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O Poder Escuro e a Fonte das Trevas

Vilya disse:
Nosso próximo passo é entender a última afirmação do Tilion: o mal não existe.

Esclarecendo:

O mal não existe para Eru, pois o conceito de "mal" é uma criação dos mortais, para classificar determinadas ações.
Eru está acima desses conceitos simples, e exerga toda a existência com a sua onisciencia, com sua visão "divina" que não é compreensível para os mortais.
Para os mortais, porém, existe a necessiadade de tal classificação, pois eles sentem os efeitos das ações "boas" ou "más" na pele, e não conseguem ficar impassíveis frente a elas.
 
Então eu discordo de vc nesse ponto Tilion. Vc disse que Deus ou Iluvatar ou Eru não são "maus" porque esse conceito é um conceito humano. Então se isso for, ele tb não pode ser "bom" no conceito de "bondade" que NÓS humanos temos. Concorda? Como vc disse no seu último post, ele está acima desses conceitos simples. Então o que pra vc pode ser uma consequência do livre-arbítrio e para mim maldade pura, para Eru pode ser simplesmente a vontade dele mesmo sendo manifestada.
É por isso que eu digo que tanto o mal quanto o bem vêm da mente de Eru porque na mente dele não existe essa distinção limitada "humanizada". Pois tudo faz parte do plano.
 
Ele é visto como "bom" exatamente pelo conceito cristão de bondade, ou seja, o conceito humano. NESSE conceito ele é completamente "bom", mas no conceito dele mesmo (de Eru), ele não é nem uma coisa, nem outra, pois ele está acima de tais classificações.

O mal e o bem vem da mente dos humanos, pois ELES classificam esses fatos dessa maneira.
Para Eru, contudo, não há classificação nenhuma. Para Eru, há apenas a vontade dele... porém, para os mortais, ela é SEMPRE "boa".
 
Em primeiro lugar:

Tilion, obrigado pela colaboração. :wink:

Em segundo lugar...

Algumas proposições:

:idea: Eru criou tudo. Os Ainur, o Vazio, Eä, os Filhos. Tudo.

:idea: O vazio e a escuridão estão dentro de Eä (o mundo que é). Tais coisas existem e foram criadas por Eru.

:idea: O Vazio e a Escuridão estão fora de Eä (estão no mundo que não é). Tais coisas não existem, mas foram criadas por Eru (embora isso seja absurdo fora da metafísica tolkieniana).

:idea: Ilúvatar é totalmente bom. Por isso, Manwë e Melkor eram isentos de maldade no pensamento dEle.

:idea: Aos Ainur, entretanto, foi dado o livre arbítrio, pois eles foram inspirados com a Chama Imperecível. Eles foram criados para desenvolver os temas (bons) propostos por Ilúvatar.

:idea: Na perspectiva dos Filhos de Ilúvatar, pode ser considerado mau quem se desviou desses temas. Melkor desviou-se. Ele é mau.

:idea: O mau não existe na perspectiva de Eru, poi ele é superior a isso. Mas na perspectiva dos Filhos e até dos Ainur, o mau é desviar-se dos temas inicialmente propostos por Eru.

Algumas dúvidas:

:?: Por que os elfos não poderiam ser maus? Por que o comportamento de Fëanor não pode ser considerado (pela perspectiva dos Filhos) mau? O fraticídio não pode ser considerado mau (pela perspectiva dos Filhos)?

:?: Se Manwë e Melkor eram iguais na mente de Ilúvatar (isentos de maldade) e ambos foram inspirados pela CI, porque Melkor se desviou dos temas e Manwë não?

:?: Todas aquelas referências (no Ainulindalë) ao fato de Melkor ter perambulado pelo Vazio à procura da CI, devem ser ignoradas? Isso é irrelevante para descobrir por que Melkor ficou mau e Manwë não?

Um besteirol pra variar:
A primeira vez que eu li aquele trecho que fala que o Melkor buscou as Trevas porque não conseguiu ter a Luz só para si, achei que ao falar em Luz, Tolkien se referia a Varda. Essa idéia de o Melkor ter ficado maligno por falta de mulher não é muito absurda... :twisted:
Aliás, (poéticamente :roll: ) o que é o mau, senão o desamor?
 
Gostei do resumo Olwë, tá completo. :-)))
Mas tem um ponto da discussão que ainda não digeri.... Eu não concordo que sobre o ponto de vista dos Filhos de Iluvatar este é SEMPRE "bom". Porque se vc olhar por este espectro, pra mim o que ele fez com a vida de Turin Turambar não foi nadica de nada bom. O bicho sofreu que nem um cão e no final se provou que foi por nada. Todo o sofrimento da vida dele foi por nada. Agora, isso pode ser visto como "maldade" pelos Filhos de Ilúvatar.

Mas Ilúvatar era "mal"???? Não! Só que ele tb não era "bom". Por que??? Porque ele simplesmente está TOTALMENTE ACIMA DESSES DOIS CONCEITOS LIMITADOS. Pra ele o que importa são os fins, e não os meios. Se para se atingir os fins são necessários meios maléficos, que seja!!! Assim será! :D :D Por isso existiram indivíduos como Melkor, Sauron e Fëanor como ferramentas da manifestação da vontade de Eru.

Acho que essa interpretação até ajuda a explicar por que no início Melkor se tornou "mal" sem nenhuma razão lógica aparente. Porque Ilúvatar quis.
 
Olwë disse:
O Vazio e a Escuridão estão fora de Eä (estão no mundo que não é). Tais coisas não existem, mas foram criadas por Eru (embora isso seja absurdo fora da metafísica tolkieniana).

Claro que o Vazio e a Escuridão existem. Se Eru os criou, como poderiam não existir? Veja a contradição da sua afirmação.

O fato de Eä ser o Mundo que É, não faz do Vazio o Mundo que Não É no sentido de não existir: apenas faz dele o Mundo que Não é COMO Eä. A incompreensão de tal conceito seria a causa da confusão dos mortais (e mesmo os elfos) sobre o que realmente é o Vazio.

Olwë disse:
1) Por que os elfos não poderiam ser maus? 2) Por que o comportamento de Fëanor não pode ser considerado (pela perspectiva dos Filhos) mau? 3) O fraticídio não pode ser considerado mau (pela perspectiva dos Filhos)?

1) Eles não seriam maus em origem e, na verdade, suas ações que fossem consideradas "más" teriam todas a mesma origem: Melkor. Nenhum elfo se tornaria "mau" de livre e espontânea vontade, ao contrário de Melkor. Toda "maldade" que veio dos elfos remete a Melkor.

2) Tanto pode como foi considerado "mau" por alguns elfos, mas Fëanor estava "contaminado" pelas mentiras de Morgoth, de modo que não foi mais do que uma ferramenta para o Vala espalhar o "mal".

3) Pode e foi.

Olwë disse:
Se Manwë e Melkor eram iguais na mente de Ilúvatar (isentos de maldade) e ambos foram inspirados pela CI, porque Melkor se desviou dos temas e Manwë não?

Duas respostas para isso:

1ª) Porque Eru quis assim, como parte fundamental de seu "plano" final. Logo, as ações de Melkor teriam (e tiveram: percebam o modo como Eru fala com Melkor no Ainulindalë) o consentimento de Eru, que não via as coisas como boas e más, e sim como um "todo" necessário à obra.

2ª) Porque Tolkien precisava de um vilão "primordial" para sua mitologia, sendo um paralelo (intencional ou não) de Lúcifer. ;)

Olwë disse:
1) Todas aquelas referências (no Ainulindalë) ao fato de Melkor ter perambulado pelo Vazio à procura da CI, devem ser ignoradas? 2) Isso é irrelevante para descobrir por que Melkor ficou mau e Manwë não?

