[align=justify]Rodrigo, não concordo contigo. Embora a família Vanger tenha um papel preponderante no primeiro livro, ainda assim ela é auxiliar, o ponto de vista do narrador é quase sempre o do Mikael ou da Lisbeth.
Acho o livro fantástico, um romance policial contemporâneo, que costura os elementos atuais em uma trama muito amarrada e gostosa, é daqueles que te prendem mesmo. A Lisbeth é uma personagem muito maneira, toda a insociabilidade dela, aliada a genialidade e tudo o mais. É difícil escolher se você gosta mais dela ou do Mikael, com aquele jeitão repórter altruísta sem ser inocente, que usa de uma malandragem para conduzir as suas investigações.
Acho ótimo também ele fracionar as narrativas, uma seguindo o Mikael e outra a Lisbeth, e ainda alternando com outros prismas narrativos de outros personagens secundários, como o Henrik Vanger, o Dirch Frode ou o Martin Vanger. Outra coisa é no fim, quando ele coloca a conversa de Mikael e Erika Berger por e-mail, achei aquilo sensacional, muito bom.
A história junta especulação financeira, jornalismo, hackers, intrigas corporativos, industriais corruptos, lavagem de dinheiro, assassinatos brutais e um mistério muito bem construído. Um romance policial de mão cheia na minha opinião.[/align]