Norrin Radd
Usuário
Há semanas que tento postar, mas não conseguia de forma alguma. Eu não havia sacado do bug e como eu tinha me cadastrado há pouco, logo dancei, mas estou de volta.
Eu quis postar sobre vários assuntos, mas minha motivação de hoje decorre de um livro que estou prestes a finalizar e que estou achando muito bonito: Para sempre teu, Caio F., de autoria de Paula Dip.
Nos últimos meses tenho lido muito, por exemplo, devorei toda a Série Imperador do Conn Yggulden (Os Portões de Roma, A Morte dos Reis, Campo de Espadas e Os Deuses da Guerra), Li do Bernard Cornwell As Crônicas de Arthur (O Rei do Inverno, o Inimigo de Deus e Excalibur), A Busca do Graal (O Arqueiro, o Andarilho e o Herege), As Crônicas Saxonicas (O Último Reino, o Cavaleiro da Morte, Os Senhores do Norte e A Canção da Floresta). Já li toda a Série o Conquistador, relato da Saga de Gengis Khan pelo Iggulden, inclusive, li Os Ossos das Colinas após o lançamento que ocorreu mês passado (vou ousar comentá-lo em outro tópico).
Li outros livros, mas não vou citá-los sob pena de entender que eu deveria postar essa mensagem naquele tópico de últimos livros lidos, mas o fato é que resolvi quebrar a rotina literária a que estava submetido e resolvi ir atrás de uma biografia.
Recordei que havia sido lançado um livro sobre o Caio Fernando Abreu, escritor que morreu de aids da década de 90. Não conhecia quase nada dele, mas recordei de ter lido uns escritos dele que eram poucas frases, mas que eu recordava de serem extremamente belas. Fui para o google e consegui encontrar as frases que a seguir copio. Eis:
"..Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas as coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? dolorido-dolorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender melhor..."
Assim, passei na livraria e comprei o exemplar e como entrei de férias levei o livro comigo para ter como passar o tempo na viagem (Belém/PA para o RJ e a volta me fizeram quase concluir o livro).
Para sempre teu, Caio F. conta a história de duas décadas de amizade da autora, do fim dos anos 70, e da virada para os 80, até a morte de Caio. O livro alterna a biografia do escritor com a da autora, sem uma estrutura rigorosa, mas transbordando em vida e refaz a trajetória de Caio por comunidades hippies no Rio, temporadas na Europa, encontros com Clarice Lispector, Elis Regina e Hilda Hilst. Amizades com artistas consagrados (Ney Matrogrosso, Marcos Breda, Bruna Lombardi e outros). O livro também vale por uma reconstituição do Brasil recente. É um belo testemunho uma geração. Misturam-se os finais dos anos de chumbo, astrologia, a personagem do Angeli - Rê Bordosa e outros.
Faltam poucos capítulos para eu concluí-lo e fiquei feliz de ter comprado o livro. História bela de uma pessoa que amava a literatura e que possuía ânsia enorme de viver. Não esconde defeitos, o que torna a obra bastante sincera.
Recomendo para quem precisa entrar em contato com algo belo.
Eu quis postar sobre vários assuntos, mas minha motivação de hoje decorre de um livro que estou prestes a finalizar e que estou achando muito bonito: Para sempre teu, Caio F., de autoria de Paula Dip.
Nos últimos meses tenho lido muito, por exemplo, devorei toda a Série Imperador do Conn Yggulden (Os Portões de Roma, A Morte dos Reis, Campo de Espadas e Os Deuses da Guerra), Li do Bernard Cornwell As Crônicas de Arthur (O Rei do Inverno, o Inimigo de Deus e Excalibur), A Busca do Graal (O Arqueiro, o Andarilho e o Herege), As Crônicas Saxonicas (O Último Reino, o Cavaleiro da Morte, Os Senhores do Norte e A Canção da Floresta). Já li toda a Série o Conquistador, relato da Saga de Gengis Khan pelo Iggulden, inclusive, li Os Ossos das Colinas após o lançamento que ocorreu mês passado (vou ousar comentá-lo em outro tópico).
Li outros livros, mas não vou citá-los sob pena de entender que eu deveria postar essa mensagem naquele tópico de últimos livros lidos, mas o fato é que resolvi quebrar a rotina literária a que estava submetido e resolvi ir atrás de uma biografia.
Recordei que havia sido lançado um livro sobre o Caio Fernando Abreu, escritor que morreu de aids da década de 90. Não conhecia quase nada dele, mas recordei de ter lido uns escritos dele que eram poucas frases, mas que eu recordava de serem extremamente belas. Fui para o google e consegui encontrar as frases que a seguir copio. Eis:
"..Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas as coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? dolorido-dolorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender melhor..."
Assim, passei na livraria e comprei o exemplar e como entrei de férias levei o livro comigo para ter como passar o tempo na viagem (Belém/PA para o RJ e a volta me fizeram quase concluir o livro).
Para sempre teu, Caio F. conta a história de duas décadas de amizade da autora, do fim dos anos 70, e da virada para os 80, até a morte de Caio. O livro alterna a biografia do escritor com a da autora, sem uma estrutura rigorosa, mas transbordando em vida e refaz a trajetória de Caio por comunidades hippies no Rio, temporadas na Europa, encontros com Clarice Lispector, Elis Regina e Hilda Hilst. Amizades com artistas consagrados (Ney Matrogrosso, Marcos Breda, Bruna Lombardi e outros). O livro também vale por uma reconstituição do Brasil recente. É um belo testemunho uma geração. Misturam-se os finais dos anos de chumbo, astrologia, a personagem do Angeli - Rê Bordosa e outros.
Faltam poucos capítulos para eu concluí-lo e fiquei feliz de ter comprado o livro. História bela de uma pessoa que amava a literatura e que possuía ânsia enorme de viver. Não esconde defeitos, o que torna a obra bastante sincera.
Recomendo para quem precisa entrar em contato com algo belo.