1) Não.

2) Depende do seu ponto de vista. Como eu disse na resposta anterior, há a alternativa disto ser do consentimento de Eru ou simplesmente uma necessidade de Tolkien para a criação de seu vilão.
 
Elrond Meio-Elfo disse:
Mas tem um ponto da discussão que ainda não digeri.... Eu não concordo que sobre o ponto de vista dos Filhos de Iluvatar este é SEMPRE "bom". Porque se vc olhar por este espectro, pra mim o que ele fez com a vida de Turin Turambar não foi nadica de nada bom. O bicho sofreu que nem um cão e no final se provou que foi por nada. Todo o sofrimento da vida dele foi por nada. Agora, isso pode ser visto como "maldade" pelos Filhos de Ilúvatar.

Do ponto de vista dos elfos e dos homens (os não corrompidos pela Sombra e que tiveram contato com os elfos), Eru era completamente bom sim.
Lembre-se mais uma vez que Eru nada mais é do que o Deus cristão; assim, fazendo uma analogia, a "fé" de elfos e homens seria como a dos cristãos fiéis que, mesmo com os maiores sofrimentos caindo sobre as suas cabeças, não atribuem isso como "maldade" por parte de Deus, pois confiam completamente na sua "bondade" e no "destino" que Ele reserva para cada um no Fim de tudo.
Não foi Eru que causou tudo aquilo a Túrin. Foi o livre-arbítrio, tanto de Morgoth (que lançou a maldição sobre Húrin e sua família), como a do próprio Túrin, em ser tão impulsivo e refletir pouco sobre suas ações.
Túrin tinha um destino a cumprir, assim como todos os grandes heróis na mitologia tanto de Tolkien como em qualquer outra em nosso mundo. Ele seria a Ruína de Glaurung, e assim o foi. Se tivesse que "penar" para chegar até esse fim então, realmente, isso fazia parte dos "planos" de Eru no final das contas.
Para os Filhos de Ilúvatar "menos esclarecidos" sim, isto seria visto como "maldade".
 
As pessoas sofrem e morrem sem propósito algum. Turin amaldiçoou toda uma geração de povos, famílias e raças. Pessoas morreram de suas próprias mãos e devido a atos fúteis e infundados por nenhum propósito final. A Ruína de Glaurung? Foi por isso que Gondolin, Nargothrond, Brethil, Doriath, ou seja, quase toda a Terra-Média foi arrasada???? Para o cara se tornar a Ruína de Glaurung???? Qué isso....
Livre-Arbítrio??? Que livre-arbítrio Turin Turanbar tinha???????? O cara era provavelmente o ÚNICO ser em toda a Terra-Média que não tinha controle nenhum sobre a sua vida e o seu destino. Seja através da maldição de Melkor ou através da vontade do próprio Iluvatar, Turin não teve nenhum controle sobre o rumo de sua vida, matou injustamente e traiu conscientemente.
Para muitos dos Filhos de Iluvatar muita coisa do que Turambar fez foi pura maldade. Para outros, foi o poder do Anel de Morgoth. Agora para outros foi simplesmente a vontade de Iluvatar, independentemente desta ser BOA ou MÁ.

Não estou aqui questionando a bondade, maldade ou até mesmo o caráter de Turin veja, eu não acho que ele pretendeu ou teve muita escolha em muita coisa que se acometeu pra cima dele. Tudo aquilo era a vontade de Ilúvatar. Não teve nenhum propósito positivo final... porque a "Ruína de Glaurung" pra mim não cola... e muita gente morreu e sofreu por nada. O que eu estou fazendo aqui é questionar essa idéia de Iluvatar "bonzinho". Isso porque como observadores externos nós sabemos que muita coisa poderia ter sido diferente se ele fosse realmente "bonzinho". Pra mim ele não é bonzinho... e não é malzinho. E eu sou um Filho de "Iluvatar"... Pra mim ele apenas é. Pode até ser que eu tenha sido corrompido pelas sombras... quem sabe. :-PPP

Eu até questiono a "bondade" dos Valar. Oras, se eles eram tão "bons" assim, se Manwë e Mandos eram tão "bons", pra que se meter no "livre-arbítrio" dos noldor e expulsá-los e amaldiçoá-los de volta à Terra-Média e assombrá-los repetimente com desgraças, destruição e ruína.....

