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Ao contrário de um europeu ou de um norteamericano, se você disser 'eu escolhi a carreira militar para servir o meu país', as pessoas te olham com desconfiança, ou até mesmo com deboche.
Também pudera: ELES VIVEM FAZENDO ISSO! De qualquer modo é o american way of life: ou Faculdade ou Forças Armadas. Se não, você é um fracassado - geralmente falido.
Sobre mulheres serem melhores ou piores que homens com relação ao serviço militar: Eu acho que numa guerra, quanto mais soldado, melhor! Independente de sexo! 3000 soldados homens ou 6000 soldados mistos? Até pq a coisa vai passar por triagem, e existem mulheres e homens fortes e fracos... Não acho que vão pegar as menininhas mirradinhas delicadinhas "aí quebrei minha unha", acho que a coisa vai mais por aqui:
Sobre o serviço militar ser obrigatório: concordo e discordo! Concordo pq se fosse facultativo, eu teria realmente medo do exército! A maioria das pessoas que eu conheço que tem essa vontade de ter armas e combater (e não seguir carreira e ficar atrás de uma mesa) não são pessoas nas quais eu confiaria armadas... A maioria leia-se não todos! Discordo pq meu ex serviu o exército, e ele disse que foi no exército que ele descobriu o pior do ser humano... Ok! Você está preparando pessoas pra guerra... Mas sei lá... Obrigar pessoas a passar por tanta tortura e humilhação é absurdo! Nesse ponto eu acho que só quem é louco de se alistar voluntariamente deveria passar por isso. O que me faz novamente duvidar das condições mentais da pessoa que optaria por isso...
Sobre respeito aos veteranos, @Seiko-chan , é bom lembrar que os do Vietnã não foram tão bem tratados assim - e mesmo os do Golfo e do Iraque/Afeganistão, pois vide que muitos tiveram dificuldades pra se adaptar à vida civil novamente. Hollywood ainda guarda um certo culto militarista - também pudera, a maior parte dos filmes serve como propaganda das FAs! Sem falar que eles precisam de apoio delas para filmar certos títulos (razão pela qual Os Vingadores não teve envolvimento dos militares) -, mas a sociedade americana tem certas reservas quanto a isso hoje em dia, principalmente depois da manipulação feita para justificar o envolvimento dos Isteites nos últimos eventos.
Aqui... Infelizmente temos esse legado da Ditadura e mais o legado dos Esquadrões da Morte. Fica difícil apoiar algo que causa(ou) pânico tão perto de casa - imagino que a turma de Kent State e Selma entenda isso da mesma maneira.
O que eles fizeram lá - Vietnã, Afeganistão, Iraque - também depõe contra eles, @Seiko-chan . A instantaneidade da divulgação das notícias impactou em muito a sociedade americana a tal ponto desse "culto dos herois de guerra" ser questionado.
Quanto à Comissão da Verdade... não querendo suavizar pros outros, mas fica difícil defender o legado dos fardados - e pior quando você estuda o envolvimento dos militares em vários eventos históricos do final do século XIX ao século XX, de Canudos à Ditadura. Eu mesmo tenho amigos que foram pras FAs e voltaram verdadeiros fanáticos à la Travis Bickle.
Comcordo com o que a Malkyn falou, principalmente isso de quem quer ter armas são justamente as pessoas que nunca deveriam ter armas (em geral). Mas, que gata!
Você tá meio por fora do que acontece com os veteranos nos EUA, né, Seiko? O que não falta nos EUA é veterano sem teto.Mas mesmo o cara sendo um idiota que não teve capacidade de ser nada além de infante, é notável o respeito da população por essas pessoas, principalmente pelos veteranos.
Você tá meio por fora do que acontece com os veteranos nos EUA, né, Seiko? O que não falta nos EUA é veterano sem teto.
Mas acho que ambos os lados são posições ideológicas.Verdade, é bem isso mesmo. Normalmente, caras que apostam todas as fichas na vida para ser atletas e acabam fracassando por algum motivo (a maioria não é tão boa quanto achava que era) vão parar nas Forças Armadas. Ao menos servirão pra alguma coisa útil, como morrer pelo país deles, e tal. Mas mesmo o cara sendo um idiota que não teve capacidade de ser nada além de infante, é notável o respeito da população por essas pessoas, principalmente pelos veteranos. A filosofia deles é claramente 'cara, você teve cojones pra ir lá defender o nome do país para que eu não precisasse tirar minha bunda da cadeira e interromper meu [mestrado/doutorado/vida]. Te devo isso, logo, te respeito'.
Isso não existe aqui no Brasil. Acho isso o cúmulo da estranheza essa fobia à farda que foi entranhado na cultura do nosso país, a ponto de cogitar a 'desmilitarização' das polícias. Essa é uma questão muito mais complicada e precisa ser estudada com muito cuidado, e não simplesmente seguir cegamente um objetivo de cunho puramente ideológico - como se somente abolir a farda significasse a solução para os problemas corporativos já existentes.
Nesse ponto concordo inteiramente.É nisso o que dá serviço militar obrigatório, né? É exatamente o caso citado acima: moleque burro com arma na mão faz merda.
