Elring
Depending on what you said, I might kick your ass!
Fundada em 1601 T.E. (Terceira Era) pelos irmãos Cascalvas Marcho e Blanco, que partiram de Bri e cruzaram o rio Baranduin acompanhados de muitos hobbits para tomarem toda a extensão de terras entre o rio e as Colinas Distantes - o Condado pode ter sido a mais bem sucedida sociedade de toda a T-m a permanecer por exatos mil quatrocentos e dezesete anos sem grandes conflitos internos, externos e sem avanços tecnológicos significativos que caracterizavam o processo de formação e declínio das civilizações humanas, élficas e anãs.
As terras cedidas aos hobbits pelo rei Argeleb II, o vigésimo da linhagem de Fornost, possuíam 120 milhas (193.08 km) desde as Colinas Distantes até a ponte Brandevin, e 150 milhas (241.35 km) dos pântanos do norte até os charcos do sul. Sua localização privilegiada mantinha o clima e as temperaturas constantes e bem definidas; ventos marítimos soprados através do Golfo de Lûn forneciam a umidade e as chuvass essenciais para o cultivo, enquanto os ventos áridos da Terra Parda e o gélido ar de Forodwaith garantiam a circulação e a alternancia dos ciclos climáticos.
Hábeis em trabalhos manuais (destreza esta que garantiu-lhes um lugar em Arnor em troca de trabalhos prestados na manutenção da Grande Ponte e de outras estradas), os Pequenos não tardaram em desenvolver outra ocupações, além da plantação de alimentos. Da mesma forma que nos burgos feudais humanos, os hobbits também criaram suas corporações de ofícios, que eram responsáveis pela organização e distribuição de determinados produtos manufaturados, tais como: mineiros, ferreiros, cordoeiros, carreteiros, moleiros, artesãos e fumicultores. Profissões estas, matidas em uma mesma família por gerações.
E quais foram os fatores que determinaram tamanha prosperidade hobbitiana?
Um deles, foi a formidável capacidade de ocultaram-se e de caminharem despercebidos aos olhos e ouvidos de qualquer criatura viva (e não viva, podemos acrescentar). Capacidade esta, que manteve os hobbits incógnitos de todos os relatos élficos e humanos por muitos anos.
Outro elemento a ser levado em consideração foi a ausência de conflitos armados entre as famílias e clãs rivais, tais como ocorreram nos reinos de Arnor (a divisão do reino de Ëarendur por seus filhos em três: Arthedain, Rudhaur e Cardolan) e Gondor (após amorte do rei Valacar, começou a guerra civil e a Contenda das Famílias).
Auto-suficiência agrícola. A sociedade hobbit trabalhava para produzir alimentos para a família e trocava o excedente da colheita por outros produtos. Também era frequente a ajuda mútua entre eles; aquele que possuía ferramentas, carroças ou arados partilhava-os com os companheiros. Aproveitamento de pântanos de florestas, de onde extraíam frutas silvestres, alimentos para os animais e a madeira necessária para lenha e construções. Provavelmente, os hobbits também eram conhecedores da rotação de culturas, para que os nutrientes do solo não se esgotassem. Com a excessão dos Brandebuques da Quarta Leste, nehum outro hobbit aventurava-se em barcos para pescar.
Alegre e brincalhões, as comilanças e as bebedeiras estavam entre os entretenimentos mais apreciados por todos os habitantes do Condado. Os hobbits faziam até cinco refeições por dia e adoravam festas, o que acontecia com grande frequencia, dado o elevado número de integrantes de uma mesma família (que chegavam a mais de duzentos indivíduos como na família Brandebuque, na Sede do Brandevin).
Apesar de todos estes fatores citados, é assombroso constatar que o Condado tenha resistido e prosperado por mais de mil anos desde sua fundação até o ano 3018 T.E. Ano em que os Nazgûl invadiram, de fato, o Condado por ordem de Sauron.
