MGM diz que Peter Jackson não está fora de Hobbit
Por Marcelo Hessel
22/11/2006
A novela O Hobbit ainda não terminou. Depois de Peter Jackson dizer que foi dispensado da direção do filme, a MGM aparece falando que as negociações não cessaram, não.
Segundo o diretor, que estava cotado para assumir a produção, o processo que ele move contra a New Line Cinema teria sido o motivo para o estúdio barrá-lo em O Hobbit. Ontem, porém, um porta-voz da MGM disse à Variety que "esse assunto está longe de ser encerrado". Segundo ele, as negociações com Jackson prosseguem.
No seu comunicado, Jackson sinalizou que a New Line tem pressa em produzir dois filmes de O Hobbit - um baseado no livro de J.R.R. Tolkien e outro inspirado em notas de rodapé que fariam a ponte a O Senhor dos Anéis - porque os direitos provisórios sobre a obra estariam próximas de perder a validade.
Esses "direitos provisórios" são uma prática comum em contratos hollywoodianos - caso um estúdio não tire do papel determinado filme, em determinado intervalo de tempo, os donos legítimos dos direitos têm a opção de retomá-los e procurar outro interessado na adaptação. Aí está o problema: a New Line tem parte desses direitos, a maioria relacionada aos personagens da trilogia, e a MGM detém outra metade da propriedade de O Hobbit. Por isso se uniram para tratar do filme.
A queda de braço parece ser mesmo entre a New Line, emburrada com o processo, da época da repartição dos lucros de O Senhor dos Anéis: A sociedade do Anel, e a MGM, que evidentemente vê em Jackson um selo de qualidade que pode fazer a diferença nas bilheterias.
O Hobbit é o primeiro livro de Tolkien ambientado na Terra-média e mostra as aventuras de Bilbo Bolseiro (Ian Holm na trilogia) ao lado de um grupo de anões e do Mago Gandalf para encontrar o tesouro de Smaug, o Dragão. No caminho, ele encontra Gollum e fica com o Um Anel, que mais tarde dará início ao grande conflito mostrado na trilogia.