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Gente, Tom nunca seria um Maia ou Vala. Vamos abolir a idéia de que ele seria algum tipo de ser celestial, Tom só quer saber saber de viver a sua vida, o resto do mundo que se dane, líteralmente. Tom estava na TM antes de tudo e todos, o que reforça a minha tese de que ele Fruta D'Ouro são personificações do espírito da natureza, ecos da música dos Ainur. E o nome da amada de Thingol é Melian.Post original de Parthadan: na minha opinião, Tom é um Maiar, assim como Fruta D'Ouro.
Exato, mas como eu já disse, ele não tem nada a ver com os celestes de Valinor. E espero que o pessoal para de aloprar.
Gente, Tom nunca seria um Maia ou Vala. Vamos abolir a idéia de que ele seria algum tipo de ser celestial, Tom só quer saber saber de viver a sua vida, o resto do mundo que se dane, líteralmente. Tom estava na TM antes de tudo e todos, o que reforça a minha tese de que ele Fruta D'Ouro são personificações do espírito da natureza, ecos da música dos Ainur. E o nome da amada de Thingol é Melian.
O que mais me intriga no Tom não é o que ele é, mas porque Tolkien o colocou no Senhor dos Anéis.
Tom foi baseado em um boneco dos filhos do Tolkien, fazia parte da mitologia da família e não da Terra-média. Nem mesmo Tolkien sabia o que Tom representava para a Terra-média. Então me pergunto, por que ele colocou o Tom no livro? No Senhor dos Anéis tudo faz sentido, cada floresta e montanha tem sua história e sua razão para estar ali. Tudo foi pensado e "encaixa", menos o Bombadil. Qual foi a intenção de Tolkien?
Se formos pensar, a passagem de Tom não tem uma grande impacto na história, não era algo que precisaria estar ali. Mas está. E é isso que me intriga com o Tom.
"Como uma história, eu penso que seja bom que houvesse muitas coisas inexplicadas (especialmente se uma explicação de fato existe); e talvez tenha deste ponto de vista errado em tentar explicar demais, e mostrar muita história passada. Por exemplo, muitos leitores ficaram um tanto perdidos no Conselho de Elrond. E até mesmo em uma Era mítica devem haver alguns enigmas, como sempre há. Tom Bombadil é um (intencionalmente)".
"Tom Bombadil não é uma pessoa importante - para a narrativa. Eu suponho que ele tenha um pouco de importância como um “comentário". Eu quero dizer, realmente não escrevo assim: ele é apenas uma invenção (que apareceu primeiro na Oxford Magazine por volta de 1933), e representa algo que sinto ser muito importante, embora não esteja preparado para analisar este sentimento precisamente. Porém, não o teria deixado lá, se ele não tivesse algum tipo de função. Poderia pôr isto deste modo. A história é projetada em termos de um lado bom, e um lado mau, beleza contra feiúra desumana, tirania contra monarquia, liberdade moderada com consentimento contra compulsão que perdeu há muito tempo qualquer objetivo exceto mero poder, e assim por diante; mas ambos os lados em algum grau, conservador ou destrutivo, querem uma medida de controle. Mas se você tem, como se fosse tomado “um voto de pobreza", controle renunciado, e tira seu encanto em coisas para eles mesmos sem referência para você, assistindo, observando, e até certo ponto sabendo, então a questão dos certos e errados do poder e controle poderia ficar totalmente sem sentido para você, e os meios de poder completamente sem valor. É uma visão pacifista natural que sempre surge na mente quando há uma guerra. Mas a visão de Valfenda [Conselho de Elrond?] parece ser que esta é uma excelente coisa para se ter representada, mas que há de fato coisas que não se pode enfrentar; e das quais sua existência todavia depende. No final das contas só a vitória do Oeste permitirá a Bombadil continuar, ou até mesmo sobreviver. Nada seria deixado para ele no mundo de Sauron".
Se ele é um enigma e nem mesmo J.R.R Tolkien sabe quem ele é ou de qual estirpe pertence, porque raios as pessoas tanto questionam quem ele é aqui, na Valinor?Vocês não acham, que nesse trecho, Tolkien nos dá uma certa explicação para o fato de Tom ser imune ao Anel por exemplo, mas sem ser totalmente explícito, claro? Tom estava alheio a tudo que estava acontecendo: Um Anel, poder, Sauron, guerra, etc. Por isso, era mais importante para ele viver sua vida, naquele canto do mundo, sem ambições e despreocupadamente. Era um ser que estava desinteressado em relação aos acontecimentos que botavam em perigo a TM, mas que seria afetado, bem ou mal, fosse qual fosse o resultado de tudo. E se fosse mal, "nada seria deixado para ele no mundo de Sauron". Isso dá a entender que Tom não era um ser que guardava um poder tão misterioso, e que muito menos era o próprio Eru encarnado num saltitante barbudo.
Não explica muito e até posso ter interpretado errado, mas foi o que entendi. Entretanto, como queria o Professor, certo mistério em torno de Tom Bombadil sempre permanece.
Tolkien: "Como uma história, eu penso que seja bom que houvesse muitas coisas inexplicadas (especialmente se uma explicação de fato existe)".
Tom estava na TM antes de tudo e todos, o que reforça a minha tese de que ele Fruta D'Ouro são personificações do espírito da natureza, ecos da música dos Ainur.
