desespero.
  • As novelas de Paul Sheldon, protagonista de "Angústia", das aventuras de Misery Chastain são referenciadas.
  • Rose Madder e Dorcas passam um tempo na cidade de Lud, de "A Torre Negra".
  • Anna Stevenson é fã da personagem Susan Day de "Insônia".

Desperation

  • O termo "can-toi" usado por Collie, também é usado na série "A Torre Negra".
  • As Irmãzinhas de Elúria falam a mesma linguagem que Tak, tudo o que Roland entende é "can de lach, mi him en tow".
  • Steve menciona que ele viveu com sua família em Arnette, cidade de "A Dança da Morte".
  • Um dos personagens menciona os Tommyknockers, embora se refira a eles como os verdadeiros seres que são (demônios de minas, ao invés de extra-terrestres como no livro "Os Estranhos").
  • Cynthia Smith aparece em "Rose Madder".
  • Ellen Carver menciona uma das novelas de Misery, escrita por Paul Sheldon.

Bag of Bones

  • Ralph Roberts, protagonista de "Insônia", aparece no começo do livro em um flashback e interage com Mike Noonan.
  • Mike lê os livros de Bill Denbrough de "A Coisa". Em adição, Mike vive em Derry.
  • O destino de Thad Beaumont que lutou contra seu alter-ego, George Stark, em "A Metade Negra" é revelado.
  • Mike trabalha numa novela cujo personagem se chama Ray Garraty, o mesmo nome do protagonista de "A Longa Marcha".
  • Sara Laughs é localizada no Lago Dark Score, locação de "Jogo Perigoso".
  • Norris Ridgewick, agora xerife de Castle Rock, aparece perto do final do livro para falar com Mike. Na conversa ele menciona Alan Pangborn e Polly Chalmers, protagonistas de "Trocas Macabras".
  • Jared Devore, ancestral de Max, menciona a prisão de Shawshank.
  • Sara Laughs é o lugar duplo de Cara Laughs da série A Torre Negra.
  • TR-90 é a localização de Kashwak na novela "Celular".

The Girl who Loved Tom Gordon

  • A história se passa próxima a estrada TR-90, onde a maior parte de "Saco de Ossos" acontece.
  • O livro tem influências das lendas nativo-americanas, tais como espíritos que povoam as florestas, como o famoso Vendigo que "aparece" na novela "O Cemitério", embora nunca referenciado pelo nome.

Dreamcatcher

  • Perto do fim do livro, Henry passa pelo monumento dos protagonistas da novela "A Coisa", nele há a seguinte pichação: Parcimonioso Vive!
  • Uma menção à história de "A Zona Morta" é rapidamente feita numa rádio em que Henry, Duddits e Owen escutam.
  • No livro, fica claro que a raça do Sr. Cinza não era a que originalmente construiu a nave caída. Em um de seus pensamentos ele menciona o Povo Velho (também mencionado em A Torre Negra). É subentendido que o fungo byrus infectou esse Povo Velho, e o dominou, assim como tentavam fazer com os terráqueos.

From a Buick 8

  • Carros como o Buick 8 são usados pelos "can-toi", antagonistas da série "A Torre Negra", e do livro "Hearts in Atlantis".
  • Sandy Dearborn divide o mesmo sobrenome que Roland Deschain, quando o mesmo resolve adotar seu nome falso, no volume 4 da série "A Torre Negra" (Will Dearborn).
  • As criaturas que surgem do Buick são muito parecidas com as da noveleta "O Nevoeiro" do livro "Tripulação de Esqueletos".

