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Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força (2015)

Pensei que você ia postar aqui os posts do Rafael Falcón (é isso mesmo?), @Calib . :lol:


Eu nem ia postar, porque parece provocação neste ambiente, ao passo que na minha própria timeline do Facebook já não surte o mesmo efeito. Mas só porque você provocou eu ponho aí em spoiler:

#‎starwars‬ fanboys gonna hate

"É muito triste reconhecer o prejuízo que a gente sofreu por ter impregnado nossa imaginação com simbolismo mequetrefe. Star Wars é assim. Acho que nunca vou conseguir não gostar dos primeiros episódios, mas o fato é que até Harry Potter tem um simbolismo mais eficiente, mais rico, mais útil à vida. Só assistirei a esse episódio novo se tiver testemunhos MUITO SÓLIDOS a favor."

***

"Harry Potter é bobinho, mas tem uma divisão de valores real. A diferença entre os bons e os maus é que os bons se sacrificam uns pelos outros, e os maus só querem realizar suas próprias ambições. Mal para a cabeça isso não faz."

***

"A oposição entre Jedi e Sith é completamente traduzível em "desejo de controle vs. liberação das paixões". Além de não ter nenhuma riqueza simbólica, é uma oposição falsa, porque não faz sentido controlar as paixões sem liberá-las quando é apropriado. Ao isolar uma força da outra, representando-as como Fogo e Água, George Lucas criou a luta entre "reprimidos" e "porras-loucas". Ou seja, não importa o lado que você escolha, é todo mundo maluco naquela bosta."

***

"Acho que o único sujeito mentalmente saudável em Star Wars é o Han Solo."

***

"George Lucas é pior que um psicanalista de tv. Ele é um guru espiritual New Age."

***

"Darth Vader é só um cara muito confuso. Não é para menos. Quem não ficaria confuso num mundo em que os maiores valores possíveis são "serenidade vs. liberdade"? Dane-se sua serenidade, eu quero salvar a vida da minha mulher -- esses Jedi são loucos, como diria o Obelix. Mas aí você tem de ir para o lado negro, porque todo mundo sabe que querer salvar quem você ama acaba transformando qualquer um num ditador sanguinário. Vai te catar, George Lucas."

***

"Você passa a infância assistindo a esses filmes simbolicamente esquizofrênicos (e tecnicamente estupendos, impressionantes, empolgantes, etc.), e depois é claro que acha, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, que tem de escolher entre os seus "sentimentos pessoais" e "valores morais". No fundo do seu inconsciente, você acha que ajudar sua mãe é pecado, certo mesmo é não falar palavrão. Olha, também adoro Star Wars, mas é lixo tóxico e produz infelicidade. Vão ler a Eneida, que era o que o pessoal estóico DE VERDADE lia."

***

"Anakin Skywalker tem de aceitar a morte da esposa. Enéias tem de abandonar a mulher amada. Qual é a diferença? O motivo. Anakin tem de aceitar porque os "sentimentos pessoais" são perigosos, Yoda knows best, o importante é ter serenidade e equilíbrio -- não tem conteúdo algum aqui, é só moralismo ôco. Enéias tem de abandonar Dido porque há uma incompatibilidade entre dois bens, e o outro, que é a fundação de Roma, é mais importante que esse. Essa é toda a diferença entre moral e uma caricatura diabólica de moralidade."

***

"Serenidade sem propósito é apatia. Poder sem propósito é vaidade. Posto entre a apatia e a vaidade, o homem talentoso sempre escolhe a vaidade, e o medíocre, a apatia. Moralmente, ambas as escolhas são péssimas; e se a vaidade causa males por suas ações, a apatia causa outros tantos por omissão."

***

"Quem pensou que eu não devia falar de filmes blockbuster, dê uma zapeada pelos comentários dos últimos updates. Poucas pessoas entendem a diferença entre um sacrifício moral autêntico e uma renúncia ôca, como a dos Jedi. É um ponto cego na educação do sujeito, um obstáculo invisível que fica ali impedindo que ele entenda as coisas. Se você sofre disso, é em vão que lê Dostoiévski."

