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Partido neonazista ganha vaga no parlamento grego

Agora ódio aos turcos sempre eistirá, tanto por terem destruído Bizâncio quanto por serem muçulmanos, inimigos seculares do Império E da Igreja.

Mas de boa, foda-se os turcos.

E por terem dominado a Grécia com mão de ferro por mais de 400 anos, por terem lutado em conflitos logo após a II Guerra Mundial, pela questão do Chipre... e tudo mais.
 
Amanhecer Dourado é coisa do Aleister Crowley, isso sim.
Tinha esquecido deste detalhe, mas é bem verdade..

Por outro lado eu não vejo nenhum outro sistema econômico que realmente funcione. Economia planificada? Sério mesmo? Pra mim o modelo de governo ideal será sempre aquele que o governo interfira o mínimo possível na vida privada e social de seus cidadãos e isso só dá pra fazer com o capitalismo. Exatamente por ser um sistema que se auto-regula, se sustenta com sua própria lógica de mercado, e próprias mecânicas de manutenção, enfim com seu próprio cérebro, e oferecendo um intercâmbio e compartilhamento global (graças à tecnologia) de interesses... deixa pouco espaço para qualquer Estado limitar as liberdades dos seus cidadãos. O capitalismo oferece o melhor modelo de quadro de exercício dessas liberdades.
Como o Felagund muito coerentemente apontou, neste caso, você substitui uma tirania por outra.

Eu penso de uma forma relativamente simples sobre esse problema: o princípio básico do <neo, ou insira qualquer prefixo que desejar>capitalismo é que a essência dele traz o objetivo do acúmulo de recursos (seja atomicamente em uma sociedade, seja por estruturas). sabendo que o acúmulo de recursos te dá vantagem competitiva nesta "selva", a tendência natural é a centralização de recursos na mão de minorias, e a imutabilidade deste cenário (que muitas vezes não pode ser justificado por competências em situações posteriores ao acúmulo, pois a vantagem conferida pelos recursos em si, pode garantir maior acúmulo de recursos, anulando portanto a competitividade igual para as partes envolvidas também neste futuro, que é base do ideal do capitalismo). resumo: você só tem a tal competitividade de igual pra igual na "situação inicial".

o governo idealmente existe para "frear" essas situações de extremo acúmulo. quer dizer, vc tem toda uma estrutura de poder que se desenvolveu ao longo da história com o objetivo de controlar a sociedade e lhe prover recursos básicos. o corporativismo se desenvolveu baseado em quais valores? o lucro. não faz sentido abrir mão da estrutura do governo e dar liberdade para o corporativismo. pelo menos não por enquanto, que os conceitos éticos dentro do corporativismo são tão infatis e pouco desenvolvidos.

Isso é extremamente negativo da mesma forma, evitar toda reflexão e análise das ideias e se focar em panfletagem. Nem discordo tanto do marxismo, mas fui educado por ele a ver a religião como 'ópio do povo'. Depois fui estudar teologia e filosofia medieval e peguei ASCO do marxismo por causa disso. O problema nem é a crítica marxista estar errada ou certa, mas a forma como a nossa 'intelectualidade' expõe essas críticas.
então pagz, não é tão simples. vc tem 2 vertentes no trabalho de marx: uma cujo objetivo é persuadir as massas, e a segunda que é teórica. o próprio marx diz (coberto de razão) que nenhum estudo teórico é útil se não tiver resultado prático. como atingir resultado prático no proletário sem um pouco de panfletagem? o manifesto comunista, por ex, é muito pobre em conteúdo teórico...
 
Extremismos sempre encontram ambiente favorável em crises econômicas.

E assim as pessoas se esquecem também daquilo que o Franklin Roosevelt certa vez disse, de que todos, em maior ou menor grau, são descendentes de imigrantes.
 
Última edição:
então pagz, não é tão simples. vc tem 2 vertentes no trabalho de marx: uma cujo objetivo é persuadir as massas, e a segunda que é teórica. o próprio marx diz (coberto de razão) que nenhum estudo teórico é útil se não tiver resultado prático. como atingir resultado prático no proletário sem um pouco de panfletagem? o manifesto comunista, por ex, é muito pobre em conteúdo teórico...
Apesar de discordar que apenas o conhecimento teórico com finalidade prática (e a metafísica? o_O claro, materialismo histórico-dialético, eu sou idealista :lol:), eu até entendo esse pensamento.

Talvez seja aquela história do 'intelectual orgânico' que se encaixe melhor aqui. Conforme Gramsci, talvez só mesmo a promoção de um socialismo movido por intelectuais inseridos na sociedade e não-alienados dela possa mesmo funcionar, realizar as reformas que levariam à planificação de dentro do sistema, pela reforma, não sei. Conheço Gramsci de nome só, praticamente, mas me parece que nesse conflito entre conhecimento teórico e prático através de panfletagem, as coisas seriam diferentes se o próprio proletário já fosse capaz de compreender todo a filosofia política em vez de ser guiado por slogans.
 
Não sei como é a situação da Grécia. Certamente o termo "imigrantes" refere-se àqueles vindos de países mais pobres, que fazem trabalhos braçais, mas pode ser que eles também vão contra outros nacionais da Europa Ocidental, que vêm para fazer o trabalho qualificado (em teoria) no lugar dos gregos. Este caso seria de certo ineditismo, já que eles estariam sendo xenófobos em relação aos próprios europeus.

Muitos desses grupos de extrema-direita da Europa Central (estou colocando grupos, pois não necessariamente usam estritamente a mesma ideologia) são contra os europeus orientais, principalmente poloneses, romenos e búlgaros.
 
Muitos desses grupos de extrema-direita da Europa Central (estou colocando grupos, pois não necessariamente usam estritamente a mesma ideologia) são contra os europeus orientais, principalmente poloneses, romenos e búlgaros.
Eslavófobos. A doutrina racial desses grupos, principalmente quando defendem a superioridade ariana, afirma que os eslavos são povos inferiores.

Outro dia estava ouvindo uma hino sérvio da Igreja no You Tube e fui ler os comentários. Aparentemente estavam brigando por comments, tinha um cidadão lá afirmando aquele besteirol pseudo-linguístico que a palavra eslava slav tem ligação com o anglo-saxão slave (escravo), denotando a inferioridade do povo eslavo. O cara era albanês.

Tipo, wtf, além do absurdo imediato dessa história, vamos raciocinar: mesmo se isso for verdade (e não é), o que uma palavra que nomeia um povo tem a dizer sobre sua natural superioridade ou inferioridade? Além do fato de, na natureza, inferioridade e superioridade não existirem, são conceitos valorativos, dependem de um sistema ou doutrina ética, e ainda assim uma doutrina racial é cientificamente furada, além de filosoficamente ridícula (qual a relação de uma doutrina ética com aspectos supostamente naturais, fora a óbvia dignidade humana?); além disso tudo, se formos pensar assim, temos que conceder à Inglaterra direito de nunca conceder liberdades a Gales, por exemplo, porque em anglo-saxão, Welsh (acho que é o termo inglês para galeses) significa estrangeiros, e foi baseado nessa 'doutrina' que os bárbaros saxões provocaram o genocídio dos celtas britânicos séculos atrás.

Aí temos ingleses se barbarizando novamente porque não duvido que muitos anglófilos radicais pensem da mesma forma: ora, esses galeses são, pelo seu próprio nome (inglês), estrangeiros. Que importa que eles estavam aqui primeiro né, a terra é nossa, são estrangeiros, precisam ser eliminados.

Assim é a lógica e 'argumentos' desse tipo de gente.
 
Última edição:
E o bicho tá pegando lá na Grécia.

Ocorre que a maioria agora do parlamento é anti-austeridade, mas está espalhada em uma miríades de partido, vários de esquerda e só este de extrema-direita. Ou seja, esquerdistas teriam que se associar a fascistas para conseguir a coalizão, coisa que o líder do Nova Democracia, que obteve mais votos e integra a ala pró-UE com o PASOK, não conseguiu e jogou a toalha ontem.

Veja a notícia:

Folha de S. Paulo disse:
O líder de esquerda Alexis Tsipras reúne-se nesta quarta-feira com líderes dos principais partidos políticos da Grécia em busca de um acordo para formar um governo de coalizão.

As chances parecem pequenas, no entanto, após ele ter estabelecido a renúncia aos termos de um resgate internacional como precondição.

Uma nova eleição nas próximas semanas se torna cada vez mais provável após dois dias de esforços em vão para se chegar a um acordo entre os partidos para a formação de um governo.

Há uma profunda divisão entre permanecer ou rejeitar o programa de resgate do FMI e da União Europeia que salvou a Grécia da falência, mas obrigou o país a adotar rígidas medidas de austeridade.

AGENDA

Tsipras, que foi encarregado de formar um novo governo após seu partido ter ficado em segundo lugar nas eleições de domingo, vai manter sua agenda contra o resgate externo e enviará cartas a líderes da UE dizendo que o país não tem mais compromisso com o acordo de resgate depois do resultado das eleições, disseram dois assessores dele.
John Kolesidis/Reuters
Líder do Syriza Alexis Tspiras discursa em Atenas; contra medidas de austeridade, partido tenta formar coalizão
Líder do Syriza Alexis Tspiras discursa em Atenas; contra medidas de austeridade, partido tenta formar coalizão

Os eleitores, enfurecidos com os problemas financeiros do país, rejeitaram os dois partidos que governaram a Grécia nas últimas décadas -- o conservador Nova Democracia e o socialista PASOK. Os dois partidos tinham enviado cartas à UE e ao FMI antes das eleições se comprometendo com as reformas exigidas em troca da ajuda.

Tsipras, de 37 anos, vai enviar cartas ao chefe do Banco Central Europeu, Mario Draghi, ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e ao presidente do Conselho Europeu, Herman von Rompuy, segundo seus assessores.

CONSERVADORES

As remotas chances de Tsipras conseguir formar um governo se tornaram ainda menores na terça-feira, quando Antonis Samaras, líder do Nova Democracia, rejeitou prontamente suas demandas para desistir do resgate externo, alertando que tal medida poderia representar a "destruição da Grécia".

Tsipras recebeu a chance de formar o primeiro governo de esquerda na história moderna do país depois que o Nova Democracia, que terminou em primeiro lugar na eleição, considerou a tarefa impossível depois de apenas algumas horas na segunda-feira.

A incerteza após a eleição de domingo causou medo generalizado nos mercados globais.

Fonte
 
Bom, lançando mão do Tópico Que Renasce, o negócio tá ficando mais feio ainda. Nenhum dos três principais partidos conseguiu formar coalização, tudo se encaminha para uma nova eleição, e a UE agora fala aberamente sobre a saída de Grécia da Zona do Euro.

Folha de S. Paulo disse:
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, afirmou nesta sexta-feira que a Grécia deve sair do euro se não consegue respeitar o acordo feito com os 17 países da moeda única e o FMI (Fundo Monetário Internacional), que inclui cortes no Orçamento em xeque após as eleições parlamentares de domingo.

"Se os acordos não são respeitados, isso significa que as condições não estão reunidas para continuar com um país que não respeita seus compromissos", disse Barroso, em entrevista à emissora de televisão italiana SkyTG24.

Apesar das declarações, o presidente afirmou ter "muito respeito" pelas instituições democráticas gregas, mas que "deve respeitar os outros 16 Parlamentos nacionais que aprovaram o plano de ajuda".

"Todo mundo deve respeitar os acordos, é como um clube. Não quero falar de um país específico, mas se um país não respeita suas regras, é melhor que vá embora", completou.

Os cortes orçamentários são necessários para que a Grécia não perca seu segundo resgate financeiro, que inclui uma ajuda de € 130 bilhões, aprovada em fevereiro. Caso a verba seja suspensa, o país entrará em moratória e quebrará.

Essas medidas, que implicam cortes de gastos públicos, de salários e pensões, têm franca oposição popular, como demonstrado pelas regulares (e violentas) manifestações de rua que sacudiram o país nos últimos meses.

FRACASSO

Apesar da pressão de parceiros europeus, a Grécia ainda não conseguiu formar um governo de coalizão após as eleições parlamentares do último domingo.

Mais cedo, o líder do partido grego Syriza (extrema-esquerda), que se posiciona contra o acordo de resgate ao país, disse que não participará de um governo de união com o líder socialista Evangelos Venizelos, que tem se reunido com diversos partidos numa tentativa de formar uma coalizão.

"Não é a Coalizão de Esquerda que recusou essa proposta, mas o povo grego, que o fez por meio de seus votos no domingo", disse o líder do partido, Alexis Tsipras, após reunir-se com Venizelos.

Venizelos, por sua vez, não foi capaz de formar um governo de coalizão e devolverá o mandato ao presidente do país, Karolos Papoulias, no sábado, disseram fontes de seu partido.

Pela manhã, o partido conservador Nova Democracia havia concordado em fazer parte do governo de coalizão que os socialistas do Pasok tentavam montar desde ontem.

Mas o líder da formação conservadora, Antonis Samaras, foi explícito em dizer que um "governo de salvação nacional com amplo apoio parlamentar" somente seria possível com a adesão do Syriza.

No Parlamento saído das eleições de domingo a Nova Democracia possui 108 cadeiras; a Syriza, 52; o social-democrata Pasok, 41; o nacionalista Gregos Independentes, 33; o Partido Comunista, 26; os neonazistas da Aurora Dourada, 21, e os centro-esquerdistas da Dimar, 19.

Fonte
 

Valinor 2023

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