• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Wicca e Tudo Relacionado a Magia

Status
Fechado para novas mensagens.
Porque a Wicca NÃO é Celtica v.3.2
por Iain MacAnTsaoir e Dawn O'Laoghaire
Traduzido por Godhi Medhal Mikit Stór-Ljon Oddhinsson
(GIT Octavio Augusto Okimoto Alves de Carvalho)
Traduzido e postado aqui no site da AVAB com a Expressa autorização do Autor
ATENÇÃO - CONTEUDO SOB COPYRIGHT
Alguns podem vir a se perguntar porque tal informação foi posta em um website asatruar.​
As pessoas precisam entender que dos mais valiosos de nossos bens é a nossa Cultura, nossa tradição.
Destruir isto é destruir a alma de um povo.
Os Valores Nordicos e cultura, como podem ser visto neste artigo, tem numerosas semelhanças com a Cultura Celtica. E isto não é espantoso de saber se alguém estiver ciênte de que os Nordicos, os Celtas, os Hindus e Buddhistas, são todos Culturas e religiões enraizadas na mais profunda antiguidade da raiz proto-Indo-Europeia.
Isto NÃO é somente um ato de solidariedade para com nossos primos celtas, contra os atos destrutivos de certas pessoas desinformadas no movimento Wiccan ou os atos maliciosos e intencionais de varios lideres wiccans que usam de mistificação e fraude para se promoverem e lidam com suas respectivas religiões como empresas e outras religiões como "empresas rivais".
Isto além disto, contém uma prece aos nossos Deuses Anciões, para JAMAIS deixar tal danosa desinformação levar a todos nós em uma situação aonde e quando venha a vir a nescessidade de desembanharmos nossas espadas pela preservação de nossa cultura e alma de nosso povo contra tais loucos que tem acesso para agir na media do radio, jornais e TV.
Parafraseando Stephen McNallen (EUA Asatru Folk Assembly) "Muitas das qualidades que nós mantemos em alta estima são força, coragem, regozijo, honra, liberdade, lealdade (para os parentes, amigos e irmãos do Troth) para os kin, realismo, vigor e a reverencia aos ancestrais. Expressar estas coisas em nossas vidas é virtuoso, e nós nos esforçamos para faze-lo. Seus opostos – fraqueza, covardia, aderencia para um dogma em vez da realidade do mundo, e coisas assim – constituem vicios e são para serem evitadas. Própria conduta no Ásatrú consiste em maximizar as virtudes de um e minimizar os vicios do mesmo. Este codigo de conduta reflete os ideais mais altos e heroicos de nosso povo."
E tomar o partido da Verdade não é somente um dever celtico, mas um dever nordico e um dever de qualquer um que tenha honra.
Em um passado distante, mesmo eu estive sob tal engano. E é uma vergonha que tais mentiras sejam lecionadas em livros wiccans populares como pseudo-historia. Mas após estudos posteriores e coragem para encarar meus próprios erros, eu posso cumprir meu dever para com a verdade. (postar isto aqui em português.)
Se eu preciso acrescentar algo aqui é o de que NÖS asatruar ou vanatruar (termo extritamente moderno) NÃO nos reunimos em Covens, mas sim Kindreds. Nossos Seidhr Hunters não se reunem em Covens, muito menos são feministas ou feministo-monoteistas.
E que recente eventos mostraram que tais certos loucos no movimento wiccan não somente causam dano para com nossos primos, mas para nós e se nós não permanecermos unidos pela verdade e nossa preservação cultural, somente a sombra dos mentirosos, sejam kristãos, sejam pagãos, permanecerá em nossa Historia!
Mais uma coisa: Eu gostaria de dizer para todos os bons wiccans que não agem em tal modo fraudulento algo que eu digo para todo asatruar na Organização AVAB.
"Sempre se lembre, você é responsavel por sua reputação, pela reputação de sua familia, empresa, sociedade, RELIGIÃO e nação."
E se isto ajudar aqueles com a atitude de "outros wiccans podem até fazer tais coisas, mas eu e meus grupos não fazem" a tomar alguma atitude contra todas estas ações danosas, aque eu além disto, gostaria de citar mais algumas das Leis da Arte segundo criadas por Gardner. (O fundador da Wicca):
78. Sempre se lembrem de que vocês são as crianças ocultas da Deusa, então não façam nada que desgrace estes ou Ela.
156. Ordem e disciplina devem ser mantidas.
157.Uma Suma Sacerdotiza ou um Sumo Sacerdote pode, e deve punir todas as faltas.
158. Para este fim, todos da arte precisam receber a correção voluntariosamente.
159. Tudo propriamente preparado, o culpado ajoelhado deve ser informado de sua falta e sua sentença pronunciada.
160. Após a Punição, deve se seguir algo engraçado. (isso mesmo, tirarem sarro do sujeito, por exemplo...)
161. O culpado deve reconhecer a justiça da punição beijando a mão quando receber a sentença e novamente agradecer pela punição recebida. Assim seja ordenado.
123. Se não for possivel atingir seus fins de uma forma, então a meta pode ser atingida agindo de uma forma diferente de geito que não cause dano a ninguém. QUE A MALDIÇÃO DA DEUSA ESTEJA SOBRE AQUELE QUE QUEBRAR ESTA LEI. E assim seja ordenado.
E assim, até mesmo o criador da Wicca amaldiçoa aqueles que dão somente vergonha, não somente a wicca, mas para toda pagandade.

No Troth e com Orgulho
Godhi Medhal Mikit Stór-ljon Oddhinsson
Ásatrú Vanatrú - Brazil
2000 da Era Comum.



LEMBRETE: ISSO NãO É UM ATAQUE A NENHUM WICCANO DESTE FÓRUM, MUITO MENOS A DAISY, QUEM EU MUITO ADMIRO POR UMA SÉRIE DE RAZÕES, É UM LEMBRETE (pleonasmo) DE QUE EXISTEM FANÁTICOS POR AÍ
 
Nossa, vc gosta de uma embromação. Fanáticos existem aos montes pelo mundo, principalmente no crist...não, na verdade, em todo lugar.
 
Última edição:
Você não foi pagão? Então, deveria saber sobre isso!!! (pode... pode ser explicada , sim... independente de você achar que não, ou que sim...)

______________________

Pessoas, gostaria de saber se há alguém que é praticante Wicca aqui neste fórum ou, caso alguém que de fato já frequentou covens ou grupos de estudo,... vamos criar um ambiente "melhor" de conversa aqui.." :bamf:

Olha, Daisy, eu acho a Wicca interessantíssima e talvez seria uma das poucas doutrinas pelas quais seguiria. Li algumas coisas muito básicas sobre o assunto e achei simplesmente fantástico: a relação com a Grande Mãe e seu simbolismo, o respeito e a integridade com a natureza... Simplesmente lindos! Tenho amigas que são wiccanas de verdade, iniciadas e tudo o mais, mas eu não sigo preceitos (sejam lá quais forem e por circustâncias simplesmente pessoais que não dizem respeito ao assunto do qual estamos debatendo aqui, e que por isso mesmo não exaltarei por aqui... :mrgreen:). Mas tenho imensa vontade de conhecer um pouco mais.
 
Eu não sei muito quanto a enganos históricos e certos fanatismos, mas estes existem também no meu amado Asatrú (fé Aesir), como a baboseira neonazista pagã. Outros são simplesmente orgulhosos demais de seu sangue germânico, o que me parece bem forçado.

Mas quanto a wicca, eu quero terminar 'Mistérios Nórdicos', que é uma visão e análise bem wiccanas da fé e espiritualidade nórdicas embasada no esoterismo wiccano. Uma amiga neodruídica costuma dizer que a autora, Mirella Faur, é bem exagerada nas relações entre wicca e paganismo nórdico, mas isso tenho que ver com mais calma.

Cunningham é bem bom, hein?

Sindar, a wicca me encantou também. Faz tempo. recomendo esses sites que a Daisy indicou.

http://www.oldreligion.com.br/novo/conteudo/lista.asp?Qs_idAssunto=1

Estou explorando esse site e tive algumas dúvidas. Se alguém me puder esclarecer...

A figura do Deus na Wicca parece associada ao Deus Chifrudo. Lembro de ouvir algo sobre fertilidade, virilidade, força masculina em um arquétipo chifrudo do Deus, como a figura do deus Pã, devasso pai dos sátiros e grande músico e com o Deus Chifrudo par excellence, o deus celta Cernunnos.

No livro Rei do Inverno, volume primeiro da trilogia 'Crônicas de Artur' de Bernard Cornwell, Derfel, filho adotivo de Merlin e a amante do mago, Nimue, usam amuletos do deus chifrudo, Cernunnos, dito senhor dos mistérios e da magia, que é como que a ponte entre o homem e os Deuses. Sendo a magia essa ponte, ele é o Deus dos sacerdotes e da magia, por razões similares.

