• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Sherlock Holmes

Sherlock arrasa! Sempre tive muita vontade de lê-lo, ganhei há 4 anos uma coletânea completa com todos os livros/contos publicados em inglês! *-* Uma edição bem trabalhada, capa dura, papel bacana, único probleminha foi a fonte (miúda e a diagramação do livro estilo 'jornal' -duas colunas-, eu lia 2 páginas e jurava que já havia lido 20 =x ) mas isso é contornado pelo entusiasmo das histórias.

Nunca li nenhum Sherlock em português, logo não posso opinar por uma edição ou outra. Mas, há pouco vi uma edição (não lembro a editora) traduzida por Louísa Ibañes, então altamente recomendada! Se bem que o preço era bem salgado...
 
Olá pessoal, gosto muito de Sherlock Holmes embora minha preferência número um seja Poirot.

Tenho uma coleção de Sherlock do Círculo do Livro, se não me engano são 7 volumes, paguei cerca de R$ 50,00 num sebo, não pretendia comprar todos, visto que tinha dois livros com as aventuras de Serlock, todavia, o livreiro se negou me vender os livros em separado, então... bjs da angel
;)
 
Terminei de ler esse ano o livro!!!!
Me surpreendi, as histórias são excelentes, bem estruturadas, e as soluções? Depois que a gente lê pensa: bah que fácil....
Mas teve duas coisas que me chamaram a atenção, alguns títulos hilários e o fato de que sempre que Sherlock e Watson estavam discutando um caso, lendo uma mensagem, o cliente estava chegando.

Era muito mais que esperava, e com certeza faz jus à boa fama que tem.
 
The mental features discoursed of as the analytical, are, in themselves, but little susceptible of analysis.

[align=right]Edgar Allan Poe, in The murder in the rue Morgue.[/align]

Antes de Sherlock Holmes ter nascido, melhor, antes de Arthur Conan Doyle ter criado a sua famosa personagem, na Inglaterra vitoriana, do outro lado do oceano, nos USA, de primórdios do século XIX, Edgar Allan Poe escrevia "Os crimes da rua Morgue", onde, pela primeira vez, surge o detective Dupin. Este mora em Paris, com um amigo próximo que narrara as suas aventuras, lembra-nos Sherlock e Watson - pois Poe foi o precursor.

O primeiro género policial nasce nos USA, com a mente brilhante de Poe ao escrever "Os crimes na rua Morgue": duas mulheres - Madame L'Espanaye e a sua filha - são encontradas assassinadas na rua Morgue, em Paris, e, é nesse ambiente que entra C. August Dupin. Os métodos usados não se afastam de Holmes ou Poirot, o próprio autor (Allan Poe) referia-se ao seu livro como sendo "um conto de raciocínio".
A cidade de Paris entra em pânico ao saber dos assassinatos, inúmeras testemunhas apontam para um suspeito, no entanto levam a diferentes pistas.

Na cena do crime, Dupin, descobre amostras de pelos que não parecem ser humanos, assim sendo, o detective coloca vários anúncios em jornais perguntando se alguém perdeu algum orangotango, até receber a resposta de um vendedor. Assim, com as provas completas, Dupin explica como o animal cometeu os crimes na rua Morgue.

Numa carta a um amigo Poe descreve o livro : "Crimes na rua Morgue foi o exercício de uma ingenua forma de solucionar um crime". Dupin não é um verdadeiro detective, ele apenas começa a resolver os crimes na rua Morgue para divertimento próprio. Tem um forte desejo por descobrir a verdade e retirar as falsas acusações que caíram sobre um inocente. Os seus interesses não são financeiros, e chega até a recusar uma considerável soma de dinheiro.

Quando o livro foi escrito, não existia propriamente uma "ciência do crime". Em Londres, Inglaterra, surgia pela primeira vez uma força policial, e, nos USA, as cidades começavam pela primeira vez a concentrar-se-se num trabalho policial cientifico.

Se recuarmos mais no tempo, até ao Iluminismo, encontramos uma obra de Voltair: "Zadig".Conta a história de Zadig, um filósofo da antiga Babilónia, que realiza várias formas de análise. Que terá servido de inspiração ao escritor. Antes de iniciar os seus romances policiais, Poe, realizou vários trabalhos de análise, onde podemos encontrar o ensaio: "Maezel's Cess Player". O mundo à muito que está esquecido do famoso "Turco", um boneco automático que jogava Xadrez, diz a lenda que derrotou Napoleão num dos inúmeros desafios. Neste ensaio, Poe, tenta desmascarar o boneco fraudulento. O racional sobre a irracionalidade. A mente sobre o corpo. Anos mais tarde, Sherlock Holmes diria: "Elimine o impossível, assim, o improvável, por mais estranho que pareça, deve ser a verdade."

A razão pela qual Sherlock ou Poirot são mais famosos do que Dupin reveste-se no facto de Poe ter morrido precocemente, e apenas ter deixado três obras do grande detective:

- "Murder in the rue Morgue";
- "The mistery of Marie Roget"
- "The purloined letter"

Poe morreu em 1840 com apenas 40 anos.

"Meu nome é Sherlock Holmes, é meu negócio saber o que as outras pessoas não sabem." in A aventura do carbúnculo azul (1891-92)

Na Inglaterra vitoriana, um médico, Arthur Conan Doyle, cria uma personagem com base em Dupin: Sherlock Holmes. Dizer "baseado" é relativo, porque a personagem que levou Conan Doyle a criar Holmes foi o seu antigo professor de medicina em Edinburgo, o dr. Joseph Bell: "Era magro, vigoroso, com rosto agudo, nariz aquilino, olhos cinzentos penetrantes, ombros rectos e um jeito sacudido de andar. A voz era esganiçada. Era um cirurgião muito capaz, mas seu ponto forte era a diagnose, não só de doenças, mas de ocupações e caracteres." Tal como Holmes ou Dupin, Bell, solucionava crimes nos tempos livres, não aceitando qualquer recompensa ou reconhecimento. E Doyle apenas criou Holmes para ganhar uma pouca libras de modo a pagar algumas dividas, não imaginava o sucesso da sua obra, e quando esse sucesso se "descontrolou", o criador, mata a sua criação, nas cataratas de Reichenbach, na luta com o seu arqui-inimigo Moriathy. O público não gostou, e chegou ao ponto de desfilar nas ruas, numa manifestação pacifica com braçadeira negras, de maneira a tentar influenciar o autor a ressuscitar a sua mais famosa criação. Doyle, apenas falo ia anos mais tarde, quando voltou a necessitar de dinheiro.

Na viragem para o século XX, logo após a primeira grande guerra, Doyle deixou de escrever definitivamente as aventuras de Holmes, estas, foram reunidas em vários livros, Holmes pertencia a uma outra época, distante, e que o mundo apenas recordaria como mais uma página na sua história. Agora surgiria uma nova escritora Agatha Christhie, que apresentaria o seu detective em "Um crime em Styles" (ou, noutros títulos, "A primeira investigação de Poirot") onde o detective Belga é apresentado, pela primeira vez. A narrativa mantem-se ao estilo de Dupin e Holmes. Hastings é o fiel companheiro e narra a história.

Christie disse: "Dentro de alguns anos, só quero ser lembrada como uma boa escritora de casos policiais." Assim mesmo ficou imortalizada, a "rainha do crime".
Poirot distingue-se de Holmes. O detective belga é extravagante, usa bigode, tem uma aparência elegante e impecável, já para não falar na sua obseção por ordem e método. Sherlock usa os métodos já conhecidos do grande público, ciências como a dedução, a indução ou a abdução - as análises científicas, o método experimental, a observação, etc. No entanto, Poirot, afirma, que pode resolver um crime estando "apenas sentado na sua poltrona", comparando os seus colegas a "cães de caça humanos" por andarem à procura de pequenas pistas no chão, enquanto que, ele, Poirot ,apenas usa a psicologia humana. Como detective é mais dedutivo e teórico do que experimental.

Outros escritores se seguiriam Rex Stout, Edgar Wallace, Patrícia Highsmith, Mary Higgins Clark entre tantos outros.
Hoje o género policial prossegue misturando misticismo, historia e crime, como é o caso de "O código de da Vinci", e outros tantos que esgotam as vendas um pouco por todo o mundo.
O género policial parece ser um dos mais apreciados, tanto pelo mistério em que o leitor se vê envolvido, como pela acção que se desenrola. O velho dilema: existem ou não crimes perfeitos, subsiste nas nossas mentes. Oscar Wild tem melhores palavras, passo a citar: "Todo o crime é vulgar, exactamente como toda a vulgaridade é um crime".

Texto por: Daniel Sousa

Esse texto é super interessante, principalmente pela ligação que faz de Holmes e Dupin, do Poe. Acredito que vale muito apena ler, apesar de às vezes fugir do interesse do tópico.
 
Muito interessante mesmo esse texto.
Além de aparecer a ligação de Holmes e Dupin, que eu não conhecia, ainda sugere outros autores de livros policiais.
 
Amo Shelorck Holmes, quando era pequena eu me deliciava com ele e ainda me delicio. Do Arthur Conan Doyle não li somente coisas do Sherlock mas tenho tb O Mundo Perdido, ganhei acho q tinha 12 anos, lembro de ter devorado o livro, gostei muito. Tá ai um livro que preciso reler tb :)
 
Essas coisas que vemos na Saraiva são de dar uma dor no coração. Que vontade de comprar, pegar, cheirar e ler, claro! *___*

Adoro Sherlock Holmes, O Cão dos Baskervilles é o melhor livro. O jeito que a história prende, a atmosfera sombria da Inglaterra... Um livro que me deu medo de verdade, mas simplesmente fantástico!
 
Adoro Sherlock, ficava sempre boba com a forma que ele desvendava os casos, sempre tentava raciocinar da mesma forma mas nunca consegui. Fiquei triste quando acabaram as histórias. Ao todo são 72 histórias, contando as novelas, os contos e as peças.

Eu li em um livro que o Sir Arthur não queria mais escrever sobre o Sherlock Holmese resolveu matá-lo (O Último Adeus de Sherlock Holmes) para poder se dedicar a outros livros mas seus fãs ficaram muito bravos, pararam de comprar seus livros e uma senhora chegou a tacar a bolsa nele e chamá-lo de assassino. Então ele teve de ressucitar o detetive (A Volta de Sherlock Holmes).

Tem ainda Aventuras Inéditas de Sherlock Holmes com alguns contos menos conhecidos e alguns que eram um esboço do que viria a se tornar o detetive mais famoso da literatura.

Para quem gosta desse estilo tem uma série de um francês - Maurice Leblanc - sobre um ladrão que ás vezes dá uma de detetive, muito bom e divertido, tem até um livro que é Arsene Lupin contra Herlock Sholmes.
 
comprei um complete sherlock holmes e ele agora é minha leitura noturna. acho que é a primeira vez que estou lendo em inglês, o que é bacana - mas continuo lembrando de tudo. detalhe que já tem aí uns 14 anos desde a época que eu era viciadinha e li todos os contos =P
 
Eu li um ou outro conto do Sherlock, há muito tempo.
Por curiosidade comprei por R$ 14,00 uma edição de bolso, com capa mole (mas bacaninha) e papel áspero, da Melhoramentos: "A vampira de Sussex e outras aventuras".
Como todo mundo que começa a ler Sherlock, não consegui parar até o final e agora quero mais histórias.
Fui na Saraiva e comprei mais quatro volumes, da mesma editora, R$ 14,00 cada exemplar, fiquei tão contente de acha-los, pensei que não iria mais encontrar essas edições de bolso baratinhas.
Não vejo a hora de começar a ler! :eba:

P.S. A Melhoramentos fez essas edições de bolso de livros do Julio Verne também, e no site da própria editora estão mais baratos ainda, vejam aqui. :sim:
 
Eu adoro as histórias do Sherlock Holmes...

Mas chega a um ponto que são forçadas as deduções dele, como por exemplo, saber de onde é o visitante só pelo tipo de barro nas botas dele...:rofl:
 
Marcio Scheibler disse:
Eu adoro as histórias do Sherlock Holmes...

Mas chega a um ponto que são forçadas as deduções dele, como por exemplo, saber de onde é o visitante só pelo tipo de barro nas botas dele...:rofl:

Eu nem vejo as deduções dele como o maior atrativo dos livros, até porque de tão copiadas que foram as tramas do Conan Doyle é inevitável que acabemos por sentir que já "lemos" aquela história e sabemos o final! :sim:
O que estou gostando nos livrinhos é dos diálogos entre ele e o Dr.Watson; da ingenuidade do Watson sempre babando pelo Sherlock e a pose "vejam como sou fodástico" do Sherlock Holmes! :lol:
Também acho legal a descrição dos personagens e da paisagem, ambos geralmente ingleses.
 
Marcio Scheibler disse:
Eu adoro as histórias do Sherlock Holmes...

Mas chega a um ponto que são forçadas as deduções dele, como por exemplo, saber de onde é o visitante só pelo tipo de barro nas botas dele...:rofl:
Marcio como curiosidade: Nas primeiras histórias do Holmes o Doyle tomava cuidado pra que as deduções fossem realistas, ele procurava situações criadas por seus conehcidos (em especial o professor de Matemática que tanto o impressionou e que foi o "Molde mestre") para recriar a situação dentro das histórias.

Só que ele num certo momento cismou que livros deveriam ser usados não para divertir apenas, mas pra ENSINAR. Nessa época ele começa a "sacanear" o Holmes, e vc tem um série de histórias com situações bem absurdas.

Mas o caso do barro era possível sim: o tal barro só existia em UM lugar, e lembra que ele clecionava e estudava barro. (Assim como cinzas de fumo diversos...)
 
saiu um especial sobre a personagem na gazeta do povo, vale a pena dar uma conferida >> http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1062683&tit=Um-homem-de-carne-osso-e-deducoes
 
Estou trazendo de volta este tópico, tendo em vista que descobri dois box (vide abaixo) com os romances e os contos protagonizados por Sherlock Holmes:

7508592G1.jpg
7508590G1.jpg


Algum dos amigos foristas teria alguma informação sobre os mesmos? A tradução é boa? Será que vale a pena adquiri-los?
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo