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Tiroteio na Rocinha...

Bowser disse:
Continuo descordando absolutamente de proporcionar condições de recuperação e outras regalias pra bandidos, criminoso tem que padecer mesmo e o castigo servir de exemplo. O medo deve mantê-los na linha.
Mantém não. Quando ainda estava na faculdade, lembro de que pesuisas feitas com presidiários considerados perigosos, eles falavam que não teme a lei, nem que tivesse pena de morte.

É estranho, para eles tanto faz!

Bowser disse:
Exército poderia resolver a situação se entrasse lá como se entra numa guerra, pra derrotar o inimigo e ocupar o território, sem dó. Se não for pra fazer isso, que deixem como está.
O exército não tem competência para fazer trabalho de polícia! Não sabe fazer isso, e não vai resolver a situação. No máximo um paleativo.

Bowser disse:
Quanto a prisoes privatizadas, seria interessantíssimo, não fosse o fato de que o governo mal tem como sustentar boas prisoes (dá pra contar nos dedos), quem dirá pagar pra quem vai lucrar com isso.
Na privatização, o governo não vai pagar. Quem paga são os interessados.

E aí alguém pergunta: quem vai querer?

Qualquer empresário que queira mão de obra barata e que trabalhe com vontade. A maioria dos presidiários querem trabalhar, mas muitos não fazem com medo de represálias dos mais perigosos.

Um dado interessante é que a maioria dos homicidas não retornam às prisões, pois geralmente cometeram o crime por um acidente ou por algo qualquer motivo que não a sua vontade consciente! Briga de bar, briga familiar, etc.

Bom, pelo menos aqui no Paraná, conforme dados oficiais.
 
Continuo descordando absolutamente de proporcionar condições de recuperação e outras regalias pra bandidos
E isso porque..... ?

criminoso tem que padecer mesmo e o castigo servir de exemplo. O medo deve mantê-los na linha.
Claro, funcionou muito bem até hoje, não? O medo de nosso sistema carcerário extremamente pobre, violento, sem condições de higiene e sem estrutura alguma foi o bastante pra deixar todos os bandidos com medo e transformar o Brasil em um país modelo no quesito segurança. :roll:

Quero ver ele repetir isso sentado numa cadeira elétrica ou amarrado numa maca prestes a tomar uma injeção letal E se ele realmente não se importa, tanto faz, vai morrer mesmo.
Xo ver se eu entendi. Você não tá nem aí pras pessoas que morrem, são assaltadas ou estupradas, contanto que o bandido receba o castigo, certo? Isso, na minha opinião, é uma visão meio torpe, já que o objetivo do Estado não é punir, é zelar pelo bem-cumum. Já se sabe que botar medo nos bandidos não funciona, como disse o Eru, então do que adiantaria fazer o cara se arrepender DEPOIS dele fazer merda? O ideal não seria arrumar um jeito de evitar que o crime seja cometido? Se possível, de maneira que o bandido ainda possa agir em função da sociedade pra sanar, ao menos em parte, o mal que cometeu.
 
Sem querer interromper, mas já interrompendo:

Muito já se falou na rede sobre a guerra na Rocinha, aqui no meu Rio de Janeiro. Tenho lido com atenção dezenas de descabidos comentários. Pessoalmente, não acho que o Rio conseguirá a paz com mais arma e mais polícia. Esta tática já foi adotada pelos nossos últimos quatro governadores, e não deu em nada, só em violência. Também não acho que o cerne do problema esteja no usuário das drogas, justamente a ponta mais fraca do sistema: o dependente químico.

A questão central é que droga não é, e nem deve ser tratada como caso de polícia. A droga é um problema de saúde pública e deve ser tratada como tal. O controle efetivo da produção e distribuição de entorpecentes já deveria estar nas mãos do Estado, e não de traficantes em seus feudos violentos. Estamos atrasados, muito atrasados. O levantamento do número de dependentes e o tratamento já deveria ser uma prioridade há anos. E o controle e os impostos sobre a droga, como já fazemos com outras drogas já legalizadas, como as bebidas e o tabaco...que paguem caro por inflarem os índices de saúde pública.

Sobretudo devemos pensar se o Estado deve ou não decidir as substâncias que você pode ingerir. No meu entender, se eu quiser comer merda, não será o Estado que vai me impedir. Acho que devemos responder por nossas ações, como por exemplo, dirigir embriagado. Mas não devemos prestar contas ao Estado sobre o que gostamos de fazer ou não com nosso corpo, se não estamos atingindo terceiros.

Estamos num momento da cruz ou da espada aqui no Rio. Minha sugestão: deixem de lado os moralismos, vamos discutir até que ponto o Estado pode controlar os processos de produção e venda, sem que os americanos venham aqui e tomem tudo em nome da liberdade. Vamos serenar os ânimos exaltados pela guerra e lutar para ter nossa cidade de volta.