Minha pergunta é a seguinte: seria coincidência esse aspecto 'chifrudo' de deus aparecer em mitologias diferentes, como atributos aparentemente inócuos mas cheios de um simbolismo subterrâneo que os eleva a patamares-mor de divindade enquanto ligação entre profano-divino OU o aspecto representa de fato o Deus da Wicca. O contraparte da Deusa-Mãe. Alguém?

"Além das assembléias de bruxos e dos praticantes individuais, há muitas formas de PAGANISMO , que vão dos “revivamentos” da antiga religião egípcia às formas de culto neogregas ou neoceltas. O que esses diversos grupos de diferentes origens étnicas têm em comum é sua atitude pagã; alguns são politeístas e adoram uma multidão de divindades; outros são aparentemente monoteístas, embora orientados para um ser supremo feminino. Alguns praticam seus cultos usando roupas comuns, outros usam vestes pretas e brancas, alguns se apresentam nus, e todos têm uma funda e crescente preocupação com a santidade do meio ambiente.

A julgar pela quantidade de correspondência e indagações, há um interesse cada vez maior em tornar-se pagão; os jovens, especialmente, parecem desiludidos com suas igrejas estabelecidas e buscam novas orientações religiosas; não pelo desejo de ter uma experiência excitante, mas por uma desilusão genuína com a religião em que foram educados. Muito poucos pedem para entrar em contato com o coven de bruxos mais próximo, com a finalidade de ajustar contas com alguém, achando que vão aprender a fazer feitiços praticamente da noite para o dia. De vez em quando, alguém se queixa de que um vizinho o enfeitiçou e pergunta se poderia também aprender a enfeitiçar o vizinho.

Com o crescente interesse nas várias formas de cultos pagãos, as alas fanáticas do movimento fundamentalista também aumentaram sua "vigilância", publicando panfletos e propaganda contra a disseminação do que consideram movimentos diabólicos, citando profusamente a Bíblia, como se a Bíblia fosse de fato ESCRITA diferentemente pela divindade: e, em alguns casos, chegam mesmo a organizar caravanas para fazer propaganda contra esses ditos “cultos satânicos” por todo o país.

Isso cheira a perseguição religiosa: e, em alguns casos, resultou em arruaças devido ao comportamento provocador dos JOVENS fanáticos fundamentalistas, que desafiaram os pagãos não apenas para debater, mas também para disputas físicas. Como os pagãos não estão nem um pouco interessados em fazer proselitismo ou em converter os cristãos ou outras religiões ao seu modo de vida - e de fato opõem-se às conversões, se não provierem de convicções profundas e duradouras -, a necessidade dessa reação violenta por toda parte dos extremistas, entre os fundamentalistas, parece pouco justificada. Ela deriva talvez de um motivo semelhante ao que fez com que os cruzados medievais tentassem libertar a TERRA Santa dos "infiéis", na idéia errada de que a Palestina estava sofrendo sob o jugo do Islã, quando na realidade os cristãos, judeus e maometanos viviam pacificamente juntos.

Hoje, o movimento pagão está numa encruzilhada; não mais secreto, nem clandestino, e perfeitamente protegido pela legislação federal de um estado laico, sua expressão de convicções religiosas, os diversos grupos, COVENS e indivíduos pagãos são livres para praticar seu tipo particular de religião como desejarem. São até livres para fazer proselitismo, se desejarem, o que na verdade não querem. Não estão inteiramente livres do preconceito social, e em algumas comunidades distantes ainda persistem antigas superstições com relação aos bruxos e aos pagãos em geral. Mas, de modo geral, muito pouca gente sofre por ser pagã; e, nos poucos casos em que alguém é prejudicado pode recorrer legalmente.

Quando nada, a sociedade mostra-se mais do que justa com aqueles que têm convicções religiosas estranhas. A imprensa leiga, por outro lado, sempre adepta de clichês batidos, não mudou muito a imagem que tem da Bruxaria, que é a dos contos de fadas. Quando fazem entrevistas com bruxos, geralmente à época do Halloween, essas entrevistas demonstram condescendência ou provocam o ridículo; às vezes chegam à difamação e à calúnia. Não, espanta, portanto, que os praticantes dedicados da BRUXARIA ou outras crenças pagãs não se deixem entrevistar pela imprensa, rádio ou televisão, preferindo praticar seu culto discretamente ou encontrar-se com gente que tem as mesmas convicções. O que sobra para os meios de comunicação é um grupo pequeno, mas escandaloso, de candidatos a bruxos e feiticeiros, ou qualquer que seja a denominação da fantasia que escolhem, e que não representa mais os verdadeiros pagãos do que o fundamentalista fanático representa a religião.

Embora a necessidade de sigilo não seja mais essencial, já surge outro perigo no horizonte do emergente movimento neopagão. Os grupos e indivíduos pagãos, à medida que se libertam da perseguição, adaptam rapidamente os métodos da religião convencional às suas próprias necessidades. Grupos rivais acusam-se dessa ou aquela transgressão da "lei", como se houvesse de fato uma lei ESCRITA no paganismo. Rivalidades entre os bruxos, quanto à atitude mais adequada, acusações respondidas por outras acusações e a ocupação constante com palavras e discussões passou a ser a marca registrada de muitos pagãos hoje em dia. Em muitos grupos pagãos, os iniciados adotam nomes secretos pelos quais se reconhecem mutuamente. Isso se baseia na velha crença de que há poder não só nas letras, mas também nas palavras e em frases inteiras.

Conseqüentemente, mudar do nome leigo para o nome pagão separa o mundo material do mundo ESPIRITUAL . Não há nada em qualquer das crenças pagãs, que seja de alguma forma perigoso para a comunidade ou um convite aberto à rebelião política. "

"POR QUE AS BRUXAS ERAM TEMIDAS, ODIADAS E PERSEGUIDAS?"

'Recordemos que as BRUXAS eram descendentes diretas das antigas sacerdotisas pagãs adoradoras de uma deusa criativa feminina. Representavam o terceiro aspecto da trindade sagrada feminina: a anciã sabia, e em conseqüência a mãe de todos os clãs da Europa pré-cristã.

A posição política dessas mulheres não era a de subordinação nem a de esposa uma vez que elas eram dispensadas da justiça e dos cumprimentos das leis. A principio na era medieval em Chester - Inglaterra, a Carta Magna as chama de "Jiudices de wich" que quer dizer "Bruxas Juizas". As anciãs tinham na época o poder político da comunidade.
Com o advento do Cristianismo lentamente esta posição elevada foi se diluindo até que se reverteu totalmente.

As Comadres conheciam as ERVAS para evitar a concepção, sabiam como fazer dar a luz de forma natural e quase sem dor com a ajuda de massagens que aceleravam a dilatação e posições que reduzia a dor. Isto era inconcebível para muitos, uma vez que desafiava a sanção Bíblica de "parirás com dor".

A igreja medieval as detestava por suas ligações com o matriarcado pagão e o culto da Deusa. Eram consideradas inimigas implacáveis da fé cristã. A verdadeira razão por essa hostilidade era a noção que as Comadres podiam ajudar as mulheres a manejar seu destino e ensinar-lhes o segredo da sexualidade sagrada, fazendo com que elas e seus maridos não vivessem sob o julgo cristão de pecado e penitências. Elas não eram contrarias a nada, apenas não eram cristãs, mas isso para a igreja significava menos “mercado”, e por isso combatia e assassinava tais mulheres.

As anciãs sábias eram temidas e repudiadas por suas habilidades de profetizas e curadoras, porque elas representam a parte pos-menopausica do ciclo vital. As BRUXAS eram as guardadoras da tradição dos povos e ativavam a memória coletiva através de mitos, contos e lendas.

As culturas de orientação masculina espancam o aspecto cíclico da vida em sua fase decadente, talvez seja por isso que o modelo cultural aceito é o da eterna adolescente.
Talvez, a partir de agora, quando alguém se dirija a nos com deboches, sofismas e pejorativamente com o nome de BRUXAS nos resta sorrir enigmaticamente sabendo que longe de nos ofender nos elogiam comparando-nos com essa raça de mulheres valentes, contestarias, livres e indômitas.'

Altair Magno.


“SOMOS BRUXAS, LIVRES, AMADAS, HONRADAS, FILHAS, MÃES, ESPOSAS, SOMOS A DEUSA E O DEUS, SOMOS TUDO AQUILO QUE EXISTE E QUE HÁ DE EXISTIR, NÓS SOMOS E SEMPRE SEREMOS!”. {Dayne Anglius}

Fontes: Baseado no Texto de Altair Magno - Texto atual revisado pela família do Old Religion.
 