Cell

  • Na história há uma menção ao hospício de Juniper Hill, visto na novela "A Coisa".
  • O filho de Clay estuda numa escola em Chamberlain, cidade-palco de "Carrie, a Estranha".
  • A cidade de Kashwak é dita ser incorporada à região da TR-90, palco de "Saco de Ossos".
  • A horta do diretor é chamada de "Jardim da Vitória", nome dado também à horta ao Lar Hetton na novela "Blaze". Era comum dar esse nome durante a Segunda Guerra Mundial, as pessoas plantavam para não ter que gastar dinheiro, poupando para suprimentos de guerra.
  • A história menciona os índios Micmac várias vezes. São deles o cemitério amaldiçoado na novela "O Cemitério", curiosamente a pessoa que lá é enterrada, volta com um semblante similar aos "fonáticos".
  • Referência à Torre Negra: Charlie, the Choo Choo (no livro um brinquedo, na Torre Negra um livro); o gibi que Clay, Dark Wanderer (Viajante Escuro) tenta vender é sobre caubóis num mundo pós-apocalíptico, o herói do gibi se chama Ray Damon, que divide suas iniciais com Roland Deschain (artifício usado por King com Randall Flagg também); há também sempre algum sinal que liga os vilões das histórias de King, neste o Homem Esfrangalhado veste uma roupagem vermelha (que reflete as muitas formas do Rei Rubro); ainda sobre o mesmo personagem, sua roupa é da faculdade de Harvard, tanto os times esportivos quanto o jornal desta faculdade são chamados de "Crimson", outra alusão ao Rei Rubro (Crimson King).

Lisey's Story

  • No fim do livro, é descoberto que Dooley mora em Shooter's Knob, Tennessee. Na noveleta "Janela Secreta, Jardim Secreto", o protagonista é confrontado por um homem chamado John Shooter. O nome veio da cidade natal do amante da esposa do protagonista, que é Shooter's Knob.
  • Um poema escrito por King e mencionado por Jack Torrance em "O Iluminado" é mencionado por Lisey também.
  • Enquanto segue para casa de sua irmã Amanda, Lisey passa pela estrada Deep Cut, locação de grande importância em "O Apanhador de Sonhos".
  • A irmã de Lisey, Darla, diz que possui uma fita cassete de uma história de Michael Noonan, protagonista de "Saco de Ossos". Também, um homem é mencionado usar um souvenir do Lago Dark Score, locação da mesma novela.
  • Numa discussão sobre hospitais entre Lisey e um policial, um certo hospital "Kingdom" é mencionado.
  • Lisey chama a polícia esperando falar com o xerife Norris Ridgewick, mas quem atende é o assistente Andy Clutterbuck. Sua existência no livro é no mínimo curiosa, já que no fim de "Trocas Macabras" é dito que Andy faleceu pouco tempo depois aos eventos de Trocas Macabras, ao se afogar.
  • Lisey compara sua memória à "grande torre do tempo". Ela também menciona Gilead. A frase "Bool! The End" aparece no livro 4 da série "A Torre Negra". A placa do BMW de Lisey é 5761RD, os números somados dão 19 (número místico da série), e RD, é claro, são as iniciais de Roland Deschain.

Duma Key

  • Edgar divide seu sobrenome com Abagail Freemantle, a profeta do bem na novela "A Dança da Morte".
  • O email de Edgar é EFree19, o de Pam é Pamorama667, somado resulta no número 19 (6+6+7), o número místico da série "A Torre Negra".
  • Edgar faz uma metáfora ao "ka", dizendo que "a vida é como uma roda".
  • Edgar divide suas habilidades com o personagem Patrick Danville, visto em "Insônia" e "A Torre Negra", ambos têm a habilidade de trazer as coisas que pintam à vida.
  • A soma dos números do quarto de hotel em que ficam Pam e Edgar também dá 19.
  • Várias pinturas de Edgar são de rosas, referência direta à Torre Negra.
  • A banda "Shark Puppy" não é real, os membros creditados são R. Tozier and W. Denbrough, tratam-se de Richard Tozier e William "Bill" Denbrough, protagonistas da novela "A Coisa".
  • Apesar de ter uma qualidade feminina, Perse é descrita de forma similar ao Rei Rubro.

Under the Dome

  • No conto "N." do livro Ao Cair da Noite, vemos um artigo sobre os acontecimentos da história escrito por Julia Shumway, uma das personagens principais de Under the Dome.
Respostas Críticas

Embora a reação crítica ao trabalho do King tenha sido quase sempre positiva, ele ocasionalmente recebeu ataques de escritores acadêmicos.

