Ricardo Teixeira pode ser condenado a 13 anos de prisão
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pode ser condenado a 13 anos de prisão pela Justiça do Rio. Ele e o proprietário da empresa Planeta Brasil, Vágner José Abrahão, foram acusados de crime contra a ordem econômica e as relações de consumo, devido à venda de ingressos para a Copa do Mundo deste ano, na Alemanha.
Os dois serão interrogados no dia 9 de agosto pela juíza Maria Sandra Rocha Kayat Direito, da 14 Vara Criminal do Rio. Os réus estão incursos nas penas da Lei n 8.137/90, agravados por existirem danos à coletividade.
A magistrada recebeu denúncia do Ministério Público, afirmando que Teixeira priorizou a Planeta Brasil, uma vez que a empresa de turismo foi a única a obter da CBF a autorização para a venda de ingressos referentes à Copa do Mundo da Alemanha. A Planeta Brasil estipulou que a venda de ingressos só se daria em conjunto com a venda de passagens aéreas.
A promotora Marisa El-Mann diz em sua denúncia que Abrahão aumentou o preço deste pacote turístico sem justificar o motivo, valendo-se da posição dominante no mercado, viabilizado pelo monopólio da comercialização. Teixeira estaria também ciente deste reajuste e teria contrariado determinação da Fifa, que vedara a denominada ¿venda casada¿.
Segundo a promotora, os fatos ocasionaram grave dano à coletividade, frustrando o sonho acalentado por milhares de torcedores de assistir ao vivo à competição, em prol de garantir-se vantagem.
A assessoria de imprensa da CBF informou que Teixeira segue na Alemanha e, quando retornar, irá acatar as decisões da Justiça