Última edição por um moderador:
Belos textos, só não demonstra nada de concreto que comprove que todas as religiões pagãs são meros reflexos do Duoteísmo Wiccaniano. Mas me parecem redigidos a pagãos mesmo, de modo que estou fora da minha área aqui.
 
Belos textos, só não demonstra nada de concreto que comprove que todas as religiões pagãs são meros reflexos do Duoteísmo Wiccaniano. Mas me parecem redigidos a pagãos mesmo, de modo que estou fora da minha área aqui.

Não sei se são meros reflexos, primo, e, para ser sincero, nem sei se concordo com o Duoteísmo, mas é sempre interessante buscar outros tipos de religião e filosofia para aprendermos mais.
 
Porque a Wicca NÃO é Celtica v.3.2
por Iain MacAnTsaoir e Dawn O'Laoghaire
Traduzido por Godhi Medhal Mikit Stór-Ljon Oddhinsson
(GIT Octavio Augusto Okimoto Alves de Carvalho)
Traduzido e postado aqui no site da AVAB com a Expressa autorização do Autor
ATENÇÃO - CONTEUDO SOB COPYRIGHT
Alguns podem vir a se perguntar porque tal informação foi posta em um website asatruar.​
As pessoas precisam entender que dos mais valiosos de nossos bens é a nossa Cultura, nossa tradição.
Destruir isto é destruir a alma de um povo.
Os Valores Nordicos e cultura, como podem ser visto neste artigo, tem numerosas semelhanças com a Cultura Celtica. E isto não é espantoso de saber se alguém estiver ciênte de que os Nordicos, os Celtas, os Hindus e Buddhistas, são todos Culturas e religiões enraizadas na mais profunda antiguidade da raiz proto-Indo-Europeia.
Isto NÃO é somente um ato de solidariedade para com nossos primos celtas, contra os atos destrutivos de certas pessoas desinformadas no movimento Wiccan ou os atos maliciosos e intencionais de varios lideres wiccans que usam de mistificação e fraude para se promoverem e lidam com suas respectivas religiões como empresas e outras religiões como "empresas rivais".
Isto além disto, contém uma prece aos nossos Deuses Anciões, para JAMAIS deixar tal danosa desinformação levar a todos nós em uma situação aonde e quando venha a vir a nescessidade de desembanharmos nossas espadas pela preservação de nossa cultura e alma de nosso povo contra tais loucos que tem acesso para agir na media do radio, jornais e TV.
Parafraseando Stephen McNallen (EUA Asatru Folk Assembly) "Muitas das qualidades que nós mantemos em alta estima são força, coragem, regozijo, honra, liberdade, lealdade (para os parentes, amigos e irmãos do Troth) para os kin, realismo, vigor e a reverencia aos ancestrais. Expressar estas coisas em nossas vidas é virtuoso, e nós nos esforçamos para faze-lo. Seus opostos – fraqueza, covardia, aderencia para um dogma em vez da realidade do mundo, e coisas assim – constituem vicios e são para serem evitadas. Própria conduta no Ásatrú consiste em maximizar as virtudes de um e minimizar os vicios do mesmo. Este codigo de conduta reflete os ideais mais altos e heroicos de nosso povo."
E tomar o partido da Verdade não é somente um dever celtico, mas um dever nordico e um dever de qualquer um que tenha honra.
Em um passado distante, mesmo eu estive sob tal engano. E é uma vergonha que tais mentiras sejam lecionadas em livros wiccans populares como pseudo-historia. Mas após estudos posteriores e coragem para encarar meus próprios erros, eu posso cumprir meu dever para com a verdade. (postar isto aqui em português.)
Se eu preciso acrescentar algo aqui é o de que NÖS asatruar ou vanatruar (termo extritamente moderno) NÃO nos reunimos em Covens, mas sim Kindreds. Nossos Seidhr Hunters não se reunem em Covens, muito menos são feministas ou feministo-monoteistas.
E que recente eventos mostraram que tais certos loucos no movimento wiccan não somente causam dano para com nossos primos, mas para nós e se nós não permanecermos unidos pela verdade e nossa preservação cultural, somente a sombra dos mentirosos, sejam kristãos, sejam pagãos, permanecerá em nossa Historia!
Mais uma coisa: Eu gostaria de dizer para todos os bons wiccans que não agem em tal modo fraudulento algo que eu digo para todo asatruar na Organização AVAB.
"Sempre se lembre, você é responsavel por sua reputação, pela reputação de sua familia, empresa, sociedade, RELIGIÃO e nação."
E se isto ajudar aqueles com a atitude de "outros wiccans podem até fazer tais coisas, mas eu e meus grupos não fazem" a tomar alguma atitude contra todas estas ações danosas, aque eu além disto, gostaria de citar mais algumas das Leis da Arte segundo criadas por Gardner. (O fundador da Wicca):
78. Sempre se lembrem de que vocês são as crianças ocultas da Deusa, então não façam nada que desgrace estes ou Ela.
156. Ordem e disciplina devem ser mantidas.
157.Uma Suma Sacerdotiza ou um Sumo Sacerdote pode, e deve punir todas as faltas.
158. Para este fim, todos da arte precisam receber a correção voluntariosamente.
159. Tudo propriamente preparado, o culpado ajoelhado deve ser informado de sua falta e sua sentença pronunciada.
160. Após a Punição, deve se seguir algo engraçado. (isso mesmo, tirarem sarro do sujeito, por exemplo...)
161. O culpado deve reconhecer a justiça da punição beijando a mão quando receber a sentença e novamente agradecer pela punição recebida. Assim seja ordenado.
123. Se não for possivel atingir seus fins de uma forma, então a meta pode ser atingida agindo de uma forma diferente de geito que não cause dano a ninguém. QUE A MALDIÇÃO DA DEUSA ESTEJA SOBRE AQUELE QUE QUEBRAR ESTA LEI. E assim seja ordenado.
E assim, até mesmo o criador da Wicca amaldiçoa aqueles que dão somente vergonha, não somente a wicca, mas para toda pagandade.

No Troth e com Orgulho
Godhi Medhal Mikit Stór-ljon Oddhinsson
Ásatrú Vanatrú - Brazil
2000 da Era Comum.



LEMBRETE: ISSO NãO É UM ATAQUE A NENHUM WICCANO DESTE FÓRUM, MUITO MENOS A DAISY, QUEM EU MUITO ADMIRO POR UMA SÉRIE DE RAZÕES, É UM LEMBRETE (pleonasmo) DE QUE EXISTEM FANÁTICOS POR AÍ


Ninguém falou aqui que a wicca era celta. Os wiccanos têm a cosnciência do trabalho de Gardner, de que tudo se originou aí (de certa forma, como concebemos a Wicca atualmente), mas nem todas as tradições são hierárquicas como sua proposta... há muitas metáforas nesse texto e é possível que alguém as entenda de forma errada... mas enfim, NUNCA foi dito aqui que a Wicca é celta - resgata, sim, talvez valores, práticas e etc do povo celta (assim como de outros povos), porém ela é uma religião moderna!

Olha, Daisy, eu acho a Wicca interessantíssima e talvez seria uma das poucas doutrinas pelas quais seguiria. Li algumas coisas muito básicas sobre o assunto e achei simplesmente fantástico: a relação com a Grande Mãe e seu simbolismo, o respeito e a integridade com a natureza... Simplesmente lindos! Tenho amigas que são wiccanas de verdade, iniciadas e tudo o mais, mas eu não sigo preceitos (sejam lá quais forem e por circustâncias simplesmente pessoais que não dizem respeito ao assunto do qual estamos debatendo aqui, e que por isso mesmo não exaltarei por aqui... :mrgreen:). Mas tenho imensa vontade de conhecer um pouco mais.

Ah! Procure conhecer mais, sim! Nem que seja por um exercício de curiosidade, mesmo que você tenha outros princípios para sua vida. ..
A Wicca não segue uma moral de doutrinamento, de sair convertendo as pessoas... parte geralmente dos interessados procurar entendê-la... :yep:

http://www.oldreligion.com.br/novo/conteudo/lista.asp?Qs_idAssunto=1

Estou explorando esse site e tive algumas dúvidas. Se alguém me puder esclarecer...

A figura do Deus na Wicca parece associada ao Deus Chifrudo. Lembro de ouvir algo sobre fertilidade, virilidade, força masculina em um arquétipo chifrudo do Deus, como a figura do deus Pã, devasso pai dos sátiros e grande músico e com o Deus Chifrudo par excellence, o deus celta Cernunnos.