Os editores de ficção científica John Clute e Peter Nichols ofereceram um amplo e favorável apreço ao King, notando sua "prosa mordaz, ouvido afiado para diálogo, descontração desarmante, estilo franco, junto com sua denúncia apaixonadamente feroz contra a estupidez e crueldade humana (especialmente com as crianças), tudo o classificando dentre os mais distintos escritores 'populares'".

Em sua análise de sua ficção de horror pós Segunda Guerra Mundial, The Modern Weird Tale (2001), o crítico S.T. Joshi dedicou um capítulo ao trabalho do King. Joshi argumenta que seus trabalhos mais conhecidos (seus romances sobrenaturais), são os seus piores, descrevendo eles como em sua maioria presunçosos, sem lógica, sentimentais e finais inclinados a Deus ex machina. Apesar dessas críticas, Joshi argumenta que desde Gerald's Game de 1993, King vem corrigindo o pior das suas falhas na escrita, produzindo livros que são enxutos, mais críveis e geralmente melhor escritos. Joshi sugere que a força de King como um escritor inclui a qualidade facilmente alcançada de seu público se identificar em sua prosa, e suas observações infalíveis e perspicazes sobre as dores e os prazeres da adolescência. Joshi cita dois romances não sobrenaturais, Rage de 1977 e The Running Man de 1982, como os melhores do King, sugerindo que ambos são thrillers de suspense muito bem construidos, e com personagens sólidos.

Em 1996, King ganhou um O. Henry Award pelo seu conto The Man in the Black Suit.

Em sua coletânia de contos A Century of Great Suspense Stories, o editor Jeffrey Deaver observou que King fez a ficção popular crescer com uma só tacada. Enquanto havia muitos bons escritores best-sellers antes dele, King, mais do que ninguém desde John D. MacDonald, trouxe realidade para o gênero romance. Ele costumava comentar que Salem's Lot foi "Peyton Place encontra Dracula", e assim era. A rica caracterização, o olhar social cuidadoso, a interação do enredo e o desenvolvimento dos personagens mostraram que escritores podiam pegar temas já usados como vampirismo e torná-los novos outra vez. Antes de King, muitos escritores populares mantiveram seus esforços a fazer livros seriamente revisados por seus editores. 'Essas coisas atrapalham a história', eles diziam. Bom, essas coisas é que fizeram King tão popular, e ajudaram a libertar o nome 'popular' das algemas da escrita de gênero simplista. Ele é o mestre dos mestres.

Em 2003, King foi honrado pelo National Book Awards com um lifetime achievement award, a Medal of Distinguished Contribution to American Letters, com seu trabalho descrito assim:

A escrita de Stephen King é seguramente enraizada na grande tradição americana que glorifica a alma do local e o poder crescente da narrativa. Ele produz com habilidade notável páginas alucinantes que contém verdades morais profundas, alguma beleza, alguma sátira sobre nosso interior. Esse Award comemora o merecido lugar de excelência do senhor King no mundo de leitores e amantes de livros de todas as idades.

Alguns membros da comunidade literária expressaram uma desaprovação quanto ao award, Richard Snyder, o ex CEO da Simon & Schuster, descreveu o trabalho de King como "não literário", e o crítico Harold Bloom denunciou a escolha:

A decisão para dar o prêmio anual da National Book Foundation por "contribuição distinta" para Stephen King é extraordinária, outra baixa no chocante processo de emburrecer nossa cultura de vida. Eu havia descrito King no passado como um escritor de míseros centavos, mas talvez isso tenha sido muito gentil. Ele não traz nada de Edgar Allan Poe. Ele é um escritor imensamente inadequado em uma base de sentença por sentença, parágrafo por parágrafo, livro por livro.

Entretando, outros vieram a defesa de King, como o escritor Orson Scott Card, que respondeu:

Deixe-me lhe assegurar que o trabalho de King definitivamente é literário, porque foi escrito e publicado e lido com admiração. O que Snyder realmente quer dizer é que não é uma literatura preferida pela elite da academia literária.

