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Top10 personagens

Anica

Usuário
Já falamos em diversos tópicos por aí sobre o quão carismático é o Capitão Rodrigo (tanto, tanto, que ele faz caca e mesmo assim torcemos por ele). Pensando assim, não só no "carisma" é claro, mas em várias outras qualidades que possam ter chamado sua atenção, diz aí para nós, qual é seu top10 de personagens preferidos e a razão pela escolha de cada um =]
 
Eu nunca consigo me lembrar de todos que eu gosto ao fazer essas listas. ¬¬

De qualquer forma, vou tentar. Eis os que eu lembrei, não necessariamente em ordem de preferência.

Benjamim, o Burro - A Revolução dos Bichos, George Orwell: Eu gosto muito dele. A maneira como ele se portou durante a revolução, os seus comentários, o seu ceticismo, isso tudo me cativa muito. Gosto do trecho em que o narrador, falando do Burro, diz "(...) para dizer, por exemplo, que Deus lhe dera uma cauda para espantar as moscas e que, no entanto, seria mais de seu agrado não ter nem a cauda nem as moscas". Ainda tem seu único comentário a respeito da Revolução: "Os burros vivem muito tempo. Nenhum de vocês jamais viu um burro morto". Benjamim é nota dez.
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Rosa Cabarcas - Memórias de Minhas Putas Tristes, Gabriel García Márquez: Gosto dela muito mais do que gosto da personagem principal. Seu espírito de fazer as coisas na hora, de dominar plenamente "sua arte", seu jeito de falar. Essa personagem nem é lá tão complexa ou destacada, mas eu gosto muito dela. "Também a moral é uma questão de tempo, dizia com um sorriso maligno, você vai ver".

Don Vito Corleone - O Chefão, Mário Puzo: Ele é foda, muito foda. Sempre calmo, sempre no controle. Quando crescer, quero ser que nem ele.
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"Mas, se você tivesse vindo a mim, minha bolsa estaria à sua disposição. Se você tivesse vindo me pedir justiça, essa escória que desgraçou sua filha estaria hoje chorando lágrimas de amargura. Se por infelicidade um homem honesto como você fizesse inimigos, eles se tornariam meus inimigos - Don Corleone levantou o braço, o dedo apontado para Bonasera - e então, acredite em mim, eles teriam medo de você.
Bonasera baixou a cabeça e mumurrou com voz abafada:
-Seja meu amigo. Eu aceito.
Don Corleone pôs a mão no ombro do homem:
-Bem - disse ele - você terá sua justiça. Algum dia, e esse dia talvez nunca chegue, eu lhe pedirei que me faça um favor em troca. Até esse dia, considere essa justiça como um presente de minha mulher, a madrinha de sua filha."


Marvin - O Guia do Mochileiro das Galáxia, Douglas Adams: Não é à toa que o uso como meu avatar em todos os fóruns. Mais uma vez fui cativado pelo pessimismo, pelo ceticismo. Adoro ele, seus comentários, sua visão desdenhosa da vida. Ele tem algumas frases muto divertidas também: "Eu fico com dor de cabeça só de tentar rebaixar meu intelecto ao seu nível" ; "Eu tenho milhões de idéias, mas todas apontam para morte certa" ; "Eu poderia calcular suas chances de sobrevivência... mas você não iria gostar..." ;

Baudolino - Baudolino, Umberto Eco: A coisa mais mágica desse livro todo é duvidar da história sem, contudo, deixar de acreditar nela. Baudolino é um mentiroso compulsivo, que acabou por adotar a máxima "numa grande História podem-se alterar pequenas verdades, para ressaltar a verdade maior". Agora, esse mentiroso que altera os fatos para ressaltar outros resolve contar uma história mais do que fantástica. O livro todo é fenomenal, mas Baudolino em si supera todo o resto. Ele também é fantástico.

"Não existem histórias sem sentido. Sou um daqueles homens que o sabem encontrar até mesmo onde os outros não o vêem. Depois disso, a história se transforma no livro dos vivos, como uma trombeta poderosa, que ressuscita do seprulco aqueles que há séculos não passavam de pó..."

Gregor Samsa - A Metamorfose, Kafka: Pô, ele e transforma num inseto. Talvez numa barata. Conseguem pensar em algo mais repugnante do que acordar com várias patinhas fininhas se mexendo freneticamente? BLÉRG! Eu não! Gregor merece pelo menos um pouco de empatia, né? Além disso, a maneira como ele encara o fato de ter se tornado um inseto (uma barata?!?!?) é muito interessante. Ele continua sendo si mesmo, pensando como Gregor, esperando o que Gregor esperaria dos outros. Bem legal, merece estar nos Top 10.

"Tirar a coberta com que se cobria foi muito simples; precisou apenas inflar um pouco o peito, e ela caiu por si mesma. Mas daí em diante ficou complicado, em especial porque ele estava excepcionalmente largo. Precisava de braços e mãos para se levantar e, em vez disso, tinha apenas muitas perninhas que se moviam ininterruptamente em todas as direções e sobre as quais não tinha nenhum domínio. Se queria dobrar uma, era justamente essa a primeira a se esticar; e quando por fim conseguiu realizar o que queria com ela, logo todas as outras trabalhavam descontroladas, fazendo-o sofrer atrozmente."

Túrin Turambar - O Silmarillion, Tolkien: Túrin é o cara mais azarado do mundo, hein? Ainda assim, eu curto muito ele. É, na minha opinião, a melhor história de um dos meus livros favoritos (entenda-se: o Silma).

"-Salve, filho de Húrin. Bons olhos o vejam!
Túrin deu então um salto e investiu contra ele, e a lâmina de Gurthang refulgia como que em chamas. Glaurung, porém, reteve seu fogo, abriu muito seus olhos de serpente e fitou Túrin. Sem medo, Túrin encarou esses olhos enquanto erguia a espada; e de imediato caiu no encantamento paralisante dos olhos sem pálpebras do dragão, ficando imobilizado. Então, por um bom tempo, quedou-se ali parado como que esculpido em pedra; e os dois estavam sós, mudos, diante das portas de Nargothrond. Glaurung, porém, voltou a falar em provocação a Túrin.
- Funestos foram todos os teus atos, filho de Húrin. Filho adotivo ingrato, proscrito, assassino de teu amigo, ladrão do amor, usurpador de Nargothrond, comandante imprudente e traidor de tua família. Como escravas, tua mãe e tua irmã moram em Dor-lómin, em meio a aflições e necessidades. Estás trajado como um príncipe, mas elas andam esfarrapadas. Por ti ambas anseiam, mas tu não te importas com isso. Feliz ficará teu pai de saber que tem um filho desses; como sem dúvida saberá.
E Túrin, por estar encantado por Glaurung, deu ouvidos a essas palavras e se viu como que num espelho deformado pela maldade; e odiou o que viu. "


Seu José, Mestre Carpina - Morte e Vida Severina, João Cabral de Melo Neto: Eu tenho o costume de gostar de personagens que vão contra o sentimento geral do livro. Em Morte e Vida Severina, todo mundo é meio mórbido, pessimista, só fala de morte. Aí vem o Seu José, com uma esperançazinha mesclada com resignação. A personagem mais legal do livro, IMO.

"-Severino, retirante,
deixe agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida;
nem conheço essa resposta,
se quer mesmo que lhe diga
é difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina."


Yonah Helkias Toledano - O Último Judeu, Noah Gordon: Eu gosto da maneira como Noah constrói suas personagens e gosto especialmente de Yonah, o último judeu da Espanha. O livro mostra ele tocando a vida durante a Inquisição, após a expulsão dos Judeus de seu país, ao mesmo tempo que esconde suas crenças, mas não as abandona. Torci por ele do começo ao fim!

"A sinagoga, pelo menos naquele momento, parecia ter virado um depósito de lenha, pois havia toras de madeira amontoadas ou simetricamente empilhadas nos degraus e por toda a frente do prédio.
Yonah puxou as rédeas da égua quando chegou à antiga casa e oficina da família Toledano.
-Ainda judeu, abba, clamou em silêncio.
A árvore que havia sobre o túmulo do pai tinha crescido bastante.
Atrás da casa, os ramos de folhas largas pendiam sobre o telhado baixo, dando sombra, balançando na brisa.
Sentiu a forte presença do pai.
Real ou imaginária, deixou-o muito feliz e ele contou mentalmente tudo que acontecera. Não havia como enganar os mortos. O caso do relicário completara seu círculo e estava encerrado. Não era mais possível recuperar o que se perdera nos acidentes de percurso."


Baleia - Os Sertões, Graciliano Ramos: Ela é esperta, tem sentimentos, tem sonhos. Um animal humanizado em um grupo de humanos animalizados: simplesmente perfeita. Para mim, a morte da Baleia é uma das passagens mais tristes de litaratura. Essa cachorrinha merce seu lugar no meu top!