No livro Rei do Inverno, volume primeiro da trilogia 'Crônicas de Artur' de Bernard Cornwell, Derfel, filho adotivo de Merlin e a amante do mago, Nimue, usam amuletos do deus chifrudo, Cernunnos, dito senhor dos mistérios e da magia, que é como que a ponte entre o homem e os Deuses. Sendo a magia essa ponte, ele é o Deus dos sacerdotes e da magia, por razões similares.

Minha pergunta é a seguinte: seria coincidência esse aspecto 'chifrudo' de deus aparecer em mitologias diferentes, como atributos aparentemente inócuos mas cheios de um simbolismo subterrâneo que os eleva a patamares-mor de divindade enquanto ligação entre profano-divino OU o aspecto representa de fato o Deus da Wicca. O contraparte da Deusa-Mãe. Alguém?

Não é coincidência, não, Uhtred! De fato, houve contato entre essas culturas que você citou... neste contato, houve troca no sentido cultural...
Essa figura está em muitas outras culturas (inclusive em algumas mitologias africanas, nativo-americanas, etc...) e está na Wicca também (já que esta assume para sim várias formas que represente esse pólo masculino de divindade - dependendo das tradições).

Mas devemos lembrar também que essa é apenas uma das figuras que representam a face masculina...

Cernunnos representa não só a masculinidade, bem como o instinto, a fertilidade, a face natural do homem, dentre muitas outras coisas...

Quanto ao Rei do Inverno (bom livro, por sinal) é apenas literatura, não é um livro de preceitos wiccanos (mas, sim, a figura que aparece nele é próxima ao Cernunnos)

Textinho pertinente:

Porque a Wicca não é celta, mas o Paganismo Europeu foi por eles desenvolvido

http://www.paganismo.org/artigos/ga...anismo-europeu-foi-por-eles-desenvolvido.html

Esse texto traz algumas discussões sobre história, wicca, paganismo e etc.
 
Última edição por um moderador:
O Cornwell é muito crítico, até cético, com relação a história. Ele apresenta um paganismo seco e rústico, mas bem realista, talvez demais, mas eu consigo sim enxergar o duoteísmo no druidismo. Mas como algo diferente, mais subterrâneo.

Bem, de volta aos estudos.para quem quer conhecer algo mais específico dos paganismos antigos, tem esse sobre odinismo:

http://www.fornsed-brasil.org/


e este sobre druidismo, não a wicca seguida pelo panteão céltico, mas o paganismo druídico celta reconstruído, parecido com o que é buscado no odinismo (também chamado de Asatrú):

http://www.claudiocrow.com.br/druidismo_intro.htm
 
O Cornwell é muito crítico, até cético, com relação a história. Ele apresenta um paganismo seco e rústico, mas bem realista, talvez demais, mas eu consigo sim enxergar o duoteísmo no druidismo. Mas como algo diferente, mais subterrâneo.

Bem, de volta aos estudos.para quem quer conhecer algo mais específico dos paganismos antigos, tem esse sobre odinismo:

http://www.fornsed-brasil.org/


e este sobre druidismo, não a wicca seguida pelo panteão céltico, mas o paganismo druídico celta reconstruído, parecido com o que é buscado no odinismo (também chamado de Asatrú):

http://www.claudiocrow.com.br/druidismo_intro.htm

Druidismo não é a mesma coisa que paganismo, só para esclarecer...
 
Quê? Os celtas não eram pagãos, eram o quê? Extraterrestres? Lógico que é a mesma coisa, a wicca é um novo paganismo, e druidismo também, uma reconstrução do paganismo céltico.

É o mesmo que dizer que o Lula não é nordestino.

PS: retomando a discussão para compensar o banimento do Lipe.
 
Quê? Os celtas não eram pagãos, eram o quê? Extraterrestres? Lógico que é a mesma coisa, a wicca é um novo paganismo, e druidismo também, uma reconstrução do paganismo céltico.

É o mesmo que dizer que o Lula não é nordestino.

PS: retomando a discussão para compensar o banimento do Lipe.

Druidismo é pagão, mas não é a única vertente pagã - foi isso que meu post afirmou. Não afirmei que o druidismo fugisse da idéia de paganismo, só afirmei que o paganismo é muito mais amplo que isso... Logo, não tem pq vc criar caso novamente aqui...
_______________________________________

Gente, esse site tem algumas coisas super relevantes sobre wicca. Vale conferir:;-)

www.bruxaria.net
 
Última edição:
Druidismo é pagão, mas não é a única vertente pagã - foi isso que meu post afirmou. Não afirmei que o druidismo fugisse da idéia de paganismo, só afirmei que o paganismo é muito mais amplo que isso... Logo, não tem pq vc criar caso novamente aqui...
_______________________________________

Gente, esse site tem algumas coisas super relevantes sobre wicca. Vale conferir:;-)

www.bruxaria.net

Não criei caso, apenas entendi que vc achava que fugia. Obrigado pelo site.

Ostara é o próximo, não?
 
Para aqueles que querem saber "o basiquinho" sobre o próximo sabath:tirado do livro Wicca - Feitiçaria Moderna (Gerina Dunwich):

OSTARA - Primeiro dia da primavera (Equinócio da Primavera).
Em 2009, no Hemisfério Sul, ocorre no dia 22/Set às 18h18min (Horário de Brasília).

O Sabbat do Equinócio da Primavera, também conhecido como Sabbat do Equinócio Vernal, Festival das árvores, Alban Eilir, Ostara e Rito de Eostre, é o rito de fertilidade que celebra o nascimento da Primavera e o redespertar da vida na Terra. Nesse dia sagrado, os Bruxos acendem fogueiras novas ao nascer do sol, se rejubilam, tocam sinos e decoram ovos cozidos - um antigo costume pagão associado à Deusa da Fertilidade.

Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. Pintados com vários símbolos mágicos, eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa. Em certas partes do mundo pintavam-se os ovos do Equinócio da Primavera de amarelo ou dourado (cores solares sagradas), utilizando-os em rituais para honrar o Deus Sol.

Os aspectos da Deusa invocados nesse Sabbat são Eostre (a deusa saxônica da fertilidade) e Ostara (a deusa alemã da fertilidade). Em algumas tradições wiccanas, as deidades da fertilidade adoradas nesse dia são a Deusa das Plantas e o Senhor das Matas.

Como a maioria dos antigos festivais pagãos, o Equinócio da Primavera foi cristianizado pela Igreja na Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa (em inglês "Easter", nome derivado da deidade saxônica da fertilidade, Eostre) só recebeu oficialmente esse nome da Deusa após o fim da Idade Média.

Até hoje, o Domingo de Páscoa é determinado pelo antigo sistema do calendário lunar, que estabelece o dia santo no primeiro domingo após a primeira lua cheia, no ou após o Equinócio da Primavera. (Formalmente isso marca a fase da "gravidez" da Deusa Tríplice, atravessando a estação fértil.) A Páscoa, como quase todas as festividades religiosas cristãs, é enriquecida com inúmeras características, costumes e tradições pagãos, como os ovos de Páscoa e o coelho. Os ovos, como mencionado, eram símbolos antigos de fertilidade oferecidos à deusa dos Pagãos. A lebre era um símbolo de renascimento e ressurreição, sendo animal sagrado para várias deusas lunares, tanto na cultura oriental como na ocidental, incluindo a deusa Ostara, cujo animal era o coelho.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Equinócio da Primavera são os ovos cozidos, os bolos de mel, as primeiras frutas da estação em ponche de leite. Na Suécia, os "waffles" eram o prato tradicional da época.

Incensos: violeta africana, jasmim, rosa sálvia e morango.
Cores das velas: dourada, verde, amarela.
Pedras preciosas sagradas: ametista, água-marinha, hematita, jaspe vermelho.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, quelidônia, cinco-folhas, crocus, narciso, corniso, lírio-da-páscoa, madressilva, íris, jasmim, rosa, morango, atanásia e violetas.

___________

Lembrando: todo wiccano é pagão, mas nem todo pagão é wiccano. O termo "pagão" usado no texto refere-se aos pagãos wiccanos (e este tópico é sobre wicca), e não a toda comunidade pagão - já que nem todos seguem estes preceitos.
 
Última edição:
O tópico chama-se 'Wicca e Tudo Relacionado a Magia', de modo que não é exclusivo da Wicca, também magia pagã em geral.

Com relação ao sabath, realmente Eostre se refere à deusa de mesmo nome e o Alban Eilir aos deuses da fertilidade em geral. Essas divindades aparecerem como aspectos da 'Deusa' é um preceito wiccano.