Resumindo, vc precisa ser MUITO crente pra achar que todos os fatores estão trabalhando a seu favor..... :lol: :lol: :lol: :lol: Mas isso aqui já tá ficando muito religioso pro meu gosto......
 
Elrond Meio-Elfo disse:
As pessoas sofrem e morrem sem propósito algum. Turin amaldiçoou toda uma geração de povos, famílias e raças. Pessoas morreram de suas próprias mãos e devido a atos fúteis e infundados por nenhum propósito final. A Ruína de Glaurung? Foi por isso que Gondolin, Nargothrond, Brethil, Doriath, ou seja, quase toda a Terra-Média foi arrasada???? Para o cara se tornar a Ruína de Glaurung???? Qué isso....

Morgoth amaldiçoou toda uma geração de povos, famílias e raças. Toda a desgraça que porventura Túrin causou tem raízes no Vala, assim como Fëanor.
Querendo ou não, ele tinha um destino sim. Essa questão do "herói sofredor" é mais comum do que parece em mitologias e literatura em geral, e isso influenciou Tolkien, de modo que ele colocou esse elemento na própria obra.

Ah, sim: Doriath foi destruída pela burrice de Thingol e com a ajuda da cobiça dos anões.

Elrond Meio-Elfo disse:
Livre-Arbítrio??? Que livre-arbítrio Turin Turanbar tinha???????? O cara era provavelmente o ÚNICO ser em toda a Terra-Média que não tinha controle nenhum sobre a sua vida e o seu destino. Seja através da maldição de Melkor ou através da vontade do próprio Iluvatar, Turin não teve nenhum controle sobre o rumo de sua vida, matou injustamente e traiu conscientemente.

O mesmo livre-arbítrio que todos os outros seres imbuídos da Chama Imperecível tinham. O fato de Morgoth o ter amaldiçoado não muda isso, pois não era ele quem decidia quem tinha a Chama Imperecível ou não. Ele apenas dificultou as coisas para Túrin, que também fez um monte de besteiras pelo próprio caráter irrascivel.
Não há como resumir secamente à "vontade de Ilúvatar", pois assim, ninguém teria realmente livre-arbítrio... o que não acontece.

Elrond Meio-Elfo disse:
Para muitos dos Filhos de Iluvatar muita coisa do que Turambar fez foi pura maldade. Para outros, foi o poder do Anel de Morgoth. Agora para outros foi simplesmente a vontade de Iluvatar, independentemente desta ser BOA ou MÁ.

Realmente muitos devem ter achado que Túrin foi um "propagador"
da maldade, mas muitos também tinham consciência de seu gênio indomável e da maldição de Morgoth, de modo que tinham cuidado ao fazer tais julgamentos.
Mas não independente da vontade de Eru ser boa ou má: para eles, para os que REALMENTE estavam a par das tradições originadas dos Valar, a vontade Dele SEMPRE era boa. ;)

Elrond Meio-Elfo disse:
Não estou aqui questionando a bondade, maldade ou até mesmo o caráter de Turin veja, eu não acho que ele pretendeu ou teve muita escolha em muita coisa que se acometeu pra cima dele. Tudo aquilo era a vontade de Ilúvatar. Não teve nenhum propósito positivo final... porque a "Ruína de Glaurung" pra mim não cola... e muita gente morreu e sofreu por nada. O que eu estou fazendo aqui é questionar essa idéia de Iluvatar "bonzinho". Isso porque como observadores externos nós sabemos que muita coisa poderia ter sido diferente se ele fosse realmente "bonzinho". Pra mim ele não é bonzinho... e não é malzinho. E eu sou um Filho de "Iluvatar"... Pra mim ele apenas é. Pode até ser que eu tenha sido corrompido pelas sombras... quem sabe. :-PPP