***

"Depois que você internaliza um símbolo, é quase impossível removê-lo da mente. É preciso fazer uma verdadeira descida aos infernos, em que você confronta cada imagem, e o sentimento de profundidade associado a ela, com a realidade da sua vida. É uma coisa ridícula descer ao fundo da alma e descobrir lá dentro pokémons, lutadores de Dragon Ball e sabres de luz? Sem dúvida. Mas idolatrá-los inconscientemente é ainda mais ridículo. Você não tem que deixar de gostar de nada disso. Nunca deixarei de gostar de Star Wars e Cavaleiros do Zodíaco. Mas não tem nada de errado em admitir que gosta porque tem efeitos especiais ou porque te lembra dos lanches que sua mãe fazia na hora do desenho. Você precisa trocar esses símbolos por outros, que funcionem."

***

"Ainda tem um pessoal que vai ler a Bíblia, ou alguma grande obra da literatura, e diz: olha só! Lembra que o Luke entrava numa caverna e lutava contra si mesmo? Isso parece um pouco com Ulisses descendo aos infernos. Ou: o sacrifício de Shiryu de Dragão ecoa o de Jesus Cristo. Meu Deus do Céu, vocês não percebem que estão se recusando a absorver um símbolo novo e mais rico? O conforto e a familiaridade do símbolo anterior aprisionaram vocês. Não duvido que haja milhões de cristãos por aí cuja fé, inconscientemente, é embasada num episódio de Digimon; ou filósofos que dependem do simbolismo de Star Trek para entender Kant."

-- Rafael Falcón
 
Eu nem ia postar, porque parece provocação neste ambiente, ao passo que na minha própria timeline do Facebook já não surte o mesmo efeito. Mas só porque você provocou eu ponho aí em spoiler:

#‎starwars‬ fanboys gonna hate

"É muito triste reconhecer o prejuízo que a gente sofreu por ter impregnado nossa imaginação com simbolismo mequetrefe. Star Wars é assim. Acho que nunca vou conseguir não gostar dos primeiros episódios, mas o fato é que até Harry Potter tem um simbolismo mais eficiente, mais rico, mais útil à vida. Só assistirei a esse episódio novo se tiver testemunhos MUITO SÓLIDOS a favor."

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"Harry Potter é bobinho, mas tem uma divisão de valores real. A diferença entre os bons e os maus é que os bons se sacrificam uns pelos outros, e os maus só querem realizar suas próprias ambições. Mal para a cabeça isso não faz."

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"A oposição entre Jedi e Sith é completamente traduzível em "desejo de controle vs. liberação das paixões". Além de não ter nenhuma riqueza simbólica, é uma oposição falsa, porque não faz sentido controlar as paixões sem liberá-las quando é apropriado. Ao isolar uma força da outra, representando-as como Fogo e Água, George Lucas criou a luta entre "reprimidos" e "porras-loucas". Ou seja, não importa o lado que você escolha, é todo mundo maluco naquela bosta."

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"Acho que o único sujeito mentalmente saudável em Star Wars é o Han Solo."

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"George Lucas é pior que um psicanalista de tv. Ele é um guru espiritual New Age."

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"Darth Vader é só um cara muito confuso. Não é para menos. Quem não ficaria confuso num mundo em que os maiores valores possíveis são "serenidade vs. liberdade"? Dane-se sua serenidade, eu quero salvar a vida da minha mulher -- esses Jedi são loucos, como diria o Obelix. Mas aí você tem de ir para o lado negro, porque todo mundo sabe que querer salvar quem você ama acaba transformando qualquer um num ditador sanguinário. Vai te catar, George Lucas."

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"Você passa a infância assistindo a esses filmes simbolicamente esquizofrênicos (e tecnicamente estupendos, impressionantes, empolgantes, etc.), e depois é claro que acha, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, que tem de escolher entre os seus "sentimentos pessoais" e "valores morais". No fundo do seu inconsciente, você acha que ajudar sua mãe é pecado, certo mesmo é não falar palavrão. Olha, também adoro Star Wars, mas é lixo tóxico e produz infelicidade. Vão ler a Eneida, que era o que o pessoal estóico DE VERDADE lia."

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"Anakin Skywalker tem de aceitar a morte da esposa. Enéias tem de abandonar a mulher amada. Qual é a diferença? O motivo. Anakin tem de aceitar porque os "sentimentos pessoais" são perigosos, Yoda knows best, o importante é ter serenidade e equilíbrio -- não tem conteúdo algum aqui, é só moralismo ôco. Enéias tem de abandonar Dido porque há uma incompatibilidade entre dois bens, e o outro, que é a fundação de Roma, é mais importante que esse. Essa é toda a diferença entre moral e uma caricatura diabólica de moralidade."

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"Serenidade sem propósito é apatia. Poder sem propósito é vaidade. Posto entre a apatia e a vaidade, o homem talentoso sempre escolhe a vaidade, e o medíocre, a apatia. Moralmente, ambas as escolhas são péssimas; e se a vaidade causa males por suas ações, a apatia causa outros tantos por omissão."

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"Quem pensou que eu não devia falar de filmes blockbuster, dê uma zapeada pelos comentários dos últimos updates. Poucas pessoas entendem a diferença entre um sacrifício moral autêntico e uma renúncia ôca, como a dos Jedi. É um ponto cego na educação do sujeito, um obstáculo invisível que fica ali impedindo que ele entenda as coisas. Se você sofre disso, é em vão que lê Dostoiévski."

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"Depois que você internaliza um símbolo, é quase impossível removê-lo da mente. É preciso fazer uma verdadeira descida aos infernos, em que você confronta cada imagem, e o sentimento de profundidade associado a ela, com a realidade da sua vida. É uma coisa ridícula descer ao fundo da alma e descobrir lá dentro pokémons, lutadores de Dragon Ball e sabres de luz? Sem dúvida. Mas idolatrá-los inconscientemente é ainda mais ridículo. Você não tem que deixar de gostar de nada disso. Nunca deixarei de gostar de Star Wars e Cavaleiros do Zodíaco. Mas não tem nada de errado em admitir que gosta porque tem efeitos especiais ou porque te lembra dos lanches que sua mãe fazia na hora do desenho. Você precisa trocar esses símbolos por outros, que funcionem."

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"Ainda tem um pessoal que vai ler a Bíblia, ou alguma grande obra da literatura, e diz: olha só! Lembra que o Luke entrava numa caverna e lutava contra si mesmo? Isso parece um pouco com Ulisses descendo aos infernos. Ou: o sacrifício de Shiryu de Dragão ecoa o de Jesus Cristo. Meu Deus do Céu, vocês não percebem que estão se recusando a absorver um símbolo novo e mais rico? O conforto e a familiaridade do símbolo anterior aprisionaram vocês. Não duvido que haja milhões de cristãos por aí cuja fé, inconscientemente, é embasada num episódio de Digimon; ou filósofos que dependem do simbolismo de Star Trek para entender Kant."

-- Rafael Falcón

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Que lixo. Quase toda a análise dele do Vader, dos Jedi e dos Sith é baseada nos prequels e no expanded universe. Pior ainda, o cara julga Cavaleiros do Zodíaco pelo "desenho"? Ok, pode ficar com o Dócrates, o Cavaleiro de Golfinho, e o com o Vader do Hayden.
 
Última edição:
Eu nem ia postar, porque parece provocação neste ambiente, ao passo que na minha própria timeline do Facebook já não surte o mesmo efeito. Mas só porque você provocou eu ponho aí em spoiler:

#‎starwars‬ fanboys gonna hate

"É muito triste reconhecer o prejuízo que a gente sofreu por ter impregnado nossa imaginação com simbolismo mequetrefe. Star Wars é assim. Acho que nunca vou conseguir não gostar dos primeiros episódios, mas o fato é que até Harry Potter tem um simbolismo mais eficiente, mais rico, mais útil à vida. Só assistirei a esse episódio novo se tiver testemunhos MUITO SÓLIDOS a favor."

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"Harry Potter é bobinho, mas tem uma divisão de valores real. A diferença entre os bons e os maus é que os bons se sacrificam uns pelos outros, e os maus só querem realizar suas próprias ambições. Mal para a cabeça isso não faz."

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"A oposição entre Jedi e Sith é completamente traduzível em "desejo de controle vs. liberação das paixões". Além de não ter nenhuma riqueza simbólica, é uma oposição falsa, porque não faz sentido controlar as paixões sem liberá-las quando é apropriado. Ao isolar uma força da outra, representando-as como Fogo e Água, George Lucas criou a luta entre "reprimidos" e "porras-loucas". Ou seja, não importa o lado que você escolha, é todo mundo maluco naquela bosta."

***

"Acho que o único sujeito mentalmente saudável em Star Wars é o Han Solo."

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"George Lucas é pior que um psicanalista de tv. Ele é um guru espiritual New Age."

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"Darth Vader é só um cara muito confuso. Não é para menos. Quem não ficaria confuso num mundo em que os maiores valores possíveis são "serenidade vs. liberdade"? Dane-se sua serenidade, eu quero salvar a vida da minha mulher -- esses Jedi são loucos, como diria o Obelix. Mas aí você tem de ir para o lado negro, porque todo mundo sabe que querer salvar quem você ama acaba transformando qualquer um num ditador sanguinário. Vai te catar, George Lucas."

***

"Você passa a infância assistindo a esses filmes simbolicamente esquizofrênicos (e tecnicamente estupendos, impressionantes, empolgantes, etc.), e depois é claro que acha, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, que tem de escolher entre os seus "sentimentos pessoais" e "valores morais". No fundo do seu inconsciente, você acha que ajudar sua mãe é pecado, certo mesmo é não falar palavrão. Olha, também adoro Star Wars, mas é lixo tóxico e produz infelicidade. Vão ler a Eneida, que era o que o pessoal estóico DE VERDADE lia."

***

"Anakin Skywalker tem de aceitar a morte da esposa. Enéias tem de abandonar a mulher amada. Qual é a diferença? O motivo. Anakin tem de aceitar porque os "sentimentos pessoais" são perigosos, Yoda knows best, o importante é ter serenidade e equilíbrio -- não tem conteúdo algum aqui, é só moralismo ôco. Enéias tem de abandonar Dido porque há uma incompatibilidade entre dois bens, e o outro, que é a fundação de Roma, é mais importante que esse. Essa é toda a diferença entre moral e uma caricatura diabólica de moralidade."

***

"Serenidade sem propósito é apatia. Poder sem propósito é vaidade. Posto entre a apatia e a vaidade, o homem talentoso sempre escolhe a vaidade, e o medíocre, a apatia. Moralmente, ambas as escolhas são péssimas; e se a vaidade causa males por suas ações, a apatia causa outros tantos por omissão."

***

"Quem pensou que eu não devia falar de filmes blockbuster, dê uma zapeada pelos comentários dos últimos updates. Poucas pessoas entendem a diferença entre um sacrifício moral autêntico e uma renúncia ôca, como a dos Jedi. É um ponto cego na educação do sujeito, um obstáculo invisível que fica ali impedindo que ele entenda as coisas. Se você sofre disso, é em vão que lê Dostoiévski."

***

"Depois que você internaliza um símbolo, é quase impossível removê-lo da mente. É preciso fazer uma verdadeira descida aos infernos, em que você confronta cada imagem, e o sentimento de profundidade associado a ela, com a realidade da sua vida. É uma coisa ridícula descer ao fundo da alma e descobrir lá dentro pokémons, lutadores de Dragon Ball e sabres de luz? Sem dúvida. Mas idolatrá-los inconscientemente é ainda mais ridículo. Você não tem que deixar de gostar de nada disso. Nunca deixarei de gostar de Star Wars e Cavaleiros do Zodíaco. Mas não tem nada de errado em admitir que gosta porque tem efeitos especiais ou porque te lembra dos lanches que sua mãe fazia na hora do desenho. Você precisa trocar esses símbolos por outros, que funcionem."

***

"Ainda tem um pessoal que vai ler a Bíblia, ou alguma grande obra da literatura, e diz: olha só! Lembra que o Luke entrava numa caverna e lutava contra si mesmo? Isso parece um pouco com Ulisses descendo aos infernos. Ou: o sacrifício de Shiryu de Dragão ecoa o de Jesus Cristo. Meu Deus do Céu, vocês não percebem que estão se recusando a absorver um símbolo novo e mais rico? O conforto e a familiaridade do símbolo anterior aprisionaram vocês. Não duvido que haja milhões de cristãos por aí cuja fé, inconscientemente, é embasada num episódio de Digimon; ou filósofos que dependem do simbolismo de Star Trek para entender Kant."

-- Rafael Falcón
Eu li tudo isso ontem. Sabe o que eu pensei?
Grandes bosta o que esse cara acha. Olha a cara de todos preocupados com a opinião dele.
Só que não.
Enfim, eu quero ir assistir, mas como eu moro no fim do mundo, aqui ainda não tem ingresso pra vender. Nem sei se vai estrear no dia mesmo ou não. Quando estiver mais perto da data eu vou até lá no cinema pra ver e comprar o ingresso. Minha única preocupação é pegar a primeira sexta feira que estiver passando pq não quero ter que assistir dublado.
 
Que lixo. Quase toda a análise dele do Vader, dos Jedi e dos Sith são baseados nos prequels e no expanded universe. Pior ainda, o cara julga Cavaleiros do Zodíaco pelo "desenho"? Ok, pode ficar com o Dócrates, o Cavaleiro de Golfinho, e o com o Vader do Hayden.

Foi a mesma coisa que eu disse pro @Calib : enquanto o George Lucas tava naquela de misturar Kurosawa com Faroeste e Jornada do Heroi, a história funcionava. Contudo, quando ele estabelece a política e a religião desse universo na segunda trilogia, de uma forma pra lá de maniqueísta, infelizmente ele compromete mesmo a primeira trilogia, pois faz a gente repensar o papel do jedi de acordo com a segunda. Pensem em Império: Luke deixa Yoda pra salvar Leia porque isso é o que um heroi faria. Agora pegue Ataque: Anakin vem sendo doutrinado numa forma de pensar que não traz nenhum resultado significativo para aquela sociedade - os jedis estão ali apenas para impedir uma tomada do poder pelos sith. Eu diria mais: são um bando de parasitas clericais! Aí o cara sente que a mãe deve estar com problemas e... se espera que ele deixe isso de lado? Que raios de guerreiros do bem e da justiça são esses? Olha, é por essas e outras que eu digo que os jedis colheram o que plantaram em Vingança. :tsc:
 
Eu nem ia postar, porque parece provocação neste ambiente, ao passo que na minha própria timeline do Facebook já não surte o mesmo efeito. Mas só porque você provocou eu ponho aí em spoiler:

#‎starwars‬ fanboys gonna hate

"É muito triste reconhecer o prejuízo que a gente sofreu por ter impregnado nossa imaginação com simbolismo mequetrefe. Star Wars é assim. Acho que nunca vou conseguir não gostar dos primeiros episódios, mas o fato é que até Harry Potter tem um simbolismo mais eficiente, mais rico, mais útil à vida. Só assistirei a esse episódio novo se tiver testemunhos MUITO SÓLIDOS a favor."

***

"Harry Potter é bobinho, mas tem uma divisão de valores real. A diferença entre os bons e os maus é que os bons se sacrificam uns pelos outros, e os maus só querem realizar suas próprias ambições. Mal para a cabeça isso não faz."

***

"A oposição entre Jedi e Sith é completamente traduzível em "desejo de controle vs. liberação das paixões". Além de não ter nenhuma riqueza simbólica, é uma oposição falsa, porque não faz sentido controlar as paixões sem liberá-las quando é apropriado. Ao isolar uma força da outra, representando-as como Fogo e Água, George Lucas criou a luta entre "reprimidos" e "porras-loucas". Ou seja, não importa o lado que você escolha, é todo mundo maluco naquela bosta."

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"Acho que o único sujeito mentalmente saudável em Star Wars é o Han Solo."

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"George Lucas é pior que um psicanalista de tv. Ele é um guru espiritual New Age."

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"Darth Vader é só um cara muito confuso. Não é para menos. Quem não ficaria confuso num mundo em que os maiores valores possíveis são "serenidade vs. liberdade"? Dane-se sua serenidade, eu quero salvar a vida da minha mulher -- esses Jedi são loucos, como diria o Obelix. Mas aí você tem de ir para o lado negro, porque todo mundo sabe que querer salvar quem você ama acaba transformando qualquer um num ditador sanguinário. Vai te catar, George Lucas."