Para fazer justiça à wicca, eu destilei um veneno aqui baseado em opiniões radicais, burras e impensadas de certos indivíduos 'radicais' dentro da wicca, principalmente de uma das poucas 'velhas loucas', Mirella Faur. Minha revolta, como a Daisy bem sabe (e até concorda em certo grau), foi contra as colocações do livro 'Mistérios Nórdicos'. Colocações exageradas, relações inexistentes e fantasias bestas. Talvez eu tenha me excedido, mas nunca quis ofender ninguém, visto que a maioria dos wiccans são maduros demais para racionalizar estupidamente como essa megera nórdico-brasileira.

A wicca fala do Duoteísmo do Deus (representado pelo deus celta Cernunnos), representando o vigor, poder, força, virilidade e da Deusa que possui inúmeros aspectos relacionados à vida, fertilidade, amor, criação, nascimento, maturação, crescimento, morte etc. (e como as diversas tradições da bruxaria moderna wiccaniana assumem uma ligação com determinado panteão, grego, celta, nórdico etc., e temos vários aspectos e mesmo deuses e deusas de panteões iguais ligados a iguais ou diferentes desses aspectos, todo o panteão é como uma manisfestação do impulso vivificante e vital do Deus e da Deusa).

Até aí, tudo bem. O problema é que me parece que essa associação é subterrânea na wicca dita responsável, e Mirella fala claramente de um culto unificado dentre todas as tradições do paganismo mundial (:lol::lol::lol:, piada né?) da Deusa-Mãe sendo que a onipotência dos deuses masculinos no paganismo nórdico seria um reflexo da violência das conquistadores nórdicos indo-europeus que tomaram a Escandinávia e impuseram seus deuses violentos sobre os pobres e pacíficos homens tribais com seu culto da Deusa.

Isso é um absurdo sem tamanho, não só por ser cheio de erros históricos mas por colocar uma invencionice histórica. Mirella viajou legal.

Nunca houve esse culto direto, centralizado e unificado da Deusa, existem sim, historicamente, uma cultura do sagrado feminino (Deusa) ligada ao masculino (esfera mundana-prática) em todas as tradições pagãs.

Outra coisa, embora fossem inferiores, por assim dizer, em cultura sofisticada, armamento e sociedade complexa que seus dominadores indo-europeus, não eram pacíficos. Claro. Se pudessem, guerreavam entre si e contra tribos inimigas e aí entravam em ação as divindades masculinas como defensoras da guerra e as deusas ficavam um pouco esquecidas. Mas em tempos de paz, o sagrado feminino entrava em ação pela manutenção das colheitas, equilíbrio do ambiente e dos mundos espiritual e físico. A guerra era caos, desequilíbrio.

Os povos primitivos conquistados não eram pacíficos, mas não eram violentos como os invasores, o que pode ser explicado não por uma fisiologia inventiva, mas pelo momento de necessidade de terras, ouro e escravos em que viviam. Vinham no rastro dos bárbaros.

Se a questão de guerra e paz, masculino e feminino se aplicava também aos pagãos invasores, podemos deduzir que tanto os invasores quanto os oprimidos se apegaram aos deuses masculinos pela ocasião da guerra. E sendo já um clima hostil o da Europa do Norte, as constantes guerras desse povo belicoso e orgulhoso - falo dos escandinavos invasores - transformaram sua religião, mitologia e sociedade em algo tão bárbaro e machista. Mirella alerta para o fato de que existia ainda um fator feminino forte, mas este era mais subterrâneo (não oculto ou proibido, vejam bem) que o orgulhoso, aristocrático e machista fator guerreiro, masculino, viril. Ela alerta também que os 'buscadores' (fica claro que é um livro para wiccanos, não para qualquer pagão, o que é uma afronta aos asatruar até pelo título do livro) do sexo feminino não devem se intimidar com a grosseira macheza do paganismo nórdico. Existe culto da Deusa, ainda que escondido. Ela está certa, embora exagere na forma desse culto, em sua popularidade. As mulheres escandinavas eram fortes, combativas e como se encaixavam nessa sociedade machista? Seguindo o estereótipo masculino, eram mulheres macho, como Júlio César afirma? Não exatamente, mas não eram como as mulheres que Mirella diz serem bruxas, ou memso qualquer pagãs, senhoras de tribos, reinos etc.

Nunca houve matriarcalismo em nenhum momento na história da humanidade européia. Nem com os celtas, nem com os nórdicos, muito menos com os gregos e romanos.
 
Isso é um absurdo sem tamanho, não só por ser cheio de erros históricos mas por colocar uma invencionice histórica. Mirella viajou legal.
Viajou mesmo. Isso é ou invenção dela, repetida por outros ingênuos, ou pertence a uma infantil tradição anterior a ela. Em todo caso a história a desmente, já que se a religião dos escandinavos primitivos exerceu influência sobre os invasores, a recíproca era verdadeira.

Como disse anteriormente, é uma afronta esse livro. Ainda que critique quem quer fazer curso sobre runas, dá pra imaginar que tipo de clientela quer aprender a 'jogar runas' (um termo chulo, na minha opinião). Ela critica essas pessoas mas não parece ter outro tipo de gente como alvo. Curandeiras, videntes, etc. Bruxas ou iniciados no Asatrú? Ela nem menciona Asatru, parece se tratar de uma apropriação da nordicidade por uma wiccaniana bem radical, que insiste na idéia vazia do matriarcado.

Vejamos uma opinião profissional:

(Resenha dos livros Mistérios nórdicos e As moradas secretas de Odin).

Prof. Dr. Johnni Langer – Pós-Doutorando em História Medieval pela USP, bolsista da FAPESP. johnnilanger@yahoo.com.br