Na análise de Roger Ebert do filme Janela Secreta de 2004, ele declarou, "Muitas pessoas se sentiram indignadas que King foi honrado no National Book Awards, como se um escritor popular não pudesse ser levado seriamente. Mas depois descobrindo que seu livro "On Writing" tinha coisas mais úteis e observações sobre a arte do que qualquer outro livro desde "The Elements of Style" de Strunk e White, eu superei minha própria pretensão.

Em 2008, o livro "On Writing" de King alcançou o 21º lugar na lista do Entertainment Weekly de "The New Classics: The 100 Best Reads from 1983 to 2008".


Influência na Cultura Popular

Desde a publicação de "Carrie", a atenção do público para os trabalhos de King atingiram um alto grau de saturação, se tornando tão popular quanto "The Twilight Zone" ou os filmes de Alfred Hitchcock. Como o melhor romancista do mundo, e o escritor de horror mais bem sucedido financeiramente na história, King é um ícone do horror americano de alto escalão. Os livros e personagens de King abrangem o medo primordial de uma maneira tão clara, que suas histórias se tornaram sinônimos de idéias chave do gênero. Carrie, Christine, Cujo, It e The Shining, por exemplo, são instantaneamente reconhecidas por milhões como um ícone popular da nerd vingativa e injustiçada, do carro assassino, do cão do mal, do palhaço do mal, e do Hotel amaldiçoado. Até mesmo o próprio King é tão reconhecido pelo público americano que em um comercial da American Express, o escritor foi capaz de satirizar sua imagem de pessoa assustadora por 30 segundos.

Muitos de seus romances e contos foram transformados em filmes ou seriados. Diferente de alguns autores, King não se incomoda com os filmes baseados em suas obras divergirem da obra original. Ele diferencia seus livros e estes filmes como "laranjas e maçãs; ambos deliciosos, mas muito diferentes". A exceção é "The Shining", que King criticou quando foi lançado em 1980, e "The Lawnmower Man" (ele abriu processo para retirar seu nome dos créditos). King parece ter ganho um grande apreço pelo "The Shining" do Kubrick com o passar dos anos. Kubrick em uma entrevista teria classificado o romance original como 'não literário', tendo mérito somente pelo enredo principal. Este desentendimento pode ter aborrecido King. Já "The Lawnmower Man" não apresentava semelhança alguma com o conto original de King. Seu nome estava sendo usado somente como uma marca.

King permite que estudantes de cinema criem adaptações de seus contos por um dollar. Batizado pelo próprio Stephen como Dollar Baby, o curta metragem precisa ser feito sem qualquer interesse lucrativo.

Ele também já foi referenciado em várias mídias como desenhos, séries, filmes, entre outros:

Family Guy
Enquanto a família Griffin está em um circo, Stewie vê um palhaço de brinquedo, que é um dos prêmios do tiro ao alvo. Ele diz, "Que deliciosamente malvado, como algo saído de Stephen King!", uma referência a Pennywise em It.
No mesmo episódio, logo após Stewie zombar do palhaço, o episódio segue para a seguinte cena: O editor de King está pedindo o seu 307º romance. King inventa uma história sobre um casal que é atacado por um abajur, então ele pega o abajur da mesa do editor e o balança fazendo sons assustadores. O editor suspira e diz: "Você não está nem tentando mais, né?", então pergunta: "Ok, quando pode entregar?".
Em outro episódio, Stewie Griffin usa seus blocos de letras para formar a palavra 'Redrum', de The Shining.

Futurama
Em "Anthology of Interests II" King é referenciado em uma paródia de The Wizard of Oz. Fry, como o espantalho, tenta assustar alguns corvos lendo as páginas de "Christine", sem obter sucesso.

Os Simpsons
No episódio "Insane Clown Poppy" King teve uma pequena participação especial como ele mesmo. Enquanto estava sentado em uma feira de livros, Marge pergunta se ele andava escrevendo algum novo horror. King responde: "Não, estou trabalhando em uma biografia de Benjamin Franklin. Ele é um homem fascinante. Ele descobriu a eletricidade, e a usou para torturar pequenos animais e bebês inocentes - E aquela chave que ele amarrou em uma pipa? Abriu os portões do inferno!", Marge pede para contactá-la quando voltar a escrever horror.