Também não defendo os militares pelos abusos, mas a Comissão da Verdade deveria investigar de forma imparcial a ambas as partes. Afinal, muitas atrocidades desnecessárias também foram cometidas por civis com a desculpa da 'causa', mas isso a Comissão não considera. Afinal, se considerar, mais da metade da velha guarda da política brasileira vai em cana.
Isso é muito relativo, Malkyn. Há mulheres 'mirradinhas' na inteligência, mas mesmo que a mulher seja um tanque de guerra que nem essa da foto, coisas simples as atrapalha muito no serviço militar de campo prolongado. Uma das maiores queixas de mulheres infantes (aquelas que rastejam com rifle mesmo junto com os caras) são problemas renais e infecções no trato urinário por dois motivos: elas prendem a urina por tempo mais longo do que é considerado saudável (imagina, deslocamento de tropa e a infante tendo de arriar as calças pra mijar, enquanto o homem só precisa baixar um zíper) e, em alguns casos, a impossibilidade de fazer a higiene íntima da forma adequada, cuja própria menstruação cria alguns problemas desagradáveis. Veja bem: não é incapacidade, mas sim os problemas naturais inerentes ao corpo feminino que elas precisam lidar em campanhas muito longas.
O corpo feminino é dotado mais de resistência do que de força. O homem consegue empunhar um equipamento pesado por um tempo prolongado, mas a mulher, mesmo sendo fisicamente menos forte, é comprovadamente mais resistente a ferimentos. São características diferentes, e ambas úteis. Mas a mulher tem uma dificuldade quadruplicada para atingir o teto da forma física que a possibilite acompanhar fisicamente um homem, por causa das diferenças biológicas. Por mais que eu apoie a presença feminina em campanha, devo reconhecer que a mulher tem, sim, limites físicos que podem prejudicar toda a tropa - e elas precisam se virar do avesso para que isso jamais aconteça.
Quanto ao caso de torturas de calouros, isso é uma imbecilidade sem tamanho, tanto quanto torturar um calouro na faculdade. Só que lá, o filho chora e a mãe não escuta. Infelizmente, faz parte da seleção: se o cara não tem perfil físico e psicológico para aguentar essas coisas, não tem perfil para ir adiante no treinamento, e em caso de guerra real - os códigos de guerra tradicionais foram esquecidos e nenhum prisioneiro de guerra é tratado com dignidade, muito menos gentileza, hoje em dia - isso significa perda de tempo e de dinheiro. Independente de ser voluntário ou não. Ser um sobrevivente numa condição de combatente exige um perfil psicológico diferenciado, sim. Afinal, é só nos filmes que pessoas matam outras pessoas e continua tudo numa boa.
Você tá meio por fora do que acontece com os veteranos nos EUA, né, Seiko? O que não falta nos EUA é veterano sem teto.
Você tá meio por fora do que acontece com os veteranos nos EUA, né, Seiko? O que não falta nos EUA é veterano sem teto.
"Vários veteranos são vistos com desconfiança porque a brutalidade a que foram expostos mudou radicalmente o comportamento de vários deles. Alguns se tornaram violentos, soturnos, vários voltaram loucos - tanto que grande parte que não retornou mutilada será dependente do Estado pelo resto de suas vidas, porque são incapazes de se ressocializar."
Mas acho que ambos os lados são posições ideológicas.
A questão de "obrigado por representar o país na guerra" tem lados e lados, seja defender o país de invasão, já é diferente no caso do seu país estar invadindo, ou em guerras como a maior parte das guerras americanas em que pouco tem a ver realmente com a segurança da sua população mas por questões de ideologia (guerra contra comunismo) ou econômicas.
Claro que nada disso tem a ver com os militares em si que foram em combate, eles só estão recebendo ordens. Mas tão pouco é obrigatório sentir-se mais agradecido a um soldado que foi para uma guerra por você, do que o professor que orientou bem seu filho durante um período dificil da adolescência, ou o médico que salvou a sua mãe de um derrame, ou o pedreiro que deu sangue pra levantar um abrigo pra gente necessitada, etc.
Nisso o Morfs tem razão, @Seiko-chan . E não é só nos Isteites: no Reino Unido muitos veteranos da Guerra das Falklands e do Iraque também tão passando por dificuldades.
É séria essa pergunta, Bruce?
Ok. Então talvez foi má interpretação minha.Opa, em momento algum eu afirmei que esse sentimento de gratidão é obrigatório. Na verdade, é mais uma questão de senso comum inerente à cultura deles, já que a posição ideológica e o patriotismo norteamericano são forjados sobre as armas, como bem sabemos. Também citei em posts anteriores sobre as reservas da população em relação às investidas militares, cuja manutenção já se tornou uma despesa que muitos já não toleram. Há diferenças ideológicas claras surgindo ali, mas mesmo sendo contra esse ideal de patriotismo desgastado, eles têm o bom-senso de não direcionar isso aos combatentes, mas ao governo.
Mesmo que no final seja tudo marketing patrocinado por Hollywood, a grande maioria dos veteranos, velhos ou não, ostenta o pavilhão de seu país em frente à própria casa, como uma maneira de distinção: 'aqui mora um militar'. Esse ato, a meu ver, está carregado de simbologia. E o senso comum, e não a obrigação, faz com que as pessoas os respeitem; mesmo que não os respeitem, ao menos não os molestam. Muito diferente do nosso país, infelizmente.