[F*U*S*A*|KåMµ§]
Who will define me?
Só complementando a minha crítica.
Concordo com o Roy Batty no sentido que avaliar um filme pelo que ele não mostra é uma falha.
O filme deveria ser sempre uma obra a parte, não pode se prender a fidelidade de uma obra original pura e simplesmente por fidelidade. Literatura e Cinema são linguagens e demonstrações artísticas completamente distintas.
Mas o que o filme mostra já é digno de muitas críticas.
A inserção da personagem elfa e a criação do romance com o anão não é inadequado porque isso não existia na obra original. É inadequado porque foi mal feito.
Em SdA ele modifica o momento em que Arwen é apresentada ao espectador, mas ele faz através de uma aparição e de um diálogo com Aragorn em que é implicitamente carimbada no espectador que há uma história por tras daqueles 2. Não interessa saber exatamente qual é a história passada de proximidade de ambos, só interessa saber que ela existe e é profunda. Pronto, o relacionamento de Aragorn e Arwen já está feito, construído e sem forçação. Mesmo que durante os 3 filmes os momentos de relacionamento entre ambos sejam algumas poucas cenas, ele não precisa desenvolver dentro dos 3 filmes essa relação.
Já aqui não. A elfa e o anão eram completamente desconhecidos, e até aquele ponto ambos eram até ideologicamente pares com o ódio de uma raça a outra. Nesse caso a relação tem que ser construída para parecer verdadeira. Como, eu não sei, mas do jeito que ficou não funcionou. Em qual momento da trilogia inteira o PJ constrói o relacionamento dos 2? Em pouquíssimas cenas.
A isso me referia dar ponto pra respirar pra essas cenas. Torná-las coerentes e não apenas serem mais um "check point" numa lista de cenas que o PJ queria inserir na trilogia.
Pra mim isso mostra direção descontrolada.
Desde o primeiro filme eu reclamei também do uso dos planos abertos que em SdA eram brilhantemente usados para definir a geografia e manter a grandeza da jornada que Frodo estava fazendo.
Nessa trilogia a única vez em que vi algo similar foi nesse terceiro filme no início com os anões olhando os eventos na cidade do lago. Todos os demais usavam e abusavam de uns movimentos de câmera estranhos que mais confundiam a definição do espaço e parecia mais showoff dos efeitos. Algum não-fã de Tolkien (ou seja, que já não tenha memorizado na cabeça o mapa da Terra Média), realmente conseguiu entender aonde foi essa guerra? Algum lugar perto da montanha que fica em algum lugar perto do lago. De onde vinha o segundo exército de orcs? Onde era o norte ali?
Enfim.
Pra argumentar melhor meu post anterior, de elogios fico com direção de arte, figurino e trilha.
De fato em termos de identificação entre cada personagem, cada raça, cada exército, é muito bem feito. Não sei se as descrições batem com a obra original, mas o que importa é que nesse quesito não há confusão. E o visual dos elfos são sempre de cair o queixo.
A trilha me encantou mais do que por exemplo a do primeiro filme, não tanto pela trilha em si mas por inserção mais orgânica no filme. A canção do Thorin no primeiro filme, por mais que seja linda, tinha uma edição quase que de clipe MTV desde o começo da cena vindo por detrás da lareira.
Bom.
Acho que é isso.
Espero ter argumentado meu 5.
E que o PJ tome umas férias pra se refrescar porque nem King Kong nem Lovely Bones foram grandes obras também.
Concordo com o Roy Batty no sentido que avaliar um filme pelo que ele não mostra é uma falha.
O filme deveria ser sempre uma obra a parte, não pode se prender a fidelidade de uma obra original pura e simplesmente por fidelidade. Literatura e Cinema são linguagens e demonstrações artísticas completamente distintas.
Mas o que o filme mostra já é digno de muitas críticas.
A inserção da personagem elfa e a criação do romance com o anão não é inadequado porque isso não existia na obra original. É inadequado porque foi mal feito.
Em SdA ele modifica o momento em que Arwen é apresentada ao espectador, mas ele faz através de uma aparição e de um diálogo com Aragorn em que é implicitamente carimbada no espectador que há uma história por tras daqueles 2. Não interessa saber exatamente qual é a história passada de proximidade de ambos, só interessa saber que ela existe e é profunda. Pronto, o relacionamento de Aragorn e Arwen já está feito, construído e sem forçação. Mesmo que durante os 3 filmes os momentos de relacionamento entre ambos sejam algumas poucas cenas, ele não precisa desenvolver dentro dos 3 filmes essa relação.
Já aqui não. A elfa e o anão eram completamente desconhecidos, e até aquele ponto ambos eram até ideologicamente pares com o ódio de uma raça a outra. Nesse caso a relação tem que ser construída para parecer verdadeira. Como, eu não sei, mas do jeito que ficou não funcionou. Em qual momento da trilogia inteira o PJ constrói o relacionamento dos 2? Em pouquíssimas cenas.
A isso me referia dar ponto pra respirar pra essas cenas. Torná-las coerentes e não apenas serem mais um "check point" numa lista de cenas que o PJ queria inserir na trilogia.
Pra mim isso mostra direção descontrolada.
Desde o primeiro filme eu reclamei também do uso dos planos abertos que em SdA eram brilhantemente usados para definir a geografia e manter a grandeza da jornada que Frodo estava fazendo.
Nessa trilogia a única vez em que vi algo similar foi nesse terceiro filme no início com os anões olhando os eventos na cidade do lago. Todos os demais usavam e abusavam de uns movimentos de câmera estranhos que mais confundiam a definição do espaço e parecia mais showoff dos efeitos. Algum não-fã de Tolkien (ou seja, que já não tenha memorizado na cabeça o mapa da Terra Média), realmente conseguiu entender aonde foi essa guerra? Algum lugar perto da montanha que fica em algum lugar perto do lago. De onde vinha o segundo exército de orcs? Onde era o norte ali?
Enfim.
Pra argumentar melhor meu post anterior, de elogios fico com direção de arte, figurino e trilha.
De fato em termos de identificação entre cada personagem, cada raça, cada exército, é muito bem feito. Não sei se as descrições batem com a obra original, mas o que importa é que nesse quesito não há confusão. E o visual dos elfos são sempre de cair o queixo.
A trilha me encantou mais do que por exemplo a do primeiro filme, não tanto pela trilha em si mas por inserção mais orgânica no filme. A canção do Thorin no primeiro filme, por mais que seja linda, tinha uma edição quase que de clipe MTV desde o começo da cena vindo por detrás da lareira.
Bom.
Acho que é isso.
Espero ter argumentado meu 5.
E que o PJ tome umas férias pra se refrescar porque nem King Kong nem Lovely Bones foram grandes obras também.