mist%e9rios%20n%f3rdicos.jpg

Os deuses nórdicos vêm fascinando o homem moderno desde a invenção da imprensa e a publicação das Eddas e das Sagas. Em especial, com o advento do esoterismo e do ocultismo, os antigos cultos e mitologias foram retomados, recriados e interpretados segundo referenciais que muitas vezes afastam-se do que era concebido originalmente pelos escandinavos. É o caso do livro Mistérios nórdicos: deuses, runas, magias, rituais, de Mirella Faur (São Paulo: Pensamento, 2007), que propõe uma recuperação da antiga tradição nórdica, mas que na realidade é uma obra que mescla informações acadêmicas com diversos anacronismos criados por pensadores da atualidade. Um inventário de todos os erros, fantasias e equívocos de interpretação do livro transcenderia o espaço desta coluna, motivo que nos limita a apresentar apenas alguns destes lapsos e, principalmente, a refletir sobre a ideologia wiccana que esteve envolvida por trás da elaboração do texto de Mirella.
Ao caracterizar os sacrifícios realizados pelos Vikings, a autora afirma que estas práticas foram oriundas de contatos com as “tribos sanguinárias das estepes russas” (p. 35), uma afirmação sem nenhuma comprovação histórica. As imolações já eram comuns desde os germanos da antiguidade, como atestam muitas das fontes clássicas (Langer 2004: p. 61-85). Também a respeito de registros visuais sobre os mitos, Faur equivoca-se: “Várias das imagens do Ragnarök existiam nas lendas escandinavas muito antes da cristianização. Existem pedras antigas na Suécia gravadas com cenas do Ragnarök” (p. 44). Na realidade, não existem imagens originalmente pagãs desta cena mítica. Em nosso levantamento sobre as estelas da ilha sueca de Gotland, o maior acervo visual pré-cristão da mitologia germânica disponível, não encontramos sequer uma imagem desta cena (Langer 2006: p. 10-41). Todas as esculturas sobre o Ragnarök foram produzidas em regiões e períodos de contato do paganismo com o cristianismo, no final da Era Viking (como as imagens produzidas em cruzes da área britânica). Em síntese, as antigas tradições orais sobre a batalha final dos deuses foram preservadas em manuscritos e seu núcleo básico talvez contenha muito do pensamento pagão original, mas as cenas visuais que restaram já possuem uma forte interferência e seleção cristã. Ainda no tema de imagens, a autora faz uma sistematização de símbolos que possuem realmente caráter pagão (como o valknut, o fylfot, o mjöllnir), mas enganou-se ao representar alguns, como um coração (segundo ela, “antiga representação dos atributos femininos”, p. 410) – que não ocorre no período germano antigo ou viking, ao menos em estelas e monumentos sagrados; e a espiral, que existiu somente na Escandinávia pré-viking. Em relação ao simbolismo religioso das embarcações, novamente Mirella Faur equivocou-se: “Antes que os barcos se tornassem símbolos das conquistas vikings ou servissem como túmulos dos guerreiros, eles reproduziam nos petróglifos a Deusa como a doadora de vida e luz; o barco simbolizava a sua yoni (vulva) ou o veículo da deusa solar” (p. 426). Nada comprova isso: nas gravuras em rochas da Idade do Bronze sueca de Karlslund, os barcos estão associados a homens portando peles e chifres de animais, muitos com pênis eretos, portanto, associados à fertilidade e ao poder sexual masculino. Algumas destas gravuras também contém rodas solares junto a barcos, mas não sabemos se o Sol já era neste período considerado uma deidade feminina. No período pré-Viking da ilha de Gotland, muitas estelas funerárias contém espirais e rodas solares representadas acima de embarcações, uma clara alusão à morte e a passagem do morto para o outro mundo.
A autora preserva a equivocada concepção de que o culto aos Vanes foi mais antigo que o dos Ases: “o mundo pacífico dos adoradores dos Vanir foi dominado pela cobiça e violência dos conquistadores indo-europeus, cujo panteão formado por senhores do céu, dos raios, dos trovões e das batalhas foi se sobrepondo às divindades autóctones que regiam a terra, as forças da natureza, a fertilidade e a sexualidade” (p. 428), algo sem nenhuma comprovação histórico-arqueológica. Na realidade, divindades masculinas conectadas com o céu e com a guerra já apareciam na Escandinávia Neolítica, muito antes das invasões indo-européias, e eram simbolizados por figuras fálicas portando machados e lanças (Davidson 1987: p. 21). Outro erro de Mirella é em relação à influência política das deusas: “Existem registros detalhados da devoção de certos reis, que dedicavam templos, estátuas e homenagens às suas madrinhas e protetoras. Posteriormente, o lugar dessas deusas responsáveis pelas dinastias reais e as vitórias nos combates foi outorgado a Odin, Frey, Thor e Tyr” (p. 429). Que registros são esses? Infelizmente a autora não concede maiores detalhes. Todas as fontes disponíveis (obras de Saxo Gramaticus, Snorri Sturlusson, etc) apontam que tanto as dinastias reais pré-Vikings quanto do período Viking eram consideradas influenciadas objetivamente pelo deus Odin (e em alguns poucos casos, por Freyr). Aliás, até mesmo os antigos reis germanos se consideravam descendentes diretos de Wotan e tinham muito orgulho disso (Davidson 1987: p. 31).
A maior parte da obra dedica-se ao estudo e interpretação das runas (p. 139-379), dentro de uma caracterização muito comum também em outros livros disponíveis em português sobre divinação, sem muitas novidades. A associação de algumas runas a asteróides como Ceres e Vesta e planetas como Urano e Netuno (p. 143, 164, 273), todos invisíveis a olho nu e desconhecidos pelos escandinavos medievais, é ridícula. Não se sabe exatamente que runas eram utilizadas para previsão do futuro e nem que métodos de leitura eram empregados, ao menos durante a Era Viking. Os manuscritos medievais conhecidos como galdraboks são muito posteriores e contém influências mágico-esotéricas alheias à religiosidade pré-cristã. Em especial, o método de divinação apresentado como cruz rúnica (p. 319), nada mais é que uma adaptação do conhecido método da cruz celta do Tarot, transposto para as runas. Outras aplicações mágicas com as runas descritas no livro, como a relação com os pranaiamas da ioga e o stadhagaldr (a ioga rúnica), popularizados pelos esotéricos Ralph Blum e Edred Thorsson (p. 399), são concepções contemporâneas, sem relação direta com a religiosidade Viking.
Durante a descrição da prática mágica do seiðr, a autora possui uma postura ambígua. Primeiro adota a concepção de que o caráter negativo desta magia foi devido ao registro tardio de algumas sagas, já influenciadas pelo cristianismo, sendo seu caráter positivo o verdadeiro aspecto existente na sociedade viking (p. 413). Em um momento posterior do livro, ela apresenta uma outra visão, a de que o seiðr já era considerado negativo pelos escandinavos pagãos, devido a sua relação com os homens efeminados (p. 420). Apesar de ser um tema complexo ainda sujeito a maiores pesquisas, algumas investigações revelam que o verdadeiro poder religioso e social da mulher escandinava era o da esfera privada, onde o seiðr era fundamental, oposto à esfera pública, dominada pelo odinismo e posteriormente pelo cristianismo. Isso foi revelado magistralmente pela pesquisa de Borovsky 1999: p. 6-39. Já para Schurbein (2003: p. 129), o xamanismo foi a primeira forma de poder entre as escandinavas, enquanto Dommasnes (2005: p. 104) reforça os conflitos existentes entre a magia feminina doméstica e a religiosidade pública (todas afirmações de mulheres e pesquisadoras acadêmicas, então, não é uma conspiração masculinista de minha parte...).
Na verdade, o intento maior de Mirella Faur é transmitir ao leitor a idéia de que a religiosidade nórdica original era a efetuada por mulheres ou pelo sagrado feminino: “Prevaleciam os ritos e rituais femininos em relação aos masculinos, por ser o universo das mulheres muito mais complexo, amplo e diversificado” (p. 430). Uma afirmação totalmente errônea, se levarmos em conta que desde a pré-história os cultos de deuses eram os mais preponderantes e importantes na sociedade escandinava em seus aspectos públicos: “As cenas representadas nas rochas mostram rituais de um culto predominantemente masculino, indicado para guerreiros e agricultores, nos quais a mulher desempenha pequeníssimo papel, sendo-lhe apenas permitido aplaudir as procissões” (Davidson 1987: p. 26). Isso não desmerece de maneira nenhuma a importância das mulheres para a sociedade escandinava, sendo elas no período Viking as transmissoras de quase todo o conhecimento e cultura (Jochens 2005: p. 217-232).
Em todo momento de seu livro, Mirella Faur leva o leitor a pensar que tanto o pequeno papel das divindades femininas nos mitos e na religiosidade foi causado por uma misoginia dos transcritores dos manuscritos: “O advento do cristianismo levou a uma perseguição intensa do princípio sagrado feminino” p. 431, quanto do próprio trabalho dos acadêmicos modernos (!), em sua maioria homens: “iniciei a árdua tarefa de procurar a verdade primeva, soterrada sob a poeira dos tempos e fragmentada pelas interpretações tendenciosas dos monges cristãos e dos historiadores e pesquisadores do sexo masculino” (p. 15). Mas o que se percebe de forma geral nos manuscritos transcritos durante o período cristão, no tocante à feitiçaria nórdica masculina e feminina, é que seus praticantes não foram necessariamente descritos como sinistros ou satanizados, mas caracterizados dentro de regras de micro-política das comunidades (Ogilvie 2006: p. 1-8).
A própria mitologia nórdica, em sua forma como nos foi legada pelas fontes medievais, é questionada por Mirella: “Da mesma maneira que o mito da criação, a descrição do Ragnarök foi feita pela ótica masculina (...) Nenhuma outra deusa, nem mesmo as Valquírias, é mencionada na grande batalha final (...) A guerra e a destruição jamais foram provocadas ou sustentadas por manifestações do princípio sagrado feminino, pois nenhuma deusa provocou o Ragnarök, participou dele ou colaborou para que ele ocorresse” (p. 44, 45). Para se entender a batalha final, é preciso estudar o próprio fenômeno da cosmologia e cosmogonia nórdica, sendo que todas as ações realizadas pelos deuses no início dos tempos e em sua trajetória colaboraram para o caos futuro, devido à própria ambigüidade e contradições das divindades masculinas e femininas – neste caso, incluindo desde a “promiscuidade” de Freyja até o ato de Frigg para tentar salvar Balder, não sendo, portanto, as deusas omissas na ordem dos acontecimentos. Para um melhor aprofundamento, ver o estudo de Jesch 2003: p. 133-140.
Mas qual seria a causa deste posicionamento da autora? Em seu capítulo “O princípo feminino na tradição nórdica” (p. 425) encontramos as respostas. Mirella foi influenciada diretamente pela esoterista Diana Paxson, que auxiliou Marion Bradley a escrever o romance As Brumas de Avalon e uma das divulgadoras da wicca diânica. Surgido na Califórnia, esse ramo wiccano é conhecido pelo seu radicalismo feminista, propagador da utopia do matriarcado (que nunca foi comprovado historicamente em nenhuma sociedade, Georgoudi 2007: p. 24-27) e pela falsa concepção de que existiu uma poderosa magia feminina européia e um culto a uma única deusa desde a pré-história, perseguida pelo poder masculino pagão e depois pelo cristão, mas que sobreviveu na forma da bruxaria medieval. Sobre esse assunto e uma reflexão historiográfica para a wicca diânica, consultar o artigo de Campos & Langer 2007: p. 12-18.
 
Ela nem menciona Asatru, parece se tratar de uma apropriação da nordicidade por uma wiccaniana bem radical, que insiste na idéia vazia do matriarcado.

Há muitos autores wiccanos, muitas tradições dentro da wicca, muita gente pensando em contraponto... Não sou fã da Mirela, mas se ela acha por bem acreditar no que for, mesmo sem muito embasamento, acredito que é problema dela...

