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O que Elfos fazem com seus mortos?

Claro que sim, onde ele não contradiz coisas escritas mais tarde pelo tio Tolkien. Sobre a dificuldade que você viu com a reconstrução dos hröar, Ringil, o Tolkien disse que o fëa mantém uma impressão fiel de seu antigo hröa, e essa impressão é visível para os Valar quando o fëa está desabrigado.
 
Sei lá, acho esquisito descartar uma idéia de um texto e considerar livremente as outras, visto que elas surgiram, ou foram apresentadas, juntamente. Mas acho que é o jeito, porque jogar no lixo o "Leis e Costumes" não é uma boa.

Quanto à impressão do fea, Swan, é uma boa explicação. Seria como a lembrança do hroa que o fea desvanecido sustenta? Seria algo vindo da lembrança consciente?

Mas, sabe, pensando bem, se a ligação entre fea e hroa é tão forte que o hroa humano deveria ser retirado de Ea juntamente ao fea, faz mesmo mais sentido que o hroa seja único.
 
Ringil disse:
Quanto à impressão do fea, Swan, é uma boa explicação. Seria como a lembrança do hroa que o fea desvanecido sustenta? Seria algo vindo da lembrança consciente?

É assim que eu penso que seja, ao menos, gosto de imaginar. Uma imagem fiel e subconsciente do antigo hröa.

Ringil disse:
Mas, sabe, pensando bem, se a ligação entre fea e hroa é tão forte que o hroa humano deveria ser retirado de Ea juntamente ao fea, faz mesmo mais sentido que o hroa seja único.

Sem falar que esse tipo de renascimento é de muito mais estilo. :mrgreen:
 
Ringil disse:
Quanto à impressão do fea, Swan, é uma boa explicação. Seria como a lembrança do hroa que o fea desvanecido sustenta? Seria algo vindo da lembrança consciente?

Acho que sim, Ringil. O texto em que eu li isso (O Diálogo de Manwë e Eru, no HoME 10) não dá esse detalhe, mas não vejo porque não poderia ser isso. Só que aqui não se trata só de reconstituir uma aparência física externa. Se a gente for pensar em termos mais rigorosos, o DNA de cada hröa, por exemplo, teria que estar retratado no fëa do sujeito para que os Valar pudessem reconstruí-lo. (Sei que pensar nisso é um pouco ridículo, mas... oras bolas. :mrgreen:)

Ringil disse:
Mas, sabe, pensando bem, se a ligação entre fea e hroa é tão forte que o hroa humano deveria ser retirado de Ea juntamente ao fea, faz mesmo mais sentido que o hroa seja único.

Exatamente. (E Ringil, é sempre um prazer poder discutir contigo. :wink: )

Vovô disse:
Sem falar que esse tipo de renascimento é de muito mais estilo.

Totalmente. Dizem que Darwin por exemplo não acreditava que uma coisa tão delicada e exata como o olho humano pudesse ter se formado apenas pela seleção natural, sem uma vontade que guiasse o processo (acho que li isso no Mundo de Sofia). Já pensaram nisso? Esse dito é uma forma de exaltar a perfeição do corpo humano. A tarefa dos Valar, de recriarem os corpos dos Filhos, era muito delicada e tinha alguma beleza em si.
 
Fearuin disse:
Sem falar que esse tipo de renascimento é de muito mais estilo.