É verdade que tudo levava para o Fim que Eru já tinha planejado desde o Início, mas os caminhos até esse fim eram de escolha de seus Filhos... nisso ele nunca interferiu (livre-arbítrio, lembra?).
Ninguém "sofreu e morreu" por nada. No Final, haveria o julgamento da parte de Eru, onde tudo seria refeito e reparado. Gostando ou não, temos que nos lembrar sempre do aspecto cristão disso, e assim, acaba fazendo mais sentido.
Pode-se questionarm pode-se não gostar, mas uma vez que Eru = Deus cristão, ele é totalmente bom sim.
O fato dele ser "realmente bonzinho" não significa que ele tem que interferir a favor de seus filhos. Se fizesse isso, ele seria um "ditador divino"; Ele, porém, lhes deu o livre-arbítrio pra levarem suas existências como bem entendessem, tendo que prestar contas a Ele apenas no Juízo Final.

Elrond Meio-Elfo disse:
Eu até questiono a "bondade" dos Valar. Oras, se eles eram tão "bons" assim, se Manwë e Mandos eram tão "bons", pra que se meter no "livre-arbítrio" dos noldor e expulsá-los e amaldiçoá-los de volta à Terra-Média e assombrá-los repetimente com desgraças, destruição e ruína.....

Os noldor causaram sua própria desgraça, e principalmente por causa do temperamento de Fëanor (apenas Finarfin recobrou o juízo a tempo). Eles não se meteram no livre-arbítrio deles, tanto que não os expulsaram: os noldor foram embora porque quiseram; o que Mandos fez foi julgá-los, já que essa era sua função, pelo Fratricídio de Alqualondë. Os noldor procuraram tudo o que receberam. O Juramento de Fëanor foi a desgraça maior dos noldor.

Elrond Meio-Elfo disse:
Resumindo, vc precisa ser MUITO crente pra achar que todos os fatores estão trabalhando a seu favor..... Mas isso aqui já tá ficando muito religioso pro meu gosto......

Mas Tolkien realmente era MUITO crente nesse sentido, de modo que tudo isso se justifica. Está tudo no Letters, para quem quiser conferir. ;)
 
Realmete nao podemos classificar Eru como bom ou mal, pois ele é onipotente. Ele é o verdadeiro e único Deus da mitologia tolkieniana. É um ser dotado de poder ímpar, incomparável mesmo frente a suas poderosas criações, os ainur.
Um Deus não tem estes conflitos de bem e mal, mas podemos classifacá-lo omo bom pelos olhos de seus filhos e realmente se anlisarmos bem ele nunca quis o mal para nenhum deles. O sofrimento de Turin foi imposto pela maldicao de Morgoth, mas acho principalmente por sua intolerancia e arrogancia. Ele poeria ter trilhado caminos diferentes com certeza.
E realmente o vazio veio de Eru, pois Melkor fez na música apenas a visao das trevas mas foi a palvra de poder do própo Eru que fizeram-nas tomar forma.
Oque u nao vi ninguem falando foi da destruicao de Numenor. Como vcs encaram isto? Orgulho ferido por falta de adoracao, ou decisao diante de injustiças feitas? Eu considero que ele so fez o que Manwe pediu, mas tb acho que ele tinha sentimentos apesar de ser um Deus, pois em alguns momentos ele demonstra isto. Por exemplo quando se apieda por Aule e os anoes.
 
Bom... a coisa que eu mais detesto é mandar replys gigantescos e com quotes gigantecos... mas parece que às vezes não dá pra evitar... Paciência.

Morgoth amaldiçoou toda uma geração de povos, famílias e raças. Toda a desgraça que porventura Túrin causou tem raízes no Vala, assim como Fëanor.