South Park
No episódio "The Wacky Molestation Adventure", os adultos de South Park são jogados na prisão após serem acusados de molestamento. Após um tempo, as crianças de South Park passam a adorar uma estátua de John Elway e sacrificam outras crianças à ela. Dois adultos descobrem eles quando passam por lá de carro. O episódio é uma homenagem a "Children of the Corn".

House
No episódio 21 da primeira temporada um fazendeiro é mordido por seu cachorro, o cão sofre de raiva e é chamado de 'Cujo' por Dr. House.

Friends
Joey assustado ao ler The Shining, coloca o livro dentro da geladeira, dizendo se sentir mais seguro assim.

Lost
No episódio "A Tale of Two Cities", da terceira temporada, Juliet organiza um clube do livro que estava discutindo "Carrie". Adam, um dos participantes, menciona que Ben não gostaria do livro.

Dawn of the Dead (Madrugada dos Mortos - 2004)
The Shining é referenciado quando Ana se vê presa em um banheiro, um zumbi quebra a porta da mesma maneira que Jack Torrance.

Donnie Darko - 2001
Quando Donnie está voltando da escola sua mãe está lendo It. Em uma outra cena seu pai estava lendo The Tommyknockers deitado na cama.

Friday the 13th Part VIII: Jason Takes Manhattan (Sexta-Feira 13 Parte 8 - Jason Ataca Nova York - 1989)
O filme mostra a entrega de uma caneta como um presente que Stephen King supostamente usou enquanto estava na escola. A câmera foca na caneta por 12 minutos e 20 segundos, depois ela é enfiada no olho do Jason.

30 Seconds to Mars
O clip da banda para a música The Kill faz referência às cenas no Hotel de The Shining.

Nirvana
A música Serve the Servants do álbum In Utero (1993) contem a letra: "If she floats then she is not a witch like we thought; a down payment on another one at 'Salem's Lot".

Eminem
Em sua música Lose Yourself para a trilha de 8 Mile, ele diz: "Mom, I love you but this trailer's got to go, I cannot grow old in Salem's Lot".

Anthrax
A música "Among the Living" encontrada no álbum de 1987 de mesmo nome, é baseada no livro The Stand. King retornou o favor e fez uma referência do grupo em The Waste Lands.
Misery Love Company do álbum State of Euphoria é baseada no livro Misery. e Skeletons in the Closet na história Apt Pupil.

Black Sabbath
O livro The Shining inspirou a música de mesmo nome do álbum de 1987 The Eternal Idol.

The Sandman
Na HQ de Neil Gaiman, em sua primeira publicação, The Sleep of the Just, na página 25, o vigilante Paul é visto lendo uma brochura de It.

Alan Wake
Na primeira cena Alan cita uma frase de King, e depois diz: "Preciso sair daqui senão ele vai ficar como Jack Nicholson em O Iluminado".


Dicas:
Stephen King ao alcance de todos nas bibliotecas públicas de São Paulo
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Bibliografia:
http://www.enotes.com/topic/Stephen_King_in_popular_culture
http://darktower.wikia.com/wiki/Can_Calyx
http://www.stephenking.com/darktower/crn_interview.html
http://www.monstersandcritics.com/people/Stephen-King/biography
http://skbrasil.no.comunidades.net
 
Tudo o que eu comentaria no outro tópico, eu comentarei neste aqui, porque o outro tópico eu li o primeiro post, dei karma E SAÍ CORRENDO, PORQUE TENHO MEDO DE 'ALGUÉM' QUE FOI LÁ FAZER UMA VISITINHA. Como sei que esse alguém foi lá fazer uma visitinha se eu não li os outros posts do tópico? Siker me avisou. XD

Eu achei bem interessante o fato de o tópico ter um viés meio hipertextual, Siker. Você citou as principais influências do King, H.P. Lovecraft, Poe, Bram Stoker, etc. e você citou como King influenciou outras mídias. Gostei, mesmo, disso. E, claro, não posso deixar de mencionar a velha polêmica sobre a implicância dos acadêmicos com a escrita do King. Olha, na boa, a escrita dele CUMPRE o que se propõe a fazer. Para mim, isso basta.