O primeiro desafio enfrentado pelos hobbits foi o Rei dos Bruxos de Angmar que invadiu Arthedain e conquistou Fornost em 1974 T.E. Por sorte ou por ignorância, o Rei dos Bruxos, oa invés de prosseguir com seu avanço pelo Caminho Verde até Bri e expulsar os poucos dúnedain da Colina dos Ventos e retomar o Amon Sûl (visto que Cardolan não mais existia) ou se apoderar da grande Ponte, o Rei de Angmar conteve-se em Fornost e partiu para atacar Lindon. Mas foi surpreendido pelos exércitos de Ëarnur de Gondor, das forças de Lindon e de Arnor. Houve uma grande batalha na planície entre o Nenuial e as Colinas do Norte. Ou seja, longe das fronteiras de Quarta Norte. O saldo negativo para os hobbits neste período conturbado foram a Grande Peste (1636 T.E.) que chegou com pouca força ao Condado e a fuga de parte de sua população durante a queda de Angmar, trezentos e quarente e dois anos depois (1975).
Após o fim do reinado de terror do Rei dos Bruxos, os hobbits só voltariam a serem perturbados setecentos e setenta e dois anos (2747 T.E.), quando Bandobras Tûk expulsou um bando de orcs da Quarta Norte. E nada souberam sobre o combate travado pelos dúnedain liderados por Arassuil e pelos filhos de Elrond contra os orcs das Montanhas Sombrias que invadiram Eriador no mesmo período.
Outro longo período de paz foi quebrado pelo Inverno Mortal (2911 T.E.), cento e sessenta e quatro anos depois foram os lobos brancos e a fome que devastaram de modo inclemente o Condado e que levaram milhares de hobbits a morte. E mais uma vez os Pequenos demonstraram que são duros de se abaterem por tamanha desgraça.
Recuperaram-se e prosperaram por mais cento e sete anos, até que a Guerra pelo Anel Governante os colocou no centro de todas as atenções. Principalmente, as de um mago conhecido pelo nome de Gandalf e que colocou o Condado sob vigilância dos Guardiões do Norte no ano de 2941 T.E. Ano em que Bilbo encontrou seu "anel mágico" e atiçou a curiosidade do Mago.
É interessante notar que os hobbits tenham permanecido por tantos séculos a margem de todos os acontecimentos que marcaram a Terceira Era. Como explicar tamanho êxito onde todos os grandiosos reinos númenoreanos, eldarim e naugrim falharam? Por que os três reinos de Arnor ignoraram aquela porção de terra central durante seus conflitos? Como a população hobbit manteve oculta por tantos anos, sendo que a Grande Estrada Leste cortava esta região, e sem chamar a atenção de reinos rivais? Não era um local estratégico do ponto de vista militar?
Pois é... estas perguntas eu me vieram a cabeça e não achei nenhuma explicação.
As terras cedidas aos hobbits pelo rei Argeleb II, o vigésimo da linhagem de Fornost, possuíam 120 milhas (193.08 km) desde as Colinas Distantes até a ponte Brandevin, e 150 milhas (241.35 km) dos pântanos do norte até os charcos do sul. Sua localização privilegiada mantinha o clima e as temperaturas constantes e bem definidas; ventos marítimos soprados através do Golfo de Lûn forneciam a umidade e as chuvass essenciais para o cultivo, enquanto os ventos áridos da Terra Parda e o gélido ar de Forodwaith garantiam a circulação e a alternancia dos ciclos climáticos.
Hábeis em trabalhos manuais (destreza esta que garantiu-lhes um lugar em Arnor em troca de trabalhos prestados na manutenção da Grande Ponte e de outras estradas), os Pequenos não tardaram em desenvolver outra ocupações, além da plantação de alimentos. Da mesma forma que nos burgos feudais humanos, os hobbits também criaram suas corporações de ofícios, que eram responsáveis pela organização e distribuição de determinados produtos manufaturados, tais como: mineiros, ferreiros, cordoeiros, carreteiros, moleiros, artesãos e fumicultores. Profissões estas, matidas em uma mesma família por gerações.
E quais foram os fatores que determinaram tamanha prosperidade hobbitiana?
Um deles, foi a formidável capacidade de ocultaram-se e de caminharem despercebidos aos olhos e ouvidos de qualquer criatura viva (e não viva, podemos acrescentar). Capacidade esta, que manteve os hobbits incógnitos de todos os relatos élficos e humanos por muitos anos.
Outro elemento a ser levado em consideração foi a ausência de conflitos armados entre as famílias e clãs rivais, tais como ocorreram nos reinos de Arnor (a divisão do reino de Ëarendur por seus filhos em três: Arthedain, Rudhaur e Cardolan) e Gondor (após amorte do rei Valacar, começou a guerra civil e a Contenda das Famílias).