Sei não, parece Miracleman. Agora vou ficar me perguntando se Mandos tinha pés. :mrgreen:

Swanhild disse:
Acho que sim, Ringil. O texto em que eu li isso (O Diálogo de Manwë e Eru, no HoME 10) não dá esse detalhe, mas não vejo porque não poderia ser isso. Só que aqui não se trata só de reconstituir uma aparência física externa. Se a gente for pensar em termos mais rigorosos, o DNA de cada hröa, por exemplo, teria que estar retratado no fëa do sujeito para que os Valar pudessem reconstruí-lo. (Sei que pensar nisso é um pouco ridículo, mas... oras bolas. )

Talvez o fea já traga a forma do hroa impregnada no seu "DNA metafísico". :mrgreen: Talvez o fea já molde a matéria que forma o seu corpo na extensão do seu fea. Mesmo que não fossem assim, acho que os Valar não teriam problemas em ver através da lembrança todos os mínimos aspectos físicos. Afinal, se nós podemos ver através de um fio de cabelo, porque eles também não poderiam. [Eu realmente preciso ler o Diálogo de Manwe e Eru...]

Exatamente. (E Ringil, é sempre um prazer poder discutir contigo. )

:oops: Eu, envergonhadamente, digo o mesmo. :)

Totalmente. Dizem que Darwin por exemplo não acreditava que uma coisa tão delicada e exata como o olho humano pudesse ter se formado apenas pela seleção natural, sem uma vontade que guiasse o processo (acho que li isso no Mundo de Sofia). Já pensaram nisso? Esse dito é uma forma de exaltar a perfeição do corpo humano. A tarefa dos Valar, de recriarem os corpos dos Filhos, era muito delicada e tinha alguma beleza em si.

Beleza, com certeza, tinha. Seria como Aule moldando os anões, só que dessa vez seguindo as instruções diretamente de Eru, para o bem dos filhos. Cada mínimo detalhe de cada célula, formando um casulo perfeito, ou pelo menos perfeitamente adequado, para o espírito, em reparo à violência que Melkor infiltrou na terra. Um dos trabalhos mais admiráveis dos Valar.
 
Então, se eu entendi bem, quando os elfos saiam dos salões de Mandos eles ganhavam um corpo novo dos Valar. Mas e o que acontecia com o corpo antigo, como no caso da Míriel, que foi conservado em Lórien?
 
Adrehel disse:
Então, se eu entendi bem, quando os elfos saiam dos salões de Mandos eles ganhavam um corpo novo dos Valar. Mas e o que acontecia com o corpo antigo, como no caso da Míriel, que foi conservado em Lórien?

Na verdade naum era uma corpo novo, e sim um restauração do antigo corpo...
 
Adrehel disse:
Então, se eu entendi bem, quando os elfos saiam dos salões de Mandos eles ganhavam um corpo novo dos Valar. Mas e o que acontecia com o corpo antigo, como no caso da Míriel, que foi conservado em Lórien?

O problema do corpo de Míriel persiste em qualquer caso, quer houvesse um renascinento, quer houvesse uma reconstrução do corpo como em outros casos de elfos retornando de Mandos, certo? Agora, o caso dela é muito especial. Em todas as versões da história, me parece que quando ela voltou, foi no mesmo corpo de antes (a história do retorno da Míriel está no HoME 10; não há nada a respeito no Silma), o qual havia ficado todo o tempo esperando em Lórien. Mas isso é muito estranho, porque se Finwë havia se casado com Indis, então Míriel nunca poderia voltar enquanto ele e Indis estivessem vivos, já que nenhum elfo podia ter duas esposas vivas. Então, por que o corpo de Míriel teria sido preservado? Eu quase gostaria que o Tolkien tivesse retrabalhado melhor essa história do corpo da Míriel, mas parece que ele não chegou a fazer isso. :osigh:

Fora esse caso da Míriel, os corpos se decompunham naturalmente, portanto não havia problemas em que o fëa ganhasse um novo, fosse por renascimento, fosse por reconstrução pelos Valar.
 
Talvez Finwë teve de escolher uma das duas quando retornou de Mandos, não?
Os Valar adoravam por os elfos pra fazer escolhas difíceis! :mrgreen:
 
Nada. Ele foi um gentleman, Panda. Recusou voltar para que a Míriel pudesse fazer isso. E isso pq a Indis já tinha largado dele. :grinlove:
 
Ah é? Nossa... eu nem sabia. Vocês falaram disso aí atrás? É porque dei uma de menino mal e não li o tópico todo... :oops:
 
Não, Panda, acho que ninguém tinha falado não. Eu que coloquei a coisa com leveza e talvez tenha parecido estranho, só isso. :wink: :lol:
 
Swanhild disse:
E isso pq a Indis já tinha largado dele.