Fonte: Blog dos Malvados
 
Uma coisa triste na questão da droga, que esse texto que o Lukaz postou de algum modo levanta, é que as drogas servem como gerador de divisas para o tráfico enquanto poder constituído e poder militar local, e como geratriz de despezas para o Estado, em relação aos custos com hospitais e tratamento de viciados, reparo no patrimônio público danificado, perda de turistas e outras coisas... Eu antipatizo com drogas profundamente, e acho que, pelo menos enquanto a distribuição se der pela ação de bandidos, não o consumo (pode ter gente que faz em casa) mas a compra deve ser criminalizada sim. Afinal, o usuário da droga, que a compra, é não só cúmplice por compartilhar de informações importantes como onde são as bocas, como também é mecenas do tráfico.
 
Muito se fala, 'bandido bom é bandido morto'!; 'Explodam a Rocinha!'

Tolice preconceituosa e carente de visão. Se desejam extripar a 'Raiz do Mal', visitem Brasília primeiro.

É a desigualdade social que causara esse distúrbio urbano. É principalmente a classe média alta que alimenta o tráfico de drogas. E há mais, muito mais. A questão não é tão simples.

Mas alguém deve ser culpado, por isso o favelado é crucificado.

Muito se fala, e nada de efetivo se faz. A não ser estampar na TV, no grande espetáculo, todos se divertem, exérctio desfilando nas ruas, e as pessoas falando, e nos jornais estampam as notícias.

O Showrnalismo. Prazer macabro.
 
Que me perdoe os que apoiam a politica : "escola e oportunidade reduz o crime"
Vamos analizar as estatisticas, segundo o Departamento de Homicidios, a maior parte dos criminosos eram comerciantes, ou seja, empregados, logo após vinha os seguranças, que ironia tb empregados... e o terceiro ? Vendedor, tb empregado .... Ah o quarto ? Motorista ... e olha ... tb empregados. Ai vem alguem me dizer que empregos reduz crime ? Hã-hã... :roll:
E o estudo ? 0% dos criminosos aprendidos em 2003 eram analfabetos ... fazer oque ! :|
pega um link de um post meu relacionado ao tema : http://forum.valinor.com.br/viewtopic.php?t=34071&start=0
 
Não sei se a tal "PUNIÇÂO SEVERA" que vcs falam é a morte, só que se for este caso, vou advertir aos desavisados que para cada 1 condenado os Eua gastam 2,5 milhões de dólares.
Agora, levando isso para reais ... hum... sinceramente, se nós fomos fazer isso para cada detendo daria ... ah ! To com preguiça para calcular... mas é grana.
Nosso país aguenta ? E não vamos dizer que os EUA gastam pq querem, afinal, não seriam eles os mais "agarrados" á uma nota ? :|
 
Hum...eu ia abrir um tópico sobre isso. Eu não estou muito atualizado, e nem li todos os posts, mas eu vou tentar dar a minha opinião...
O que aconteceu no Rio não foi de forma alguma normal, e nem uma violência um "pouco" anormal. Tem gente q tá tão acostumada com isso, q acha banal. É a banalização do crime. Virou algo normal no Brasil, ninguém nem sequer se preocupa mais...
O RJ vive um grande problema. Eu não acho exagero, mas na minha opinião isso é quase uma guerra civil(minha opinião). Mais pessoas morrem no RJ do que no Iraque! E eu não acho isso um exagero :roll: .
Na minhas próprias palavras, o rj é uma ilha cercada por favelas. Não dá pra fugir. A favela tá lá, vc tem que conviver com ela, com os bandidos que "comandam" ela, vc acaba se "inserindo" nesse problema. Não há elite que consiga fugir disso.
Soluções? É difícil, pq o problema não está somente no narcotráfico, na falta de oportunidades, na falta de infra-estrutura, na falta de assistência médico e social, e outros milhões de problema.
Eu não moro no rio, não vivencio a situação(graças a deus), mas eu conheço pessoas que vivenciam, e... bom, eu sei ler.
Sinceramente, os cariocas precisam buscar soluções pra esse problema, e não só eles. Pq apesar do governo não estar fazendo seu papel, tb é culpa da sociedade.
 
17/04/2004

Brasil fracassa ao tentar encerrar a guerra nas favelas do Rio

Conflito resulta de miséria, substituição do Estado por traficantes e corrupção policial

Raymond Colitt

Enquanto os turistas bebiam caipirinhas no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, durante os feriados da Páscoa, disparos de metralhadora ecoavam nos belos morros acima. Uma guerra territorial transcorria entre gangues rivais que tentavam dominar a favela próxima da Rocinha -e seu mercado de drogas estimado em US$ 3 milhões por semana- na qual pelo menos uma dúzia de pessoas foram mortas.

De lá para cá a polícia matou Luciano Barbosa da Silva, o chefão das drogas conhecido como Lulu, e 1.200 policiais ocuparam a Rocinha.

O governo estadual apresentou propostas em resposta à violência urbana, que está saindo de controle. Mas elas são apenas sinais de desespero, não soluções reais. Uma proposta é a construção de muros em torno das várias favelas da cidade.

Mas, a menos que se coloquem neles guardas armados prontos para disparar, muros farão pouco para manter drogas e armas fora das favelas ou manter seus moradores pobres lá dentro. As favelas tomadas pela pobreza e pelo crime já são uma mácula embaraçosa em uma das cidades mais belas do mundo. Cercá-las com muros para transformá-las em cemitérios vivos seria um monumento à segregação e à desigualdade.

