esquece isso, seriously.
Porquê? Você acha que um não tem nada a ver com o outro?
Mas olha, acho muita gente levou a sério essas colocações e descrições políticas e culturais, Anica.
O que mais se lê por aí é aquele negócio de que o autor fez pesquisa e que tudo aquilo (tirando a parte dos zumbis, claro) é perfeitamente possível.
E, de certa maneira, acho que eles (e você também) estão certos já que depois que as tragédias ocorrem, a gente sempre fica sabendo daqueles que tentam (e muitas vezes conseguem) levar vantagem, os que se desesperam, os que fingem que não é tão grave assim (seja por ingenuidade ou esperteza) o que só pensam em si.
eu acho que aqui que minha leitura foi diferente da sua. eu segui total na linha de suspensão de credulidade, porque né, apocalipse zumbi. acho que automaticamente relevei os preconceitos típicos de um norte-americano e foquei mais no trabalho dele dos desdobramentos do evento.
Então, estava pensando nisso agora à pouco, que quando comecei a notar que o texto era mais voltado pra "seriedade" (não era bem essa palavra que eu queria usar, mas não lembro de outra) acho que comecei a ler a história mais como uma espécie de "alegoria" da humanidade em crise.
Algo como "Ensaio sobre a cegueira" com zumbis.
Ou coisa do tipo.
Entende? Zumbis são impossíveis, assim como a cegueira branca do Saramago, mas não é isso o que importa ao narrador mas sim as reações diversas dos seres humanos frente ao que ocorre.
Não sei se me expliquei direito. =/
mas confesso que estou bem curiosa para saber o que a rocco fez com a tradução, viu. pq parte do que me agradou (muito) no texto foi a diferença nas vozes em cada relato. se isso não foi mantido, muito do charme do livro se perde mesmo.
Ah, isso eu não sei responder, a tradutora se chama Ryta Vinagre e não vi muita diferença entre os narradores não.
A não ser o óbvio, países diferentes, etc.
Quer o meu exemplar pra você? =D
Só sei dizer que nunca mais compro livro da Rocco.
Essa edição é bem vagabunda (pelo preço que paguei) com encadernação frágil e aquele papel branco, tão fino que dá pra ver as letras da página seguinte.
Também tenho um volume do Harry Potter que veio sem o último capítulo e pra trocar era tão trabalhoso que preferi pedir de presente (no amigo secreto aqui do Meia) um exemplar novo. =(