Segundo o próprio Iluvatar, a vontade de Melkor não era nada mais nada menos do que a vontade dele mesmo sendo manifestada no Ainur. Então não foi Melkor que amaldiçoou Turin, foi Iluvatar e o seu famoso "livre-arbítrio".

Ah, sim: Doriath foi destruída pela burrice de Thingol e com a ajuda da cobiça dos anões.

Eu sei disso, só coloquei pra aumentar um poquinho as cagadas que o Turin fez na vida. :lol: :lol:

O mesmo livre-arbítrio que todos os outros seres imbuídos da Chama Imperecível tinham. O fato de Morgoth o ter amaldiçoado não muda isso, pois não era ele quem decidia quem tinha a Chama Imperecível ou não. Ele apenas dificultou as coisas para Túrin, que também fez um monte de besteiras pelo próprio caráter irrascivel.
Não há como resumir secamente à "vontade de Ilúvatar", pois assim, ninguém teria realmente livre-arbítrio... o que não acontece.

Mas vc realmente não entendeu o que eu perguntei... ninguém realmente tinha livre-arbítrio pois TUDO era a vontade de Ilúvatar já que ele sabia do plano final, da música e coisa e tal. Então a ÚNICA saída é resumir secamente à "vontade de Iluvatar". E mais de duas vezes ele interferiu diretamente no curso da história. Do nosso ponto de vista, externo ao mundo de Tolkien, ESSE conceito Tolkieano de livre-arbítrio é estorinha pra criança dormir que os Ainur contaram aos elfos para eles se sentirem mais confortados na vida. Hehehehehehe...

Realmente muitos devem ter achado que Túrin foi um "propagador"
da maldade, mas muitos também tinham consciência de seu gênio indomável e da maldição de Morgoth, de modo que tinham cuidado ao fazer tais julgamentos.
Mas não independente da vontade de Eru ser boa ou má: para eles, para os que REALMENTE estavam a par das tradições originadas dos Valar, a vontade Dele SEMPRE era boa.

Para mim a Maldição de Mandos, o Ocaso de Valinor, a Sina de Turin e a Destruição de Númenor NÃO foram coisas "boas". A questão é que eu sei que Iluvatar está acima desses conceitos então o fato de achar tais eventos nefastos não quer dizer que eu o ache "mal". Agora, se vc está dizendo que os elfos eram cegos em relação ao mundo, vc pode até ter razão.... talvez seja isso que separe os elfos dos homens. A fé incondicional em uma entidade superior.

É verdade que tudo levava para o Fim que Eru já tinha planejado desde o Início, mas os caminhos até esse fim eram de escolha de seus Filhos... nisso ele nunca interferiu (livre-arbítrio, lembra?).
Ninguém "sofreu e morreu" por nada. No Final, haveria o julgamento da parte de Eru, onde tudo seria refeito e reparado. Gostando ou não, temos que nos lembrar sempre do aspecto cristão disso, e assim, acaba fazendo mais sentido.
Pode-se questionarm pode-se não gostar, mas uma vez que Eru = Deus cristão, ele é totalmente bom sim.
O fato dele ser "realmente bonzinho" não significa que ele tem que interferir a favor de seus filhos. Se fizesse isso, ele seria um "ditador divino"; Ele, porém, lhes deu o livre-arbítrio pra levarem suas existências como bem entendessem, tendo que prestar contas a Ele apenas no Juízo Final.