Gostei de você ter citado T.S. Eliot, e ter falado do quanto The Waste Land influenciou o King, Siker. Vou colar um comentário que fiz, lá no Meia Palavra, sobre o poema, que é belíssimo (e triste):

Melian disse:
Seria simplista dizer que se trata de um poema prosaico. Trata-se de um poema no qual o processo de criação híbrido é bem explorado. Temos gêneros intercalados na construção do poema. A intertextualidade é intensa. Para citar as mais explícitas: Dickens, Shakespeare, Sófocles e Baudelaire.

O poema é divido em cinco “cenas”, que eu poderia, sem prejuízo na construção de sentido, chamar de “atos” ou, ainda, falar apenas sobre “partes”. Quando eu digo cenas é porque considero que sejam encenadas cinco facetas de uma terra desolada que nos foi apresentada (quando se vai falar do vento, por exemplo, os versos do poema são colocados de modo que possamos perceber uma movimentação; isso é encenar, isso é mais do que falar, é MOSTRAR). E essa terra é tão rica em significado, não? É a terra física, é a terra pó, o pó do qual, conforme o mito da criação, Deus fez o homem. E o pó para o qual o homem volta, e então, cumpre-se o ciclo vital.

Mas essa terra desolada também pode ser entendida como a alma, não? A alma que não sabe se situar no mundo moderno, porque ficou lá atrás, foi morta pela grande guerra, foi devastada. Essa é a terra, da qual brotam ossos, que o CEGO Tirésias, trazido como o fio condutor de um diálogo eliotiano com Sófocles, VÊ. E nós, que então vivíamos, agora agonizamos.

Não há mais água, como fazer brotar vida dessa terra, por isso, brotam ossos. O cadáver que plantaste ano passado em teu jardim Já começou a brotar? Dará flores este ano? Tal qual na parábola do semeador, não adianta semear nessa terra pedregosa, porque a vida não nascerá dela. E se houver água em algum lugar? Ainda há esperança quando já se é ruínas da cabeça aos pés?
 
King não sabe muito bem o quanto influenciou Meyer, mas ele sabe que Rowling leu seus livros quando ela era mais jovem. "Eu acho que isso teve de alguma forma uma influência nela do mesmo jeito que ler Richard Matheson teve em mim". King explica, "As pessoas sempre me dizem: 'Bem, e quanto a H.P. Lovecraft?', e a questão é que eu lia Lovecraft quando era criança mas nunca senti que ele falava na minha linguagem. Era mais gelado que meu coração na época, e quando Matheson começou a escrever sobre pessoas e coisas comuns, aquilo era algo que eu queria fazer. Eu disse, 'É assim que se faz. Ele está mostrando o caminho'. Eu acho que sirvo como esse propósito para alguns escritores, e isso é algo bom. Ambas Rowling e Meyer, elas falam diretamente para os jovens. ... A grande diferença é que Jo Rowling é uma tremenda escritora e Stephenie Meyer não escreve nada que preste. Ela não é muito boa."
The Hog's Head.org

Quando eu li sobre essa entrevista com King falando que Rowling tinha lido seus livros, fiquei curioso para saber quais escritores foram influenciados pelas obras do King, acabei encontrando alguns autores nacionais que assumem tal influência:

Raphael Draccon é o primeiro a reconhecer que a construção da narrativa de Caçadores de Bruxa, o primeiro volume da série Dragões de Éter, é bastante inspirada na obra de King. "Nos livros dele, passamos a conviver com os personagens de uma determinada cidadezinha como se morássemos ali. Conhecemos seus costumes, sua rotina, seus problemas. Então, de repente, algo fora do normal acontece e gera um efeito dominó na coisa toda", teoriza. Curiosamente, o primeiro livro de Stephen King que Draccon leu foi Os Olhos do Dragão, que classifica como "um conto de fadas adulto". Desde então, resolveu ler a obra completa do autor, na ordem em que foram escritos. "É fácil se deixar conduzir por ele porque Stephen King faz o sobrenatural se tornar natural", afirma.
Até hoje, Raphael Draccon não se esquece daquele que considera o mais aterrorizante de todos os filmes já baseados na obra de King: It – Uma Obra-prima do Medo, de Tommy Lee Wallace. "Para ter uma ideia, no livro Espíritos de Gelo, a minha dedicatória foi: 'Para Stephen King e o palhaço Pennywise, por ensinarem a uma criança o que é o terror'. Precisa dizer mais?", indaga o autor de Dragões de Éter.