A Wicca é um campo fértil de discussão, e nos erros de alguns e acertos de outros é que a coisa cresce! (isso em qualquer grupo, assim acredito...)

Só não acho legal pegar uma criatura como ela para saco de pancada, e compará-la com um autor (não-wicca), cujo discurso é outro (conheço o trabalho do Johnny, ele também é catarinense!), a religião e visão de vida são outros... NOVAMENTE HÁ A TENTATIVA DE SE PENSAR A WICCA, FORA DA WICCA... e não trazer a discussão dentro dela mesma.

Como já falei algumas vezes aqui, a wicca não está preocupada em apropriar-se de nada... nem do panteão nórdico, nem do grego, nem do hindu... O wiccano reverencia quem ele quiser, o panteão que for, da forma que ele achar melhor (não só o wiccano, como qualquer pessoa). A wicca não tem a proposta de revindicar quaisquer panteão... ela dialoga com as diversas culturas, no sentido de reconhecer o sagrado, o divino que há em todas elas...

O panteão nórdico não é (exclusividade) de Asatru... é daqueles que o reconhecem para si... se Mirela não o reconhece da forma correta (se é que existe uma forma correta), isso é problema dela - apesar de causar má impressão a wicca como um todo.

Quanto às sociedades matrifocais, são aceitas SIM pela História, por outras ciências e claro, por várias religiões (volarei a falar disso...).

Quanto a proposta do tema do tópico, o título é bem claro e o primeiro tópico também: (WICCA e tudo relacionado a magia), é sobre wicca e tudo relacionado a magia dentro da... WICCA!!! E não sobre as outras formas de paganismo (sem menosprezar quaisquer que sejam). Afinal, há propostas de paganismo muito distantes à wicca e acredito que não caibam neste tópico - o que nada impede que se crie outro tópico para debater as mesmas! Acredito que até o momento, todos os que por aqui passaram, entenderam isso, Caio.
 
Última edição:
Nunca houve matriarcalismo em nenhum momento na história da humanidade européia. Nem com os celtas, nem com os nórdicos, muito menos com os gregos e romanos.

Sobre matriarcalismo (textos básicos):

A partir da visão wicca e pagã:

http://www.paganismo.org/artigos/lugus-dagda-brigante/espiritualidade-matrifocal.html

http://bruxaria.net/2009/02/22/antiga-europa

A partir da antropologia:

http://www.georgezarur.com.br/pagina.php/161

http://www.prodema.ufpb.br/revistaartemis/numero3/arquivos/artigos/artigo_02.pdf

------> Não sei como alguém pode afirmar que o matriarcalismo nunca existiu ou não existe...
 
Última edição:
Daisy_Lee82 disse:
As práticas mágicas possuem fé, mas a transcende em nível infinitamente mais profundo, pois a conscientização da vontade e do objetivo leva o indivíduo ao encontro da manipulação consciente de níveis energéticos e planos mais complexo

Daisy_Lee82 disse:
você não pode julgar uma religião enaltecendo outra

Daisy...

Quando fazemos uma comparação, de qualquer tipo, principalmente de algo com o qual nos identificamos com outra coisa que não nos significa tanto (ou tem outra aplicação dentro da crença particular de cada um) , devemos ter um certo nível de conhecimento sobre a natureza diversificada da força em cada crença/ ponto de vista diferente com a qual comparamos. No caso da fé, vc fez uma comparação com as práticas mágicas, enaltecendo estas em detrimento da fé, como se esta fosse algo secundário ou auxiliar de algo maior (fé aqui não necessariamente se trata da cristã).

A fé, dependendo de qual seja, de quais filosofias possua (pois existem diversos meios de interpretar e de explicar a fé) é tão profunda, complexa e aplicavelmente ampla quanto as práticas mágicas para muitas pessoas são. Talvez o paganismo entenda de outra forma (ou mesmo a natureza Wicca). Vc disse que as práticas mágicas “transcendem em nível ‘infinitamente´ mais profundo” que a fé. E, ao menos que eu tenha interpretado errado, ou que vc não tenha discorrido com mais clareza, vou de encontro a essa afirmativa.
Aí já estamos a usar de uma excessiva tendência a defender aquilo que nos é conveniente.


O termo “infinitamente” não caberia numa comparação desse tipo, pois por um processo natural exaltamos algo com o qual temos profundo ou parcial conhecimento e nos identificamos (no seu caso, práticas mágicas) em detrimento de algo que não nos diz muita coisa, ou não possui poder e transcendentalidade absoluta em si mesmo. Sei que o termo “infinitamente” usado por vc é força de expressão, mas mesmo assim é depreciar a natureza da fé, como se esta fosse mais limitada e de alcance menor do que as práticas mágicas. Claro, como eu disse antes, existem diversos tipo de fé, e algumas crenças interpretam de maneira limitada tal força...


Assim como existem diversas vertentes dentro do paganismo, assim existem diversas vertentes dentro do cristianismo e de qualquer crença que tenha a fé como pilar, a base sustentadora da conduta humana, vertentes que possuem diversos modos de interpretar e conhecer a fé. Podemos dizer que a fé move montanhas, não no sentido literal, mas justamente numa mesma capacidade de conscientizar o ser humano sobre níveis de forças, de trabalhar com a energia da mesma forma com que as práticas mágicas o fazem. As praticas mágicas dentro da Wicca trabalham acima de tudo com a força dentro do ser humano, no intuito de fazê-lo despertar perante todas as suas reais potencialidades. Assim ocorre tbm com a fé.


Talvez a fé tenha diversas naturezas de acordo com o nível de experiência e entendimento de uma pessoa, mas a fé em seu sentido transformador e potencializador não vê limites no que diz respeito à evolução espiritual do homem. Assim como as práticas mágicas para os wiccanos não encontram limites para a manipulação de forças enérgicas para uma abertura maior da compreensão de nossa natureza, dos sentidos e da essência das coisas. Eu ia entrar no mérito sobre a energização que determinadas palavras possuem, como “Livro das Sombras”. Não entendo por que não poderia ser “Livro das Luzes”, que seria algo mais leve e contemplativo. Mas isso não tem nada a ver com a minha intenção inicial ao quotar a sua mensagem...


Só para terminar, vc disse páginas atrás que a fé está em todas as religiões e a magia não. Concordo. Mas existem modos de entender a fé. A fé não é um simples ato de acreditar ou mesmo “mola impulsionadora” de ações benéficas, um modo de comunhão com o transcendental. É mais do que isso. É tudo questão de não procurarmos fazer assertivas sobre algo que não dominamos completamente. Dificilmente alguém iria dominar a fé completamente, descobri-la em seu real significado e potencialidade. Da mesma forma acontece com a magia para pagãos . Independentemente de crermos ou não em tais forças, não existe como compará-las...pois os seus usos e entendimentos formam uma gama tão grande de possibilidades que nos fogem à razoabilidade de qualquer tentativa de classificá-las, medir a suas naturezas e significados transcendentais.

Eu não quero dar continuidade no assunto, pois o espaço é reservado para os simpatizantes do paganismo. No entanto, é preciso esclarecer algo que, na minha visão, esteja obscurecida. Mas o respeito acima de tudo prevalecerá, sempre! Entendo que a fé de cada um, as suas crenças e consciências sobre naturezas que transcendem ao homem, são coisas muito particulares, e vira e mexe causamos revolta, ira, e impaciência em pessoas que acreditam que suas crenças são melhores ou mais livre que outras. Tem coisas que não se discutem. Gostos e religião não se discutem (entenda religião no sentido mais nobre, e não no que as Igrejas arcaicas professam). A tendência é sempre dar um giro de 360 graus e voltar ao ponto de partida.
 
Última edição:
Não que eu queira voltar á dicotomia fé-magia para efeitos comparativos ou analíticos quanto à essência da relação homem e divindade, mas concordo totalmente com o Roy.

Quanto ao matriarcalismo, eu falei besteira. Ele existiu, um matriarcalismo na RELIGIÃO e na política dessas sociedades havia MATRILINEARIDADE, isto é, respeito para com todos os sexos, juridicamente falando, mas uma mulher governando tribos? Isso é completamente fora de questão... irresponsabilidade até em cogitar que algo parecido tenha ocorrido diferentemente de um padrão quebrado, anomalia. Padrão? Tá, talvez, mas muito remotamente.

Não sei como alguém pode afirmar que o matriarcalismo nunca existiu ou não existe...
Os Deuses me deram corpo e alma, mente e espírito, intelecto e intuição. Pela minha razão, eu posso negar o que quiser, mas eu me baseio em historiadores responsáveis enquanto você em uma possibilidade remota apontada por outros historiadores responsáveis e fontes pagãs pouco imparciais (nesse sentido, apenas, claro). O mesmo vale para a teoria o duoteísmo direto (se existiu, nunca foi algo não-subterrâneo até Gardner).