" Baleia respirava depressa, a boca aberta, os queixos desgovernados, a língua pendente e insensível. Não sabia o que tinha sucedido. O estrondo, a pancada que recebera no quarto e a viagem difícil do barreiro ao fim do pátio desvaneciam-se no seu espírito.
Provavelmente estava na cozinha, entre as pedras que serviam de trempe. Antes de se deitar, Sinhá Vitória retirava dali os carvões e a cinza, varria com um molho de vassourinha o chão queimado, e aquilo ficava um bom lugar para cachorro descansar. O calor afugentava as pulgas, a terra se amaciava. E, findos os cochilos, numerosos preás corriam e saltavam, um formigueiro de preás invadia a cozinha.
A tremura subia, deixava a barriga e chegava ao peito de Baleia. Do peito para trás era tudo insensibilidade e esquecimento. Mas o resto do corpo se arrepiava, espinhos de mandacaru penetravam na carne meio comida pela doença.
Baleia encostava a cabecinha fatigada na pedra. A pedra estava fria, certamente Sinhá Vitória tinha deixado o fogo apagar-se muito cedo.
Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes."



Nossa, demorei um ano pra fazer esse Top, mas ficou bem legal. Acho que coloquei mesmo as personagens que eu queria. =]
 
Visconde de Valmont (As Relações Perigosas, Choderlos de Laclos) - Eu estava em dúvidas entre ele ou a Marquesa de Merteuil, até porque ambos são igualmente manipuladores e maquiavélicos. Mas até por causa da conclusão da história, acho que o Visconde merece o lugar na lista.

Riobaldo (Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa) - Porque ouvindo a história desse jagunço não tem como não se encantar por ele e por tudo o que ele diz.

Lord Henry (O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde) - Sabe aquelas frases do Wilde que as pessoas adoram citar, como "A única maneira de livrar-se de uma tentação é entregar-se à ela"? Lord Henry. Bon vivant mau caráter, do jeito que eu adoro =]

Capitão Rodrigo (O Tempo e o Vento, Érico Veríssimo) - Como vivo dizendo por aqui, uma das personagens mais carismáticas da literatura brasileira, isso se não for da mundial. Morro de vontade de reler O Continente especialmente por causa dele.

Os Mosqueteiros + D'Artagnan (Os Três Mosqueteiros, Alexandre Dumas) - Não, não tem como deixar separado nesse caso. Os quatro foram muito bem criados e desenvolvidos pelo Dumas. Aliás, se for pensar bem, acho que gostei de Os Três Mosqueteiros especialmente por causa deles.

Lestat (Entrevista com o Vampiro, Anne Rice) - É, é, Anne Rice. Mas Lestat simplesmente é adorável demais para não colocá-lo em um top10. E marcou MUITO minha adolescência para deixá-lo de fora. O predador que se reconhece como tal. Com muita elegância, é claro.

Sherlock Holmes ('N' histórias, Sir Arthur Conan Doyle), Mais um da adolescência. Acho que só de pensar que tem gente que vai lá na Baker Street até hoje já dá para ter uma idéia da razão pela qual coloquei ele aqui, não?

Sabina (A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera), Só pelo dicionário de termos incompreendidos ela já merecia estar aqui. Somando aí toda aquela história de como ela se relaciona com as pessoas, as coisas que ela dizia para Frank e Tomas... bom, está aí.

Hans (A Menina que Roubava Livros, Markus Zusak), Fazia *muito* tempo que eu não me apaixonava por um livro, que dirá por personagens. E no caso de A Menina que Roubava Livros é até cruel escolher um só. Mas Hans... sei lá. Qualquer personagem pelo eu chore merece estar aqui, ô.

10 - Sério, foi complicado o suficiente elaborar essa lista aqui. Adoro livros, mas nem sempre por causa de seus personagens. Acho que nesse caso, devo deixar a 10ª posição em aberto.
 
Heathcliff (O Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë)
Duncan Idaho (Série Duna, Frank Herbert)
Túrin Turambar (O Silmarillion, The Children of Húrin, etc., J. R. R. Tolkien)
Lord Henry (O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde)
Édipo (Édipo Rei, Édipo em Colono, Sófocles)
Mr. Bumble (Oliver Twist, Charles Dickens)
Raskólnikov (Crime e Castigo, Fiódor Dostoivéski)
Osugi Hon'iden (Musashi, Eiji Yoshikawa)
 
Harry Potter - É simplesmente impossível descrevê-lo!