Enviar o Exército para as favelas, como também requisitou a governadora do Rio, é uma idéia igualmente ruim, que quanto muito seria uma solução temporária. O Exército não é treinado para conflito urbano e sua presença poderia causar ainda mais danos.

O que está claro é que não há soluções rápidas. Além disso, a violência na Rocinha é apenas uma vislumbre de um problema muito maior, que inclui não apenas os cartéis de drogas, mas a desigualdade de renda, o desemprego e um Estado fraco. O Brasil possui uma das distribuições de renda mais desiguais do mundo. O crescimento econômico e os empregos estão estagnados há anos. Nas favelas, as crianças podem ganhar entre cinco e dez vezes o valor do salário mínimo lidando com drogas e não há nem mesmo outras oportunidades de emprego.

Em parte, estes problemas podem ser resolvidos com crescimento econômico, educação e programas sociais. Mas controles mais eficazes para conter o tráfico de drogas e armas também são necessários. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu governo têm trabalhado em muitas destas questões com grande entusiasmo, mas com sucesso variável.

O progresso tem sido lento na frente econômica e da educação, apesar de outros esforços parecerem mais promissores. Neste ano, o governo fornecerá moradia de baixa renda e concederá títulos de propriedade para 217 mil famílias pobres. Seu principal programa social, que concede subsídios para as famílias se estas enviarem seus filhos para a escola e realizarem exames médicos periódicos, também mudará sua atenção do campo para as cidades, principalmente as favelas.

Uma dura legislação para armas foi aprovada no ano passado e a polícia federal e a Força Aérea estão aumentando os controles de tráfego aéreo para impedir a entrada de drogas vindas da Colômbia. Todavia, os controles são insuficientes devido à falta de recursos e determinação, assim como a corrupção.

No Rio de Janeiro, particularmente na Rocinha, um dos principais pontos de distribuição de drogas da cidade, a maior e mais imediata responsabilidade é do governo estadual, mas ele carece de capacidade de liderança e administração para colocar em prática políticas sociais e ação policial eficazes.

Se havia alguma dúvida de que as gangues de drogas começaram a substituir a autoridade do Estado em muitas favelas, a imagem de centenas de moradores da Rocinha lamentando a morte de Lulu forneceu ampla evidência nesta semana.

Foi ele, e não o Estado, que os ajudou a arcar com suas necessidades básicas. Confinar os moradores nas favelas não é resposta. O governo deveria fazer o oposto e criar mais áreas públicas -como campos de futebol ou cinemas a preço acessível.

Os adolescentes desempregados e desiludidos que vivem em cômodos apertados com famílias que, atualmente, não têm para onde ir. Em um projeto co-patrocinado pela Unesco, as escolas de várias favelas do país abriram suas portas para a comunidade e os resultados preliminares mostraram uma redução notável nos índices de criminalidade.

As favelas do Brasil estão repletas de organizações não-governamentais que fornecem treinamento profissional e suprem creches e outros programas comunitários. Muitas empresas locais apóiam tais iniciativas e muitas mais estão dispostas a fazê-lo.

O governo precisa explorar e coordenar tais esforços. Uma presença permanente de uma polícia comunitária que conheça e seja conhecida no bairro provou ser eficaz nas favelas de São Paulo. Os policiais que mudam para bairros diferentes todo mês temem os moradores e são temidos por eles.

Rosinha Mateus, que assumiu o governo do Rio no lugar de Anthony Garotinho, seu marido -atualmente seu secretário de Segurança Pública- também precisa combater a corrupção desenfreada na polícia. Alguns policiais estão na folha de pagamento dos traficantes de drogas e armas.

Além disso, a polícia precisa ser equipada para responder com força apropriada quando necessário. Com exceção de uma pequena força de elite, os policiais enviados para a Rocinha para enfrentar as gangues do tráfico, munidas de metralhadores e granadas, contavam com pouco mais do que revólveres enferrujados e careciam de coletes. Mas um maior uso de inteligência e ataques preventivos limitados seriam bem mais eficazes do que a ocupação de uma favela.

Os líderes do governo não estão dando ouvidos às idéias sensíveis que poderiam ajudar a melhorar a vida nas favelas. Quando a proposta para a construção de muros foi recebida com cinismo e até revolta, o governo apenas sugeriu que a construção de uma cerca poderia ser melhor.

Tradução: George El Khouri Andolfato
 
Ao meu ver, o problema mesmo é a cituação ter chegado á este estado, a policia trabalha muito bem, adimiravel é o sua ação...
Contudo, uma coisa eu tenho à critica-los, porque deixaram a cituação chegar à isso ? ora, o policiamento era feito só nas cidades ricas, raras favelas tinham vigias que rondavam para ver se algo se formava lá, ( como no reino de morgoth ! :roll: ) Por isso o povo de lá começou a ser dominado por um poder muito superior que o deles, e somente quando a policia se deu conta, é que ela queria subir o morro para ver oque estava ocorrendo por lá ... era tarde.
 

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