Auto-suficiência agrícola. A sociedade hobbit trabalhava para produzir alimentos para a família e trocava o excedente da colheita por outros produtos. Também era frequente a ajuda mútua entre eles; aquele que possuía ferramentas, carroças ou arados partilhava-os com os companheiros. Aproveitamento de pântanos de florestas, de onde extraíam frutas silvestres, alimentos para os animais e a madeira necessária para lenha e construções. Provavelmente, os hobbits também eram conhecedores da rotação de culturas, para que os nutrientes do solo não se esgotassem. Com a excessão dos Brandebuques da Quarta Leste, nehum outro hobbit aventurava-se em barcos para pescar.
Alegre e brincalhões, as comilanças e as bebedeiras estavam entre os entretenimentos mais apreciados por todos os habitantes do Condado. Os hobbits faziam até cinco refeições por dia e adoravam festas, o que acontecia com grande frequencia, dado o elevado número de integrantes de uma mesma família (que chegavam a mais de duzentos indivíduos como na família Brandebuque, na Sede do Brandevin).
Apesar de todos estes fatores citados, é assombroso constatar que o Condado tenha resistido e prosperado por mais de mil anos desde sua fundação até o ano 3018 T.E. Ano em que os Nazgûl invadiram, de fato, o Condado por ordem de Sauron.
O primeiro desafio enfrentado pelos hobbits foi o Rei dos Bruxos de Angmar que invadiu Arthedain e conquistou Fornost em 1974 T.E. Por sorte ou por ignorância, o Rei dos Bruxos, oa invés de prosseguir com seu avanço pelo Caminho Verde até Bri e expulsar os poucos dúnedain da Colina dos Ventos e retomar o Amon Sûl (visto que Cardolan não mais existia) ou se apoderar da grande Ponte, o Rei de Angmar conteve-se em Fornost e partiu para atacar Lindon. Mas foi surpreendido pelos exércitos de Ëarnur de Gondor, das forças de Lindon e de Arnor. Houve uma grande batalha na planície entre o Nenuial e as Colinas do Norte. Ou seja, longe das fronteiras de Quarta Norte. O saldo negativo para os hobbits neste período conturbado foram a Grande Peste (1636 T.E.) que chegou com pouca força ao Condado e a fuga de parte de sua população durante a queda de Angmar, trezentos e quarente e dois anos depois (1975).
Após o fim do reinado de terror do Rei dos Bruxos, os hobbits só voltariam a serem perturbados setecentos e setenta e dois anos (2747 T.E.), quando Bandobras Tûk expulsou um bando de orcs da Quarta Norte. E nada souberam sobre o combate travado pelos dúnedain liderados por Arassuil e pelos filhos de Elrond contra os orcs das Montanhas Sombrias que invadiram Eriador no mesmo período.
Outro longo período de paz foi quebrado pelo Inverno Mortal (2911 T.E.), cento e sessenta e quatro anos depois foram os lobos brancos e a fome que devastaram de modo inclemente o Condado e que levaram milhares de hobbits a morte. E mais uma vez os Pequenos demonstraram que são duros de se abaterem por tamanha desgraça.
Recuperaram-se e prosperaram por mais cento e sete anos, até que a Guerra pelo Anel Governante os colocou no centro de todas as atenções. Principalmente, as de um mago conhecido pelo nome de Gandalf e que colocou o Condado sob vigilância dos Guardiões do Norte no ano de 2941 T.E. Ano em que Bilbo encontrou seu "anel mágico" e atiçou a curiosidade do Mago.
É interessante notar que os hobbits tenham permanecido por tantos séculos a margem de todos os acontecimentos que marcaram a Terceira Era. Como explicar tamanho êxito onde todos os grandiosos reinos númenoreanos, eldarim e naugrim falharam? Por que os três reinos de Arnor ignoraram aquela porção de terra central durante seus conflitos? Como a população hobbit manteve oculta por tantos anos, sendo que a Grande Estrada Leste cortava esta região, e sem chamar a atenção de reinos rivais? Não era um local estratégico do ponto de vista militar?
Pois é... estas perguntas eu me vieram a cabeça e não achei nenhuma explicação.