Neithan, ele era só mais um. Ele era só mais um como CPM22, Soweto ou Jammil e Uma Noites eram só mais um nos seus respectivos estilos. Será que eles invocariam tanta compaixão nacional se tivessem morrido durante o auge de suas carreiras?
Tá parecendo o Zeca Camargo.
Ele, como já disse, fazia parte de uma nova geração de sertanejos, vinha em ascenção e no centro-oeste era SIM idolatrado por milhares de fãs.
CPM22 faz parte da elite do HC e HC melódico brasileiro há anos. É uma banda famosa e querida pelo público mainsream e sempre foi respeitada no underground. Marcaram época com vários sucessos e mesmo atualmente continuam em evidência. Fizeram inclusive uma regravação de Fama de mal que ficou bem bacaninha.
Jammil já conheço muito pouco, cabe perguntar a quem curte, ou é da Bahia.
@Eriadan , você que é micareteiro, o que tem a dizer?
Mais uma vez: Não é porque não é de seu gosto que é bosta. Não é que não está mais no TOP que é lixo. E não é porque "é só axé" ou qualquer outro ritmo, que é ruim
Nerds piram, mas Funk é cultura sim. Representa muito da periferia desde os anos 90. Concordo que funk proibição é sujo, mas não podemos negar a força do funk em morros cariocas e nas periferias paulista. O Funk ostentação mesmo, é uma representatividade legítima da ambição e das oportunidades que jovens pobres querem ter.
Por exemplo, Cidinho e Doca, MC Marcinho cantam há tempos muita coisa interessante sobre a periferia.
Fora que: Mesmo que funk, sertanejo, axé ou qualquer outro ritmo tenha letras fúteis, que eu saiba músicas não precisam sempre levar mensagens poéticas ou fortes. Elas devem também entreter, divertir, animar. Serem dançantes. E são.
As pessoas adorarem depois da morte um cantor mediano no nível que mostraram adorar prova duas coisas:
1. Brasileiro (ou seria qualquer cultura cristã?) adora santificar mortos. Depois que qualquer um morre, a importância dele é inflada numa facilidade
impressionante. Lembro de inimigos do ACM, que viviam criticando-o, elogiando o legado dele no dia que o cara morreu. Por que não questionar o legado do Cristiano Araújo depois que morreu? Pra mim morto merece tanto respeito quanto os vivos e debater a relevância dele é só adotar uma postura mais realista.
2. Falta artistas, esportistas, famosos em geral de relevância. Alguém que fazia o básico dentro do seu estilo, como Luan Santana, Teló ou Gustavo Lima fazem, merecem receber tanta atenção? Eu gostava de CPM22 na minha adolescência, mas admito que era uma banda que não mostrou nada novo, então eu só ouvia as músicas deles, nada de adorá-los como deuses.
Legal agora embola preconceito religioso também? Santificar morto, ou respeitar e reconhecer os feitos dos mortos?
Duvido que quando o Beira-Mar morrer, ele receba elogios.
Sobre faltar artistas é piada. Primeiro: Quem julga a relevância?
Segundo, porra! A cultura da brasilidade é rica, e muito. Temos diversos ritmos brasileiros. Temos sertanejo, axé, bossa nova, samba, maracatu, frevo, e dezenas de outros derivados. No esporte tivemos o maior atleta do século XX do planeta.
E merece atenção quem o povo julgar legal. Michel Telô não é Chico Buarque, mas divertiu milhões. Não só no Brasil, mas ao redor do mundo também.
Aliás, mesmo que um artista brasileiro não tenha relevância fora do Brasil, WHO CARES? Quem se importa com o que americanos (por exemplo) gostam? Eles fazer corrida em colinas abaixo e preferem Baseball a futebol, cazzo!