Tom Bombadil - O Polêmico!
Acho que Tolkien não tinha uma idéia clara sobre Tom, e de propósito não o explorou muito. Tom Bombadil é misterioso por isso.
A única conclusão podemos fazer sobre Tom Bombadil, é dizer que ele não é o próprio Eru:
Pág 138 ( SDA - A sociedade do Anel -Volume Único)
"Tom agora dizia que achava provável que o sol aparecesse no dia seguinte.
Tom diz a palavra "provável", não é uma exatidão, uma certeza absoluta, ou seja, ele não é Eru, poderia haver a possibilidade dele mentir, mas não faria sentido para um ser divino, isso esta relacionado a conceito sobre o que é um ser divino (é claro, uma definição de conceitos humanos para definir Deus).
Até Deus precisa seguir certas regras para poder dizer a si mesmo que é Deus
1º Deus não pode destruir a sua própria criação
Se Deus (Eru) é perfeito, então, toda a sua criação é feita de maneira que não há a necessidade de detruí-la, porque Deus não falha, ele não erra. Um bom exemplo é Melkor. A destruição de Melkor por Eru nos faz acreditar que ele é um ditador e o seu maior exemplo de amor só seria uma farsa (o Livre Arbítrio, além disso, nesse caso, Eru estaria mentido).
"Se não me obedeceres, certamente morreras..."
Serviríamos a Deus pelo medo e não pelo seu amor ou pelo que Ele é.
2º Deus não pode mentir
Porque a verdade é uma qualidade pela qual as coisas se apresentam como realmente são, uma representação do que é fiel, a parti do momento em que Deus (Eru) mentir todas as suas palavras, todos os seus ensinamentos podem entrar em conflito com a sua criação.
"Como sabereis se o que Ele diz é verdade ou não?"
Se Deus mentir todos os seus fundamentos cai, não vale mais a pena acreditar e todos os seres criado por ele nunca saberão se o que Deus diz é verdade ou não, um bom exemplo é o n° 1, se Deus destruir Melkor Ele estará jogado fora tudo o que ele mesmo é.
Diferente da criação do mundo cristão onde somente Deus teve o trabalho sozinho de criar o Mundo. Eru deu permissão aos Ainur criar o mundo junto com ele, afinal de contas, eles fazia parte dos pensamentos de Eru, um lugar de onde surgi idéia para criar coisas novas (a mente de Eru), ele são partes da "mente" de Eru, talvez seja por isso que ele tenha dado permissão para os Ainur terem participado da criação do mundo. Todos nós sabemos que os Ainur não são seres divinos, todos eles estão sujeitos a falhas, não são seres perfeitos (se fosse, seria o próprio Eru), mas não são. Então, o mundo criado por Eru, poderia esta sujeitos a certas falhas. Tom Bombadil pode ter sido uma falha na criação do mundo, sabemos que ele surgiu antes de tudo, mas não antes dos próprios Valar. Tom nasceu com o mundo, a mãe dele é o mundo.
Bem, você não pode provar que Tom não é Deus por causa dessa frase.
Ackbar, parabéns pelo excelente post.
As suas duas afirmações têm como idéia central a perfeição de Deus. Contudo, não podemos nos esquecer que nós, seres da criação, não somos perfeitos. Junte com a idéia de imperfeição do homem a ilusão que temos de que a parte da Criação Divina que conhecemos é tudo o que existe, e você tem uma grande falácia. Essa falácia é o fato de acreditarmos que, por exemplo, se Eru destrói Melkor, eru o fez porque errou nos "cálculos", ou seja, que ele cometeu um erro. Mas tanto a possibilidade de Deus ter que destruir a sua obra (1) quanto o fato de Deus mentir (2) não implicam, necessariamente, a imperfeição de Deus. Pode ser que Deus tenha previsto e planejado a necessidade de fazer as suas criaturas suportarem tanto a destruição de parte da Criação quanto a mentira vinda de Deus, como uma forma de atingir o objetivo que Deus tem. Em outras palavras, aquilo que nos parece ser o apocalipse, a própria ruína de Deus, faria parte do "show" deste (ou parte do show que ele criou e do qual nós participamos).
O que eu quero dizer é que, ao contrário do que costumamos pensar, pode ser que todas as desgraças e coisas ruins que nos acontecem ocorrem porque DEVEM acontecer, e não porque Deus não deu conta de nos manter a salvos. No caso da Terra-média, uma desgraça tão grande quanto o tormento que Morgoth impôs aos povos seria de fato uma imensa cagada de Eru, se não tivesse sido prevista por ele. Então, a hipótese que eu levanto aqui, é de que tudo, desde a dissonância de Melkor na Ainulindalë até a destruição do Um Anel tivesse sido programada por Eru como uma forma de fazer os habitantes de Arda passarem por situações que seriam necessárias, de algum modo, para a sua vida. Se não fosse assim, porque Eru teria deixado Melkor cantar de modo diferente de todos os Ainur, se isso implicaria em grandes desastres quando Eä fosse criada? Se Melkor não estava sob controle de Eru durante a canção, então Eru não pode ser considerado todo-poderoso, característica indispensável a todo deus que se preze. Por outro lado, se Melkor estava sob controle de Eru e este deixou que aquele cantasse do jeito que quisesse, então foi porque julgou que aquilo seria bom ou útil de alguma forma.