A Indis tinha abandonado Finwe? Disso eu não sabia. Por que? Ah, e Indis casou-se com mais alguém após a morte de Finwe? Ela teria od ireito, não é?
 
Então, Swan, conta a história do triângulo amoroso complexo entre Míriel, Finwë e Indis. A Indis larga o Finwë quando ele se muda para Formenos? Mas depois que morreu ele continuou em Mandos? Nossa, Swan, vosse bagunçou minha mente inocente... :lol:
 
No texto final do capítulo sobre as Silmarils diz que quando Finwë e Fëanor partiram para Formenos, Nerdanel não foi com eles, tendo pedido para ficar com Indis. Então, dá para ver que ela deve ter deixado Finwë. Os textos preliminares dão mais alguns detalhes: Indis quis voltar para os Vanyar para se afastar da luta entre os Noldor, e Finwë ficou muitos anos sem vê-la antes de morrer; e ela acabou se voltando mais para os filhos. Quando Finwë morreu, Mandos permitiu que Míriel voltasse a viver, já que deveria passar muito tempo antes da volta de Finwë. Ela quis voltar por ter ficado sabendo de tudo o que havia acontecido e ter se arrependido de sua recusa anterior. Míriel veio a se tornar dama de companhia de Vaire, e bordou toda a história dos Noldor nos salões da Valië.

Ah, mas não devia valer eu contar a história pro Ringil... ele tem o livro. :disgusti: :mrgreen:
 
E o Finwë não poderia voltar então, pois creio que nada aconteceria em Aman para provocar a morte de Indis ou uma segunda morte de Míriel! E aí??
 
É, ele não podia voltar, porque ele não podia ter duas esposas mesmo que vivesse separado das duas. Mas Mandos não queria deixar ele voltar logo por causa da rebelião dos Noldor. E Finwë então decidiu ficar em Mandos para que Míriel pudesse voltar.
 
Mas para sempre?? Ele nunca deixaria Mandos então...
Por que Námo não o permitia então escolher entre uma das duas? Que complicação em que ele foi se meter...
 
Eu acho que segurar Finwë para sempre em Mandos seria, por falta de palavra melhor, pura sacanagem. Mas para sempre não seria; um dia teriam que liberar, já que é natural aos elfos viver em Arda. Eles têm que voltar algum dia. Acho que só pelo ato (nobre, a meu ver), de ficar para Míriel voltar já mostra que ele merecia voltar.

Bom, que manda ser galinha? :mrgreen:

Mas tudo bem, ele pode ter resolvido ficar também por causa de Fëanor.
 
Mas aí que tá, Fëa. O Finwë escolheu ficar lá de livre vontade. E quem sabe se ele ficaria para sempre em Mandos? Isso a história não conta. Tudo isso aconteceu por que não era permitido que um elfo tivesse duas esposas vivas. Não sei se os valar poderiam ter encontrado um outro meio de remediar isso. Mas o fato é que tanto Finwë quanto Míriel acabaram se arrependendo: ela de ter querido morrer e ele de não ter respeitado o desejo dela e ter resolvido casar de novo. Os dois foram muito apressadinhos em suas decisões. E o Finwë foi mesmo um galinhão :mrgreen: . Eu posso quotar umas falas dele aqui que iam deixar isso claro, mas agora tou com o tempo apertado...

Na boa, para mim é claro que tudo isso é reflexo da moral católica por trás do que o Tolkien escrevia, ainda mais por causa do período. Quanto mais velho o Tolkien ficava, mas católico linha dura ele se tornava.
 

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