Eduardo Spohr, autor de A Batalha do Apocalipse, tinha 8 anos quando assistiu, pela primeira vez, a um filme baseado na obra de King. Impressionado com a adaptação do cineasta Stanley Kubrick para O Iluminado, que conta a história do zelador de um hotel mal-assombrado nas montanhas do Colorado que enlouquece e tenta matar a família, Spohr resolveu comprar o livro que deu origem ao filme. Dali por diante, não parou mais. "Quando começo a ler um livro do Stephen King, não tenho a menor pressa em terminá-lo. A riqueza de detalhes chega a impressionar. Ele sabe como transpor o leitor para dentro da narrativa", analisa Spohr, que elege O Cemitério e A Zona Morta, dois de seus romances favoritos do mestre do terror.

Da nova geração de escritores brasileiros, nenhum outro parece ter se inspirado tanto em Stephen King quanto o paulista André Vianco. Autor de 12 livros, como Os Sete, O Senhor da Chuva e Bento, Vianco já pode ser considerado o mais bem-sucedido escritor brasileiro de terror. "A maior influência que King gerou na minha obra foi explorar o local onde eu vivo e transformar a minha cidade e cidades ao redor dela em cenários para as minhas criações, por mais malucas que elas possam ser", observa o autor, nascido em São Paulo e criado em Osasco.
Vianco conheceu King através do conto Rita Hayworth e A Redenção de Shawshank, que integra a coletânea Quatro Estações e que, no cinema, ganhou o nome de Um Sonho de Liberdade pelas mãos do diretor Frank Darabont, o mesmo de À Espera de Um Milagre e O Nevoeiro. "É daquelas histórias magnéticas", resume. Mas o livro favorito de Vianco é A Dança da Morte, que retrata a humanidade à beira do extermínio por causa de uma epidemia de gripe. "É um livro que vai apresentando aos poucos os muitos pontos de vista de uma mesma história", descreve o autor, admitindo que utilizou esse recurso em alguns de seus livros, como Bento e Os Sete. "A Dança da Morte traz agonia e diversão na medida certa", enaltece. Palavra de quem entende do assunto.
Saraiva Conteúdo

Também encontrei em um blog alguns trechos interessantes do livro "On Writing", na metade onde King dá dicas sobre escrita:
"As ferramentas básicas vêm primeiro. E a mais básica de todas, o pão da escrita, é o vocabulário. Neste caso, você pode empacotar feliz o que tem sem o mínimo de culpa ou inferioridade. Como a prostituta disse ao marinheiro acanhado: 'Não importa o tamanho, benzinho, mas como você usa'". (KING, Stephen, On Writing. New York: Scribner, 2000. p. 114)

"Você também precisa da gramática no topo da sua caixa de ferramentas(...) Ou se absorve os princípios gramaticais da língua nativa através de conversação e leitura, ou não se absorve. (...) Assim que você começar (a estudar a gramática), descobrirá que você já sabe quase tudo, ou seja, é só uma questão de limpar as teias de aranha." (KING, Stephen, On Writing. New York: Scribner, 2000. p. 118)

Depois ele enumera alguns elementos de estilística (defendidos à exaustão nos manuais de escrita americanos), como:

- nunca utilizar a "voz passiva", sempre tente encontrar um correspondente em "voz ativa", por exemplo:

Passiva - "O corpo foi carregado da cozinha e posto no sofá da sala".
Ativa - "Freddy e Myra carregaram o corpo para fora da cozinha e puseram-no no sofá da sala".

"(A voz passiva) é fraca, é um rodeio e frequentemente é tortuosa também". (KING, Stephen, On Writing. New York: Scribner, 2000. p. 123)

- evitar usar advérbios, ou usá-los com extrema cautela.