Quem está certo? Talvez nenhum de nós mas temos igual direito de refutar, discutir e nos contrariar a respeito.

E não creio que a magia aqui seja exclusivamente wiccana, e nem creio que TODOS tenham compreendido isso, como afirma você tão categoricamente. A magia existia muito antes, milênios antes de Gardner e Crowley, ou não havia mágica em Merlin, nos druidas antigos, nas volvas nórdicas, nos xamãs americanos? É contra essa arrogância que eu falo e acho que você concorda comigo que arrogância nada tem a ver com paganismo, qualquer que seja ele.
 
Daisy...

Quando fazemos uma comparação, de qualquer tipo, principalmente de algo com o qual nos identificamos com outra coisa que não nos significa tanto (ou tem outra aplicação dentro da crença particular de cada um) , devemos ter um certo nível de conhecimento sobre a natureza diversificada da força em cada crença/ ponto de vista diferente com a qual comparamos. No caso da fé, vc fez uma comparação com as práticas mágicas, enaltecendo estas em detrimento da fé, como se esta fosse algo secundário ou auxiliar de algo maior (fé aqui não necessariamente se trata da cristã).

Não mesmo! Não enalteci a magia em relação à fé! Apenas expliquei a diferença de ambas - já que possuem naturezas diferentes... acho que você está amplamente enganado no que me referi...

A fé, dependendo de qual seja, de quais filosofias possua (pois existem diversos meios de interpretar e de explicar a fé) é tão profunda, complexa e aplicavelmente ampla quanto as práticas mágicas para muitas pessoas são. Talvez o paganismo entenda de outra forma (ou mesmo a natureza Wicca). Vc disse que as práticas mágicas “transcendem em nível ‘infinitamente´ mais profundo” que a fé. E, ao menos que eu tenha interpretado errado, ou que vc não tenha discorrido com mais clareza, vou de encontro a essa afirmativa.
Aí já estamos a usar de uma excessiva tendência a defender aquilo que nos é conveniente.

NÃO estou defendendo a magia em relação a fé! Você não compreendeu direito o que eu disse! Além do mais, magia depende da fé em primeiro nível, mas transcende, pois envolve outras coisas, em outros níveis do processo, que não estão relacionadas com fé... já havia explicado isso... "TRANSCENDER" significa ultrapassar e, aqui, no sentido de DIFERIR-SE, e isso não quer dizer que seja melhor que ela: logo, num ato mágico, a magia depende da fé em 1o lugar, mas a ultrapassa, se difere dela...
Quem parece estar defendendo aquilo que é conveniente é você...

Sei que o termo “infinitamente” usado por vc é força de expressão, mas mesmo assim é depreciar a natureza da fé, como se esta fosse mais limitada e de alcance menor do que as práticas mágicas. Claro, como eu disse antes, existem diversos tipo de fé, e algumas crenças interpretam de maneira limitada tal força...

"Infinitamente" foi força de expressão mesmo, para poder explicar que FÉ não é a mesma coisa que Magia - uma não é MELHOR que a outra, como você está colocando... EU NÃO DISSE ISSO!


Assim como existem diversas vertentes dentro do paganismo, assim existem diversas vertentes dentro do cristianismo e de qualquer crença que tenha a fé como pilar, a base sustentadora da conduta humana, vertentes que possuem diversos modos de interpretar e conhecer a fé. Podemos dizer que a fé move montanhas, não no sentido literal, mas justamente numa mesma capacidade de conscientizar o ser humano sobre níveis de forças, de trabalhar com a energia da mesma forma com que as práticas mágicas o fazem. As praticas mágicas dentro da Wicca trabalham acima de tudo com a força dentro do ser humano, no intuito de fazê-lo despertar perante todas as suas reais potencialidades. Assim ocorre tbm com a fé.

NÃO DISSE NADA QUE FOSSE DIFERENTE A ISSO! Só complementei que as duas não são a mesma coisa como foi dito!


Talvez a fé tenha diversas naturezas de acordo com o nível de experiência e entendimento de uma pessoa, mas a fé em seu sentido transformador e potencializador não vê limites no que diz respeito à evolução espiritual do homem. Assim como as práticas mágicas para os wiccanos não encontram limites para a manipulação de forças enérgicas para uma abertura maior da compreensão de nossa natureza, dos sentidos e da essência das coisas. Eu ia entrar no mérito sobre a energização que determinadas palavras possuem, como “Livro das Sombras”. Não entendo por que não poderia ser “Livro das Luzes”, que seria algo mais leve e contemplativo. Mas isso não tem nada a ver com a minha intenção inicial ao quotar a sua mensagem...

Durante muito tempo, os ensinamentos e experiências eram registrados de forma secreta, por causa da "Santa" Inquisição... por isso "Livro das Sombras" - isso não tem nada de "energia negativa" ou coisa do tipo, Roy!... se você pesquisar um pouco mais, poderá entender melhor a história desse termo... Sua suposição de "Livro das Luzes ser mais leve e contemplativo" é bem preconceituosa, já que você está analisando um termo que não conhece e "sugerindo" algo que nada tem a ver com sua história... Ele não é negativo ou "malvado" por ser "das sombras" como você referiu... isso é preconceito seu...


Só para terminar, vc disse páginas atrás que a fé está em todas as religiões e a magia não. Concordo. Mas existem modos de entender a fé. A fé não é um simples ato de acreditar ou mesmo “mola impulsionadora” de ações benéficas, um modo de comunhão com o transcendental. É mais do que isso. É tudo questão de não procurarmos fazer assertivas sobre algo que não dominamos completamente. Dificilmente alguém iria dominar a fé completamente, descobri-la em seu real significado e potencialidade. Da mesma forma acontece com a magia para pagãos . Independentemente de crermos ou não em tais forças, não existe como compará-las...pois os seus usos e entendimentos formam uma gama tão grande de possibilidades que nos fogem à razoabilidade de qualquer tentativa de classificá-las, medir a suas naturezas e significados transcendentais.

Não disse que "pagãos não tem fé e sim magia"... Os termos aqui estão sendo mal colocados por você: magia não está em todas as religiões, e fé sim, claro, está também dentro do paganismo, da wicca, e é determinante para quaisquer crença religiosa... como Wicca é uma religião, o wiccano é também uma pessoa religiosa!

Magia não é o mesmo que Fé - como disse, é um exercício sistematizado, um ato que envolve outros níveis energéticos e de cognição e que depende da fé a priori para que aconteça...

O objetivo aqui não é discutir se Fé é mais que Magia, ou vice-versa! Nem dá para comparar pois são coisas diferentes! Uma não anula outra! E não me referi a isso!

Se me referi mais a magia, foi para tentar explica-la em seus próprios termos, e para que esse conceito não caisse discussões errôneas, tentei falar mais de sua natureza, para que não se confundisse com o termo "fé" - mesmo assim parece que você não entendeu... em momento nenhum disse que a fé é menor em relação a ela, e sim que a magia é um exercício sistematizado, o que não ocorre em geral em relação a fé... Independente disso, a fé é necessária para que a magia aconteça... Espero que agora você tenha entendido melhor minhas palavras...


Eu não quero dar continuidade no assunto, pois o espaço é reservado para os simpatizantes do paganismo. No entanto, é preciso esclarecer algo que, na minha visão, esteja obscurecida. Mas o respeito acima de tudo prevalecerá, sempre! Entendo que a fé de cada um, as suas crenças e consciências sobre naturezas que transcendem ao homem, são coisas muito particulares, e vira e mexe causamos revolta, ira, e impaciência em pessoas que acreditam que suas crenças são melhores ou mais livre que outras. Tem coisas que não se discutem. Gostos e religião não se discutem (entenda religião no sentido mais nobre, e não no que as Igrejas arcaicas professam). A tendência é sempre dar um giro de 360 graus e voltar ao ponto de partida.

JAMAIS faltei com o respeito com ninguém, Roy! Foi justamente o contrário: vi minha religião, RESPALDADA LEGALMENTE NO BRASIL, tida como "meretrício" por outro usuário... e PRECONCEITO RELIGIOSO É CRIME! Não sei de onde você tirou isso! JAMAIS desrespeitei a crença religiosa de ninguém!

Mas o tópico é de Wicca, e me revolta o fato de vários assuntos serem puxados para cá, e se discutir tudo, MENOS wicca. Isso sim é desrespeitoso e não contribui em nada com o Fórum... Se defendo a Wicca, em primeiro lugar, é por ser tema do tópico, e não apenas por ter a ver com minhas crenças!!!
 
Última edição:
Status
Fechado para novas mensagens.

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo