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Relações de gênero

Ligéia

Odi et amo
Não sei se este é um bom título para o tópico, mas foi o que me veio na hora de sua criação.

Algumas coisas andam mudando, eu sei. E algumas parecem que mudam tão rápido quanto passo de tartaruga.
Estudo de gênero nunca foi meu assunto favorito, mas coisas relacionadas a isso estão me tirando algumas noites de sono.

Eu, verdadeiramente, não tenho muita ideia para introdução desse tópico. Não tenho uma opinião definida sobre o assunto e gostaria de ler o que vocês escreverem. São mais velhos do que eu e quero formar minhas opiniões junto com vocês.

O assunto do tópico pode ser bem amplo. Amplo como minha cabeça está de divagações.

E, como eu ando um pouco chateada e frustrada com o que eu leio pela internet, recorri a este recanto onde as pessoas parecem ser mais sérias.

Alguém, por favor, ilumine os meus miolos com sua sabedoria.

Editado: uma pequena notícia para ilustrar um pouco a ideia do tópico
 
Biologicamente falando, é o sexo que nos faz mutantes. Nossas mutações nos fez o que somos. Bom seria se fomos assexuados ou, melhor ainda, imortais sem necessidade de reprodução? Se fosse, mas não é. Uma hipótese irreal.

E se ao invés de separarmos homens e mulheres nós unirmos pessoas no mesmo balaio? Mais fácil falar do que fazer. Vejo muitos grupos de amigos formados quase exclusivamente por homens ou por mulheres. Quando se misturam, o assunto mais discutido é relacionamento entre os gêneros, como se não houvesse mais nada em comum. Ok, homens falam muito sobre mulheres entre si, só não falam a mesma coisa quando há mulheres por perto. Acho que o com as mulheres deve acontecer algo parecido.

A diferenciação de comportamento entre homens e mulheres é... complicado. Dificilmente homens e mulheres se vestem do mesmo jeito, pelas civilizações e gerações. Eu mesmo não entendo porque mulher se depila e faz as unhas. Pra se parecer ainda mais diferente de um homem? E se o homem faz balé? Ah! Aí vem o cara que fica horas se esfregando com outros machos no tatame pra dar uma lição de masculinidade.

Enquanto isso, temos literatura pra discutir aqui no fórum. Por homens e mulheres de orientações sexuais diversas. Diferenças de gênero de lado e discutimos o que nos interessa.

Fico imaginando as estatísticas. Qual a porcentagem de tópicos são dirigidos a livros de autores homens? E qual a proporção entre usuários e usuárias?
 
Eu estava confusa quando escrevei o post, então está ok não entender coisa alguma, Pescaldo. XD

A noção que nós temos de masculinidade/feminilidade andam mudando. Por outro lado, eu noto alguma militância em torno disso. A notícia que eu postei é um exemplo. O menino tinha um comportamento que não era considerado "masculino" e o que houve? Levou uma facada.

Eu acho que as pessoas não dão a devida importância pra essas coisas. Acontece um caso desses e a reação geral é "Nossa, que horror, meu Deus do céu". E só.

Coisas como essas deveriam suscitar debates. Atrair atenção para como a sociedade "dita" a forma como homens e mulheres devem agir. Mas eu estou sendo muito tola, eu sei.

E dentro da minha cachola a Suécia é um país tão avançado nesse aspecto. Para mim, era o último país onde isso aconteceria.
 
Acho que um caso extremo como esse não é bom para ilustrar o problema dos gêneros. Lá pela Escandinávia, mas não só, sempre surge, de quando em quando, um louco para metralhar criancinhas e pessoas inocentes. Quando o sujeito é perturbado, qualquer coisa pode ser o estopim de um ataque. O gostar de balé e rosa foi só a desculpa para que um meliante extravasasse o que tinha de ruim dentro de si. Podia ter sido porque o garoto era nerde, ou gordo, ou porque ouvia happy rock, ou porque simplesmente era o novato do colégio, etc. etc. etc.
(Aliás, a notícia não diz quem foi o autor do atentado; se foram colegas da mesmas idade ou o quê; e daí nem se pode concluir com certeza o motivo do ataque.)

E eu uso camisa polo rosa e não estou nem aí. :joy:
 
Bom, o menino disse aos pais que era chamado de "gay" e "garota" por outras crianças. A notícia não diz se ele foi esfaqueado por outra criança, mas a chateação veio por parte de pessoas da idade dele.

Como os moçoilos e moçoilas que infernizavam o rapaz eram novinhos, o preconceito deve ter sido aprendido com os pais. Ou a TV e internet?

O que vocês acham?
 
Acho que de todo o meio. Começa com os pais, que já compram tudo rosa e pintam o quarto de rosa também se o bebê for menina. Se for menino, azul ou outra cor macha. Pobres meninas que ficam restrita a uma só cor... Que é uma cor bonita*, mas enjoa. (Quarto todo rosa, tipo Barbie: puta que pariu, eu jamais faria isso com uma filha.)

Depois a coisa vai se fortalecendo e perpetuando pela TV, mas pelas pessoas ao redor também.
O problema é que os adultos, supostamente pensantes, não questionam isso e propagam a estupidez.




*aliás, como diria meu pai, não existe cor feia; existe cor mal-empregada.
 
"Por todos esses motivos, quando seu filho pede para brincar com uma boneca, ou vice-versa, você sente como se alguma coisa estivesse errada, mas não está, não."

Olhe que, se uma boneca pedir para brincar com o meu filho, alguma coisa estará errada, SIM!! :rofl:
 
Anica, me despulpe entrar na sua vida pessoal e tal, mas você tem um filho, não? Qual a maneira que você vai lidar com essas questões com ele?

Só por curiosidade. E desculpe ser intrometida.

eu acho que ele ainda é muito pequeno para eu lidar com isso, ainda não cheguei em nenhum daqueles momentos em que eu realmente esteja vivendo uma situação em que tenha que pensar "oh, meu filho está fazendocoisademenina". mas eu sinceramente não acho que vou aloprar na hora que isso acontecer, se acontecer. até pq em algum momento eu e o arthur vamos ter que ter uma conversa sobre como a sociedade odeia quem é diferente (vai ser bem a hora que vou passar meus x-men para ele :rofl: )
 
Eu acho que as coisas tendem a ficar menos rígidas no sentido de "separação" entre o que é feminino, e o que é masculino, conforme a idade da pessoa aumenta. Isso de rosa é pra menina e azul é pra menino fica mais na infância... Na adolescência, se uma menina aparece com uma blusa azul, não tem tanto problema, desde que seja um "modelo feminino". E não existe menina que gosta de Star Wars, Video-Game, etc, da mesma forma que tem homem que usa camiseta rosa e fura a orelha? Meu irmão, por exemplo, nunca gostou de desenho de super-heróis, gosta de andar muito mais perto de mim do que do meu outro irmão, e nem por isso ele é gay.

Na minha escola tinha uma menina que se vestia de um jeito meio "másculo", e nem por isso ela deixava de ser inclusa na turma, era super engraçada e estava sempre namorando, e até onde eu sei não era lésbica. Eu sei que essa aceitação é rara, mas acho que estamos melhorando aos poucos nesse quesito. Hoje em dia, por exemplo, é mais comum ver mulher falando palavrão e discutindo sexo do em outras épocas.

Mas eu acho que a proporção de "entrada" de mulheres no "mundo masculino" é um pouco desproporcional em relação à "entrada" de homens no "universo feminino", principalmente pela inserção recente no mercado de trabalho ter sido da mulher, e não do homem... Entendem o que eu quero dizer?
 

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