Sherlock Holmes - Eu sempre ficava boba com a forma que ele resolvia seus casos. Para mim, esse sempre será o melhor personagem de novelas policiais!

Arsene Lupin
- O Ladrão de Casaca, quando ñ estava roubando objetos valiosos ataca de detetive e com o charme francês até mesmo venceu Herlock Sholmes (Sherlock Holmes)

Eric (O Fantasma da Ópera) - É um ser triste antes de tudo, despresado pelas pessoas se escondeu do mundo e carrega muitas mágoas até conhecer Christine Daae e morrer sozinho nos porões da Ópera. Eu adoro ele, ele era brilhante e a única coisa que impediu Christine de se apaixonar por ele foi sua aparência pois ela mesma confessou isso a Raoul.

Légolas - O elfo de O Senhor dos Anéis. Eu amo elfos e Légolas, no filme é lindo!

Elinor (Coração de Tinta) - Me identifiquei muito com essa personagem, a forma de vida dela e seu amor pelos livros.

Edward (Crepúsculo) - Ele é simplesmente o vampiro mais sexy já feito. É o homem perfeito!

Romeu e Julieta - É a história de amor mais linda que já li, apesar de trágica. E gosto, principalmente, por ser um amor inocente, sem maldade.

Jesse e Suzannah (A Mediadora) - Eu adoro o romance deles, um fantasma e uma mediadora de fantasmas. É uma história adolescente, mas que cativa.

Rincewind (Discworld) - O mago engraçado da série, na minha opnião é o melhor personagem criado pelo Terry Pratchett.
 
Riobaldo ("Grande Sertão: Veredas", João Guimarães Rosa) Não tem como negar que ouvir as histórias do Sertão por sua voz, por suas certezas, que não são tão certas, realmente o fazem um dos personagens mais fortes, sinceros, reais e abstratos do mundo da literatura.

Holden Caulfield ("O Apanhador no Campo de Centeio", J.D. Salinger): Identificar-se com ele durante a narrativa é certo. Seja quando ele fala de garotas, quando fala de tristezas, seja quando ele fala de ódio. Dificil não gostar de Holden e ficar um bocado chateado quando sua história termina.

Coronel Aureliano Buendía ("Cem anos de solidão", Gabriel García Márquez): São muitos os personagens que de Macondo. Todavia, o que mais me cativou foi o segundo filho de José Arcadio Buendía. Seu envolvimento com politica, com guerra, com amor e com o silêncio. De longe quem melhor representa o nome Aureliano.

Marvin, o Andróide Paranóide ("O Guia do Mochileiro das Galaxias", Douglas Adams): Pessimista de maneira adorável. Todos os personagens da série são fascinantes e marcantes, mas quem consegue fazer você rir mais ainda das coisas absurdas do Universo?

Emil Sinclair ("Demien", Hermann Hesse): Quando parece estar pronto para o mundo tem um banque. Não sabe mais o que é ou o que deve fazer. Dúvidas surgem. Religiosidades desaparecem, distorcem. E ele continua em busca de um mentor para guiá-lo.

Horacio Oliveira ("O jogo da amarelinha", Julio Cortázar): Não adianta. Quando você tenta não ser superior aos outros por respeito e acaba por desrespeitar e ser superior. Horacio é um intelectual que muitas vezes, com sua secura, acaba por destruir as pessoas pouco a pouco. Não sente amor, gosta da casualidade.

Henry Chinaski ("Misto-quente", Charles Bukowski): Ok, você é pobre, descendente de alemão, tem espinhas vulcanicas e grotescas por todo o corpo e está em plena crise dos anos 30 nos EUA. O que mais me cativa é a sinceridade escrachada de Henry, diferente de Holden que vê uma tristeza imensa no mundo, Chinaski vê com ódio, com raiva e com tesão. Ele é sincero ao extremo nos seus pensamentos. E quando ele chega perto do mundo da literatura temos frases interessantes e analises sinceras de autores consagrados.

Capitão Rodrigo ("O Tempo e o Vento", Érico Veríssimo): Aquele carisma de homem simples nos faz abrir um sorriso toda vez que ele aparece. Não tem muito o que explicar, é aquele cara legal que seus amigos têm de conhecer pessoalmente.

Santiago ("O Velho e o Mar", Ernest Hemingway): Chegar a um ponto da vida onde não sabemos mais para que lugar ir, o que nos resta conquistar, o que falta. Santiago é um velho pescador que luta contra um peixe gigante, depois de meses sem conseguir trazer peixes para seu barco. Sua constante superação. Sua batalha é avassaladora, seu corpo cansado, seus olhos cegos pelo sol, sua mente trava uma batalha com seu corpo. Inesquecível.

Ok, eu vou deixar o décimo lugar em branco, porque eu gostaria de citar personagens das mesmas obras já citadas, mas seria injustiça com as personagens de Dostoievski ou Kafka (que eu não consigo decidir qual gosto mais, sério. Fiquei muito tempo para fazer essa lista óbvia)

Relendo, notei que gosto de personagens que pensam muito. E gosto também dos que começam com a letra H.
 
Cap. Nemo - pela distancia do mundo

Sherlock Holmes - pelo olhar critico

Feanor - pelo amor as suas criaçoes

O velho "do velho e o mar" - pela simplicidade

Stephen Marturin - pelo amor a ciencia

Sharpe - pela voracidade na guerra

Hamilet - pela loucura

Lord Henry - pela sagacidade

Edgar (Rei Lear) PQ amo essa fala
"swore as many oaths as I spake words, and
broke them in the sweet face of heaven: one that
slept in the contriving of lust, and waked to do it:
wine loved I deeply, dice dearly: and in woman
out-paramoured the Turk: false of heart, light of
ear, bloody of hand; hog in sloth, fox in stealth,
wolf in greediness, dog in madness, lion in prey."

Musashi - pela busca do balanço entre a espada e a pena
 
[align=justify]Provavelmente minha lista mude conforme minha memória for me trazendo mais reminiscências, mas aqui vai uma versão do meu top10 personagens:

1. Holden Caufield (O Apanhador no Campo de Centeio, J.D.Salinger): Sarcástico, irônico e engraçadissimo. Não posso deixar de me enxergar muitas vezes quando ele fala para si mesmo com um pessimismo espinhoso. A melancolia dele aliada ao humor seco fazem dele o meu predileto.
2. Gandalf (O Senhor dos Anéis I, II e III, J.R.R.Tolkien): Só pela sabedoria ele já estaria aqui na lista, subiu algumas posições por ser valente e destemido, e estar comprometido com a Terra-Média de um modo estranho e ao mesmo tempo inspirador.
3. Brás Cubas (Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis): Pela ironia e sarcasmo de suas reminiscências post-mortem. As amarras do protocolo social, como já disse algum crítico famoso, não mais o oprimem, deixando-o livre para relatar suas experiências da vida sob um prisma e perspicácia no mínimo interessantes.
4. Artemis Fowl (Artemis Fowl I, II e III, Eoin Colfer): Um garoto irlandês super-gênio que devota sua inteligência a roubar o ouro das fadas. O despreendimento dele com relação a escrúpulos ou moral (embora ele não seja assassino nem psicopata) juntamente com seu excentrismo e prepotência são demais.
5. Rorschach (Watchmen, Alan Moore): resoluto e decidido, ele investiga e quebra quantos dedinhos forem necessários para encontrar respostas. Viveu dentro de suas convicções e sensos de justiça e ética até o fim. Admirável!
6. Eddie Dean (A Torre Negra volumes II,III,IV,V e VI, Stephen King): O humor dele é meio bobo, mas muito engraçado. Ao contar sua origem, Stephen King lhe deu uma humanidade tão grande que quase conversava com o Eddie nas páginas da saga da Torre. E não dá pra esquecer o que o irmão dele, Henry, disse no livro: "Quando o Eddie quer, ele pode fazer até o diabo atear fogo no próprio corpo." (não é a citação exata)
7. O Grande Irmão (1984, George Orwell): Não sei se o Grande Irmão pode ser considerado um personagem, mas toda a vez que andava com Winston pelas ruas da Oceania, podia sentir a tensão e a presença do famigerado vigilante. Parece que a cada passo que damos nas fictícias ruas é imediatamente registrado pelo prescrutador olhar da "entidade".
8. Marvin (O Guia do Mochileiro das Galáxias, Douglas Adams): Gosto dele por causa da visão "niilista" dele sobre tudo. Tudo o que ele fala é sublinhado por uma descrença tamanha que chega a ser engraçado de um modo triste.
9. Oromë (O Silmarillion, J.R.R.Tolkien): sempre achei esse o valar mais legal de todos. Aquele estilo meio away dos demais valar é o que faz dele, na minha opinião, um personagem muito bom. Pena que não se saiba muito sobre ele, somente o que jaz nas poucas páginas d'O Silmarillion.
10. Mono Blaine (A Torre Negra volume III, Stephen King): Uma locomotiva dotada de vida e vontade própria que fala, gosta de charadas e tem tendência autodestrutiva. Parece algo sem pé nem cabeça, mas funciona muito bem, ainda mais pensando sobre seu alter-ego Charlie Chu-chu. É difícil falar dela sem dar spoilers.

