Cristiano Silveira
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Vou começar com uma figura folclórica muito conhecida no Rússia e nos países eslavos - a Baba Yaga
Texto de Cesar Berger Júnior
Que medo eu fiquei quando li essa lenda proveniente do folclore eslavo, muita famosa entre os russos. A mitologia eslava, por não conter registros históricos antes da cristianização, se tornou uma jóia rara para os historiadores; digo isso, pois é evidente que a religião em sua maioria tem total ligação com o folclore e o surgimento de mitos. Hoje em dia os historiadores utilizam como fontes para desvendar a cultura eslava os épicos dos seus heróis, chamados de bogatyrs. Esses épicos, com a chegada do cristianismo, foram levemente modificados, mas ainda deixaram os traços das entidades mágicas do folclore eslavo. Vale lembrar que os eslavos compreendem diversos povos que ocuparam desde partes da Rússia até países como Polônia, Bulgária e Áustria; por isso sempre haverá versões diferentes para determinados contos, nomes e localidades.
Através de uma rápida pesquisa, cheguei até uma curiosa lenda intitulada "Baba Yaga". O que me chamou a atenção foi a palavra "Baba", que no seu significado etimológica tem o sentido de "mãe".
Baba Yaga era uma bruxa bem sugestiva: velha, com nariz de gancho, muita magra a ponto de seus ossos serem salientes, olhos chamuscados como carvão em brasa e com cabelos de cardo saindo do seu crânio. Essa aparência repugnante caia como uma luva com seu aspecto sombrio e sua personalidade caótica, cercada de mistérios e incertezas. Uma das suas características principais, e uma das mais assustadoras, era que ela, apesar de ter uma vassoura, voava em um almofariz impulsionado por um pilão! A única utilidade de sua vassoura era a de apagar seus rastros, evitando ser encontrada. Outra característica marcante e bastante peculiar é o fato dela morar em uma casa que tem como base quatro enormes pés de galinha! Esses pés a auxiliavam a viajar pelo mundo afora, se instalando assim em diversas florestas obscuras o bastante para sua figura enigmática. A origem dessas "pernas de galinha" é de fácil dedução: muitos caçadores siberianos mantinham suas casas erguidas em bases de tronco, assim poderiam evitar a invasão de animais perigosos. Alguns pesquisadores também descobriram que algumas dessas casas eram utilizadas como crematório. Vai saber né? A casa de Baba Yaga era conectada com três cavaleiros distintos: o primeiro, branco, cavalgando um cavalo branco, se chamava Dia; o segundo, vermelho, com um cavalo vermelho, se chamava Sol; e por fim o terceiro, negro, também com sua montaria negra, chamado Noite. Fora eles, a casa possuía servos invisíveis. Algumas lendas dizem que para adentrar a casa era necessária uma frase mágica.
Baba Yaga, para ser o mais objetivo possível, era considerada uma deusa perigosa, pois muitas vezes aparecia como uma pessoa cruel, mas outras como uma pessoa boa que veio para auxiliar. Assumindo sua forma má, ela tinha o costume de caçar homens de personalidade ruim. Esses eram levados mortos para sua casa e lá eram revividos por ela para serem devorados! Seus ossos eram utilizados como vedação externa para sua casa e seus dentes eram usados na fechadura da porta. No panteão eslavo era tratada como Deusa da Morte e tinha como lado masculino a criatura Koshchei, O Sem Morte. Baba Yaga não é portadora de uma lenda única, pois aparece em várias histórias, tal como na história Vasilissa, A Bela e em diversas aventuras do príncipe Ivan.
Espero que tenha gostado. Até a próxima, sonhem com a Baba Yaga!
Fonte: Falando de Fantasia
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Vou começar com uma figura folclórica muito conhecida no Rússia e nos países eslavos - a Baba Yaga
Texto de Cesar Berger Júnior
Que medo eu fiquei quando li essa lenda proveniente do folclore eslavo, muita famosa entre os russos. A mitologia eslava, por não conter registros históricos antes da cristianização, se tornou uma jóia rara para os historiadores; digo isso, pois é evidente que a religião em sua maioria tem total ligação com o folclore e o surgimento de mitos. Hoje em dia os historiadores utilizam como fontes para desvendar a cultura eslava os épicos dos seus heróis, chamados de bogatyrs. Esses épicos, com a chegada do cristianismo, foram levemente modificados, mas ainda deixaram os traços das entidades mágicas do folclore eslavo. Vale lembrar que os eslavos compreendem diversos povos que ocuparam desde partes da Rússia até países como Polônia, Bulgária e Áustria; por isso sempre haverá versões diferentes para determinados contos, nomes e localidades.
Através de uma rápida pesquisa, cheguei até uma curiosa lenda intitulada "Baba Yaga". O que me chamou a atenção foi a palavra "Baba", que no seu significado etimológica tem o sentido de "mãe".
Baba Yaga era uma bruxa bem sugestiva: velha, com nariz de gancho, muita magra a ponto de seus ossos serem salientes, olhos chamuscados como carvão em brasa e com cabelos de cardo saindo do seu crânio. Essa aparência repugnante caia como uma luva com seu aspecto sombrio e sua personalidade caótica, cercada de mistérios e incertezas. Uma das suas características principais, e uma das mais assustadoras, era que ela, apesar de ter uma vassoura, voava em um almofariz impulsionado por um pilão! A única utilidade de sua vassoura era a de apagar seus rastros, evitando ser encontrada. Outra característica marcante e bastante peculiar é o fato dela morar em uma casa que tem como base quatro enormes pés de galinha! Esses pés a auxiliavam a viajar pelo mundo afora, se instalando assim em diversas florestas obscuras o bastante para sua figura enigmática. A origem dessas "pernas de galinha" é de fácil dedução: muitos caçadores siberianos mantinham suas casas erguidas em bases de tronco, assim poderiam evitar a invasão de animais perigosos. Alguns pesquisadores também descobriram que algumas dessas casas eram utilizadas como crematório. Vai saber né? A casa de Baba Yaga era conectada com três cavaleiros distintos: o primeiro, branco, cavalgando um cavalo branco, se chamava Dia; o segundo, vermelho, com um cavalo vermelho, se chamava Sol; e por fim o terceiro, negro, também com sua montaria negra, chamado Noite. Fora eles, a casa possuía servos invisíveis. Algumas lendas dizem que para adentrar a casa era necessária uma frase mágica.
Baba Yaga, para ser o mais objetivo possível, era considerada uma deusa perigosa, pois muitas vezes aparecia como uma pessoa cruel, mas outras como uma pessoa boa que veio para auxiliar. Assumindo sua forma má, ela tinha o costume de caçar homens de personalidade ruim. Esses eram levados mortos para sua casa e lá eram revividos por ela para serem devorados! Seus ossos eram utilizados como vedação externa para sua casa e seus dentes eram usados na fechadura da porta. No panteão eslavo era tratada como Deusa da Morte e tinha como lado masculino a criatura Koshchei, O Sem Morte. Baba Yaga não é portadora de uma lenda única, pois aparece em várias histórias, tal como na história Vasilissa, A Bela e em diversas aventuras do príncipe Ivan.
Espero que tenha gostado. Até a próxima, sonhem com a Baba Yaga!
Fonte: Falando de Fantasia