"Não importa o quanto eu queira encorajar o homem ou a mulher que está tentando escrever seriamente pela primeira vez, não posso mentir e dizer que não há maus escritores. Desculpe-me, mas existem vários maus escritores". (KING, Stephen, On Writing. New York: Scribner, 2000. p. 141)

"Estou chegando ao âmago deste livro com duas teses, ambas simples. A primeira é que a boa escrita consiste em dominar o fundamental (vocabulário, gramática, os elementos do estilo) e então preencher o terceiro nível da sua caixa de ferramentas com os instrumentos corretos. A segunda é que, mesmo que seja impossível fazer um escritor competente a partir de um mau escritor, e mesmo que seja igualmente impossível fazer um grande escritor de um bom, é possível, com muito trabalho duro, dedicação e ajuda ocasional, fazer um bom escritor de um meramente competente." (KING, Stephen, On Writing. New York: Scribner, 2000. p. 142)

"Críticos e eruditos sempre suspeitaram de sucessos populares. Geralmente, as suspeitas deles são justificadas. Em outros casos, tais suspeitas são usadas como uma desculpa para não pensarem." (KING, Stephen, On Writing. New York: Scribner, 2000. p. 143)

"Se você quer ser um escritor, você deve fazer duas coisas acima de tudo: ler muito e escrever muito. Até onde eu saiba, não há como evitá-las, não há atalhos". (KING, Stephen, On Writing. New York: Scribner, 2000. p. 145)

"Quase todo mundo consegue se lembrar quando perdeu a virgindade, e a maioria dos escritores pode se lembrar do primeiro livro que pôs de lado pensando: eu posso fazer melhor do que isto. Diabos, eu faço melhor do que isto! O que poderia ser mais encorajador para o escritor iniciante do que perceber que seu trabalho é inquestionavelmente melhor do que de alguém que realmente foi pago por sua obra?" (KING, Stephen, On Writing. New York: Scribner, 2000. p. 146)

"É difícil para mim acreditar que pessoas que leem muito pouco (ou nada, em alguns casos) pretendam escrever e esperar que outras pessoas gostem do que eles escevem, mas eu sei que isto existe. (...) Se você não tem tempo para ler, você não tem tempo (ou o instrumental) para escrever. Simples assim." (KING, Stephen, On Writing. New York: Scribner, 2000. p. 147)

"Agora vem a grande questão: sobre o que vou escrever? E a igualmente grande resposta: qualquer maldita coisa que você quiser. Qualquer coisa mesmo... desde que você diga a verdade.
(...) Em termos de gênero, é justo presumir que você provavelmente começará escrevendo aquilo que você gosta de ler(...) Não há nada errado nisto. O que seria muito errado, acho, é voltar as costas para aquilo que você sabe e gosta (...) para privilegiar aquilo que você acredita que impressionará seus amigos, parentes ou colegas de literatura." (KING, Stephen, On Writing. New York: Scribner, 2000. p. 158)

"Compradores de livros não são atraídos, nem de longe, pelos méritos literários de um romance; compradores de livros querem uma boa história para carregar com eles no avião, algo que primeiro os fascinarão, então os agarrarão e os manterão virando as páginas. Isto acontece, acho, quando os leitores reconhecem as pessoas num livro, seus comportamentos, o que as cercam e a fala delas. Quando o leitor ouve fortes ecos de sua vida e crenças, ele está mais apto a se interessar pela história." (KING, Stephen, On Writing. New York: Scribner, 2000. p. 160)

"Escreva o que você gosta, então insira vida e torne-a única ao mesclar seu próprio conhecimento da vida, amizade, relacionamentos, sexo e trabalho. Especialmente trabalho. Pessoas adoram ler sobre trabalho. Sabe Deus porquê, mas elas adoram.(...) O que você precisa se lembrar é que há uma diferença entre palestrar sobre o que você sabe e usar isto para enriquecer a história. Este último é bom. O primeiro não." (KING, Stephen, On Writing. New York: Scribner, 2000. p. 161)
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