OK, OK, devo ter esquecido uns 50 mais legais, mas se me lembrei desses é porque gosto deles a ponto de guardá-los na minha memória. Semana que vem vou olhar para essa lista e me perguntar como é que eu pude esquecer de não-sei-quem de não-sei-qual livro, mas tudo bem. Os critérios que levei em conta são os mais subjetivos possíveis, muito mais tangíveis ao afetivo do que ao analítico.
Assim como o Pips, demorei um bocado para fazer essa lista aparentemente simples.[/align]
 
Dez é sacanagem, hein Anica...

Eu acho que a literatura policial tem vários que merecem o seu lugar no pódio. Acho que o gênero favorece isto... O cara tem que ter as "tiradas"... O ruim é que sou péssimo de nomes, assim de cabeça.

Bom... Vou citar de cabeça, sem me apegar a uma ordem específica e nem me preocupar muito.

1.Phillip Marlowe, de Raymond Chandler (Longo Adeus, Adeus minha Adorada, etc)
2.Bernie Gunther, de Phillip Kerr (Violetas de Março, Réquiem Alemão, etc)
3.Comissário Montalbano, de Andrea Camilleri (A Forma d´Água, O Cão de Terracota, etc)
4.O Capitão, de Lothar-Günter Buchheim (Submarino)
 
Sherlock Holmes - Arthur Conan Doyle - raciocínio lógico
Hercule Poirot - Agatha Christie - destreza
Miss Marple - Agatha Christie - simpatia
Capitão Rodrigo ("O Tempo e o Vento", Érico Veríssimo) - naturalidade
Benjamim, o Burro - A Revolução dos Bichos, George Orwell - cômico
Michael - O advogado, John Grisham - lutador
Dana Evans - O céu está caindo, Sidney Sheldon - sagacidade
Joseph K. - O processo, Franz Kafka - introspectivo
Hassan - O caçador de pipas, Khaled Hosseini - história de vida
Robert Langdon - O código da Vinci, Anjos e Demônios, O Símbolo perdido - Dan Brown - inteligência
 
HANK CHINASKI - Vários do Bukowski

SVAVO BALDINI - Pai do alter ego do Fante

NICK ADAMS - Alter ego de Hemingway

ZAPHOD BEEBLERFEIOJFSDKLJSKL (não lembro como escreve o sobrenome) - Guia do Mochileiro das galaxias

DERFEL CADERN - Cronicas de Arthur

SOLTAN GRIS - Missão Terra do L. Ron Hubbard

A OSNA - O Vendedor de Passados de josé Eduardo Agualusa

CROWLEY - Belas Maldições

CAPITÃO AHAB - Moby Dick

MACBETH - Sheakespeare
 
Meus top10 personagens da literatura são:

1. Holden Caufield (O Apanhador no Campo de Centeio, J.D.Salinger)
2. Teresa (Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera)
3. Vasco (Personagem que aparece em vários livros de Érico Veríssimo: Música ao longe, Um lugar ao sol, Saga)
4. Capitão Rodrigo (O tempo e o vento, Érico Veríssimo)
5. Alberto Mattos (Agosto, Rubem Fonseca)
6. Henry Chinaski (Misto Quente, Bukowski)
7. Raskólnikov (Crime e Castigo, Dostoiévski)
8. Gregor Samsa (Metamorfose, Kafka)
9. Barcelona (Incidente em Antares, Érico Veríssimo)
10. Padre Amaro (O Crime do Padre Amaro, Eça de Queirós)

Com a maioria destes personagens rola identificação. Outros me apaixonei como, por exemplo, o comissário Alberto Mattos de Agosto. Ele passou a ser o meu tipo ideal de homem. Rsrsrs... Já o Padre Amaro é um filho da p****!
 

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