***

"Você passa a infância assistindo a esses filmes simbolicamente esquizofrênicos (e tecnicamente estupendos, impressionantes, empolgantes, etc.), e depois é claro que acha, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, que tem de escolher entre os seus "sentimentos pessoais" e "valores morais". No fundo do seu inconsciente, você acha que ajudar sua mãe é pecado, certo mesmo é não falar palavrão. Olha, também adoro Star Wars, mas é lixo tóxico e produz infelicidade. Vão ler a Eneida, que era o que o pessoal estóico DE VERDADE lia."

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"Anakin Skywalker tem de aceitar a morte da esposa. Enéias tem de abandonar a mulher amada. Qual é a diferença? O motivo. Anakin tem de aceitar porque os "sentimentos pessoais" são perigosos, Yoda knows best, o importante é ter serenidade e equilíbrio -- não tem conteúdo algum aqui, é só moralismo ôco. Enéias tem de abandonar Dido porque há uma incompatibilidade entre dois bens, e o outro, que é a fundação de Roma, é mais importante que esse. Essa é toda a diferença entre moral e uma caricatura diabólica de moralidade."

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"Serenidade sem propósito é apatia. Poder sem propósito é vaidade. Posto entre a apatia e a vaidade, o homem talentoso sempre escolhe a vaidade, e o medíocre, a apatia. Moralmente, ambas as escolhas são péssimas; e se a vaidade causa males por suas ações, a apatia causa outros tantos por omissão."

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"Quem pensou que eu não devia falar de filmes blockbuster, dê uma zapeada pelos comentários dos últimos updates. Poucas pessoas entendem a diferença entre um sacrifício moral autêntico e uma renúncia ôca, como a dos Jedi. É um ponto cego na educação do sujeito, um obstáculo invisível que fica ali impedindo que ele entenda as coisas. Se você sofre disso, é em vão que lê Dostoiévski."

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"Depois que você internaliza um símbolo, é quase impossível removê-lo da mente. É preciso fazer uma verdadeira descida aos infernos, em que você confronta cada imagem, e o sentimento de profundidade associado a ela, com a realidade da sua vida. É uma coisa ridícula descer ao fundo da alma e descobrir lá dentro pokémons, lutadores de Dragon Ball e sabres de luz? Sem dúvida. Mas idolatrá-los inconscientemente é ainda mais ridículo. Você não tem que deixar de gostar de nada disso. Nunca deixarei de gostar de Star Wars e Cavaleiros do Zodíaco. Mas não tem nada de errado em admitir que gosta porque tem efeitos especiais ou porque te lembra dos lanches que sua mãe fazia na hora do desenho. Você precisa trocar esses símbolos por outros, que funcionem."

***

"Ainda tem um pessoal que vai ler a Bíblia, ou alguma grande obra da literatura, e diz: olha só! Lembra que o Luke entrava numa caverna e lutava contra si mesmo? Isso parece um pouco com Ulisses descendo aos infernos. Ou: o sacrifício de Shiryu de Dragão ecoa o de Jesus Cristo. Meu Deus do Céu, vocês não percebem que estão se recusando a absorver um símbolo novo e mais rico? O conforto e a familiaridade do símbolo anterior aprisionaram vocês. Não duvido que haja milhões de cristãos por aí cuja fé, inconscientemente, é embasada num episódio de Digimon; ou filósofos que dependem do simbolismo de Star Trek para entender Kant."

-- Rafael Falcón
Eu vejo de certa forma (e acho que George Lucas deveria explorar melhor isso, se tivesse mais bagagem filosófica) a oposição jedis vs. sith como a oposição entre negação ou afirmação da vontade, em Schopenhauer, ou moral do escravo e moral do senhor, em Nietzsche, ou morrer para o mundo vs. a vida mundana no catolicismo... É claro que os dois tipos de postura soam idealizados, e é totalmente esperado que a Ordem Jedi soe atípica, religiosa, não se trata meramente de uma universidade ou de uma academia de artes marciais. Isso não torna Star Wars mais forçado do que um filme sci-fi típico, a princípio trata-se de posturas de jedis ou siths, que não são pessoas comuns, não cabe cobrar dos jedis e siths comportamento análogo ao de cidadãos comuns. Parece o outro tópico de pessoal de fora querendo corrigir a Igreja Católica, nem a Ordem Jedi deixam em paz. :lol:

O negócio de ajudar a mãe, pelo que entendi do filme, e faz tempo que vi... a morte da mãe era inevitável, é como uma visão privilegiada do futuro. "Ah, Anakin poderia impedir o futuro de acontecer". Para mim estava subentendido que o fenômeno desse tipo de visão profética era conhecido entre os jedis e que eles sabiam que tentar mudar esse futuro era inútil. Claro que seria legal que isso fosse dito claramente, mas faz parte do papel do espectador interpretar as coisas do jeito menos idiota possível, se fosse possível salvar a mãe, como salvar qualquer pessoa, eles o fariam, sem nem envolver Anakin nisso. Eles não tem uma política de não-intervenção pura e simples, do contrário não interveriam nos assuntos da República, inclusive protegendo políticos individuais como Padme.
 
Última edição:
Eu acho genial a forma como os Jedis são apresentados na trilogia clássica. Lá são apenas dois os personagens que são apresentados inicialmente como "Mestres Jedis", que são o Obi-Wan e o Yoda. O Obi-Wan tem um estilo muito mais de "sabedoria". É agir com sabedoria, mas ele desde o início do A New Hope instiga no Luke o espírito bélico dele, de se tornar um Jedi para partir para a guerra. Não tem nada de apatia. É muito mais uma sabedoria de Minerva, a guerra justa, enquanto os Siths abraçariam mais o estilo de Marte, de entrar na guerra pela ambição.

O Yoda, por outro lado, tem um estilo muito diferente do Obi-Wan. É muito mais zen, de manter a mente limpa para atingir a completude com o Todo do universo. É um estilo muito mais budista. É o poder através do "Não agir". Porque, quando for agir, é para ser absoluto e isento de fraqueza. "Do. Or do not. There is no try".

Já o Luke, que se tornou um Jedi praticamente apenas no Episódio VI, é um tipo de Jedi que não abre mão do desejo. Ele vislumbra os medos dele (de perder os amigos, a Leia e o Hans), e utiliza a impulsividade dele para fazer o Bem. É aquele que encara o Lado Negro, mas que resiste e se mantém íntegro. O Luke é tudo o que o Anakin não conseguiu ser. É outro estilo de Jedi, também muito interessante.
 
Já o Luke, que se tornou um Jedi praticamente apenas no Episódio VI, é um tipo de Jedi que não abre mão do desejo. Ele vislumbra os medos dele (de perder os amigos, a Leia e o Hans), e utiliza a impulsividade dele para fazer o Bem. É aquele que encara o Lado Negro, mas que resiste e se mantém íntegro. O Luke é tudo o que o Anakin não conseguiu ser. É outro estilo de Jedi, também muito interessante.

Ou seja, a profecia sobre quem traria equilíbrio à Força realmente levou mais uns 20 anos pra ser cumprida. :lol:
 
Isso não torna Star Wars mais forçado do que um filme sci-fi típico, a princípio trata-se de posturas de jedis ou siths, que não são pessoas comuns, não cabe cobrar dos jedis e siths comportamento análogo ao de cidadãos comuns. Parece o outro tópico de pessoal de fora querendo corrigir a Igreja Católica, nem a Ordem Jedi deixam em paz. :lol:

Ah, mas é bom lembrar que assim como a Igreja Católica, a Ordem Jedi também se intromete em questões de Estado. Talvez não seja o caso de questionar como a Ordem se rege, mas se realmente há a necessidade de ela existir considerando quão arbitrários eles podem ser - se intrometeram na briga entre a Federação e Naboo, mas não fizeram nada pelos escravos de Tatooine. Sem contar que o ataque à Palpatine foi o cúmulo: eles estavam decididos a matar quando as próprias regras deles definem que isso só deve acontecer em um duelo justo - rebaixar-se à injustiça seria igualar-se aos sith. São um bando de hipócritas. :lol:
 

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