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Os homens que não amavam as mulheres (2011)

Bartleby

fossore
Procurei e vi que não tinha nenhum tópico ainda, então, cá está( se houver e não vi, avisem!)

É sobre o filme de 2011, dirigido por David Flincher que irá lançar 27 de janeiro do ano que vem aqui no Brasil - porém, se não me engano, já saiu lá fora9por isso o "2011" no título.

Sinopse ( que acho que já conhecem - ao menos um pouco:piscada:)
O jornalista Mikael Blomkvist é contratado por um misterioso aposentado para investigar o desaparecimento de sua sobrinha. Enquanto aprofunda-se no passado da família e nas circunstâncias do caso aberto há 40 anos, recebe auxílio da hacker Lisbeth Salander e avançam muito mais do que poderiam imaginar.

E tem essa impressão sobre o filme que o omelete publicou, comparando os dois filmes( a resenha mesmo sai só em janeiro).

Na coluna Da Frigideira, o Omelete analisa os filmes mais aguardados no calor da saída do cinema - e é inevitável, no caso dos remakes, fazer logo uma comparação com os originais.

Uma opinião que se repete na crítica dos EUA, a respeito de Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres, é que a refilmagem de David Fincher é fria, desapaixonada. Essa impressão pode vir do fato de o roteiro de Steve Zaillian eliminar tudo o que era sentimental demais no primeiro filme da trilogia sueca baseada nos livros do escritor Stieg Larsson.

A trama continua ambientada na Suécia entre 2002 e 2003. O jornalista Mikael Blomkvist (Daniel Craig) é contratado para investigar o desaparecimento da sobrinha-neta do ex-industrial Henrik Vanger (Christopher Plummer), que desconfia do envolvimento de seus próprios familiares no crime, ocorrido há 40 anos. Hostilizado pela família, Mikael convence então a hacker Lisbeth Salander (Rooney Mara) - que havia espionado o jornalista a pedido dos homens de Vanger - a ajudá-lo no caso.

Há alguns meses, Fincher disse que gostaria que seu Millennium fosse um filme americano com características suecas - já que, segundo ele, o original escandinavo faz o inverso e emula os filmes de serial killer da Hollywood de hoje. Na comparação, é fácil identificar no Millennium sueco alguns cacoetes "americanos", como o backstory afetivo dos investigadores com as vítimas ou os culpados. É uma armadilha dramática que Fincher evita. No seu remake, portanto, não há qualquer menção a Lisbeth e Mikael quando crianças, pra começar.

Se no original Mikael aceita o caso porque tem um histórico com a família de Vanger, no remake as coisas são bem mais pragmáticas: Mikael está falido, quebrado por um processo judicial depois de publicar um dossiê incompleto contra um empresário supostamente corrupto, e Vanger oferece uma ajuda valiosa nesse dossiê se o jornalista aceitar o caso do sumiço da sobrinha-neta. Tanto no livro quanto no filme sueco, Mikael vai pra cadeia pelo caso do dossiê; no remake, ele é só processado. É mais uma mudança que visa a desdramatização.

A própria relação entre Lisbeth e Mikael não é tão imediata na refilmagem. No original, Lisbeth se mostra simpática a ele desde o começo, e ajuda o jornalista na investigação por conta própria, antes mesmo de os dois se conhecerem. Na refilmagem, a alteração mais vigorosa feita por Zaillian: Lisbeth só fica sabendo do caso quando Mikael a procura. A hacker de Noomi Rapace era, assim, mais naive: ela acredita desde o começo que Mikael não é como os outros homens - daí seu interesse nele. Já a Lisbeth do remake nao pode dar-se esse luxo; sempre sofreu com homens, vive na defensiva com qualquer um que não seja seu velho guardião-legal - e por isso soa mais real.

Há outras mudanças significativas no clímax do filme, de caráter moral, mas não entremos em detalhes pra não estragar as surpresas. No geral, todas as mudanças enriquecem a história - e a trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross é muito mais eficiente, para criar uma atmosfera de opressão, do que a inconstante música do filme original.

Essencialmente, as mudanças no remake tornam mais complexos os dois protagonistas. O arco dramático de Mikael - livre da relação afetiva com o cliente - pode se concentrar na sua obsessão pela verdade. É um personagem que entrou em ruína por confiar em dados inconclusivos (no caso do dossiê). Assim, quando aceita a proposta de Vanger, a investigação completa e justa do desaparecimento torna-se para o jornalista uma questão de honra. Fincher entende desse tipo de obsessão - Zodíaco, seu melhor filme, é justamente sobre o que acontece quando a obsessão alimenta a si mesma.

O grande foco do remake, porém, é a Lisbeth de Rooney Mara. Embora a performance de Noomi Rapace no Millennium escandinavo seja notável, é Mara quem tem um material melhor para trabalhar. No filme de Fincher a relação da hacker com a dor, a morbidez, e a angústia de viver numa sociedade machista são mais potentes. Quem sempre identifica misoginia nos filmes do diretor tem, agora, um objeto bastante rico para discussão - mas isso já é assunto para a crítica completa, que publicaremos em janeiro, na semana do lançamento.

A trilha sonora promete - até regravaram The immigrant song... confira 7 das músicas da trilha sonora, que terá três horas de duração, aqui.
 
Hum... eu também não vejo a hora de assistir....

Quero ver se os atores serão melhores do que o filme da versão anterior... só achei essa nova Lisbeth Salander muito exagerada com esse moicano... mas vamos ver né...
 
Eu tenho a trilogia sueca no HD há um ano e meio e ainda não tive empenho de vê-la, especialmente pela longa duração dos filmes.

De qualquer forma, não sabia que nele o Mikael tinha uma relação com o Vanger, pois que eu me lembre, no livro ele não o conhece e só aceita pra "sair" do rolo judicial (não lembro se ele estava ou não quebrado).

Também acho que exageraram na caracterização da Lisbeth da Rooney Mara, ela tá bizarra demais, mas pelo jeito ela foi bem no papel.

Bom, quero ver o filme, gosto tanto da trilogia como do Fincher, acho que não tem como ser algo ruim.
 
assisti a trilogia sueca e ñ tenho dq reclamar. ela q me fez comprar os livros. se tinha cacoetes americanos, ñ notei, mas vou ficar d olho nas diferenças apontadas pelo(a) omelete.
 
Eu tenho os livros, mas não li (minha irmã se aproveitou de minha biblioteca e os leu ou está lendo; falou bem).
Vi os filmes suecos e gostei. Não era nada do outro mundo, mas vale a pena conferir.

Assistirei essa versão nova por certo, mas só porque anda difícil de sair filme bom né. :D
Vou ver só por ver.
 
Acabei baixando a versão americana... Vou cometer o pecado de assistir em baixa resolução hje a noite.
 
Acabei baixando a versão americana... Vou cometer o pecado de assistir em baixa resolução hje a noite.

Assistir Telesync é foda. Até baixei Sherlock Holmes que tava na sanha pra assistir, mas é impossível, especialmente em cenas escuras. Vou esperar: ou vejo no cinema ou quando surgir os 720p/1080p por aí.
 
Assistir Telesync é foda. Até baixei Sherlock Holmes que tava na sanha pra assistir, mas é impossível, especialmente em cenas escuras. Vou esperar: ou vejo no cinema ou quando surgir os 720p/1080p por aí.

É o certo a se fazer. Vou no cinema também depois, mas preciso dar uma olhadela antes por pura curiosidade... Acabei nem vendo ontem. Pra mim, não tem muito essa coisa do "fator surpresa" de assistir a primeira vez no cinema, mas sim assistir ao menos uma vez, já que é uma experiência bem diferente até mesmo do blu-ray em casa

Rolou a divulgação dos créditos iniciais. O que vcs acham?
http://creativity-online.com/work/the-girl-with-the-dragon-tattoo-opening-credits/25816
 
Wow, parece muito bom! Fiquei assim vendo o vídeo: :animadao:
Quero ver esse troço no cinema - se possível nessas salas doidas em imax com o som mais alto possível :traça:
 
saiu uma resenha do omelete( aliás, só filme bom essa semana :sim:)

David Fincher enxerga em Lisbeth Salander uma heroína ao seu estilo - e a toma pra si

Se você assistiu ao original sueco ou leu a trilogia do escritor Stieg Larsson, pode achar maçante Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres, com seus 158 minutos dedicados à investigação de um crime cujo culpado você já conhece. A refilmagem de David Fincher vale a pena, porém, por resgatar vários elementos do livro que o filme sueco, bastante inferior ao remake, optou por substituir - falamos sobre isso no Da Frigideira.

Agora, questões. Fincher escolheu fazer de The Girl with the Dragon Tattoo o primeiro remake de sua carreira apenas para corrigir as más escolhas do outro filme? Seria uma forma de sinalizar à indústria que ele pode realizar filmes de encomenda com a mesma dedicação de seus projetos pessoais? (Assim como Millennium, os vindouros Cleopatra e 20.000 Léguas Submarinas também são projetos-de-produtor e seriam já os frutos a colher dessa disposição.) Ou há no material elementos que sempre interessaram ao cineasta? Embora Fincher não goste que apontem repetições de temas entre seus filmes, essa última opção parece digna de discussão.

Rooney Mara, a Lisbeth Salander de Fincher, é a mesma atriz que viveu a namorada de Mark Zuckerberg em A Rede Social, filme que reacendeu a acusação de misoginia que sempre recaiu sobre o diretor. Não parece coincidência que Fincher tenha escolhido fazer, em seguida, um filme justamente sobre misóginos, como este Millennium. Se a relação não é intencional, certamente há uma constante: Lisbeth é uma heroína tipicamente fincheriana, brutalizada por uma sociedade de homens como era, também, a Ripley de Alien 3 ou, em menor grau, a Jodie Foster de Quarto do Pânico.

Aquela Sigourney Weaver do primeiro longa do cineasta, aliás, com sua cabeça raspada, já passava uma imagem masculinizada que agora se repete com Mara, como se a única maneira de combater os homens fosse emulá-los - e então substituí-los. Até encontrar Mikael (Daniel Craig), Lisbeth caminhava para a substituição do homem (a vingança fálica contra o burocrata, o encontro com outra garota na balada). Lisbeth se apega a Mikael porque encontra nele algo que ela valoriza em si: uma morbidez, um orgulho de ser marginalizado, autosuficiente. São valores que Fincher, pelos seus filmes (a morbidez é declarada), também parece cultivar.

É muito boa a cena em que Mara começa a narrar, diante de fotos no computador, as maneiras como as vítimas foram mortas; Mikael pede-a que pare, apesar da visível empolgação de Lisbeth. É a mesma morbidez que, em outro momento, fará a hacker aceitar o jornalista como parceiro sexual digno: logo depois que ela sutura a ferida do tiro que ele tomou de raspão. O respeito à dor é caro para Lisbeth (a tatuagem feita em cima da ferida fresca no tornozelo), como já era para as demais heroínas masculinizadas de Fincher.

Em Millennium os poucos homens que não odeiam as mulheres são potenciais alcoólatras. Nunca bebeu-se tanto no cinema. A exceção é Mikael - que olha discretamente com reprovação quando Martin (Stellan Skarsgård) vira o jarro de vinho dentro da taça do jornalista, em outra boa cena. Mikael cai nas graças de Lisbeth também porque tem, ao contrário dos demais suecos, alcoólatras ou não, um certo domínio tecnológico - a manipulação das fotos feita por Mikael é passo crucial na resolução do crime.

Assim como a morbidez e a autosuficiência, o apreço pela tecnologia - e automaticamente o desprezo diante do que é institucional e "velho" - também é um traço do cinema de Fincher (particularmente em Clube da Luta). Embora o seu Millennium patine um pouco ao reiterar o choque do velho com o moderno - como o momento em que Lisbeth está entre um trem veloz e uma velha ponte de madeira, cena que não adiciona nada à investigação ou à trama em si - vale assistir ao remake só para acompanhar como a hacker desdenha de tudo que é "analógico", nem que seja só recusar-se a ajudar uma senhora a descer arquivos de papel de uma estante.

No fim das contas, Fincher adota Lisbeth porque é uma heroína bem ao seu gosto, castigada e petulante. Mas isso é misoginia? O remake não se encerra no mesmo tom irônico do livro (Lisbeth fingindo-se de loira, de "mulher normal"), e sim numa cena da hacker fragilizada por uma expectativa não correspondida. Termina como uma figura trágica, como já era antes, mas também inesperadamente emocional - e Lisbeth, enquanto personagem, tende a ganhar com isso.

fonte
 
Gostei do filme, a primeira versão, mas não gostei do livro, o que é raro. Por isso, faz um ano que estou com os outros dois livros da trilogia lá em casa, mas não tenho a mínima vontade de continuar a leitura :/
 
Até agora assisti só a sequencia de abertura E GENTE?????

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sem mais cometários.
 
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sem mais cometários.

o rafinha bastos teria uma piada p fazer sobre seu comentário. e provavelmente depois seria processado por isso.
 

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