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Paul Verlaine

Mavericco

I am fire and air.
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No final do século 19, os críticos incluíram Verlaine entre os chamados "poetas malditos", como Arthur Rimbaud. A expressão, aliás, é do próprio Verlaine, eleito em 1894 o "Príncipe dos Poetas", ao final de uma vida desregrada por Paris, Rethel, Bruxelas e Londres.

Verlaine teve uma infância feliz em Ardennes no norte da França, apesar de ter um pai autoritário e uma mãe superprotetora. Em agosto de 1862, Verlaine completou os estudos secundários em Paris, onde seus pais se instalaram em 1851, e foi morar com a família materna no norte da França. Ali, entre a paisagem melancólica que correspondia a seu estado depressivo e os livros de Baudelaire, apaixonou-se pela prima Elisa Moncomble. O amor impossível o levou a beber em demasia.

De volta a Paris, ele se habituou à "fada verde", o absinto. Começou então a estudar direito. Empregou-se numa companhia de seguros e, em seguida, na Prefeitura. Mas nada lhe interessava e ele passou sete anos entediando-se nos cafés, onde escreveu versos e conheceu os parnasianos.

Em 1866, sua coletânea "Poemas Saturninos", editada graças a sua prima Elisa, fez com que ele fosse notado pela crítica. Em sua poesia de musicalidade lírica e singular, Verlaine expressava os arrebatamentos da alma, transpondo seus sentimentos em impressões, através de paisagens nostálgicas e refinadas.

Em 11 de agosto de 1870, o poeta se casou com Mathilde Mauté de Fleurville, que não tinha mais do que dezesseis anos, numa tentativa de acomodar-se a uma vida familiar, simples e tranqüila. Escreveu "A Boa Canção" inspirado na esposa. Mas em setembro de 1871, o jovem que o fascinava, Arthur Rimbaud lhe escreveu e dias mais tarde, chegou a Paris. Os dois se tornaram amantes. Em fevereiro de 1872, Mathilde pediu a separação. Para acalmar a esposa ultrajada, o poeta afastou Rimbaud. Mas o adolescente foi mais persuasivo e eles pegaram a estrada para Bruxelas. Depois seguiram para Londres.

De volta ao continente, Verlaine trabalhou em "Romances sem Palavras", enquanto Rimbaud publicou algumas páginas que revolucionam a literatura moderna: "Uma temporada no inferno". Depois de várias rupturas e reconciliações, em 1873, Verlaine deu um tiro de pistola em Rimbaud, em Bruxelas.

O poeta foi preso e condenado, passando dois anos na prisão. Em 1874 "Romances sem Palavras" foi lançado. Verlaine, em seu cárcere de Mons, compôs poemas místicos, marcas de arrependimento, que foram publicados posteriormente em "Sabedoria" (1881) e "Outrora e recentemente" (1884), mas também poemas eróticos, como em "Parallèlement" (1889).

Ao sair da prisão em 1875, Verlaine foi para a Inglaterra, onde deu aulas durante dois anos. Em 1880 fixou-se em uma fazenda perto de Rethel, com seu novo amante Lucien Létinois, um ex-aluno da instituição em que Verlaine ensinou durante dois anos e de onde eles foram expulsos por causa de sua "amizade particular". Mais uma vez o amor se rompeu e o poeta naufragou no álcool. No ano seguinte, Verlaine voltou a viver com sua mãe em Paris, onde morreu aos 52 anos.

FONTE: http://educacao.uol.com.br/biografias/paul-verlaine.jhtm

Para inaugurar com chave de ouro esse templo, quero indicar apenas alguns links para poesias dele que são assim, Classe A mesmo no quesito de qualidade.

O primeiro é esse aqui, do escamandro, com 8 poemas do Verlaine traduzidos por três tradutores. Dois deles eu sou fã de carteirinha: Guilherme de Almeida e Onestaldo de Pennafort :mrgreen:
E, lá no blog do Ivo, tem dois posts relacionados ao Verlaine que são dignos de nota também: esse aqui, em que ele fala das traduções pro poema do Verlaine dos violons; e esse aqui, em que ele comenta a tradução do Onestaldo do Verlaine, que é tipo assim, um clássico das traduções brasileiras.

Pra quem quiser recomendação de livro, tem o Voz dos botequins e outros poemas, com traduções do Guilherme republicadas pela Hedra (é o antigo "Paralelamente a Paul Verlaine"). O livro do Onestaldo está esgotado há muito tempo... E a tradução do Augusto de Campos, que não sei se são "as" (isto é, se foram mais de uma), está no livro O Anticrítico.
 
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