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OS CRIMES DO VAMPIRO E A REVOLTA DA BRUXA
- Vá embora maldito! Não quero demônios em minha casa.
Sabrina aponta a varinha de mogno para os pratos do armário antigo, que se atiram pelo cômodo espatifando-se nas paredes cor lilás.
- O que te fiz ? Não mordi o pescoço daquelas pessoas. Se fosse eu, haveria alguma evidência.
Kelvin salta de uma parede à outra, esquivando-se das louças que o seguem.
- Ah claro que haveria. Em 200 anos de convivência, nunca foi pego. É óbvio que deixaria vestígios. Dessa vez ainda quis ofender minha inteligência.
As luzes da sala se apagam e se acendem com os gritos de raiva da mulher loura, dona de longos cabelos ondulados.
- Sabrina, reconsidere. Temos uma vida eterna para passar juntos e quer jogar fora por um incidente como esse? – o marido de olhos cor de gelo, sorri para os furiosos olhos cor de fogo da esposa – Já sacrificou quantas pessoas em prol de tua juventude? E amor... Tudo isso foi para que ficássemos juntos. Eu sou teu eterno vampiro... E tu, minha amada feiticeira. Isso que importa. Matar é o de menos – Kelvin salta do teto ao chão, recebendo um prato de porcelana francesa no rosto.
- Tem noção do que está falando, maldito? Quer enganar a quem com esse discurso? Uma pena que toda essa louça não te mate. E não me compare a você pois eu não sacrifico vidas, apenas lhes deixo algumas cicatrizes. – retrucou a mulher abaixando os olhos com o rosto corado.
- E eu tiro mais sangue do que deveria porque minha amada não quer mais ninguém de minha espécie nas ruas – as mãos pálidas de Kelvin agora lhe servem de escudos
- Ah, a culpa é minha? Se não sair daqui agora, irei até a cozinha buscar alho... e um crucifixo! – agora são os vasos que começam furiosamente a perseguir Kelvin.
Depois de muitas horas de grito, pegadas por todo o teto, cacos e roupas rasgadas pela casa...
- Quero acender a luz, Kelvin. Já que não posso abrir a janela!
- Pensei que quisesse repetir a dose. Ah, não faça isso. Quando acende essa bola de luz na mão, teus olhos ficam florescentes. Isso é realmente de dar medo.
- Essa foi a ultima vez que dormimos juntos querido – Sabrina fez o quarto se encher de luz com a palma da mão.
- Não superamos isso, querida? – o vampiro abraçou a esposa sentindo sua pele queimar.
- Vou pedir o divórcio hoje mesmo. E espere até o meio dia para ver o que restou daquilo que usou para cometer seu crime – Sabrina cruzou os braços, sem retribuir o carinho do marido.
- O que há de errado? Se eu realmente suguei o sangue daquelas garotas, foi para estar forte aqui para você – sua pele pegou fogo.
Kelvin pula da cama e se agarra ao lustre do quarto. Sabrina ao despir o lençol do corpo, revela que veste somente um antigo e bem trabalhado crucifixo preso ao pescoço.
- O que é isso Sabrina. Quer me matar mesmo? Sua bruxa louca...e apetitosa – Kelvin esbraveja caindo do teto pela bela visão que teve da esposa, deixando seu rastro de fumaça no ar.
- Você não as matou para saciar sua sede, cretino. Tirou suas vidas para que elas não o delatassem. Mas eis que o senhor meu marido, além de maldito é um tanto burro. E me acha mesmo tudo isso? Que pena...
Sabrina aponta com desdém para sua bola de cristal ao lado da cama. Cenas do “crime” flutuam entre raios coloridos delatando o infrator.
- Eu não me lembro disso amor. Estava fora de mim!
- Fora de si? Isso foi antes ou depois de ter estado dentro delas?
Objetos começam a voar pela casa outra vez...
Esse texto foi escrito por Fabíola Rozendo em junho de 2009.
- Vá embora maldito! Não quero demônios em minha casa.
Sabrina aponta a varinha de mogno para os pratos do armário antigo, que se atiram pelo cômodo espatifando-se nas paredes cor lilás.
- O que te fiz ? Não mordi o pescoço daquelas pessoas. Se fosse eu, haveria alguma evidência.
Kelvin salta de uma parede à outra, esquivando-se das louças que o seguem.
- Ah claro que haveria. Em 200 anos de convivência, nunca foi pego. É óbvio que deixaria vestígios. Dessa vez ainda quis ofender minha inteligência.
As luzes da sala se apagam e se acendem com os gritos de raiva da mulher loura, dona de longos cabelos ondulados.
- Sabrina, reconsidere. Temos uma vida eterna para passar juntos e quer jogar fora por um incidente como esse? – o marido de olhos cor de gelo, sorri para os furiosos olhos cor de fogo da esposa – Já sacrificou quantas pessoas em prol de tua juventude? E amor... Tudo isso foi para que ficássemos juntos. Eu sou teu eterno vampiro... E tu, minha amada feiticeira. Isso que importa. Matar é o de menos – Kelvin salta do teto ao chão, recebendo um prato de porcelana francesa no rosto.
- Tem noção do que está falando, maldito? Quer enganar a quem com esse discurso? Uma pena que toda essa louça não te mate. E não me compare a você pois eu não sacrifico vidas, apenas lhes deixo algumas cicatrizes. – retrucou a mulher abaixando os olhos com o rosto corado.
- E eu tiro mais sangue do que deveria porque minha amada não quer mais ninguém de minha espécie nas ruas – as mãos pálidas de Kelvin agora lhe servem de escudos
- Ah, a culpa é minha? Se não sair daqui agora, irei até a cozinha buscar alho... e um crucifixo! – agora são os vasos que começam furiosamente a perseguir Kelvin.
Depois de muitas horas de grito, pegadas por todo o teto, cacos e roupas rasgadas pela casa...
- Quero acender a luz, Kelvin. Já que não posso abrir a janela!
- Pensei que quisesse repetir a dose. Ah, não faça isso. Quando acende essa bola de luz na mão, teus olhos ficam florescentes. Isso é realmente de dar medo.
- Essa foi a ultima vez que dormimos juntos querido – Sabrina fez o quarto se encher de luz com a palma da mão.
- Não superamos isso, querida? – o vampiro abraçou a esposa sentindo sua pele queimar.
- Vou pedir o divórcio hoje mesmo. E espere até o meio dia para ver o que restou daquilo que usou para cometer seu crime – Sabrina cruzou os braços, sem retribuir o carinho do marido.
- O que há de errado? Se eu realmente suguei o sangue daquelas garotas, foi para estar forte aqui para você – sua pele pegou fogo.
Kelvin pula da cama e se agarra ao lustre do quarto. Sabrina ao despir o lençol do corpo, revela que veste somente um antigo e bem trabalhado crucifixo preso ao pescoço.
- O que é isso Sabrina. Quer me matar mesmo? Sua bruxa louca...e apetitosa – Kelvin esbraveja caindo do teto pela bela visão que teve da esposa, deixando seu rastro de fumaça no ar.
- Você não as matou para saciar sua sede, cretino. Tirou suas vidas para que elas não o delatassem. Mas eis que o senhor meu marido, além de maldito é um tanto burro. E me acha mesmo tudo isso? Que pena...
Sabrina aponta com desdém para sua bola de cristal ao lado da cama. Cenas do “crime” flutuam entre raios coloridos delatando o infrator.
- Eu não me lembro disso amor. Estava fora de mim!
- Fora de si? Isso foi antes ou depois de ter estado dentro delas?
Objetos começam a voar pela casa outra vez...
Esse texto foi escrito por Fabíola Rozendo em junho de 2009.