Bom, recapitulando, não existia um "livre-arbítrio" total. Isso porque Eru já atuou diretamente em conflitos na Terra-Média que cabiam somente aos seus Filhos e não a ele. Então Eru não só controla os fins como também controla os meios.
Oras, se os Númenorianos queriam entrar em guerra com os elfos de Valinor porque ele não deixou????? Pra que matar vidas inocentes..... e eu acredito que haviam crianças e pessoas que nada tinham a ver com nada naquela terra...... e destruir todo um continente chegando ao ato de modificar o mundo em si.
Por que ele permitiu que os meio-elfos escolhessem entre os dois mundos e não os 'meio-homens' (filhos de Elros por exemplo)???? E pra que interferir????
A resposta pra todas essas perguntas é simples. Porque todos esses atos de Iluvatar tinham implicação no destino final da Terra-Média. Ou seja, repentindo, ele não só controla os fins como também controla os meios. E isso pra mim acaba totalmente com a idéia de "livre-arbítrio". E não existe meio livre-arbítrio, ou se tem ou se não tem. E os Filhos de Iluvatar, pelos menos enquanto o mundo ainda era jovem, não o tinham.

Os noldor causaram sua própria desgraça, e principalmente por causa do temperamento de Fëanor (apenas Finarfin recobrou o juízo a tempo). Eles não se meteram no livre-arbítrio deles, tanto que não os expulsaram: os noldor foram embora porque quiseram; o que Mandos fez foi julgá-los, já que essa era sua função, pelo Fratricídio de Alqualondë. Os noldor procuraram tudo o que receberam. O Juramento de Fëanor foi a desgraça maior dos noldor.

O único "livre-arbítrio" que os noldor tiveram foi o de escolher se queriam ficar ou ir embora. Depois disso, uma maldição irresponsável, de seres que deveriam cuidar e não julgar, que somente viria a ser levantada milhares de anos depois, assombrou, destruiu e interferiu nos planos de cada indivíduo daquele povo.
Jesus, vc realmente precisa ser muito crente, muito elfo, ou muito alheio às verdades do mundo pra achar que esses atos-divinos foram atos benevolentes...........

Mas Tolkien realmente era MUITO crente nesse sentido, de modo que tudo isso se justifica. Está tudo no Letters, para quem quiser conferir.

Não me entenda mal, não estou questionando a religiosidade de Tolkien (e não preciso de Letters nem de diploma em Tolkienologia nenhum pra discutir sobre assuntos como esse). O que nós estamos discutindo aqui é a idéia de um Iluvatar "bonzinho", ou não???? Felizmente nós podemos analisar tudo isso de um ponto de vista externo ao mundo que ele criou, e não nos limitar ao ponto de vista dos elfos ou dos homens. Eu até acho que o cara criou um Deus que é trocentas vezes mais "bonzinho" que o nosso Deus.......

Eu concordo com vc que para um elfo X de Alqualondë arrasar com os Númenorianos invasores foi a coisa mais bela e caridosa que Iluvatar já fez, agora convenhamos, essa é uma opinião bastante limitada.
 
Elrond Meio-Elfo disse:
ninguém realmente tinha livre-arbítrio pois TUDO era a vontade de Ilúvatar já que ele sabia do plano final, da música e coisa e tal. Então a ÚNICA saída é resumir secamente à "vontade de Iluvatar". E mais de duas vezes ele interferiu diretamente no curso da história. Do nosso ponto de vista, externo ao mundo de Tolkien, ESSE conceito Tolkieano de livre-arbítrio é estorinha pra criança dormir que os Ainur contaram aos elfos para eles se sentirem mais confortados na vida. Hehehehehehe...
Quem afirmou a existência do livre arbítrio foi o próprio Eru e não os Ainur (já citei a passagem aí por algum post passado). O fato de eru conhecer o destino de tudo e de todos não exclui a existência do livre-arbítrio, já que cada um a cada instante pode fazer exatamente o que lhe convir, Eru apenas sabe de tais decisões antes delas serem tomadas, é a uma das facetas da oniciência, mas não é ele quem as determina.
 
Bom, aí é um ponto de vista seu... se Iluvatar sabia da música antes de ela ser feita, se a música era "boa" pra ele, se a música era o que ele queria... então a música era a vontade dele. E tudo que fosse ser manifestado no mundo daí em diante seria nada mais nada menos do que a vontade suprema de Iluvatar.
 

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